A conquista da Copa Stanley 2008 pelo Detroit Red Wings tem profunda ligação com a década de 1990.
A linha do tempo demonstra que a equipe começou a ser montada há quase vinte anos, quando a primeira e essencial peça foi estabelecida.
Nome a nome, quando e como os atletas chegaram a Detroit.
1989 — Com a 53.ª escolha do recrutamento, os Red Wings selecionaram Nicklas Lidstrom, até então um defensor promissor como outro qualquer. Ninguém, nem mesmo os observadores mais otimistas, poderia imaginar que o sueco seria o jogador mais valioso para o time durante a sua carreira. Sempre que alguém se dirigia a Steve Yzerman dizendo, "Stevie, como melhor jogador do time,...", ele interrompia corrigindo, "Não, o nosso melhor jogador é Lidstrom.". Cinco vezes vencedor do Troféu Norris, com um sexto troféu a caminho, quatro vezes campeão da Copa Stanley, Lidstrom se tornou o primeiro capitão europeu a erguer o Santo Graal do hóquei. Nos playoffs o defensor formou a primeira linha de defesa, sempre enviada ao gelo para combater a melhor linha de ataque dos adversários.
1993 — Em junho daquele ano o Detroit adquiriu Kris Draper do Winnipeg Jets, em troca de futuras considerações. Draper ainda não era um jogador estabelecido na NHL, variando entre a grande liga e sua filial menor. Com o passar do tempo, o central concentrou seu jogo basicamente no setor defensivo, o que deve ser creditado em grande parte a Scotty Bowman. Draper evoluiu como um dos melhores atacantes defensivos, por várias vezes convocado para a Seleção Canadense, que embora pudesse contar com os maiores artilheiros do esporte, sempre reservava um lugar para aquele cujo papel era evitar os gols alheios. A excelência lhe rendeu um Troféu Selke e sua quarta Copa Stanley, atuando com a forma de sempre.
1994 —
Tomas Holmstrom é uma figura, dentro de fora do gelo. Um sueco quase finlandês, que fala um inglês tão ruim quanto o meu. Ninguém espera muito do 257.º jogador escolhido no recrutamento, ainda mais quando ele é grande, desengonçado e não sabe patinar. No entanto, Homer, como é chamado em Detroit, focou seu jogo em perturbar os goleiros adversários, sempre se posicionando à frente deles, bloqueando a visão ou desviando os chutes para dentro do gol. Lidstrom acusa o companheiro de lhe ter roubado uma centena de gols, tamanha a competência de Holmstrom em executar desvios eficazes. Este seu talento lhe garantiu um lugar na primeira linha de ataque nos playoffs, mesmo sofrendo com hérnia esportiva e dores no joelho.
1996 — Pelo defensor Dan McGillis o Detroit recebeu Kirk Maltby, outro atacante que, sob o comando de Bowman, moldou seu estilo de jogo focando os aspectos defensivos. Os torcedores acostumaram-se a ver Maltby e Draper sempre juntos no gelo, como a melhor linha de matar penalidades do time e por algumas vezes de toda a liga. O entrosamento e a sinergia da dupla também levou Maltby para a Seleção Canadense e fez dele sempre um nome cotado para o Troféu Selke. Em sua quarta conquista da Copa Stanley, perdeu a primeira metade dos jogos por contusão, mas retornou ocupando um lugar na quarta linha.
1998 — Este ano não é especial apenas pela conquista do bicampeonato da Copa Stanley, dedicado ao defensor Vladimir Konstantinov. Foi em 1998 que os Red Wings recrutaram Pavel Datsyuk com a 171.ª escolha geral. Obviamente não havia 170 jogadores melhores que o russo. Daquela safra apenas quatro marcaram mais pontos que ele, e todos têm mais tempo de carreira. Datsyuk só chegou a Detroit quatro anos depois, tímido e sem falar uma palavra em inglês. Assistido de perto pelo Professor Igor Larionov e atuando ao lado de Brett Hull, foi peça importante na conquista da Copa em 2002. Desde então tornou-se o mais habilidoso atacante do time, recebeu um grande contrato e figura entre os artilheiros da NHL. Nos playoffs Datsyuk foi o vice-artilheiro do time, com 23 pontos, afastando definitivamente a imagem de amarelão.
