50
- Hatcher, Derian - defensor (Estados Unidos) Jogador muito limitado tecnicamente, Derian Hatcher não poderia
atuar de outra forma a não ser abusando do jogo físico. Mesmo
em jogadas que não oferecem muito perigo, o defensor procura sempre
deixar sua marca no adversário. Como a que transformou o maxilar
de Roenick em milhares de pedacinhos, após um tranco criminoso.
O Dallas Stars se beneficiou por muito tempo desse capanga de
elite. Pelo time do Estado da estrela solitária, Hatcher teve
a honra de ser o primeiro jogador ianque a levantar a Copa Stanley
como capitão. Como agente livre, Derian assinou um contrato altamente
lucrativo com os Red Wings em 2003, mas uma contusão no joelho
o fez atuar pouquíssimas vezes com a camisa da equipe. Atualmente
defende as cores dos Flyers, onde continua fazendo "vítimas",
e a mais recente delas foi a jovem estrela dos Penguins, Sidney
Crosby.
49 - Recchi, Mark L. - asa direito (Canadá)
Fez parte da primeira Copa Stanley conquistada pelos Penguins
em 1991, mas foi no rival estadual que atingiu seu ápice na NHL.
Nos Flyers somou 123 pontos em apenas em 84 jogos na temporada
1992-93. Na temporada seguinte, mais um ano acima dos 100 pontos.
Só que aquela versão dos Flyers falhava em se classificar para
a pós-temporada e Recchi fez parte das mudanças feitas pela direção
da equipe. Ele foi para o Montreal Canadiens, com Eric Desjardins,
Gilbert Dionne e John LeClair chegando em troca. Em Montreal sua
produção não foi tão boa quanto a dos anos anteriores, mas temporadas
beirando 80 pontos o mantiveram entre os maiores pontuadores do
time. Em 1999 voltou aos Flyers e teve uma temporada redentora
com 91 pontos em 82 jogos. Hoje atua em sua primeira equipe na
NHL, os Penguins.
48 - Khabibulin, Nikolai Ivanovich - goleiro (Rússia)
Curiosamente teve que brigar com um símbolo de ruindade, pela
posição de goleiro titular do Winnipeg Jets assim que chegou à
NHL em 1994. Lógico que acabou superando Tim Cheveldae e assumiu
a condição de goleiro número um. Em sua terceira temporada ele
se mudou junto com a franquia para Phoenix e lá se consolidou
entre os melhores em sua posição na liga. Até que disputas contratuais
tornaram ruim a convivência com a direção da equipe. Disputou
a temporada 1999-00 na IHL. Em 2001 voltou à NHL defendendo as
cores do Tampa Bay Lightining. Logo em sua primeira temporada
completa na Florida atuou em 70 jogos e obteve sete shutouts.
Em 2002-03 ele e a equipe melhoraram ainda mais e conseguiram
a primeira viagem aos playoffs da franquia desde 1996. Para a
surpresa de muitos foram ainda mais longe na temporada seguinte,
chegando à finalíssima da Stanley de 2004, contra o também surpreendente
Calgary Flames. Após sete partidas Khabibulin era campeão da Copa
Stanley. Depois do título foi seduzido pelos milhões dos Blackhawks,
onde vem atuando de forma medíocre.
47 - Nolan, Owen Liam - asa direito (Irlanda)
A primeira escolha geral de 1990 foi um dos principais nomes do
Québec Nordiques no início da década. Já em seu segundo ano na
liga ultrapassou a marca de 40 gols. Seus 30 gols em apenas 46
jogos na encurtada temporada 1994-95 reafirmaram as expectativas
do que se espera de uma primeira escolha. Em outubro de 1995 —
com a franquia já em Denver —, em uma dessas trocas que ganham
as primeiras páginas dos cadernos esportivos, Nolan foi para os
Sharks em troca de Sandis Ozolinsh. Privado de ter feito parte
da equipe campeã da Stanley de 1996, Owen logo se tornou o principal
nome da franquia californiana. Por muito tempo Nolan foi sinônimo
de Sharks. Na temporada 1999-00 o irlandês, já capitão do time,
ficou atrás apenas de Pavel Bure em gols marcados (44). Em 2002
viria o primeiro título de divisão dos Sharks. No ano seguinte
o time caiu muito e Nolan foi trocado junto ao Maple Leafs, como
parte do processo de revitalização da equipe.
