Por: Alexandre Giesbrecht

Lembro-me de que foram os Senators que colocaram o prego no caixão dos Devils em 1995-96, fazendo com que os então campeões ficassem de fora dos playoffs. Os próprios Sens, uma franquia risível até então, também não foram à pós-temporada. E aquela seguia sendo a última vez que o time da capital canadense assistiu aos playoffs pela televisão.

Até agora.

Na terça-feira, os Senators perderam por 5-2 para o Florida e deram adeus a quaisquer chances de classificação. Jogadores como Chris Phillips, que nunca tinham ficado fora dos playoffs, experimentam agora uma sensação diferente, devido ao histórico de sucesso entre outubro e março, seguido de desolação e miséria a partir de abril. É uma tragédia de contornos quase sádicos, com alguns bons momentos salpicados, especialmente nas horas erradas. E é também uma história que merece ser recontada.

A história da ascensão e queda dos Senators começa com histórias que sua torcida adora contar, passa por memórias dolorosas antes mesmo de começar a derrocada e termina quase sem ninguém perceber. Quando o time alcançou sua primeira pós-temporada, em 1996-97, já foi meio que uma surpresa. A vaga veio no último jogo. Depois de ter vencido seis de seus oito jogos anteriores, o time precisava ao menos de um empate em casa com os Sabres para ir aos playoffs, mas uma vitória era mais interessante, pois faria com que o próprio time de Buffalo fosse o adversário na primeira fase, enquanto o empate significaria um encontra com os Devils, melhor time do Leste, com uma campanha com 12 pontos a mais que os Sabres — uma derrota classificaria os Capitals, em vez do Ottawa. Os Sens venceram por 1-0 e prepararam-se para enfrentar os Sabres novamente.

O Buffalo de Dominik Hasek era favoritíssimo na série. Cenceu dois dos três primeiros jogos, mas permitiu a virada dos Senators para 3-2 e só conseguiu a classificação no sétimo jogo. Os Sabres seriam eliminados em cinco jogos pelos Flyers na fase seguinte, enquanto os canadenses vislumbravam um futuro melhor, especialmente diante da produtividade de Alexei Yashin (!) e Daniel Alfredsson.

O time ainda melhorou no ano seguinte, conquistando seis pontos a mais — pela primeira vez na história o clube teve um aproveitamento acima de 50%. A posição no Leste, entretanto, foi inferior, já que o clube ficou em oitavo. Isso significou um duelo logo de cara com os Devils, de novo o melhor time da conferência, que desta vez ficaram a meros dois pontos dos Stars, vencedores do Troféu dos Presidentes. Os 24 pontos a mais que os Devils acumularam ao longo dos 82 jogos de nada adiantaram, já que os Senators venceram o jogo 1 em New Jersey e depois as três partidas em Ottawa, vencendo a série em seis jogos e chocando a NHL. (Parêntese: acredite, assisti ao último período dessa partida em uma extinta boate de techno na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, a Club B.A.S.E., a poucos quarteirões de onde eu passaria a morar oito anos depois.) A partir daí, o que viesse seria lucro, e não foi lá grande coisa: no confronto entre as capitais dos dois países com representantes na NHL, os Capitals levaram a melhor em cinco jogos.

Ainda assim, o saldo foi positivo, com Yashin mais uma vez sendo o artilheiro do time. Alfredsson teve boa produtividade enquanto esteve no gelo, mas contusões afastaram-no de 27 partidas. Mesmo assim, ele liderou o time em pontos nos playoffs. No gol, Damian Rhodes e Ron Tugnutt também tiveram bom desempenho. Aquela temporada ainda teve um claro caso de adição por subtração: foi encerrada a era Alexandre Daigle em Ottawa, com sua troca para os Flyers, pelo igualmente improdutivo Pat Falloon e por Vaclav Prospal.

Talvez não por acaso, sem Daigle o clube começou a conquistar espaço na elite do hóquei. Em 1998-99 os Senators conquistaram a Divisão Nordeste com 103 pontos (incluindo aí uma série de 11 jogos invictos) e ficaram a apenas dois do primeiro lugar no Leste, que mais uma vez coube aos Devils. Vieram os playoffs e, com eles, os primeiros sinais das duras experiências que o time viveria nos anos seguintes. Logo de cara, uma varrida sofrida diante dos Sabres, sétimos colocados.