1999 — Naquele ano, lutando pelo tricampeonato, os Red Wings adquiriram em março o defensor Chris Chelios, um dos jogadores mais detestados em Detroit e uma alta aposta do gerente geral Ken Holland, em troca de Anders Eriksson e duas escolhas de primeira rodada. O título não veio, mas a imagem de Chelios aos poucos foi reformada. Em 2000 e 2002 o defensor esteve entre os melhores de toda a liga, mesmo por volta dos 40 anos de idade. Venceu a Copa Stanley em 2002, a segunda de sua carreira e a primeira em Detroit, mas não se aposentou. Apaixonado pelo jogo, sempre recebeu dos Red Wings mais um ano de contrato, o que o trouxe até 2008, aos 46, e que pode levá-lo a 2009. Não disputou as finais da Copa Stanley por opção do treinador Mike Babcock, embora sofresse com dores no joelho.
Meses mais tarde, no recrutamento, os Wings selecionaram com a 210.ª escolha geral o sueco Henrik Zetterberg, outro fruto do trabalho de garimpo dos observadores do Detroit. Além dos irmãos Sedin do Vancouver Canucks, não há outro jogador daquela safra com mais pontos do que Zetterberg. Em seu primeiro ano na NHL perdeu o Troféu Calder para o defensor Barrett Jackman, o que causou certa polêmica. Zetterberg já chegou como um jogador completo, estrela do Timra IK em seu país. Tratado publicamente pela gerência como o próximo capitão da equipe, sempre foi colocado ao lado de Steve Yzerman nos vestiários, para beber diretamente da fonte de liderança. Nos anos de fiascos dos Wings nos playoffs, nunca amoleceu. A recompensa veio através de sua primeira Copa Stanley e do Troféu Conn Smythe, conquistados com 13 gols e 27 pontos, além de vários momentos cravados entre os melhores dos playoffs.
2000 — Foi neste ano que o Detroit escolheu, em 29.º, o único jogador do elenco atual proveniente da primeira rodada do recrutamento, o defensor Niklas Kronwall. Também estrela na Suécia, foi trazido para os Estados Unidos e alojado no Grand-Rapids Griffins, afiliado menor dos Red Wings, para se acostumar ao estilo de jogo diferente da América do Norte. Em seu primeiro ano já passou pelos Red Wings, sofrendo também sua primeira contusão séria (uma perna quebrada). Em 2005, no ano do locaute, foi eleito o melhor defensor da AHL e do Campeonato Mundial de Hóquei. As contusões não abandonaram o jogador, que rompeu ligamentos do joelho e perdeu quase toda a temporada 2006. Às vésperas dos playoffs de 2007, quebrou o osso sacro, o que lhe impediu de disputar a pós-temporada. Este seu elevado quociente de contusões levou um colunista de TheSlot.com.br, que não terá sua identidade revelada, a afirmar: "Se eu fosse gerente geral, trocaria o Kronwall." Hoje o colunista se arrepende do comentário infeliz. Kronwall foi fundamental na conquista da Copa Stanley, distribuindo trancos esmagadores, sendo plenamente seguro na defesa e inflamando o ataque com sua agilidade para conduzir o disco.
Não fosse por uma ruptura nos ligamentos do joelho na primeira semana de abril, Tomas Kopecky seria titular dos Red Wings nos playoffs. Selecionado com a 38.º escolha geral no recrutamento, o atacante liderava a equipe em trancos na temporada regular. No ano passado o tcheco quebrou a clavícula e perdeu 64 jogos, incluindo duas rodadas inteiras nos playoffs. Mesmo sem disputar os playoffs, sua participação na temporada regular garante seu nome na Copa Stanley.