46 - Lehtinen, Jere K. - asa direito (Finlândia)
O finlandês foi o ponto de equilíbrio da poderosa primeira linha
dos Stars campeões da Copa Stanley em 1999. Enquanto Brett Hull
e Mike Modano ganhavam os destaques dos noticiários esportivos,
ele fazia o trabalho sujo. Por isso se tornou um dos mais queridos
atletas do carrancudo treinador Ken Hitchcock. O reconhecimento
também veio por parte da liga e Lehtinen venceu por três vezes
(1998, 1999 e 2003) o Troféu Selke, dado ao atacante que melhor
contribuiu defensivamente para sua equipe na temporada. Continua
nos Stars, onde tenta chegar à sua terceira final de Copa Stanley.
45 - Naslund, Markus - asa direito (Suécia)
Se soubessem que Naslund se tornaria um dos melhores e mais completos
jogadores da NHL, os Penguins nunca o teriam trocado pelo desconhecido
Alek Stojanov em 1996. Se bem que, em sua última temporada com
os Pens, ele havia somado 52 pontos em 66 jogos, dando mostras
do que viria a seguir. Sorte dos Canucks que podem contar hoje
com o talentoso sueco. A combinação Naslund, Morrison e Todd Bertuzzi
se tornou uma das mais temíveis na temporada 2002-03, com Naslund
ultrapassando a marca de 100 pontos pela primeira vez na carreira
e ficando a apenas duas unidades do líder geral Peter Forsberg.
Na temporada seguinte os números não foram tão grandiosos, mas
seus 84 pontos foram suficientes para a terceira colocação entre
os pontuadores ao final da temporada. Os Canucks agora tentam
avançar, pela terceira vez, às finais da Copa Stanley, e contam
com o capitão Naslund para que isso aconteça.
44 - Kovalev, Alexei - asa direito (Rússia)
Alexei Kovalev formou com Mark Messier e Adam Graves a principal
linha do esquadrão do New York Rangers campeão da Copa Stanley
de 1994. Ganhar essa posição de destaque na equipe treinada pelo
polêmico e disciplinador Mike Keenan, por si só já mostra que
Kovalev era mesmo um atleta especial. E isso já em sua segunda
temporada longe da sua pátria. Um ótimo patinador, com um controle
de disco excepcional, logo se tornou um dos ídolos da sofrida
torcida da equipe nova-iorquina. Mas em uma das muitas besteiras
feitas pela gerência da equipe, Kovy foi envolvido na troca que
"rendeu" Petr Nedved aos Rangers. O russo foi para Pittsburgh,
na época uma das mais européias equipes da liga. Na temporada
2000-01 estabeleceu seus melhores números, com 95 pontos. Com
os cofres vazios, Pittsburgh perdeu Kovalev para os Rangers em
2003. Não teve o mesmo sucesso da sua primeira passagem em NY
e acabou contratado por quase nada pelos Canadiens, onde ainda
atua.
43 - Tkachuk, Keith Matthew - asa esquerda (Estados Unidos) Capitão dos Coyotes de 1996 a 2001, Tkachuk tornou-se o primeiro
jogador nascido em solo americano a liderar a NHL em gols — Brett
Hull atuou pela seleção americana, mas nasceu no Canadá —, quando
marcou 52 na temporada 1996-97. Tido como um dos grandes atacantes
de força da época, Tkachuk deixou o deserto do Arizona após dez
temporadas na franquia Jets/Coyotes e foi atuar pelo St. Louis
Blues. Atualmente Keith Tkachuk briga contra a balança e contra
a má fase, atuando no pior time da NHL, os Blues.
42 - Mogilny, Alexander Gennadeyevich - asa direito (Rússia) O homem que, aos 20 anos, ousou desertar a pátria para poder
atuar na NHL, mostrou que o sacrifício valeu a pena. Formou grandes
duplas. Primeiro com Pat Lafontaine, nos Sabres, depois com Pavel
Bure, nos Canucks. Venceu também a Copa Stanley em 2000, logo
em seu primeiro ano como um dos componentes do New Jersey Devils.
