Por
Marcelo Constantino
Antecedentes: Finais da Conferência Oeste de 1996 Tudo começou
em 1996. O Detroit Red Wings almejava ganhar uma Stanley Cup que não
conquistava desde 1955. Na temporada eles quebraram recordes: haviam
realizado a campanha na temporada normal com o maior número de vitórias
(62) na história da NHL e também com o maior hiato de pontos entre o
primeiro e segundo colocados na pontuação geral. Já o Colorado Avalanche
colhia os frutos da famosa troca de Eric Lindros para o Philadelphia
Flyers e formava um timaço, contratando Claude Lemieux - eleito o MVP
dos playoffs do ano anterior e Patrick Roy já na época considerado
um dos maiores goleiros da história da NHL.
Nas semi-finais da Conferência Oeste de 1996, o Avalanche passava com
alguma dificuldade pelo Chicago Blackhawks e os Red Wings penavam para
vencer o St. Louis Blues, o que ocorreria somente na segunda prorrogação
do jogo 7, por 1 x 0, graças a um gol histórico de Steve Yzerman. Veio
então a final da Conferência Oeste entre os dois melhores times da NHL.
O Colorado surpreendeu logo nos dois primeiros jogos, vencendo e impondo-se
fisicamente sobre a equipe de Detroit. A equipe de Denver venceu a série
por 4 x 2 e pôs fim ao sonho dos Red Wings de vencer a Stanley Cup.
Mais uma vez parecia muito próximo (os Wings perderam as finais de 1995
para o New Jersey Devils).
Mas foram os detalhes das partidas que criaram a rivalidade. No jogo
3, Vyacheslav Kozlov aproveita uma disputa ríspida nas bordas para dar
um soco em Adam Foote, abrindo-lhe um corte no rosto. Na confusão que
se formou logo após, Claude Lemieux dá um soco na cara de Kozlov por
trás sem que este o veja. Ele não é expulso da partida, mas é
suspenso pela NHL por um jogo.
O estopim No jogo 6 aconteceu o lance que marcou o início
de tudo: Kris Draper estava com o disco de frente para o banco dos jogadores
do Avalanche quando Claude Lemieux veio por trás e lhe deu o famoso
e violento choque por trás. Draper teve seu maxilar arrebentado e parte
da face dilacerada. Seu algoz foi expulso do jogo e a NHL o suspendeu
mais tarde novamente, na mesma série por dois jogos.
Na saída do jogo, no estacionamento, o técnico do Detroit, Scotty Bowman,
discutiu asperamente com Claude Lemieux e sua família. Mais tarde Bowman
declararia que "bastava que Lemieux desse algum sinal, um telefonema
para pedir desculpas", e tudo se acalmaria. Isso jamais ocorreu. Ao
contrário, Draper virou sinônimo de "chorão" em Denver.
A temporada de 1996-1997 Em 96-97, a equipe técnica e a
gerência dos Red Wings chegaram à conclusão de que o time precisava
de jogadores com mais presença física no gelo, pois de nada adiantava
ter os "Cinco Russos" (Russian Five) Sergei Fedorov, Igor
Larionov, Vyacheslav Kozlov, Viacheslav Fetisov e Vladimir Konstantinov
, jogadores de altíssima qualidade que dominaram a NHL na temporada
anterior, mas que nos playoffs eram suplantados por linhas fisicamente
mais fortes.
Há alguns anos que os Red Wings eram um dos grandes times da liga e
geralmente havia a expectativa da conquista do título esperado desde
1955. Mas o retrospecto era o seguinte:
1993 Eliminado pelo Toronto no jogo 7 da primeira fase dos playoffs;
1994 Novamente eliminado no jogo 7 da primeira fase dos playoffs,
desta vez pela incrível zebra San Jose Sharks;
1995 Derrotado de forma avassaladora nas finais da Stanley Cup, após
tranqüilas séries de playoffs e uma fantástica temporada; e
1996 Mesmo batendo recordes de vitórias, a magia dos russos foi suplantada
pela força, tamanho e eficiência do Avalanche nos jogos decisivos dos
playoffs.
Enfim, eles tinham que construir um time fisicamente maior e mais forte
para os playoffs. E assim o fizeram. Trouxeram Brendan Shanahan logo
no início e o veterano intimidador Joey Kocur durante a temporada e
aumentaram o tempo de jogo de jogadores fortes como Martin Lapointe
e Darren McCarty.
Paralelamente, havia a expectativa das partidas contra o rival Colorado
Avalanche. Em todas as partidas, a história se repetia: os Red Wings
queriam mostrar aos Avs que também sabiam jogar duro. E realmente jogavam.