2002 — O ano do décimo título da Copa Stanley também foi produtivo para o Detroit no recrutamento. Na segunda rodada, com a 58.ª escolha geral, a equipe recrutou Jiri Hudler, um tcheco franzino. Em seu processo de aprendizado na América, fez ótima passagem pelos Griffins, onde disputou três temporadas. Nos Red Wings, no entanto, nunca engrenou, sempre peregrinando pelas linhas inferiores da equipe e tendo o nome cotado em todos os boatos de troca. A insistência da gerência rendeu frutos nos playoffs, onde Hudler foi uma grata surpresa, marcando cinco gols e 14 pontos. No desfile dos campeões em Detroit, abandonou a timidez e comportou-se como líder de torcida.
Ainda no recrutamento, na rodada seguinte, os Wings selecionaram Valtteri Filppula com a 92.ª escolha geral. Filppula foi companheiro de Hudler nos Griffins, onde conduziram a equipe até as finais de conferência. Em Detroit, foi o primeiro finlandês a atuar pelos Red Wings. Mesmo sem muito alarde, em seu segundo ano na equipe tornou-se o central da segunda linha. Marcou cinco gols nos playoffs, inclusive o segundo gol da vitória no jogo 6 das finais da Copa Stanley, mesmo atuando durante longo tempo com torção nos ligamentos do joelho. O finlandês será agente livre restrito nestas férias, constituindo um alvo em potencial para a insanidade de outros gerentes da liga, mas Holland deve assegurá-lo com um longo contrato.
2004 — Os Red Wings procuravam por solidez defensiva e agressividade quando selecionaram Johan Franzen em 97.º no recrutamento. O sueco desembarcou em Detroit com 24 anos, pronto para a grande liga. Dentro da equipe foi apelidado por Yzerman de "Mula", porque sempre foi um dos jogadores mais esforçados nos treinamentos. Antes desta temporada a Mula trouxe segurança defensiva e matou penalidades, até descobrir seu faro de gol no mês de março. Franzen marcou 27 gols em 27 jogos, sendo 11 gols da vitória, estabeleceu o recorde da NHL com nove gols em quatro jogos em uma única série (contra o Colorado Avalanche), onde marcou dois hat tricks, e demoliu marcas de Gordie Howe em Detroit. Ao lado de Zetterberg, tornou-se o maior goleador dos Red Wings em uma edição dos playoffs, com 13 gols, mesmo ausentando-se de seis jogos por sofrer com dores de cabeça, resultado de um dano que manteve sangue entre seu crânio e cérebro, o que poderia ter encerrado precocemente não só sua temporada, mas sua carreira.
Em julho de 2004 os Red Wings gostaram do que viram em Brett Lebda, defensor estadunidense nunca antes recrutado e que atuava pela liga universitária. O agente livre recebeu contrato para reforçar os Griffins na AHL, mas diante das eventuais baixas defensivas no time principal, acabou convocado em diversas oportunidades para atuar pelo Detroit. Em 2007 fixou-se na equipe. Ganhar a Copa Stanley era algo que este defensor jamais poderia imaginar, quatro anos atrás. Nos playoffs foi titular, atuando na terceira linha, principalmente por ser veloz e conduzir bem o disco.
2005 — Com a 132.ª escolha daquele recrutamento o Detroit selecionou Darren Helm, central canadense que atuava pelo Medicine Hat Tigers da WHL. Em maio do ano passado, os Tigers disputaram a final da Copa Memorial contra seu maior rival, o Vancouver Giants. Helm foi o melhor jogador do time, mas isso não foi o suficiente para levar os Tigers ao título, o que o deixou muito abatido. Perguntado sobre seus planos para 2008, Helm respondeu que tinha o objetivo de jogar pelos Red Wings, o que pareceu otimismo em excesso para um jogador de 20 anos recrutado na quinta rodada. O melhor cenário para ele previa uma passagem pelos Griffins na AHL.
Doze meses depois, Helm foi campeão da Copa Stanley como central titular da quarta linha do Detroit, destacando-se por sua energia e velocidade, finalizando seus trancos e evitando erros.