Ultrapassou duas vezes a barreira dos 100 pontos. A primeira com
os Sabres, na temporada 1992-93, quando seus 76 gols não foram
igualados ou superados por nenhum outro jogador na liga, e seus
127 pontos foram suficientes para colocá-lo entre os melhores da NHL naquele
momento. A segunda com os Canucks em 1995-96. Após boa passagem
pelo Toronto Maple Leafs, Mogilny está de volta aos Devils.
41 - Turgeon, Pierre - central (Canadá)
O talentoso franco-canadense chegou ao New York Islanders em 1991
após ótimas temporadas defendendo o Buffalo Sabres. Foi o ingrediente
principal de um pacote de atletas usados pela equipe de Buffalo
para obter o genial Pat Lafontaine. Turgeon causou impacto imediato,
com 87 pontos em 67 jogos. Na temporada seguinte (1992-93) ele
atingiu um patamar altíssimo: 58 gols e 74 assistências para um
total absurdo de 132 pontos. Na pós-temporada Turgeon ficou marcado
por uma agressão. Na sexta partida da série contra os Capitals,
Pierre comemorava o quinto gol da equipe, quando foi covardemente
atingido pelo "Príncipe da escuridão" Dale Hunter. Mesmo com seqüelas,
ele voltou ainda naqueles playoffs, contra os Habs nas finais
da conferência. Os Isles não conseguiram repetir o sucesso nas
temporadas seguintes e Turgeon acabou realizando um sonho de criança
quando foi negociado em abril de 1995 para o Montreal Canadiens,
onde atuou apenas uma temporada completa — com ótimos 96 pontos
em 80 jogos. Detalhe: ele foi o capitão do time na última partida
realizada no mítico Forum de Montreal. Turgeon viveria ainda bons
momentos com os Blues — onde a equipe venceria um Troféu dos
Presidentes. Passou pelos Stars e hoje desfila sua classe no Colorado
Avalanche.
40 - Zubov, Sergei - defensor (Rússia)
O defensor de mentalidade ofensiva não precisou de muito tempo
para começar a produzir na NHL. Já na sua segunda temporada (1993-94)
atingiu a marca de 89 pontos e foi um dos pilares da equipe do
NY Rangers campeã da Copa Stanley. Após três anos em NY, foi trocado
junto ao Pittsburgh Penguins, onde ficou por apenas uma temporada.
De lá foi para o Texas, onde se tornou um dos mais consistentes
jogadores da liga. Em 1996-97 liderou todos os defensores em assistências,
com 47. Logo viriam duas finais de Copa Stanley com os Stars.
Venceu uma delas, em 1999. Continua na equipe do estado da estrela
solitária.
39 - Niedermayer, Robert Scott - defensor (Canadá)
Um dos melhores patinadores da NHL, Niedermayer teve, finalmente,
seu valor reconhecido quando foi agraciado com Troféu Norris —
concedido ao melhor defensor da temporada — em 2004. O jogador
teve que se adaptar quando o treinador de mentalidade ultra defensiva
Jacques Lemaire substituiu Herb Brooks no comando da equipe em
1993. Niedermayer era o toque de classe em uma defesa mais conhecida
pela intimidadora presença de Scott Stevens. Pelos Devils venceu
três Copas Stanley, a última contra sua atual equipe, os Mighty
Ducks de Anaheim.
38 - Amonte, Anthony "Tony" - asa direito (Estados Unidos) Quando os Rangers venceram a Copa após seca cinqüentenária
em 1994, um jogador em especial deve ter sentido certa amargura.
Amonte foi trocado pela equipe de NY para o Chicago Blackhawks
— por Stephane Matteau e Brian Noonan — pouco antes dos playoffs
daquele ano. Mas, se privado foi de ter seu nome na Copa Stanley,
pelo menos se tornou imediatamente referência ofensiva em Chicago.