Essa derrota seria agravada na temporada seguinte pela decisão de Yashin de não jogar. Depois da boa temporada em 1998-99, ele queria um aumento em seu contrato, mesmo sabendo que ainda tinha um ano por cumprir. Ele deu um prazo à diretoria para resolver a situação e, diante da negativa, simplesmente optou por não se apresentar. Sem seu artilheiro, o time caiu para sexto colocado ao final da temporada regular, embora tenha feito só oito pontos a menos que no ano anterior — a explicação reside no fato de a liga ter adotado a partir dessa temporada o ponto de bonificação para times que perdessem na prorrogação. Nos playoffs, o adversário seriam os rivais de província Maple Leafs, campeões do Nordeste e donos da terceira melhor campanha da conferência. Os Sens perderam as duas primeiras em Toronto, mas venceram as duas seguintes em casa. De nada adiantou, já que os Leafs saíram vencedores dos jogos 5 e 6 e despacharam os Senators. Seria mais um prenúncio de um triste futuro.

Yashin seria obrigado a voltar ao time no ano seguinte. Mesmo a contragosto, teve de cumprir o último ano de contrato, estendido para 2000-01 por causa de sua recusa em jogar na temporada anterior. Quem esperava que ele fosse fazer corpo mole foi surpreendido pelos seus números, que lideraram o time em gols, assistências e pontos. Esse "reforço" ajudou o clube a conquistar a melhor campanha de sua história até então, com 48 vitórias e 109 pontos. Mais uma vez os Senators ficaram a dois pontos do líder do Leste, que novamente foi o New Jersey. Outra repetição foi o confronto de primeira rodada, contra os agora ainda mais odiados Leafs, que fizeram 19 pontos a menos. A perspectiva de vingança foi rapidamente destruída junto com os sonhos de conquistar a Copa, com o Toronto varrendo a série graças principalmente ao goleiro Custis Joseph e eliminando prematuramente o rival.

Essa nova decepção fez com que Yashin, vilanizado pela torcida depois de sua "greve" e de ser anulado por Shayne Corson na série contra os Leafs, fosse trocado para o New York Islanders, em uma decisão boa para todas as partes — menos para o time de Long Island. Os Senators ficaram com Zdeno Chara e ainda levaram a escolha que usariam para recrutar Jason Spezza, além do soldadinho de chumbo Bill Muckalt. Yashin recebeu de presente do então gerente geral dos Isles, Mike Milbury, um contrato de dez anos valendo US$ 87,5 milhões, que, como sabemos, o russo não cumpriu até o fim.

A temporada de 2001-02 correu sem maiores sobressaltos, com Alfredsson assumindo o papel de artilheiro e goleador do time. Apesar de ter terminado em sétimo lugar no Leste, os Sens nunca chegaram a correr um grande risco de ficar fora dos playoffs. A série contra os Flyers na primeira fase dos playoffs foi encarada sem pressão, e o resultado foi uma das melhores atuações da história da Copa Stanley. Os Sens perderam a primeira partida, na Filadélfia, por 1-0 na prorrogação, e os Flyers começaram a perceber como seria difícil marcar gols. Aliás, difícil, não. Impossível. Nos 180 minutos seguintes não se veria um jogador de laranja sequer comemorando gol. Os Sens venceram as três partidas por idênticos 3-0 e deram o tiro de misericórdia com uma vitória por 2-1 na prorrogação do jogo 5.

Classificados para a segunda fase pela primeira vez em quatro anos, mesmo com um dos melhores elencos da liga nesse período, pareceu até que foram os deuses do hóquei que armaram para que os Leafs fossem os adversários. A série foi tensa e equilibrada, apesar do favoritismo do Ottawa. Os Sens vanceram o primeiro jogo, mas viram o adversário empatar a série no segundo. Seguiu-se nessa mesma toada ao longo dos quatro jogos seguintes, e a decisão ficou para a sétima partida. Nela os Leafs venceram por 3-0, um placar ironicamente adequado à terceira eliminação seguida do Ottawa nas mãos do Toronto.