Foi em 2005, logo após o locaute, que Holland saiu às compras para reforçar os Red Wings, limpando o que havia de sobras pela liga. Uma de suas apostas foi o goleiro Chris Osgood, de longa história em Detroit. Osgood foi recrutado pelos Wings em 1991, venceu duas Copas Stanley em 1997 e 1998, a segunda como titular, e ganhou jogos a granel, graças ao time extremamente profundo à sua frente. Mas em 2001, com a aquisição de Dominik Hasek, Osgood foi dispensado via Desistência. Em 2004, pouco antes do locaute, o goleiro procurou um profissional renomado de uma escola de goleiros de hóquei para analisar o seu jogo e reconstruí-lo. Então, em 2005, sem melhor opção para o posto de reserva de Manny Legace, Holland ofereceu um contrato a Osgood, que voltou para casa. Quando Hasek falhou nas duas derrotas para o Nashville Predators na primeira rodada dos playoffs, Babcock apostou em seu desconfiavél suplente. Essa é a grande história dos playoffs 2008. Osgood entrou, venceu nove jogos seguidos e foi competente por todo o tempo, não cometendo falhas e realizando grandes defesas sempre que necessário. Não recebeu o Troféu Conn Smythe, mas foi recompensado pela torcida local com os gritos mais barulhentos durante o desfile dos campeões.
No final de agosto, Holland assinou com o defensor Andreas Lilja, resto do Florida Panthers. Pesou a favor do sueco seu tamanho, algo de que um time de hóquei não pode abrir mão. Ao lado de Lidstrom, Lilja aprendeu a jogar, embora isso até hoje seja questionado em Detroit, onde ele certamente é um dos jogadores menos populares — talvez a Copa Stanley amenize as críticas. Lilja não foi titular durante metade da campanha nos playoffs, mas lançado no lugar do Chelios se firmou na terceira linha nas finais. Será agente livre irrestrito e talvez não retorne ao time.
Em setembro, os Red Wings assinaram com Mikael Samuelsson, outro resto dos Panthers, com passagens esquecíveis anteriores por Pittsburgh Penguins e NY Rangers, que já estava na Suíça para disputar a liga local. Samuelsson confirmou para todos aqueles que apenas suspeitavam que o Detroit realmente tinha um pacto sobrenatural com o diabo, porque qualquer um que vista a camisa vermelha e branca joga razoavelmente bem. Nos playoffs, como atacante da segunda linha e integrante da vantagem numérica, o sueco marcou cinco gols, sendo dois no jogo 1 da final da Copa Stanley.
Durante a preparação para a temporada 2006, o Detroit convidou Dan Cleary para participar do campo de treinamento. O jogador aceitou e sobreviveu à experiência, recebendo contrato de um ano com a equipe. Cleary foi recrutado na primeira rodada em 1997 pelo Chicago Blackhawks, após se mostrar um goleador nas ligas inferiores. Na NHL, no entanto, fracassou como matador. Sua persistência e a descoberta de seu talento adormecido lhe renderam duas extensões contratuais, a última por cinco anos. Marcou gols como nunca em Detroit. Nos playoffs destacou-se defensivamente.
2006 — Entre as conquistas da Copa Stanley em 2002 e 2008, muita coisa aconteceu para Dominik Hasek. O goleiro se aposentou, perdeu uma temporada, voltou ao jogo, perdeu outra temporada, vestiu a camisa do Ottawa Senators, encheu os olhos dos fãs novamente, sofreu uma contusão no joelho, voltou ao Detroit, fez ótima pós-temporada na primeira chance, fracassou na segunda e acabou como reserva de Osgood, a quem o destino insiste em aproximar e afastar. Hasek disputou apenas quatro jogos nos playoffs 2008. Suas más atuações em Nashville abriram espaço para o retorno triunfal de Osgood. Ao contrário de 2002, desta vez a torcida não implorou por mais um ano do tcheco, que será agente livre irrestrito e ainda não decidiu se encerra sua carreira.
2007 —
O Detroit não precisou de muito tempo para substituir à altura o defensor Mathieu Schneider, que em julho trocou os Red Wings pelo Anaheim Ducks. No mesmo dia Holland assinou por cinco anos com o melhor defensor disponível no mercado, Brian Rafalski. Nativo de Michigan, Rafalski adorou a oportunidade de voltar para casa, após sete temporadas e duas Copas Stanley pelo New Jersey Devils. Ao lado de Lidstrom, formou a melhor dupla de defesa da NHL. Marcou quatro gols e 14 pontos nos playoffs, sendo peça fundamental no time de vantagem numérica, situação em que é especialista. É de Rafalski a frase do ano, comparando o desfile dos campeões em Detroit e em New Jersey: "Esta é uma incrível atmosfera, aqui em Detroit, muito melhor que um estacionamento."