Em busca de grana foi para o deserto do Arizona e logo depois
teve uma passagem sem brilho pelos Flyers. Hoje atua pelos
Flames. Atuou no Jogo das Estrelas em 1997, 98, 99, 2000 e 2001.
37 - LeClair, John - asa esquerdo (Estados Unidos)
Um jogador com esse sobrenome e que começou a carreira defendendo
as cores do Montreal Canadiens teria tudo para se passar por um
franco-canadense, mas LeClair é um dos maiores expoentes do hóquei
ianque dos últimos 15 anos. Apesar de ter vencido a Copa com os
tricolores de Québec em 1993, ele passou a ser considerado um
atleta de elite quando atuava pelo Philadelphia Flyers. Formando
a famosa linha "Legion of Doom" com Eric Lindros e Mikael Renberg,
figurou — assim como os outros dois citados — entre os dez maiores
pontuadores da temporada 1994-95. No ano seguinte atingiu a marca
de 50 ou mais gols pela primeira vez. Repetiu isso nos dois anos
seguintes. Nos playoffs de 1997 produziu 21 pontos em 19 jogos,
o que não foi suficiente para evitar a varrida dos Wings sobre
os Flyers nas finais. Atua hoje pelos rivais estaduais, Pittsburgh
Penguins.
36 - Iginla, Jarome Arthur-Leigh Adekunle Tig Junior Elvis - asa
direito (Canadá)
Uma disputa contratual entre o Calgary Flames e Joe Nieuwendyk
acabou decidindo o futuro de um dos mais talentosos jogadores
de hóquei dos últimos anos. O Dallas Stars recebeu Nieuwendyk
e teve sucesso a curto prazo, mas teve que mandar Iginla para
Calgary. Nascido na rival Edmonton, Iginla já em sua primeira
temporada somou 50 pontos, só perdendo o Calder para Bryan Berard.
Nos anos que se seguiram os Flames falharam miseravelmente no
intuito de voltar aos playoffs. Iginla pelo menos ia dando mostras
do atleta que viria a ser, até que na temporada 2001-02 ele definitivamente
se tornou parte da elite ao vencer o Art Ross com seus 96 pontos
e o Maurice Richard com 52 gols. Quando tudo levava a crer que
os dias de vitórias voltariam, Calgary e Iginla amargaram uma
fraca temporada 2002-03. Nova reviravolta e na temporada seguinte
os Flames alcançariam pela terceira vez na sua história as finais
da Copa Stanley e Iginla venceria o troféu Maurice Richard pela
segunda oportunidade. O sonho de vencer a Copa esbarrou no Tampa
Bay Lightining após sete partidas, mas os Flames e Iginla fazem
parte da elite atual da NHL e são favoritos para retornar às finais
em 2006.
35 - Alfredsson, Daniel - asa direito (Suécia)
Bem ao seu estilo, chegou sem muito alarde aos Senators e à NHL
— 133ª escolha geral —, e, já em sua primeira temporada (1995-96),
representou a equipe no Jogo das Estrelas e também levou o Troféu
Calder — melhor novato. Manteve o alto nível nas temporadas seguintes,
sendo fundamental na transição 'equipe medíocre'-'equipe de elite'
dos Sens nesses últimos dez anos. Teve o valor reconhecido pela
franquia em 1999, sendo eleito capitão após o início do divórcio
do Ottawa com Alexei Yashin. Disputou também o Jogo das Estrelas
de 1997, 98 e 2004. Hoje figura entre os dez melhores jogadores
da liga e deve ultrapassar facilmente a sua melhor marca, 80 pontos,
obtida na última temporada.
34 - Fleury, Theoren "Theo" W. - asa direito (Canadá)
Pequeno demais pra jogar na NHL? Isso nunca foi problema para
o diminutivo canadense. Mas se os defensores grandalhões nunca
o intimidaram, a vida fora do gelo foi sempre complicada para
Fleury, principalmente devido a seu problema como o alcoolismo.
