25
- Francis, Ronald "Ron" Michael - central (Canadá)
Símbolo maior da franquia Hartford Whalers/Carolina Hurricanes,
Ron Francis nunca teve seu valor reconhecido o bastante na NHL.
Mesmo com duas campanhas centenárias durante seu período
no Pittsburgh Penguins — time onde venceu duas Copas Stanley
— e de ter liderado a liga por dois anos consecutivos em
assistências — 1994-95 e 1995-96 — foi quase
sempre a "sombra" de Mario Lemieux e Jaromir Jagr na
cidade do aço. Como prêmio de consolação,
venceu o Troféu Selke em 1995. Após uma temporada
de 119 pontos, o símbolo de classe e conduta esportiva
voltou para a antiga franquia em 1998. Pelos Canes disputou as
finais da liga em 2002, quando foram derrotados pelos Red Wings.
Encerrou a carreira como um dos maiores pontuadores da história
da NHL.
24 - Pronger, Christopher "Chris" Robert - defensor (Canadá)
Tornou-se um Blue em 1995 após a direção
do Hartford Whalers ter se cansado de seus atos de imaturidade
— como ser preso por dirigir embriagado e se envolver em
brigas de bar. Shanahan foi para Hartford e Pronger foi para equipe
onde se tornaria um dos melhores defensores da NHL. Em St. Louis,
ele logo de cara teve que se enquadrar, pois a equipe era treinada
pelo linha-dura Mike Keenan. Defensor completo, atingiu o ápice
na temporada 1999-00, quando seus 62 pontos e +52 contribuíram
para que vencesse não apenas o Troféu Norris —
melhor defensor —, como também o Hart, como mais
valioso atleta da temporada regular. Após longo período
nos Blues, defende atualmente o Edmonton Oilers.
23 - Belfour, Edward "Ed" John - goleiro (Canadá)
Em suas primeiras cinco temporadas completas na NHL, Belfour liderou
a liga em shutouts em quatro delas, vencendo o Vezina duas vezes.
Com isso, entre ele ou Hasek, o Chicago Blackhawks não
teve dúvidas em mandar o tcheco para os Sabres. Mas como
nada é pra sempre, um dia ele se tornou dispensável.
O temperamental goleiro teve rápida passagem pelos Sharks
até encontrar um lar no Texas, onde, defendendo a meta
do Dallas Stars, chegou a duas finais consecutivas da Copa Stanley,
vencendo o duelo particular com Hasek em 1999 e perdendo a disputa
com Brodeur em 2000. Hoje atua nos Maple Leafs.
22 - Chelios, Christopher "Chris" - defensor (Estados Unidos)
O primeiro americano a ser eleito o melhor defensor da NHL é
o que podemos chamar de "pacote completo". Forte em
ambas as extremidades do gelo, físico, e podendo atuar
por muitos e muitos minutos durante as partidas, Chelios deixou
saudades nos torcedores dos Canadiens e dos Blackhawks. Tendo
nascido em Chicago, tornou-se o primeiro defensor a liderar o
time em pontos. Venceu seu segundo Norris em 1993 — colocando
em plano secundário os mitos Coffey e Bourque. Em 1995-96
foi eleito capitão da franquia e levou pra casa seu terceiro
prêmio de melhor defensor da liga. Até que um golpe
forte foi sentindo pelos torcedores dos Hawks, quando Chelios
foi trocado para os odiados Red Wings em 1999. Sem chance de Copa
em Chicago, logo ele fortaleceu ainda mais o time de Detroit com
assustadores +48, logo em sua primeira temporada completa com
os Wings. A Stanley viria em 2002 — sua segunda, já
que havia vencido em 1986 com os Habs. Continua nos Wings, e,
se for esperto, essa deve ser sua última temporada como
jogador profissional.
21 - Lindros, Eric Bryan - central (Canadá)
O menino mimado, que se recusou a atuar pela equipe que o selecionou
em 1991, era tido como o "the Next One" no início
da carreira. Uma combinação de tamanho, rapidez
e habilidade que levava a crer que se tratava da próxima
super-estrela do hóquei, no mesmo nível de Mario
Lemieux e Wayne Gretzky. Por isso os Flyers mandaram Mike Ricci,
Peter Forsberg, Steve Duchesne, Kerry Huffman, Ron Hextall, Chris
Simon, duas escolhas de primeira rodada e US$ 15 milhões
para o Quebec Nordiques em troca de Lindros. Na equipe da Filadélfia,
ele, apesar de produzir bem, teve uma passagem muito conturbada,
com concussões que quase encerraram precocemente sua carreira.
