16 de novembro de 2010
Árbitro torna-se primeiro europeu a apitar na NHL

Direto de Dallas:
Marcos Vinnerborg estreou oficialmente esta noite no Estado da Estrela Solitária. O árbitro sueco apitou o jogo do Anaheim em Dallas ao lado do veterano árbitro canadense Paul Devorski e tornou-se o primeiro europeu a apitar na NHL. O time da casa venceu o jogo por 2-1 e os árbitros apitaram 13 penalidades menores e quatro maiores por brigas, duas para cada lado.

Clique aqui para um vídeo da estreia de Vinnerborg na TSN.

Se Vinnerborg se tornará um pioneiro e inspiração para outros Europeus, só nos resta esperar para ver, mas o Vice Presidente Sênior e Diretor de Arbitragem Terry Gregson não vê motivos para que outros não possam seguir os passos de Vinnerborg.

"Não temos muito tempo disponível", disse Gregson, "mas com certeza temos interesse. Procuramos pelos melhores, no mês passado mesmo estivemos na Europa procurando jovens árbitros da Suécia e da República Tcheca que estivessem abertos à oportunidade de trabalhar na América do Norte. Mas precisamos primeiro e antes de qualquer coisa por árbitros que possam trabalhar dentro do sistema da NHL".

A história de Vinnerborg remete a 2005 quando Gregson e o então Diretor de Arbitragem Stephen Walkom se encontraram para discutir o plano de sucessão. Muitos árbitros de ponta estavam chegando perto da aposentadoria e a NHL precisava de uma forma de aumentar sua fonte de árbitros de alto nível. "Fiz várias clínicas na Europa", Gregson explicou, "e discuti a possibilidade de recrutar alguém. Walkom gostou da ideia. Então, com o passar do tempo, vi Marcus em vários eventos de alto nível. Ele trabalhou no Mundial Juvenil em Vancouver no começo de 2006, e então eu o vi no Campeonato Mundial de Moscou em 2007 e na Cidade do Quebec no ano seguinte".

"Em 2008", continuou Gregson, "começamos a planejar as Olimpíadas de Vancouver, e eu sabia que haveria uma equipe bem variada. Naquele outono, demos um seminário em Berna em conjunto com a Copa Vitória e Marcus era um dos 14 árbitros presentes. Ele trabalhou na Copa Vitória. Sempre que eu o via, eu tinha prazer em observar seu trabalho. Nas Olimpíadas, fiquei encarregado da arbitragem e novamente achei que ele fez um grande trabalho lidando com os melhores jogadores do mundo".

O resultado foi que Gregson ofereceu a Vinnerborg um contrato para tornar-se árbitro na América do Norte. O primeiro ano se passará mais na AHL, pois Vinnerborg tem um contrato de 80 jogos com a liga, mas ele ganhará bastante trabalho na liga de cima também. "Ele tem cinco participações garantidas antes do Ano Novo e eu espero colocá-lo em mais 15 a 20 jogos da NHL no decorrer da temporada", confirmou Gregson.

Devido a sua rotina de trabalho cheia, Vinnerborg não estará disponível para o Campeonato Mundial, que apitou em anos anteriores. "Ele é um ábitro norte-americano agora", Gregson afirmou. "Esperamos escalá-lo para os playoffs da AHL que acontecem em maio e junho, mas um dia gostaríamos de ter alguns de nossos árbitros apitando Campeonatos Mundiais. Teremos algumas pessoas na Copa Spengler este ano pela primeira vez, então seguir nessa estrada é possível".

O que Gregson deixou claro é que qualquer candidato europeu em potencial deve ter duas qualificações importantes. Primeiro, ter experiência com hóquei Norte Americano, tanto em competições menores quanto com as maiores nas quais participam jogadores da NHL, como Mundiais ou Olimpíadas. E depois, ele tem que estar disposto a apitar na AHL como qualquer outro. "Entrar na NHL é uma competição difícil", ele disse. "Na NHL, eles estão trabalhando no nível mais alto, um nível com o qual eles nunca trabalharam antes, então eles têm de estar preparados".

Vinnerborg, usando o número 45, não terá descanso após seu jogo histórico em Dallas. Ele vai acordar cedo para pegar um jogo para Denver e apitar o jogo do San Jose em Colorado naquela noite, antes de ter alguns merecidos dias de descanso.

• Capa
• Editorial
• Adeus, Pat Burns
• Bizarrices em abundância
• Corrupção na arbitragem?
• A última batalha de Laperrière?
• Como nos tempos de escola
• Certas coisas é melhor não falar
• Cedo demais
• Muito longo prazo
• A liga júnior do Oeste
• Campbell vai direto ao ponto
• Vinnerborg faz história