Liderou o time em pontos em seis temporadas durante a década de
90. Sempre muito competitivo, se manteve também entre os melhores
da NHL nesse período. Mas os Flames não eram mais uma das forças
da liga como foram de 1986 a 1989 e a vontade de vencer algo grande
e ter longas corridas em pós-temporada levaram Fleury a deixar
o time onde era líder histórico em gols e pontos e ir para o Colorado
Avalanche em 1999. No time de Denver, teve seu intuito de chegar
às finais da Stanley interrompido pelo Dallas Stars. Depois foi como agente livre para a perigosa Nova York (um festeiro), onde
experimentou algum sucesso quando formou uma forte linha com Eric
Lindros e Mike York. Não durou muito tempo. Hoje em dia, Fleury
atua no Belfast Giants, da Superliga britânica de hóquei.
33 - Richter, Mike - goleiro (Estados Unidos)
Em seu longo período na meta do New York Rangers, Richter bateu
a maioria dos recordes da franquia em sua posição, que antes pertenciam
ao também histórico Eddie Giacomin. Já em sua segunda temporada
completa, foi um dos finalistas do Troféu Vezina. Mas foi após
a saída de Vanbiesbrouck da equipe que ele elevou seu jogo. Nos
playoffs de 1994 ele contabilizou quatro shutouts e venceu as
16 partidas necessárias para que os Rangers conquistassem a Copa
Stanley, após seca que durava mais de cinco décadas. Continuou
na equipe mesmo quando o time voltou a ser motivo de piada na
liga, com vários anos sem chegar aos playoffs. Encerrou a carreira
recentemente ao perder a disputa contra as contusões.
32 - Shanahan, Brendan Frederick - asa esquerdo (Canadá)
Na temporada 1993-94 Shanahan foi entretenimento puro ao combinar
muitos gols (52), pontos (102) e brigas. Por isso era um dos mais
populares atletas em St. Louis no início da década de 90. Isso
durou até 1995 quando numa troca surpreendente ele foi para o
Hartford Whalers, com Chris Pronger indo para os Blues. Mesmo
pontuando bem em Hartford, ele não suportou a bagunçada forma
com que gerenciavam o time e pediu para ser negociado. Aí, em
outubro de 1996, apareceu uma equipe muito forte, e que precisava
de um elemento ofensivo munido de muita garra. Shanahan era a
peça que faltava para os Wings derrubarem a fama de equipe que
morria na praia após ótimas campanhas na temporada regular. Detroit
ainda se livrou de Keith Primeau na negociação. Shanny ajudou
o time a conquistar a Copa já em sua primeira temporada em Hockeytown.
Feito que se repetiu mais duas vezes. Com a camisa dos Wings também
chegou à marca de 500 gols e 1000 pontos na carreira.
31 - Nieuwendyk, Joe - central (Canadá)
Acabou custando aos Stars o jovem Jarome Iginla, mas Nieuwendyk
foi o melhor jogador dos playoffs de 1999, quando o time texano
venceu sua primeira e, até agora, única Copa Stanley. Na oportunidade
Joe marcou seis gols vencedores. O bicampeonato escapou no ano
seguinte frente aos Devils, que, curiosamente, foram o destino
de Nieuwendyk após sua passagem por Dallas. No seu período com
a camisa rubro-negra atingiu marcas importantes, como seu milésimo
ponto na carreira e sua terceira Copa Stanley. Após passagem sem
muito brilho pelo Toronto Maple Leafs, defende hoje o Florida
Panthers.
30 - Foote, Adam - defensor (Canadá)
Amado pelos torcedores dos Nordiques/Avalanche e odiado pelas
outras torcidas da NHL. Conseqüência de um estilo de jogo onde
ele sempre fez o papel de vilão, sempre indo atrás das principais
peças ofensivas dos adversários. Adam Foote foi por muito tempo
um dos quatro componentes-chave do Avalanche, time pelo qual venceu
as Copas Stanley de 1996 e 2001. Após passar toda a carreira pela
franquia que o recrutou na 22ª posição geral em 1989, ele assinou
como agente livre com o Columbus Blue Jackets no verão de 2005.
29 - Robitaille, Luc - asa esquerdo (Canadá)
Ao todo foram 170 atletas escolhidos antes de Robitaille no recrutamento
de 1984, mas apenas um deles — Mario Lemieux — teve mais projeção
que Lucky Luc na NHL. Uma bandeira dos Los Angeles Kings, atuou
ao lado de Gretzky na equipe vice-campeã da Copa Stanley de 1993.
