A temporada regular que começou festiva para os torcedores do Vancouver Canucks com o aniversário de 40 anos da franquia na NHL, termina com um grande presente aos fãs e diretores da equipe, afinal o Troféu dos Presidentes, premiação dada ao melhor time da temporada regular entre todas as equipes da liga, é de Luongo, são dos Sedins, é de Vancouver.

Nenhuma outra equipe durante quase todos esses meses da temporada encheu tanto os olhos dos admiradores de hóquei quanto este time dos Canucks. Um ótimo goleiro, uma das melhores defesas da liga, um ataque cadenciado pelos gêmeos Sedins e por fim com um finalizador chamado Kesler. Não há nada que possa ser questionado nesse time da Colúmbia Britânica. Até agora na temporada é o melhor mandante, o melhor visitante, o time com o menor número de gols levados, o ataque mais produtivo, o melhor com desvantagem númerica, o mais eficiente na vantagem numérica, líder nos faceoffs, com o líder de assistências da liga, o jogador com mais pontos na temporada, o goleiro com mais vitórias e o melhor em outras estatísticas não menos importantes, há tempos não víamos um time tão dominante. Mais fácil dizermos que desde a expansão de 1967 as únicas equipes a conseguirem a façanha de terem na mesma temporada o melhor ataque e a melhor defesa da liga foram os times do Montreal Canadiens de 1976-77 e de 1977-78, onde ambos encerraram a temporada levantando a Copa Stanley.

É plausível considerarmos uma eliminação precoce dos Canucks mesmo sobrando diante das outras equipes, o passado recente demonstrou isso com San Jose Sharks eWashington Capitals, que respectivamente nas últimas duas temporadas venceram o mesmo troféu e caíram na primeira rodada, mas normal nunca seria. Derrotar uma equipe que em 78 jogos perdeu apenas 9 jogos no tempo regulamentar não será nada fácil, e ainda mais pensando em 4 derrotas com apenas 7 jogos para fazê-las, podemos dizer até como uma tarefa quase impossível.

É pela primeira vez em sua história de quatro décadas que o Vancouver Canucks levanta o Troféu dos Presidentes. É pela primeira vez também por consequência que os Canucks levam o título de sua conferência. O feito fica até mais incrível quando olhamos para a classificação da Conferência Oeste e vemos que a equipe ganhou o troféu antes mesmo de qualquer outro time do Oeste assegurar sua vaga aos playoffs.

O próximo objetivo logicamente é a Copa Stanley, que nunca desembarcou em Vancouver, e talvez essa inexperiência em decisões possa pesar contra. Do atual elenco apenas Mikael Samuelsson já levantara o troféu tão desejado, quando jogava ainda pelos Red Wings. Mas os Canucks podem se espelhar no atual campeão, o Chicago Blackhawks, que tinha apenas dois jogadores que já haviam sentido o doce sabor da vitória — Andrew Ladd e John Madden, com Carolina Hurricanes e New Jersey Devils respectivamente.

Esse mesmo Blachkawks tem sido o vilão recente dos Canucks nos últimos anos, eliminando o time de Vancouver nas duas últimas edições dos playoffs, e o embate entre os dois provavelmente ocorra na primeira rodada, até porque se a temporada terminasse hoje o jogo realmente aconteceria. Com certeza uma tarefa ingrata para ambos os lados, não para nós, que veríamos uma disputa de tão alto nível.

Chegou a hora do Vancouver Canucks fazer história, uma história que começou há 66 anos atrás na extinta PCHL, que um dia já viu os Canucks campeões, algo que a NHL pode estar prestes a conhecer.

Fernnando Dittmar recomenda a festa dos Canucks após a vitória sobre os Kings.

• Capa
• Editorial
• Crosby para o Hart
• Tristeza não tem fim
• Dez!
• Os dois maiores massacres
• Fazendo história
• Os quarentões e os números
• Presidentes, pela primeira vez
• Quem diabos é Zinedine Zidane?
• Os Devils recusam-se a desistir
• Eles se importam com o Troféu?