A encurtada temporada 1994-95 viu o surgimento da "Legion
of Doom", uma fantástica linha com Lindros, LeClair
e Mikael Renberg. Lindros foi um dos líderes da temporada
em pontos, com 70 em 48 jogos, vencendo também o Troféu
Hart, como melhor jogador da temporada, guiando os Flyers a sua
primeira pós-temporada em cinco anos. Em 1997 chegaram
às finais da Copa Stanley como favoritos, mas foram varridos
pelos Red Wings. Após o divórcio definitivo com
os Flyers, atuou nos Rangers até chegar aos Maple Leafs,
sua atual equipe.
20 - Leetch, Brian - defensor (Estados Unidos)
O texano mais querido na Broadway colecionou conquistas no final dos anos 80 e início dos 90. Melhor novato em 1989, melhor defensor em 1992 e jogador mais valioso dos playoffs de 1994, quando fez parte do grupo que deu aos Rangers sua primeira Copa Stanley em 54 anos. Ao vencer o Conn Smythe ele se tornou o primeiro americano a conseguir tal feito. Venceu seu segundo Norris em 1997. Após mais uma temporada de fracasso dos Rangers, Leetch arrumou as malas e foi para o Toronto Maple Leafs em 2004, onde ficou por pouco tempo. Hoje atua em outra equipe original, o Boston Bruins.
19 - Selanne, Teemu Ilmari - asa direito (Finlândia)
Nenhuma temporada de estréia foi como a do finlandês
Teemu Selanne em 1992-93. Talvez tenha sido a mais fácil
escolha de um novato do ano. Seus 76 gols representaram 23 unidades
a mais que a marca anterior, que pertencia ao ex-Islanders Mike
Bossy. Isso sem falar nos 132 pontos obtidos. O atacante ficou
no Winnipeg Jets por três temporadas e meia, até
se transferir para os Mighty Ducks, onde formou uma dupla mais
do que dinâmica com Paul Kariya. Com o time de Anaheim,
Teemu foi o primeiro vencedor do troféu Maurice Richard.
A dupla com Kariya seria desfeita em 2001, quando Selanne foi
para os rivais estaduais, San Jose Sharks. Com a nova equipe chegou
aos 900 pontos na carreira. Voltou a atuar com Kariya no Colorado
Avalanche, mas sem a mesma magia de antes. Em Denver teve sua
pior temporada em 12 anos de NHL. Voltou para Anaheim no início
da atual temporada e parece ter voltado à boa fase.
18 - Bure, Pavel Vladimirovich (Rússia)
Existem gols e existem os gols de Pavel Bure. Raramente o "foguete
russo" marcava um gol feio — se é que eles existem.
Foi o primeiro atleta do Vancouver Canucks a receber um dos grandes
troféus da NHL, quando ficou com o Calder, como melhor
novato da temporada 1991-92. Na temporada seguinte ele se tornou
o primeiro atleta do time da costa oeste canadense a ultrapassar
a marca de 50 gols e 100 pontos em uma temporada. Marcou 60 gols
pelo segundo ano consecutivo e foi peça chave quando os
Canucks chegaram às finais pela primeira e única
vez em sua história, em 1994. Derrotados pelos Rangers
em sete jogos, os Canucks tinham em Bure um atleta capaz de levantar
os torcedores — em qualquer arena em que jogasse —
de suas poltronas. Apesar do passado glorioso, saiu pela porta
dos fundos de Vancouver, por exigir ser trocado. Foi para a ensolarada
Flórida, onde, pelos Panthers, venceu o troféu Maurice
Richard ao marcar 58 gols na temporada 1999-00. Depois, uma breve
passagem pelos Rangers, onde pouco brilhou devido aos costumeiros
problemas no joelho. Recentemente anunciou sua precoce aposentadoria.
Alguns o acusam de egoísta, mas o fato é que, numa
época onde o jogo se tornou amarrado, poucos atletas foram
tão excitantes de se ver como Pavel Bure.