Em suas oito temporadas iniciais na liga, ele atingiu 40 ou mais
gols em todas. Na encurtada temporada 1994-95, Robitaille vestiu
a camisa preta e dourada do Pittsburgh Penguins. A aventura nos
Pens durou apenas um ano, pois na temporada seguinte Luc já estava
na grande maçã, defendendo os Rangers, onde se reencontrou com
Wayne Gretzky. Voltou aos Kings, mas foi seduzido pela grande
oportunidade de conquistar pela primeira vez a Stanley atuando
pelo Detroit Red Wings. Obteve sucesso em sua busca quando sua
equipe venceu, em cinco partidas, os Hurricanes, nas finais de
2002. Após mais uma temporada em Detroit, retornou à sua verdadeira
casa, Los Angeles, onde deve encerrar a carreira como um dos maiores
asas esquerdas da história da NHL.
28 - MacInnis, Al - defensor (Canadá)
Dono da tacada mais temida da NHL nas últimas décadas, o defensor
não conseguiu repetir no St. Louis Blues o feito de 1989, quando
ajudou o Calgary Flames a vencer a Copa Stanley. Em 1999 venceu
o Troféu Norris como melhor em sua posição na liga. Ajudou também
no amadurecimento do companheiro de equipe Chris Pronger. Foi
por quatro vezes eleito para a seleção ideal da temporada. Após
enfrentar problemas na vista durante a temporada 2003-04 e ter
ficado sem atuar durante o frustrante locaute da NHL, Al MacInnis
anunciou sua aposentadoria em 2005.
27 - Sundin, Mats Johan — central (Suécia)
Sundin sempre teve que lidar com altas expectativas. Foi o primeiro
jogador europeu a ser primeira escolha geral na NHL e carrega
o peso de ser capitão de uma das mais populares franquias da NHL,
a que possui a torcida e imprensa mais cruéis da liga. Antes de
chegar aos Maple Leafs ele teve que mostrar aos críticos que os
Nordiques acertaram ao recrutá-lo antes de todos em 1989. Na temporada
1992-93 ele liderou a equipe de Quebec com 114 pontos, levando
os Nordiques à pós-temporada pela primeira vez em seis anos. Em
1994 foi incluído no pacotão de atletas enviado para Toronto em
troca de outro pacotão — que incluía Wendel Clark — para Quebec.
Na equipe de Ontário tornou-se o primeiro sueco a atingir os 1000
pontos na NHL e o primeiro estrangeiro a capitanear o time. Continua
na equipe, que luta para quebrar a seqüência de quase 40 anos
sem Copa Stanley.
26 - Blake, Rob - defensor (Canadá)
Entra facilmente na lista dos melhores jogadores da história dos
Los Angeles Kings. Chegou às finais da Stanley já em sua terceira
temporada completa na NHL em 1993, mas a esquadra californiana
— que tinha nas suas fileiras Wayne Gretzky — não conseguiu
tirar dos Canadiens a glória maior do esporte. Os Kings caíram
muito depois disso e Blake começou a sofrer incontáveis contusões.
Até que, finalmente saudável, voltou a ser um dos melhores homens
de defesa da liga, levando o Norris — melhor defensor da liga
— na temporada 1997-98. Mas playoffs que é bom, os Kings chegaram
a poucos nos anos 90, e quando chegavam, eram varridos. Em busca
da Copa foi para Denver, onde, formando um trio de defensores
impactante — junto a Foote e Bourque —, sagrou-se campeão da
Stanley em 2001. Continua nos Avs.
Eduardo Costa quer
comprar o CD Pragas dos Arrabaldes, que vem com grandes canções
de ótimas bandas como Carne Moída, Esgoto e Menstruação Anarquika!
JAROME IGINLA
Um dos maires valores da NHL da atualidade, ele foi
selecionado como 36º melhor jogador da era NHL/ESPN no
Brasil (Icon SMI/Corbis - 10/10/2005)