No segundo encontro entre os times, os Wings chegaram a mandar dois
jogadores dos Avs para o hospital, em conseqüência de trancos duvidosos
de Aaron Ward e Martin Lapointe. Mas Detroit perdia os jogos. Chegou
a estar vencendo o terceiro jogo por 3 x 1, mas impressionantemente
permitiu a reação e perdeu.
A vingança - parte 1: o bloodbath Até que veio o quarto
e último encontro entre os dois na temporada daquele ano, no célebre
26 de março de 1997. Praticamente a força máxima de ambos os times estava
no gelo e Sergei Fedorov fazia sua primeira partida jogando na defesa
uma polêmica tentativa de Bowman de melhorar tanto a defesa quanto
o próprio Fedorov naquele ano.
Logo o Avalanche fazia 1-0, com Valeri Kamensky, e já estourava a primeira
briga logo a seguir, entre Jamie Pushor, pelo Detroit, e Brent Severyn,
pelo Colorado. Mais tarde, após uma grande confusão no meio do gelo,
foi a vez de Kirk Maltby e Rene Corbet. Os dois saíram da enorme confusão
armada só para brigarem entre si.
Chegava perto do fim do primeiro período. Foi quando começaram a se
enroscar Peter Forsberg e pasmem Igor Larionov. Naquele momento
as linhas de ataque eram Shanahan - Larionov - McCarty, pelos Red Wings,
e Kamensky - Forsberg - Lemieux, pelos Avs.
O apito soou e imediatamente Darren McCarty voou para cima de Lemieux
e começou a espancá-lo sem parar. Lemieux não tinha como reagir, apenas
tentava se proteger McCarty estava praticamente montado sobre ele,
socando sua cara. Mais tarde, aquela posição de Lemieux ficaria conhecida
como "tartaruga" na NHL.
Ao ver toda a confusão e Lemieux sendo esmurrado no gelo, Patrick Roy
saiu do gol e correu em defesa de seu companheiro de equipe. Foi quando
Shanahan se atirou para cima dele, interceptando-o. Logo vieram Adam
Foote e Mike Vernon para completar o cenário.
Enquanto Foote e Shanahan imobilizavam um ao outro, Roy e Vernon proporcionavam
uma das mais fantásticas brigas já vistas os dois goleiros no meio
do gelo. Como um dos juizes estava desenroscando Forsberg e Larionov
e o outro estava retirando McCarty de cima de Lemieux, o resto rolava
solto. O locutor e comentarista da ESPN, Gary Thorne, disse que jamais
havia visto aquilo, "os goleiros pareciam estar voando" durante a briga.
["I have never seen two goaltenders... I mean... they were flying,
they were off the ice!"].
Terminado o longo embate, havia uma pequena poça de sangue na área onde
Lemieux havia sido surrado. Ele ficaria o resto do jogo remexendo os
maxilares e por diversas vezes as câmeras o pegaram fazendo isso. A
torcida de Detroit na arena Joe Louis delirava.
Impressionantemente, McCarty não foi expulso, e levou apenas uma penalidade
dupla por roughing. O jogo é reiniciado e quinze segundos depois
estoura outra briga, entre Adam Deadmarsh e Vladimir Konstantinov. Os
juizes aproveitam para compensar o pênalti duplo em cima de McCarty
e dão um pênalti normal para Konstantinov e um duplo para Deadmarsh.
Acaba o primeiro período, o público em Detroit aplaude incansavelmente.
Assim que começa o segundo período, Shanahan e Foote decidem resolver
seus problemas iniciando assim uma longa inimizade entre os dois que
levaria a várias provocações e algumas brigas durante a temporada seguinte.
Logo em seguida, Fedorov empata o jogo numa boa arrancada da defesa
após primoroso passe de Larry Murphy, seu parceiro de linha naquela
noite. Menos de um minuto depois, Kamensky desempata e faz 2-1 durante
vantagem numérica. Dois minutos depois Martin Lapointe empata novamente
o jogo, em jogada rápida, logo ao sair do banco de penalidades. Lapointe
e Kozlov entram trocando passes num dois-contra-um, com Uwe Krupp sozinho
na defesa do Colorado, até que o primeiro manda de primeira para o gol.
O jogo era disputado, mas os Avs sempre mantinham o comando.
Pouco depois, inicia-se uma nova briga generalizada entre vários jogadores.
Mike Keane esmurra violentamente Tomas Holmstrom no chão, enquanto Aaron
Ward e Brent Severyn se engalfinham seriamente num canto. Severyn já
está sem camisa quando o árbitro ordena com veemência que os dois parem.
