Por: Alexandre Giesbrecht
Um goleiro eficiente
Uma lenda no Ocidente
Com cotovelo doente
Martin Brodeur, um dos goleiros mais duráveis da liga, sofreu uma contusão no cotovelo esquerdo durante partida contra os Thrashers em 1.º de novembro. "Ele se esticou para fazer uma defesa com a luva", disse o técnico do time, Brent Sutter. "Aí ele se esticou de novo. Não sei exatamente o que aconteceu. Ele também tinha sido atingido por um disco no mesmo lugar um pouco antes."
Não era o único ausente
Brian Rolstron, com contusão no tornozelo, e Bobby Holik, contundido no dedo, já estavam fora, e à lista foram acrescentados, além de Brodeur, John Madden (pé) e Andy Greene (mão). Ah, sim, os Devils são um dos poucos times na NHL que divulgam a natureza das contusões de seus jogadores.

Queda do time era iminente

Claudicou inicialmente

Apesar da vitória no jogo em que Brodeur se contundiu, dos seis jogos seguintes os Devils perderam cinco, e no restante conseguiram a vitória apenas nos pênaltis.

Mas o time é persistente

"Vejo um comprometimento real deste time, com todos querendo ir bem e ajudando uns aos outros, especialmente nos últimos jogos", elogiou Sutter na semana passada.

E o ataque surpreendente
Arrasou quem viu pela frente

Nos cinco jogos seguintes, cinco vitórias, com uma média de quase cinco gols marcados por partida, incluindo goleadas por 5-2 sobre os Isles e 7-3 sobre o Lightning, em um contraste violento com os cinco gols que o time marcara nas cinco derrotas anteriores.

Surpreendeu a toda gente

Até os lapsos de mente

Na quinta vitória consecutiva, na última quarta-feira, os Devils venciam os Panthers por 2-0 a menos de dois minutos e meio do fim do jogo. Sofreram um gol de Jay Bouwmeester aos 17:41 e, pior, viram o adversário empatar com um gol de David Booth quando faltavam meros oito segundos para o fim do tempo regulamentar.

Passaram quase impunemente

Esse lapso foi plenamente compensado na prorrogação, quando o defensor Johnny Oduya marcou seu primeiro gol na temporada e deu os dois pontos ao time de New Jersey. "Eu não marco muitos gols", disse, humilde, após a partida.

E o time assim tão quente
Joga com a faca no dente

"A concentração aumenta nessas situações", explica o capitão Jamie Langenbrunner. "Às vezes, é possível que você esteja esperando que outra pessoa faça o trabalho, e agora todos estão fazendo a sua parte. O pessoal ganha uma experiência que normalmente não ganharia e em situações por que definitivamente não passariam. Isso pode melhorar o nosso time."

Massacrando o oponente

A vitória sobre os Panthers, que poderia ter sido por 2-0 — e talvez tivesse sido, se Brodeur estivesse no gol —, foi a primeira da série em que o time não marcou mais de quatro gol ou não venceu por mais de um gol de diferença.


Só parou subitamente

Contra os Penguins, em Pittsburgh, o time perdeu por 4-1.

Diante de quem finalmente
Jogou de um jeito diferente
E impediu que lá na frente
O ataque fosse contundente

O próprio Sutter reconheceu que o time não jogou nos dois primeiros períodos da mesma maneira que vinha jogando, e isso foi determinante na derrota, por os Penguins já tinham aberto 3-0 no segundo intervalo. E, apesar dos 30 chutes a gol, os lances de perigo foram muito poucos.


Sem negar, obviamente
Que havia alguém potente
E jogou por uma entente

Sidney Crosby marcou três gols para os Penguins, consolidando seu primeiro hat trick em casa e o segundo da carreira, e ainda assistiu no gol de Petr Sykora. Com esses pontos, assumiu o segundo lugar na artilharia da liga, atrás apenas do colega Evgeni Malkin.

Marcou três, mas certamente
Com Brodeur seria diferente

Se o elenco é eficiente
As ausências não se sente

"Você perde esses jogadores, e isso tem algum impacto no seu time", diz Sutter. "O mais importante é se acalmar e reconhecer que esses jogadores estão de fora, e temos de fazer os que sobraram jogar de acordo com seu potencial. O elenco tem respondido muito bem a isso."

A torcida fica crente
Que playoffs simplesmente
São possíveis, minha gente

Neste instante os Devils ocupam a sétima posição no Leste, com pelo menos dois jogos a menos que os concorrentes mais próximos. Se a seqüência de vitórias não tivesse se materializado, o time estaria na lanterna da conferência. Como isso não aconteceu, volta a ser um forte candidato a se classificar aos playoffs. É claro que isso vai ser mais fácil se o prognóstico de Brodeus se concretizar e ele voltar para a reta final da temporada regular.


É só cobrar que o dirigente
Não se torne impaciente
E não troque o presente
Tão desesperadamente
Por alguém inconsistente

Nenhum motivo para se esperar que isso aconteça. Como o time vai bem, uma troca de emergência parece desnecessária, a não ser que as coisas piorem novamente, em termos de resultados ou de contusões. O gerente geral Lou Lamoriello não tem um histórico de trocas no calor do momento. Quer dizer, de trocas de jogadores. Todos se lembram das vezes em que ele trocou de técnico na reta final. E o pior é que numa dessas vezes deu certo...
Alexandre Giesbrecht, 32 anos, como poeta é um grande publicitário.
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Página publicada em 3 de dezembro de 2008.