17 - Hull, Brett Andrew - asa direito (Estados Unidos)
Um máquina de marcar gols e um homem sem papas na língua;
Hull sempre foi um prato cheio para a mídia. Filho da lenda
Bobby Hull, formou uma das maiores duplas da NHL com Adam Oates
no St. Louis Blues nos anos 90. O que dizer de um jogador que
certa vez marcou 86 gols em 78 jogos? O mínimo é
que se trata de uma super-estrela. Mas Hull uma vez afirmou que
só poderia se sentir uma se fizesse parte de uma equipe
que vencesse a Copa Stanley. Como isso não era possível
em St. Louis, em 1998 foi para o estado da estrela solitária,
onde encontrou um time onde poderia realizar seu objetivo. E ele
veio da forma "Hull de ser", com muita polêmica.
Com um gol irregular dele, após vários tempos extras,
na sexta partida das finais da Stanley de 1999, os Stars venciam
a mais bela das Copas pela primeira vez. Se o bicampeonato não
veio em 2000, o feito foi repetido em 2002, dessa vez com o Detroit
Red Wings. Anunciou sua aposentadoria durante a atual temporada,
quando defendia o Phoenix Coyotes.
16 - Kariya, Paul Tetsuhiko - asa esquerdo (Canadá)
Um dos maiores goleadores da era moderna do hóquei. Já
em sua segunda temporada na NHL (1995-96) contabilizou 50 gols
e apareceu entre os líderes da liga com 108 pontos. Na
temporada seguinte ficou atrás apenas de Dominik Hasek
na briga pelo troféu de jogador mais valioso da liga, após
levar os Mighty Ducks à primeira pós-temporada de
sua história. Foi também a temporada em que a dupla
Paul Kariya e Teemu Selanne se tornou uma das mais temidas da
NHL. Rápido como poucos e um dos mais limpos atletas da
liga, Kariya participou do que muitos consideravam impossível:
uma final de Copa Stanley com a camisa dos Ducks. A corrida nos
playoffs de 2003 foi memorável, incluindo varrida sobre
os campeões Red Wings e sete jogos na finalíssima
— onde acabariam derrotados — contra os Devils. Após
nove temporadas em Anaheim, Kariya passou rapidamente pelo Colorado
Avalanche e hoje atua no Nashville Predators.
15 - Fedorov, Sergei Victorovich - central (Rússia)
Uma das muitas escolhas tardias que deram certo em Detroit, Fedorov
foi por muito tempo um dos mais versáteis jogadores da
NHL. Na temporada 1993-94 colecionou troféus ao vencer
o Hart, o Lester B. Pearson e o Selke. Terminou em segundo na
artilharia, atrás apenas de Wayne Gretzky. Outro Selke
viria em 1996, após temporada de 107 pontos. Foi parte
integrante da equipe que bateu o recorde de vitórias da
NHL na temporada 1995-96, mas que falhou na pós-temporada.
A Copa Stanley, que teimava em escapar, veio em 1997. Na temporada
seguinte FedEx ficou inativo por longo período, ao se envolver
em uma disputa contratual com a direção da equipe.
Retornou em tempo de ser decisivo nos playoffs. Conquistaria sua
terceira Copa Stanley em 2002. Em 2003 rumou para a Califórnia,
onde, atuando pelos Mighty Ducks, tornou-se o primeiro jogador
russo a chegar aos 1000 pontos na NHL. Sua passagem não
foi das mais proveitosas e, no início da atual temporada,
foi enviado para o Columbus Blue Jackets em troca dos desconhecidos
Tyler Wright e Francois Beauchemin.
14 - Bourque, Raymond "Ray" Jean - defensor
(Canadá)
Uma Copa para Ray Bourque. Esse foi o slogan não oficial
da corrida do Colorado Avalanche nos playoffs de 2001. O homem
que quebrou os recordes conquistados por Bobby Orr e se transformou
no maior símbolo do hóquei em Boston nos anos 80
e 90 não via mais possibilidades de conquistar a Copa Stanley
atuando pelos Bruins. Recebeu sinal verde para tentar a aventura
nas rochosas. Finalmente, em 9 de junho de 2001 realizava o sonho
de erguer o mais belo e importante troféu do esporte mundial,
a Copa Stanley! Após o feito, aposentou-se, detendo a honra
de ser o maior pontuador da história da NHL entre jogadores
de defesa.