Mesmo com tal retrospecto, o técnico Jacques Martin, no comando do time desde a última temporada em que ele não foi aos playoffs, foi mantido no cargo. O gerente geral Marshall Johnston não teve tal sorte, e foi limado em favor de John Muckler, o primeiro GG da história dos Sens a assumir o cargo com experiência anterior na mesma posição. A turbulência não parou por aí, e no meio da temporada de 2002-03 o time foi obrigado a pedir concordata. Só um financiamento emergencial manteve o time no gelo.

Todos esses problemas não impediram que o time obtivesse um estrondoso sucesso no rinque. Marián Hossa bateu o recorde de gols da franquia, que pertencia a Yashin, e o goleiro Patrick Lalime finalmente jogou melhor que um balde d'água por períodos mais longos. O resultado? Nada menos que 52 vitórias, 113 pontos e o Troféu dos Presidentes, a primeira vez que um time canadense o ganhava desde os Flames de 1988-89. Os playoffs só não pareciam uma mera formalidade por causa do trauma de anos passados, trauma este que já seria confirmado logo de cara, com a derrota em casa para os Islanders de Yashin no primeiro jogo. Felizmente para a torcida da capital canadense, o time não tomou conhecimento do adversário nas partidas seguintes e levou a série por 4-1. Na segunda fase, encontro com os Flyers, que desta vez não só marcaram alguns gols como impediram os Senators de marcar nos jogos em que o time de Filadélfia saiu com a vitória. Como estes foram apenas dois, e sobraram gols para o Ottawa nas outras partidas, pela primeira vez em sua história os Sens chegaram às finais de conferência.

Sem os Leafs pelo caminho, eliminados ainda na primeira fase pelos próprios Flyers, o caminho parecia livre para que os Sens levassem para Ottawa a Copa Stanley. Bastaria vencer o duelo do terceito melhor ataque da liga na temporada regular contra a defesa menos vazada, pertencente aos Devils. Os Sena levaram a melhor no primeiro jogo, mas perderam os três seguintes e davam toda a impressão de que mais uma vez morreriam na praia. Foi aí que Spezza — sim, o mesmo que foi recrutado com a escolha adquirida na troca de Yashin — assumiu a responsabilidade e foi o motorzinho do time nos jogos 5 e 6, levando a série a um decisivo sétimo jogo, em Ottawa. Mas Martin Brodeur foi mais uma vez decisivo e segurou o ataque canadense, enquanto seu time marcou os gols necessários para vencer a partida por 3-2 e decepcionar mais uma vez a torcida dos Senators. Nas finais, o New Jersey conquistaria o título sobre os Mighty Ducks.

A temporada seguinte viu uma disputa equilibradíssima no Nordeste, com os três primeiros colocados separados por apenas dois pontos. Os Bruins levaram a divisão, mesmo com duas vitórias a menos que os Sens, que ainda ficaram um ponto atrás dos Leafs. O confronto na primeira fase dos playoffs? Sim, o clássico de Ontário. O Toronto venceu três das cinco primeiras partidas, e todas as suas vitórias foram por idênticos 2-0. A eliminação já seria dolorosa o bastante assim, mas havia ainda mais requintes de crueldade por vir. Os Senators venceram o jogo 6 por 2-1 na segunda prorrogação e pareciam ter tirado toda a zica que tinham contra os rivais. Ledo engano: no jogo 7, vitória dos Leafs por 4-1 e outra vez os campos de golfe de Ottawa tinham suas reservas antecipadas.

Pouco antes de um locaute acabar como que seria a temporada de 2004-05, o núcleo dos Senators, tão vitoriosos na temporada regular e tão fracassados nos playoffs, começava a ser desfeito. Primeiro Radek Bonk foi trocado para os Kings por uma escolha de terceira rodada, depois, no dia seguinte, Lalime foi para os Blues por uma escolha de quarta rodada. Hossa também deixaria o clube, em uma troca com os Thrashers, que enviaram Dany Heatley. Substituir Lalime por um chimpanzé com patins já seria um upgrade, mas a vinda de Hasek serviu para encher de esperança a torcida. O problema foi que durante as Olimpíadas de Inverno de 2006 ele se contundiu.

