Cinco anos atrás, Mike Babcock assistiu a celebração da Copa Stanley pessoalmente. Quarta-feira à noite, ele participou de uma.
O Detroit Red Wigns contratou Babcock como treinador três anos atrás para extrair o máximo de seus talentosos jogadores. Ele fez deles um time mais difícil de se enfrentar. Ele desafiou os veteranos a ser os melhores e ajudou no desenvolvimento dos jogadores jovens.
E agora ele terá seu nome gravado na Copa Stanley.
"Ser capaz de compartilhar esta jornada com eles e poder dividir isso com a cidade de Detroit, e obviamente minha família, é muito emocionante," disse Babcock após a vitória por 3-2 sobre o Pittsburgh que garantiu a Copa Stanley. "E eu tenho certeza que terei alguns momentos emocionantes na próxima semana apenas pensando sobre isso. Mas ter o seu nome na Copa Stanley, é muito especial."
As decisões pessoais de Babcock renderam bons resultados nos playoffs, nenhuma mais que sua decisão de substituir o instável Dominik Hasek no gol por Chris Osgood após o jogo 4 da rodada de abertura contra o Nashville. Foi também naquela hora que ele inseriu no elenco titular o calouro Darren Helm, que trouxe muita energia com sua velocidade e agressividade.
E nas finals, Babcock optou por manter Chris Chelios, de 46 anos, fora do elenco titular a favor de Andreas Lilja.
"Eu treinei bons jogadores em muitas situações e tive muito sucesso, mas eu nunca tive um grupo como esse," disse Babcock. "Nick Lidstrom é um dos melhores líderes que você pode ter em qualquer esporte, sua presença, sua habilidade e como ele é calmo e como ele é motivado. E o elenco de apoio com (Kris) Draper e Chelios e (Pavel) Datsyuk e (Henrik) Zetterberg, cara como Dallas Drake, nós temos um grande time. Eu estou tão orgulhoso deles, orgulhoso de ser o treinador do Detroit Red Wings. Nós temos donos incríveis e Kenny Holland e sua equipe fazem um grande trabalho."
Holland contratou Babcock em julho de 2005, procurando por personalidade ambiciosa e abrasiva para extrair o máximo de uma equipe que sofreu duas saídas precoces dos playoffs com Dave Lewis, o ex-assistente de longa data que foi considerado mais como treinador de jogadores por causa de sua relação próxima com muitos dos veteranos.
"É o time dele," disse Holland. "Quando nós voltamos da paralisação de trabalho, eu senti que era hora de pegar alguém de fora da organização. Nós tivemos uma grande jornada com Scotty (Bowman), tivemos dois grandes anos sob Dave Lewis, mas era hora de trazer alguém diferente.
"Do primeiro dia do campo de treinamento em 2005-06, ele tem falado sobre nosso time jogar em direção a rede, com mais dureza nas bordas, indo a todas as áreas sujas," acrescentou Holland. "Ele desafiou nosso time algumas vezes onde ele não acreditou que responderíamos. Foi uma corrida de três anos para vencer essa noite e Mike teve uma grande, grande parte do por que nós ganhamos a Copa Stanley. Ele moldou o time no seu time."
Os Red Wigns continuaram jogando seu bem sucedido estilo de controle do disco com a adição de um elemento de coragem sob Babcock. Ele é o primeiro treinador a vencer 50 ou mais jogos em suas três primeiras temporadas com um time e apenas o segundo a atingir o feito em qualquer ponto, juntando-se a Bowman, que venceu 50 ou mais jogos em quatro temporadas consecutivas com o Montreal, de 1975-76 a 1978-79.
Babcock é finalista do Prêmio Jack Adams, concedido ao melhor treinador da liga no ano. Ele e e Holland estão pertos de fechar a extensão contratual por três anos. Restam apenas uns pequenos detalhes financeiros.
Em sua primeira temporada na NHL com o Anaheim, Babcock guiou os Ducks ao jogo 7 das finais, onde eles perderam para o New Jersey. Ele se forçou a assistir a celebração no gelo logo depois. Na quarta-feira, rodeado por sua família, o sentimento foi muito diferente.
"Eu não sei se já me dei conta disso," disse Babcock. "Você trabalha duro e acredita que se você fizer boas coisas, boas coisas irão acontecer. Eu sabia que chegaria a nossa vez, nós somos um time muito bom, muito determinado."