Ward e Severyn ficam se olhando ferozmente, um para a cara do outro,
nitidamente loucos para se pagarem e o olhar do árbitro parece dizer
algo como "nem pensem nisso, nem pensem nisso!". Eles param e são expulsos
assim mesmo. Foram os únicos expulsos na partida.
Rene Corbet faz 3-2 para o Colorado e as brigas continuam. Deadmarsh
aproveita que McCarty está no mesmo turno e parte para a vingança. Mais
tarde é a vez de Krupp brigar com Pushor.
Num lance controverso e após falha de Vernon, Deadmarsh amplia para
4-2. No final do período Nicklas Lidstrom diminui para 4-3, num gol
em vantagem numérica, logo após uma saída de disco. No terceiro período
não há brigas, apenas um entrevero entre Maltby e Sandis Ozolinsh. Logo
no início, Kamensky completou seu hat-trick e ampliou a vantagem para
5-3, em uma tacada defensável que Vernon não evitou. Aos 8:27 Lapointe,
que não marcava pontos há sete jogos, faz seu segundo gol no jogo num
lance de grande oportunismo, no fim de uma vantagem numérica. O gol
de Lapointe mostra que o time não está morto e a torcida volta a gritar
em Detroit.
"Aquele parecia mais um daqueles jogos contra o Colorado em que o Detroit
tenta, tenta, briga e perde no fim", disse o técnico Scotty Bowman mais
tarde. Entretanto, meio minuto depois do quarto gol, Shanahan empata
num lance esquisito em que ele atirou o disco nas costas de Roy por
trás do gol e entrou. Ninguém havia percebido que era gol, somente
quando viram Shanahan comemorando e a luz piscando.
A platéia delira mais ainda e então os Red Wings começam a tomar vantagem
do cansaço do Colorado que havia jogado na noite anterior em Hartford
e vencido os então Whalers por 4-0. Num determinado momento do período,
há uma sucessão de grandes trancos, todos de jogadores do Detroit em
jogadores do Colorado. A torcida entra em êxtase.
O jogo mais longo da temporada, por causa de todas as brigas, termina
e... prorrogação! Naquele ano ainda não era com quatro jogadores de
cada lado.
No tempo extra, com meio minuto, McCarty "o vingador", como ficou
conhecido mais tarde em Detroit fez o gol da vitória, após grande
passe de Shanahan. Este, por sua vez, completava seu "Gordie Howe hat-trick"
(um gol, uma assistência e uma briga) e Mike Vernon conquistava
sua 300ª vitória da carreira.
Seguem várias entrevistas provocativas após o jogo. "McCarty deveria
ter sido expulso, mas sequer uma penalidade major ele recebeu",
era o que mais diziam em Denver. Mike Keane chamou o time de Detroit
de covarde em uma entrevista. Yzerman e Bowman afirmaram que "até que
alguém partisse pra cima de Lemieux, o jogo 6 das finais de Conferência
do ano passado estaria preso na garganta. Enquanto isso não ocorresse,
haveria sempre uma expectativa em torno de Red Wings x Avs." Bowman
lembrava que, passado quase um ano, Lemieux jamais dera sequer um sinal
de arrependimento.
Finais de Conferência de 1997: A vingança final As equipes voltaram
a se encontrar nas finais de conferência, numa revanche perfeita do
ano anterior. Ambos estavam bem diferentes: os Avs pareciam ter perdido
a força que adquiriram no ano anterior e os Wings eram um time extremamente
compacto, que envolvia o adversário. A equipe de Detroit venceu a série
por 4-2, geralmente em jogos duríssimos exceto por uma troca de 6-0
para cada lado.
No jogo 4, em que o Detroit venceu por 6-0, foi quando estouraram novamente
as brigas. O terceiro período foi repleto delas, com jogadores expulsos
e uma grande poça de sangue no gelo, próximo do fim do jogo. Antes da
goleada, Roy havia dito à imprensa que os Wings iriam defrontar-se com
"o verdadeiro time do Avalanche" naquela noite. No fim da série, no
tradicional aperto de mãos, Lemieux e Draper/McCarty se evitam.
Epílogo Em 1998 a temperatura entre os times ainda estava nas
alturas. Todos aguardavam como seria a primeira partida entre os dois
times na temporada. E começou quente. Logo antes da disputa de disco
inicial, Lemieux troca de posição para ficar frente a frente com McCarty.