13 - Brodeur, Martin Pierre - goleiro (Canadá)
Melhor novato da NHL já em sua primeira temporada completa
com os Devils, para melhorar só faltava vencer a Stanley
na segunda. E o jovem goleiro, que veio de uma família
de atletas, conseguiu, quando sua equipe demoliu os Red Wings
em 1995. Obteve a façanha de ser o primeiro goleiro em
muitos anos a ter dois dígitos na categoria shutout (10),
o que não acontecia desde 1976-77. Outro fato raro foi
ter marcado um gol contra o Montreal Canadiens nos playoffs de
1997. O único empecilho entre Brodeur e o Troféu
Vezina nessa época se chamava Dominik Hasek. Mas, se no
individual não dava, no coletivo seu time — que já
havia sido considerado uma piada por Gretzky nos anos 80 —
ainda venceria mais duas Copas, em 2000 e 2003. O Vezina finalmente
chegou em 2003. Com direito a repeti-lo no ano seguinte. Continua
sendo um dos Diabos de Nova Jérsei e tentará provar
que é mesmo um goleiro de elite, mesmo sem Stevens e Niedermayer
à sua frente.
12 - Lidstrom, Nicklas E. - defensor (Suécia)
É bem provável que esse sueco se torne o primeiro
defensor a ter seu número aposentado pelo Detroit Red Wings,
quando ele decidir encerrar a carreira. Um dos mais clássicos
atletas de sua geração, Lidstrom é sinônimo
de hóquei jogado de forma limpa, mesmo atuando numa posição
onde a principal função é evitar gols. Três
vezes campeão da Copa Stanley e três vezes eleito
o melhor em sua posição na NHL, Lidstrom também
foi o mais valioso jogador dos playoffs de 2002, vencendo o Troféu
Conn Smythe. Pode vir a ser o capitão da equipe, após
a provável aposentadoria de Steve Yzerman ao final da atual
temporada.
11 - Modano, Michael "Mike" Thomas Jr - central
(Estados Unidos)
Nenhum atleta da franquia Minnesota North Stars/Dallas Stars se destacou tanto na NHL quanto Mike Modano. Segundo americano a ser escolhido em primeiro lugar em um recrutamento, Modano ainda poderia ter apresentado melhores números se não tivesse atuado por muitos anos sob o rígido esquema defensivo que reinava na equipe. Foi o toque de classe na equipe campeã da Copa Stanley em 1999 e vice em 2000, quando formava um trio explosivo com Brett Hull e Jere Lehtinen. Atuou no sacrifício na pós-temporada de 1999, mostrando ser uns dos líderes daquela equipe. Continua sendo um dos mais queridos atletas em território texano.
10 - Stevens, Scott - defensor (Canadá)
Se perguntarmos para qualquer torcedor dos Devils quem foi o mais
importante atleta durante o glorioso período onde o time
conquistou três Copas Stanley e chegou a quatro finais,
uma parte considerável irá responder Martin Brodeur,
mas a maioria dirá Scott Stevens. E foi como compensação,
por ter perdido Brendan Shanahan para o St. Louis Blues, que o
rígido defensor chegou a Nova Jérsei em 1991. Na
temporada 1992-93 duas mudanças históricas para
a franquia. O preto deu lugar ao verde no uniforme e Stevens assumiu
a capitania da equipe, para não deixar mais. Em cada uma
das Copas conquistadas ele deixou sua marca com trancos históricos.
Em 1995 contra Keith Primeau e Slava Kozlov. Em 2000 sua maior
vítima foi Eric Lindros, nas semifinais, e de quebra foi
eleito o melhor jogador dos playoffs, levando o Conn Smythe. Em
2003, Paul Kariya foi o "sortudo" da vez. Um dos atletas
mais duráveis da NHL, viu-se em uma situação
incômoda quando perdeu a maior parte da temporada 2003-04
por contusão. No verão de 2005 anunciou sua aposentadoria.
