Simon Gagne, do Philadelphia, continuava, até sábado, com 50 gols em 50 jogos ao seu alcance. Ele tinha 21 em 21. Já Daniel Alfredsson, do Ottawa, estava ligeiramente mais longe, com 18 gols em 19 jogos. Mais de 30 jogadores têm chance de passar a marca dos cem pontos, se mantiverem o ritmo atual.
Depois do beisebol, a NHL virou a bola da vez no que se refere a doping. No último dia 4, o comissário Gary Bettman encontrou-se com deputador norte-americanos que estão fazendo pressão por uma legislação anti-esteróides dura que valha para todos os esportes. Bettman mais uma vez disse que é contra esse tipo de teste porque a NHL não está sofrendo desse problema. Dick Pound, presidente da Agência Mundial Anti-Doping, entrou na discussão na semana passada durante uma entrevista para o jornal canadense London Free Press, em que acusou no mínimo um terço dos jogadores da liga estão usando substâncias para melhorar o rendimento no gelo.
A reação não demorou. Do vice-comissário Bill Daly: "Eu sugiro respeitosamente que os comentários do Sr. Pound não são baseados em fatos." De Ted Saskin, diretor executivo do sindicato dos jogadores: "Ele não tem nenhum conhecimento do nosso esporte ou de nossos jogadores e, francamente, não tem o direito de fazer tais comentários." Do atacante Todd Bertuzzi, do Vancouver: "Quem é Dick Pound? Diga a ele para vir ao nossos vestiário quando estivermos sem camisa, e ele vai ver quão turbinados nós somos." Com o novo acordo coletivo de trabalho, a NHL instituiu testes aleatórios para detectar substâncias proibidas. Os jogadores estão sujeitos a pelo menos dois testes por ano. Quem for pego pela primeira vez estará sujeito a uma suspensão de 20 jogos. Reincidentes pegam 60 jogos, e nova reincidência marece expulsão do esporte.
Ao longo de sua brilhante carreira, Wayne Gretzky sempre teve colegas de time para protegê-lo. Agora técnico, ele pareceu não ligar para um ato de retaliação contra um de seus melhores jogadores. Em um jogo do Phoenix em casa na semana passada, o ponta esquerda Todd Fedoruk, do Anaheim, foi expulso no terceiro período ao dar uma cotovelada em Petr Nedved, dos Coyotes. O ata aparentemente foi retaliação por um tranco desferido pelo defensor Denis Gauthier, do Phoenix, em Joffrey Lupul. "Em primeiro lugar, foi definitivamente um ato para expulsão", opinou Gretzky, o técnico novato do Phoenix. "O cara pulou dois metros no ar. Mas vamos deixar para a NHL corrigir." A NHL suspendeu Fedoruk por três jogos. Ele pode voltar na quarta-feira — contra o Phoenix. Os Coyotes perderam o jogo da última quarta por 2-1, a quarta vez nesta temporada que o time não conseguiu estender uma série além da segunda vitória.
Mais Gretzky: o site de leilões Lelands.com está leiloando uma das três cópias do primeiro contrato oficial de Gretzky com o Edmonton Oilers, então na World Hockey Association (WHA). " Para ser sincero, eu não dou a mínima", disse Gretzky. Ele assinou o contrato de dez anos, num valor de US$ 25 mil (sim, US$ 25 mil) no seu aniversário de 18 anos, em 26 de janeiro de 1979. O contrato também está assinado por seu pai, Walter, pelo então gerente geral dos Oilers, Larry Gordon, e pelo então dono do time, Peter Pocklington. Até o fim da semana passada, as ofertas passavam de US$ 5 mil. "Provavelmente está caro", acha Gretzky. O leilão se encerrará em 16 de dezembro.
O técnico dos Rangers, Tom Renney, ainda não apontou um capitão. A vaga está em aberto desde a aposentadoria de Mark Messier, anunciada na pré-temporada.
Em um intervalo durante um treino do Pittsburgh na semana passada, Sidney Crosby e o intimidador Ryan VandenBussche saíram no tapa. Mas não se preocupe: foi algo puramente educacional. "Ele queria brigar comigo", disse VandenBussche ao jornal Pittsburgh Tribune-Review.
"Eu disse: 'Tudo bem, vamos lá.'" Mas, claro, ao invés disso, ele ofereceu ao garoto algumas dicas de pugilismo. "Se você souber onde agarrar um cara, vai saber como se proteger", disse Crosby, "ao invés de tomar alguns murros que não precisaria tomar".
O Toronto está sendo pressionado para aposentar um número ou outro. Até hoje, apenas o número 5 de Bill Barilko e o número 6 de Ace Bailey estão pendurados no teto do Air Canada Centre, mas os números 1, 7, 9, 10 e 27 são considerados "honrosos". "Não gostamos muito de aposentar números", confessa o presidente do clube, Richar Peddie. "Eu acho muito bacana que um bom jogador como Alex Steen use a camisa 10 (como Syl Apps e George Armstrong). É algo subjetivo."
O defensor Ole-Kristian Tollefsen, do Columbus, está dando início a uma nova moda: noruegueses batedores. "Eu não tenho mãos abençoadas ou muita habilidade, como um típico jogador europeu", disse ele ao jornal Columbus Dispatch. Durante a pré-temporada dos Blue Jackets em 2003, Tollefsen esmagou Geoff Sanderson, quebrando o ombro do atacante. "[A diretoria] conversou comigo", lembra ele. "[O GG Doug MacLean] não estava tão bravo. Ele só pediu para eu parar de acertar o pessoal nos treinos e esperar até eu jogar contra outros times."
O atacante Georges Laraque, do Edmonton, sabia que o novato Derek Boogaard, do Minnesota, queria a chance de disputar o título não-oficial dos pesos pesados da NHL, então aceitou o desafio... e derrubou o garoto com um direto de esquerda. "Quando eu comecei na liga, pedia ao Twister (Tony Twist), ao Bob Probert, ao Tie Domi, e eles me davam uma chance", contou Laraque ao jornal Edmonton Journal. Laraque, entretanto, notou que o novato tem tamanho: pouco menos de 2,01 m. "Foi a primeira vez que participei de uma luta onde me senti um anão. O cara deve ter uns três metros de altura!"