Por mais incrível que possa hoje parecer, Ray Emery um dia foi considerado a solução, e assumiu o gol dos Sens com competência. Enquanto isso no ataque Heatley tornou-se o primeiro jogador da franquia a alcançar os cem pontos e a marcar 50 gols em uma temporada. O início arrasador na temporada, com 19 vitórias nos primeiros 22 jogos, foi determinante para a campanha, a melhor do Leste e segunda melhor da liga, com as mesmas 52 vitórias e os mesmos 113 pontos de três anos antes. A primeira fase dos playoffs foi um embate com o campeão Lightning, que caiu em cinco jogos, incluindo acachapantes 8-4 no jogo 3. Em seguida, uma série contra os Sabres, em que nenhum jogo teve uma diferença maior que um gol. Foi aí que os Sens caíram, em apenas cinco jogos, com três das derrotas vindo na prorrogação.

Apesar de mais uma derrota traumática e do histórico, o dono do time, Eugene Melnyk, escreveu uma carta aberta à torcida garantindo que o clube conquistaria a Copa Stanley no futuro, e seguiria conquistando-a ano após ano. Uma promessa ousada, que pareceu bem absurda depois que os Senators perderam mais jogadores importantes, Chara e Hasek, além dos atacantes Martin Havlat e Vaclav Varada. Na primeira metade de 2006-07 o time patinou com uma campanha de 21-18-1. O ano virou, e as coisas melhoraram bastante. Com 27-7-8 a partir do início de 2007, os Senators acumularam 105 pontos e na Divisão Noroeste só ficaram atrás dos Sabres, que levaram o Troféu dos Presidentes.

Com a quarta campanha do Leste, os Sens pegariam os Penguins de Sidney Crosby na primeira fase. Muita gente apostava na juventude dos Pens, mas prevaleceu a experiência do time canadense, que não teve grande dificuldade para fechar a série em cinco jogos. Vieram então os Devils, que tiveram a segunda melhor campanha da conferência, mas também foram despachados sem a necessidade de um sexto jogo, e os Senators chegavam pela segunda vez em sua história às finais do Leste. Os adversários seriam os Sabres. O histórico do Ottawa em suas "vinganças" era péssimo, mas isso de nada influiu, e, outra vez em cinco jogos, a vaga para as finais da Copa Stanley foi garantida. O adversário seria o recém-rebatizado Anaheim Ducks.

Se quando eram os favoritos os Sens rateavam na hora do vamos-ver, agora, como azarões tinham chegado mais perto do que nunca de coroar uma geração (ou ao menos parte dela) que fez por merecer ao longo de centenas de jogos de temporada regular. Pela quarta vez seguida naquele ano e pela sexta vez seguida no geral, os Sens viram sua série terminar em cinco jogos. E, ao contrário das outras séries daquela primavera setentrional, agora eles tinham perdido para um time que conseguiu segurar o maior trufo canadense: sua principal linha de ataque.

Para 2007-08, trocou-se técnico e gerente geral, assumindo, respectivamente, John Paddock e Bryan Murray. À exceção de um início arrasador, com 15 vitórias em 17 jogos, a campanha foi irregular, e o time só se classificou aos playoffs graças a uma derrota dos Hurricanes para os Panthers. Paddock seria demitido a 18 jogos do fim da temporada. E as coisas ainda ficariam piores: os Penguins claramente jogaram sem vontade contra os Flyers no último dia, porque uma derrota resultaria em um confronto com os Sens, um adversário "preferível" à outra opção, os próprios Flyers. Ainda que "mordidos" por essa suposta ofensa, os Senators, sem os contundidos Alfredsson e Mike Fisher, não ofereceram resistência alguma e foram varridos.