9 - Sakic, Joseph "Joe" Steven - central (Canadá)
Quando chegou aos Nordiques em 1988, Sakic se viu isolado num
mar de mediocridade. Mesmo marcando 100 ou mais pontos em temporadas
consecutivas, ele não pôde evitar que o time da província
de Quebec ficasse sempre na rabeira da liga. Essa situação
durou até 1993, quando o time chegou à pós-temporada
pela primeira vez em seis anos. E quando tudo levava a crer que
os Nordiques se tornariam uma força na NHL, a franquia
foi parar em Colorado. Já em seu primeiro ano em Denver,
Sakic somou 120 pontos na temporada regular, mas foi nos playoffs
que ele brilhou, marcando 34 pontos e vencendo o Troféu
Conn Smythe. Após a varrida sobre o Florida Panthers, teve
a honra de ser o primeiro a receber a Copa Stanley. O Avalanche
teve que igualar uma oferta de US$ 23 milhões por três
temporadas, do New York Rangers, para não perder o seu
capitão, quando ele se tornou agente livre anos depois.
Venceu mais uma Copa em 2001 e se manteve entre os artilheiros
da liga nas últimas temporadas. Continua como capitão
da equipe do Colorado.
8 - Yzerman, Stephen "Steve" Gregory - central
(Canadá)
Assumiu a posição de capitão do Detroit Red Wings com apenas 21 anos, na temporada 1986-87, e permanece como líder da equipe até hoje. Yzerman já foi um atleta de 155 pontos em uma temporada, mas passou a sacrificar sua produção ofensiva em nome do jogo coletivo, o que lhe rendeu o Troféu Selke em uma oportunidade. Também viveu a glória de levantar, como capitão de uma equipe original, a Copa Stanley três vezes. Em 1998 foi o mais valioso jogador da pós-temporada, vencendo assim o Troféu Conn Smythe. Em 2002 deu exemplo ao atuar no sacrifício em boa parte da vitoriosa pós-temporada. Stevie Y deve se aposentar ao final dessa temporada. Um símbolo de fidelidade, que presenciou um período negro da história do clube, mas que ficou, para voltar a fazer desse time um dos melhores da NHL.
7 - Gretzky, Wayne Douglas - central (Canadá)
O maior jogador de todos os tempos viveu seus melhores dias anteriormente
à era NHL/ESPN no Brasil, mas atuou o suficiente para entrar
entre os dez mais. Após bater todos os recordes e vencer
quatro Copas Stanley com o Edmonton Oilers, Gretzky fez do Los
Angeles Kings uma equipe respeitada dentro da NHL. Sua última
final de Copa Stanley foi em 1993, quando não conseguiu
superar Roy & cia. Durante essa etapa nos Kings, ultrapassou
Gordie Howe em pontos e gols para se tornar o recordista absoluto
em ambas as categorias. Foi o maior pontuador da temporada pela
última vez em 1993-94, com 130 pontos em 81 jogos. Em fevereiro
de 1996 foi para os Blues, onde teve rápida passagem após
perder o duelo com Steve Yzerman nos playoffs. Já com 36
anos assinou com o New York Rangers, onde reuniu-se com o amigo
Mark Messier. Quando muitos diziam que ele já estava velho
demais para se destacar, ele provou que estavam todos errados
ao terminar a temporada 1996-97 com 97 pontos em 82 jogos, liderando
a liga em assistências com 72. No ano seguinte mais uma
vez foi o que mais deu passes para gols. Sua última temporada
foi a de 1998-99. Anunciou sua aposentadoria em 16 de abril de
1999. Até hoje detém a maioria dos recordes da NHL.
6 - Messier, Mark John Douglas - central (Canadá)
Os torcedores dos Rangers não aceitam quando dizemos que
Mark Messier foi um dos maiores líderes de todos os tempos.
Para eles, ele foi "O" maior líder de todos os
tempos. E eles têm fundamentos para afirmar isso. Quando
Gretzky deixou os Oilers em 1988, muitos diziam que era o fim
do reinado da equipe de Alberta. Messier provou que estavam errados
e os Oilers foram campeões em 1990. Os Rangers foram buscá-lo
em 1991 e, após 54 anos de seca, a Copa Stanley era conquistada
novamente em 1994. O momento mais marcante daquela pós-temporada
foi a série contra os Devils. Com os Rangers atrás
na série por 3-2, Messier colocou toda a responsabilidade
sobre seus ombros ao garantir que a equipe venceria o jogo 6 e
forçaria uma sétima partida. A equipe começou
o terceiro período perdendo por 2-1, aí Messier
cumpriu o prometido com um hat trick natural, forçando
a decisiva partida. A série foi decidida após dois
tempos extras, com um gol de Stephane Matteau. Nas finais, contra
o Vancouver Canucks, mais sete jogos e com a vitória por
3-2 estava decretada o final dos provocativos gritos de 1940 dos
rivais e a beatificação de Mark Messier em Nova
York. Messier encerrou a carreira como segundo maior pontuador
da NHL em todos os tempos em 2005.