Oito dias depois, outro agente livre chegou a Detroit. Dezoito anos antes ele foi recrutado pelos Red Wings, mas em 1994 deixou a equipe após uma única temporada completa. Naquele tempo, Bowman declarou que ele era o jogador mais estúpido com quem já havia trabalhado. Mas o tempo promove mudanças. Winnipeg Jets, Phoenix Coyotes e St. Louis Blues ficaram para trás em 13 anos e quase mil jogos na carreira. Dallas Drake era um novo homem, agora em uma nobre missão: conquistar a Copa Stanley. Ele não oferecia 40 gols por temporada, nem 60 assistências, tampouco ficaria à frente do goleiro em vantagem numérica para desviar discos. Não. Drake, humildemente, oferecia sua experiência, as lições aprendidas, e sua raça, toda a extensão de seu corpo para acertar trancos nos adversários e bloquear chutes. Sua agressividade e responsabilidade defensiva fizeram dele titular no Detroit em toda a campanha nos playoffs. Quando Lidstrom ergueu a Copa, não havia outro homem que merecesse tocá-la em segundo lugar mais do que Drake. E este parágrafo não foi escrito por Eduardo Costa, embora seja uma homenagem minha ao jogador e ao colunista.
Mark Hartigan disputou quatro jogos nos playoffs, justamente os quatro primeiros do Detroit, sendo substituído por Helm em seguida. Hartigan fez parte do elenco dos Ducks campeão no ano passado e foi contratado como agente livre para reforçar os Griffins. Acabou atuando pelos Red Wings, mas não o suficiente para ter seu nome gravado na Copa Stanley. Pense nisso: o jogador é bicampeão e não tem seu nome eternizado.
A profissão de Aaron Downey está ameaçada de extinção, mas o intimidador conquistou o seu lugar nos Red Wings. Não muito no gelo, onde ele não viu ação nos playoffs, mas entre os companheiros e a comissão técnica. Downey foi contratado como agente livre para suprir a carência da equipe por um segurança. Disputou 56 jogos na temporada regular, o suficiente para entalhar o seu nome na Copa Stanley. No aquecimento de um jogo contra o Dallas Stars, provocou os adversários e foi multado pela NHL.
2008 — A história recente da vida de Darren McCarty renderia um bom filme. McCarty, herói em Detroit, perdeu tudo que tinha: sua família, seu trabalho e todo o seu dinheiro. Isso geralmente acontece com quem se envolve com drogas. Disposto a se recuperar e a reconquistar tudo, ele se aproximou de Draper e pediu ajuda. Seu amigo lhe ofereceu academia para treinar e uma vaga no Flint Generals da IHL. Dali em diante por seu próprio esforço McCarty escalou degraus. De Flint para Grand-Rapids, dali para Detroit. O contrato com os Red Wings não foi um favor de Holland. McCarty batalhou por esta nova oportunidade da vida e a conquistou por méritos próprios. Nos playoffs ocupou a quarta linha e marcou um gol em 17 jogos, muito mais do que ele poderia sonhar seis meses atrás. Foi campeão da Copa Stanley pela quarta vez.
É fato: defesa ganha campeonato. Quando o dia-limite de trocas se aproximou, Holland sabia que o Detroit poderia ser campeão, porque a equipe teve a melhor defesa da temporada regular. Acrescentar mais uma peça tornaria a vida ficaria menos difícil, então o gerente geral investiu em Brad Stuart, defensor de currículo impressionante pelo vasto número de derrotas e trocas de times. Logo Stuart impressionou pela disposição em desferir trancos, punindo os adversários. Foi o complemento ideal para Kronwall nos playoffs, onde marcou sete pontos e +15 e viu seu filho nascer. Será agente livre irrestrito, mas Holland já manifestou interesse em renovar seu contrato.
Vinte e cinco jogadores, 16 vitórias e uma Copa.