Com a eliminação confirmada nesta semana, foi, portanto, a última série de playoffs que os Sens disputaram, ao menos até 2010. O time certamente estará ainda mais desfigurado em relação ao zênite da geração que morreu na praia ano a ano. A campanha nesta temporada foi bastante irregular, com sinais de esperança (a série de nove vitórias em dez jogos entre 5 e 22 de março, com a única derrota para os líderes Bruins em Boston) e de desespero (em sete ocasiões o time perdeu três jogos seguidos ou mais). A troca do técnico Craig Hartsburg, que assumira nas férias no lugar de Paddock, não é exatamente um sinal de estabilidade, embora as atuações do elenco sob o comando do interino Cory Clouston possam indicar a possível manutenção deste, algo reforçado por declarações do GG Murray após a eliminação, em que ele culpa os jogadores pela má campanha: "Já por doias anos demitimos dois treinadores. Se eles eram as pessoas certas na hora certa ou não não vem ao caso agora, porque os jogadores têm de jogar. Se seus melhores jogadores, que ficam com uma boa parte dos seus dólares, não se esforçam todas as noites, você fica vendido na situação."

Tais declarações poderiam ter provocado mal-estar no grupo, especialmente entre Spezza, Heatley e Fisher, que pareciam ser os destinatários do recado, mas o capitão Alfredsson apressou-se a botar panos quentes na situação, basicamente concordando com o chefe. É o bastante para cumprir tabela por mais alguns dias sem maiores sobressaltos, partir para as férias e descobrir como o time voltará para a próxima temporada. As férias em Ottawa já há muito tem têm sido mais longas do que o normal. Desta vez serão mais longas ainda. Talvez assim dê tempo de superar o trauma. Não o de uma desclassificação ainda na temporada regular, mas aquele de dolorosas eliminações do passado.


Impressionante a queda dos Devils em seus últimos seis jogos. Coincidência ou não, essas seis derrotas (a pior sequência do time desde novembro de 2000) vieram logo depois de Martin Brodeur quebrar o recorde de vitórias na carreira. O técnico Brent Sutter é o primeiro a deixar claro que o goleiro está longe de ser o principal culpado pela má fase do time, culpado o ataque, que não tem produzido chances de gol. Mas o próprio Brodeur sabe que sua média de 3,67 gols sofridos nessas partidas está bem longe da média de sua carreira, de cerca de 2,20. De qualquer maneira, ele não tem por que se preocupar, já que técnico algum seria capaz de dar lugar a outro goleiro na reta final e nos playoffs, especialmente se lembrarmos que Brodeur já se recuperou de outros maus períodos, sempre curtos. Quem tem que se preocupar é justamente Sutter, já que o gerente geral Lou Lamoriello tem um histórico de demitir técnicos próximo ao final da temporada regular. Nem o fato de os Devils precisarem de muito pouco para assegurar matematicamente o primeiro lugar na divisão salvarão Sutter se o rompante de Lamoriello for selvagem o bastante. Como os Capitals já abriram três pontos de vantagem na segunda colocação da conferência, nenhuma atitude — mesmo uma total inépcia — deve ser considerada uma surpresa.


Quando eu era criança, um dos meus passatempos favoritos era fazer revista. Em quadrinhos ou sobre os meus campeonatos de botão, baseados na Placar, então uma revista semanal. Tudo na base do papel, lápis, caneta e régua, já que computadores ainda eram exclusividade de universidades e grandes empresas. Das várias "coleções" que iniciei, nenhuma chegou nem um pouco perto das 225 edições que publicamos de TheSlot.com.br ao longo dos últimos sete anos. Número este, aliás, que poderia ser ainda maior se não fosse o locaute que eliminou a temporada de 2004-05 e o período em que não foi possível publicar edições entre fevereiro e março de 2006. Calculo que neste aniversário poderíamos estar bem próximos do número 300. Mas não faz mal. O orgulho é o mesmo que tínhamos quando o número 80 dava a sensação de estarmos no pico do Everest. É a mesma sensação de agora, e tenho certeza de que é a mesma sensação de quanto atingirmos o número 500 e outros tantos além que ainda alcançaremos.

Alexandre Giesbrecht, 32 anos, acha que nunca escreveu um artigo tão longo.
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Página publicada em 2 de abril de 2009.