5 - Roy, Patrick - goleiro (Canadá)
Conhecido como São Patrick em Montreal e também
idolatrado em Denver. Roy, o rei dos goleiros, criou um estilo
próprio de atuar que fez escola. O que não conseguiram
imitar foi a sua capacidade de crescer nos momentos mais importantes.
Por isso ele possui no currículo três troféus
Conn Smythe, como jogador mais valioso dos playoffs. Venceu também
quatro Copas Stanley e três Troféus Vezina. Na pós-temporada
de 1993, dez de suas 16 vitórias vieram em jogos decididos
na prorrogação. O casamento com os Canadiens terminou
no dia 2 de dezembro de 1995. Após sofrer nove gols na
derrota de 12-1 para os Red Wings, ele se desentendeu com o treinador
Mario Tremblay, que se recusou a retirá-lo do gelo quando
o vexame ainda não estava tão grande. Roy foi para
o Colorado Avalanche, onde venceu duas de suas Copas e bateu os
recordes de vitórias e de partidas jogadas por um goleiro
na história da NHL. Se aposentou do hóquei profissional
em 2003.
4 - Hasek, Dominik - goleiro (República Tcheca)
Apenas o quinto goleiro na história a vencer o Troféu
Hart — concedido ao melhor jogador da NHL — e primeiro
e único até hoje a vencê-lo consecutivamente
em 1997 e 1998. O tcheco também colecionou Troféus
Vezina, concedido ao melhor goleiro da liga. Foram cinco em seis
anos, e poderia ter sido seis em seis já que contusões
limitaram a quantidade de partidas do goleiro na temporada 1999-00.
Apesar de iniciar sua carreira na NHL vestindo a camisa dos Blackhawks,
foi apenas quando trocado, em agosto de 1992, para o Buffalo Sabres,
que iniciou sua era de "dominador" na liga. Por seis
anos seguidos ninguém teve uma maior porcentagem de defesas
que Hasek, e isso em uma equipe mediana, onde o melhor defensor
era o apenas regular Alexei Zhitnik. Mesmo assim levou o time
à final da Copa Stanley em 1999, quando um gol totalmente
irregular deu o título aos Stars na sexta partida da série.
Em 2001 foi para Detroit tentar conquistar o único título
que faltava. Sem ele os Sabres sequer foram aos playoffs daquele
ano. Já o goleiro venceu o duelo particular — assim
como já havia feito nos Jogos Olimpícos de Nagano
em 1998 — com Patrick Roy nos playoffs de 2002, levando
o time às finais, onde Hasek venceu sua primeira Copa.
Atualmente lidera a liga em vários quesitos, vestindo a
camisa do Ottawa Senators.
3 - Lemieux, Mario - central (Canadá)
Primeiro ele colocou Pittsburgh no mapa do hóquei. Depois
ele fez do Pittsburgh Penguins um time duas vezes campeão
da Copa Stanley. Por último ele manteve Pittsburgh no mapa
do hóquei. O craque, o capitão, o dono. Mario Lemieux
é ainda mais do que isso, o mais talentoso atleta de hóquei
da história na opinião de muitos, ele enfrentou
inúmeras adversidades na carreira e, por amor ao esporte,
venceu todas elas. Só não ocupa o primeiro lugar
desse ranking devido ao grande tempo que ficou fora da NHL. Sua
média de pontos por partida é dessas coisas que
causam espanto. E mesmo após longos períodos de
inatividade ele voltava e liderava a liga em pontos. Venceu seu
último Art Ross em 1997 e depois anunciou sua aposentadoria.
Até esse momento ele possuía a incrível média
de 2,005 pontos por jogo. Seu último retorno foi em 27
de dezembro de 2000, quando em sua primeira partida profissional
em anos, marcou um gol e contribuiu com duas assistências
contra o Toronto Maple Leafs. Recentemente apresentou mais problemas
de saúde e também alertou que os dias de NHL em
Pittsburgh podem estar chegando ao seu fim.