Os dois se encaram e trocam palavras até que o jogo começa e imediatamente
os dois partem para a briga. Mais uma vez, Lemieux perde a parada, mas
é aplaudido por seus companheiros. Acreditava-se em Denver que ele precisava
fazer isso para "exorcizar" esse problema. O jogo não foi quente. O
terceiro período nem penalidades teve e os Avs venceram por 2-0, sem
Roy.
No resto dos jogos, a briga constante era entre Foote e Shanahan. Em
um desses, eles chegaram a se engalfinhar por três vezes. Até que no
penúltimo jogo, quando os Wings estavam esfriando na temporada, começa
uma briga generalizada no meio do gelo. Enquanto todos os jogadores
estão na confusão, Roy sai de seu gol e chama Osgood para a briga. Mais
uma entre goleiros. Dessa vez, os dois são expulsos e há um festival
de penalidades por má conduta para os envolvidos. Foi como um novo sangue
para o Detroit, que andava meio morno na temporada. Os Wings foram bicampeões
sem enfrentarem os Avs nos playoffs.
Em 1999 os Wings pareciam endiabrados e venceram as seis primeiras partidas
dos playoffs, inclusive duas contra os Avs. Tudo ruiu na terceira partida
e, dali em diante só deu Colorado, que eliminou o Detroit.
Em 2000 os Avs eliminaram os Wings novamente, dessa vez com mais facilidade.
Em 2001 sequer se enfrentaram nos playoffs. Durante esses anos a rivalidade
arrefeceu um pouco.
No ano passado os times protagonizaram talvez a melhor série da última
década na NHL, vencida pelos Red Wings. Houve de tudo, sete jogos, prorrogações,
provocações e jogadas ríspidas. Sobretudo um hóquei da mais alta qualidade.
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Marcelo Constantino escreveu esse texto pela
primeira vez em 07 de maio de 1999, para a lista NHLbr, com o
título "Detroit x Colorado: tudo o que você precisa saber". Esta
é uma versão revisada e atualizada. |
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O INÍCIO Kris Draper
é retirado do gelo após sofrer um tranco por trás
de Claude Lemieux, no jogo 6 das finais de conferência de
1996 (Arquivo The Slot BR - 1996) |
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BRIGA DE GOLEIROS I O clássico
momento da briga entre Patrick Roy e Mike Vernon (Julian H. Gonzalez/Detroit
Free Press - 26/03/1997) |
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FEROZES Aaron Ward
e Sylvain Lefebvre brigam de forma feroz durante o terceiro período
do jogo 4 nas finais de conferência de 1997. Foram marcados
204 minutos de penalidades apenas naquele período, num total
de 236 na partida (Gabriel B. Tait/Free Press - 23/05/1997) |
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DESTEMPERADO O então
técnico do Colorado, Marc Crawford, tenta tirar satisfações
com Scotty Bowman no fim daquele mesmo jogo 4, o que deu início
a um grande tumulto na partida (Julian H. Gonzalez/Free Press -
23/05/1997) |
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BRIGA PRA TODO LADO
Um panorama geral do sangrento combate no final do jogo 4, com equipamentos
espalhados pleo gelo. Mais tarde uma poça de sangue também
faria parte do cenário (Arquivo The Slot BR - 23/05/1997) |
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REENCONTRO Claude
Lemieux e Darren McCarty trocam provocações antes
de começar a primeira partida entre os times em 1997-1998.
Assim que o disco foi atirado ao gelo, os dois começaram
a brigar (Reprodução/Arquivo The Slot BR - 1998) |
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BRIGA DE GOLEIROS II
Em 1997-1998 foi a vez de Chris Osgood atender ao pedido de Patrick
Roy e partir para a briga. Virou tradição em Detroit:
brigar com Roy é meio caminho andado para conquistar a Stanley
Cup (www.detroitredwings.com - 1998) |
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ADEUS, WINGS Enquanto
o goleiro Chris Osgood fica no chão, os Avs Valeri Kamensky
(13), Claude Lemieux (22) e Peter Forsberg (21) comemoram o quinto
e último gol na partida decisiva em que eliminaram os Wings
dos playoffs (Paul Werner/AP - 18/05/1999) |
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CARRASCO Chris
Drury marca o gol derradeiro sobre Chris Osgood na prorrogação
do jogo 5 das semifinais de conferência de 2000, eliminando
os Red Wings pela segunda vez em dois anos (Daniel Mears/The Detroit
News - 03/05/2000) |
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DESASTRE A desolação
de Patrick Roy e Joe Sakic após o time sofrer o terceiro
gol, ainda no primeiro período do jogo 7 das finais de conferência
de 2002 (Daniel Mears/The Detroit News - 03/05/2002) |
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