2 - Jagr, Jaromir - asa direito (República Tcheca)
Se no início de sua carreira na NHL Jagr era quase sempre
ofuscado pela presença da mega-estrela Mario Lemieux, o
tcheco mostrou a partir da temporada 1993-94 — quando Lemieux
teve que parar de atuar logo em seu início, depois de ser
diagnosticado com uma forma de câncer — que tinha
talento suficiente para figurar entre os grandes do esporte. Na
encurtada temporada 1994-95 — quando Lemieux não
atuou — os Penguins precisariam de um Jagr estrelar. E foi
isso o que eles tiveram. O tcheco se tornou o primeiro europeu
nascido e criado na Europa a vencer o Art Ross após marcar
70 pontos em 48 jogos. Mario voltou ao hóquei e Jaromir
continuou a aumentar sua produção. Bateu, na temporada
1995-96, os recordes de assistências (87) e pontos (149)
para um asa direito, que pertencia a Mike Bossy. Após uma
das aposentadorias de Lemieux, em 1997, Jaromir Jagr assumiu de
vez o trono, liderando a liga em pontos por três temporadas
consecutivas. Na de 1997-98 foi o único atleta a ter três
dígitos na tabela de pontuadores. Assumiu também
a condição de capitão do time, após
a saída de Ron Francis em 1998. Venceria o Hart em 1999
após outra fantástica temporada, com 83 assistências
e 127 pontos. Com a crise instalada em Pittsburgh, foi para os
Capitals em 2001, onde, apesar de liderar a equipe em pontos,
não foi nem sombra do genial Jagr de outrora, sendo mandado
para os Rangers em troca de... Anson Carter. Hoje lidera os camisas
azuis na busca pela pós-temporada que o time não
vê desde 1997.
1 - Forsberg, Peter - central (Suécia)
Fez parte do pacote que os Flyers mandaram para o Quebec Nordiques,
em junho de 1992, para ter o direito de contar com Eric Lindros.
Sorte dos Nordiques/Avalanche, já que, com esse pacotão
e, em especial, com Forsberg, puderam montar uma grande equipe
que se tornaria uma das melhores da NHL por um longo período
de tempo. Logo em sua primeira temporada Peter venceu o Troféu
Calder, como melhor novato, após terminar com uma média
superior a um ponto por partida. Na temporada seguinte —
já com a franquia no Colorado — dobraria sua produção,
marcando 116 pontos em 82 jogos. Nos playoffs, ótimas atuações
que ajudaram o Avalanche a vencer sua primeira Copa Stanley. Forsberg
era presença constante em qualquer seleção
de melhores momentos de cada semana. Jogadas imprevisíveis
e gols espetaculares sem descuidar dos aspectos defensivos do
jogo. Em outras palavras, um jogador completo. Infelizmente para
o hóquei, muitos problemas físicos passaram a limitar
as aparições do sueco. Nos playoffs de 2001 teve
que fazer uma operação urgente, que o privou de
jogar as finais contra os Devils, quando o Avalanche conquistou
sua segunda Copa. Perdeu toda a temporada regular de 2001-02,
voltando surpreendentemente para a pós-temporada, onde
liderou em pontos. Seu esforço não foi suficiente
e a equipe foi humilhada na sétima partida da final da
Conferência Oeste pelos Red Wings. Venceu seu primeiro Art
Ross em 2003 após liderar a liga em pontos. Também
levou o Hart, como melhor jogador da temporada. Curiosamente hoje
atua na equipe que o mandou embora, naquele pacote já citado
no início desse texto. Ocupa o primeiro lugar nesse ranking
porque foi mais regular que Jagr, raramente atravessando períodos
ruins na carreira.
Eduardo Costa consumiu
duas caixas de Itaipava, um panetone, meia caixa de sucrilho e cinco
pacotes de Doritos, enquanto fazia sua seleção dos
100 melhores da era ESPN/NHL no Brasil. Para relaxar, a cada dez
jogadores analisados, ouvia um pouco de Pantera ou Black Sabbath.
O NÚMERO
1 E o eleito é Peter Forsberg, o melhor jogador
da era NHL/ESPN no Brasil. Jogador completo, a regularidade
de seus anos de Colorado Avalanche o credenciam como o melhor
do período (Arquivo TheSlot.com.br)