Novos
jogadores entram na NHL a cada ano, mas enquanto a maior parte
deles passam quase desapercebidos pela liga, e outros até mesmo
somem no baú do esquecimento, uma minoria fica guardada na memória
dos fãs do esporte. E essa minoria normalmente gera grandes debates
como: quem é o melhor goleiro, Roy ou Hasek? Quem foi o maior
líder, Messier ou Yzerman? O mais intimidador, Hatcher, Foote
ou Stevens? E por aí vai. Qual torcedor de hóquei que nunca se
viu em meio a um debate sobre o melhor goleiro da atualidade,
maior artilheiro dos últimos anos, jogador mais desvalorizado
ou coisas do tipo?
Por isso, quando pensei em fazer algo diferente para a centésima
edição da TheSlot.com.br, peguei meu bloco de anotações e tentei
fazer o melhor possível para selecionar os 100 mais significativos
jogadores da NHL a partir do período em que a ESPN passou a trazer
a ação da NHL para nossos lares, no início da década de 90. Com
isso, grandes craques dos anos 80, que iniciaram seu declínio
no início dos anos 90, como Jari Kurri ou Bryan Trottier
não entraram na lista, e outros, que viveram o ápice antes da
chegada da ESPN em território nacional, como Wayne Gretzky, perderam
um pouco de terreno comparado com jogadores que acompanhamos em
sua plenitude, como Jagr, Forsberg ou Hasek.
Novíssimas estrelas como Rick Nash e Eric Staal, que estão ainda
começando suas promissoras carreiras, não entraram. Outras, que
já estão há mais tempo na liga, ocupam apenas posição intermediária,
como Kovalchuk. Mas se fizermos daqui a 100 edições, uma nova
lista como essa, muitos deles estarão perto do topo. Também destacados
os feitos realizados no período analisado. E isso foi até bom,
porque se eu fosse colocar os melhores momentos da carreira de
Wayne Gretzky no papel, eu precisaria de muito mais tempo livre.
A pré-lista totalizou 162 jogadores e injustiças podem ter sido
cometidas com algum dos 62 “cortados”. Portanto, se o nobre leitor
achar absurdo alguma ausência, ou um ultraje a presença de algum
jogador na lista, basta mandar sua opinião para a TheSlot.com.br,
que publicaremos nas próximas semanas.
Chega de conversa, e confira os 100, que na humilde opinião deste
escriba, marcaram época no período em que tínhamos o prazer de
acompanhar hóquei na telinha. E lembrem-se: minha mãe é uma ótima
pessoa.
100 - Kasparaitis, Darius - defensor (Lituânia) Ganhou notoriedade durante a pós-temporada de 1993, quando
o seu New York Islanders eliminou o favorito Pittsburgh Penguins
— que lutava pelo tricampeonato da Stanley — após
sete batalhas. O pequeno lituano cumpriu tão bem a difícil missão
de parar o artilheiro da liga na oportunidade, Mario Lemieux,
que os Pens — por indicação do próprio Super Mario —
o levaram em novembro de 1996 para atuar no time da cidade do aço.
Lá se tornou um dos mais queridos atletas da equipe. Muitos iam
à arena apenas para vê-lo punir os adversários com seus trancos
kamikazes. Depois de seis temporadas incompletas em Pittsburgh,
teve brevíssima passagem pelo Colorado Avalanche. Hoje atua nos
Rangers, e, infelizmente, não é nem sombra daquele grande hitter
de outrora.
99 - Mellanby, Scott - asa direito (Canadá)
Recordista de pontos (354) e gols (157) com a camisa do Florida
Panthers, Mellanby ajudou a franquia a chegar à sua única final,
em 1996. Também se tornou inimigo público número um dos roedores.
Pouco antes da disputa de disco inicial da abertura da temporada
1995-96, contra o Calgary Flames, um rato apareceu no vestiário
da equipe e Mellanby, com uma tacada de primeira, aniquilou o
bichinho. Naquela noite Scott marcou dois gols. O goleiro John
Vanbiesbrouck somou isso ao rato morto, chegando ao famoso "rat-trick".
Em pouco tempo uma das tradições mais bizarras da NHL ganharia
espaço, com milhares de ratos de borracha sendo jogados ao gelo
na ensolarada Florida. O raçudo jogador teve boa passagem pelo
Blues e hoje atua no Atlanta Thrashers.
98 - Fetisov, Viacheslav Alexandrovich - defensor (Rússia)
Seus melhores anos foram vividos atrás da cortina de ferro, mas
mesmo estreando na NHL — com os Devils — com mais
de 30 anos de idade, mostrou aos norte-americanos porque sempre
figurava entre os melhores defensores da Europa na década de 80.
Sua melhor temporada foi a de 1995-96, com a camisa do Detroit
Red Wings. Aquela mágica equipe venceu 62 partidas na temporada
— um recorde — e contava com mais quatro craques
muito bem conhecidos de Fetisov da antiga seleção soviética: Fedorov,
Kozlov, Larionov e Konstantinov. A derrota para o Avalanche nos
playoffs de 1996, acendeu a falsa idéia que os russos eram técnicos,
mas não tinham aquele desejo incontido de vencer a Copa Stanley.
A prova que isso não era verdade veio após a conquista da Stanley
em 1997, quando Fetisov foi o encarregado de levar o mais precioso
troféu de todos os esportes para solo russo pela primeira vez.
Fetisov encerrou a carreira por cima, quando os Wings voltaram
a vencer a Copa em 1998.
97 - Gomez, Scott Carlos - central (Estados Unidos)
Filho de pai mexicano com mãe colombiana, Gomez se tornou o primeiro
hispânico a atuar na NHL, defendendo as cores do New Jersey Devils
na temporada 1999-00. E não poderia ter tido um melhor começo.
Liderou a liga entre os novatos com 70 pontos, o que o deixou
também na segunda posição na artilharia do time. Ao final da temporada
era campeão da Copa Stanley e detentor do Troféu Calder — concedido
ao melhor novato da temporada. Manteve-se como um dos mais regulares
e produtivos atletas da equipe. Venceu sua segunda Copa Stanley,
também com os Devils, em 2003. Continua atuando pelos diabos.
96 - O'Neill, Jeff - central/asa (Canadá)
Quinta escolha geral do recrutamento de 1994, Jeff O'Neill não
teve um começo explosivo na NHL, mas foi conquistando seu espaço
aos poucos até se transformar no mais perigoso atacante dos Hurricanes
no início do novo milênio. Na temporada 2000-01 chegou a marcar
41 gols, tornando-se ídolo em Raleigh. Na temporada seguinte participou
da surpreendente campanha da equipe, que só parou nos Red Wings,
já na finalíssima da Copa Stanley. Tornou-se atleta do Toronto
Maple Leafs no verão de 2005.
95 - Verbeek, Patrick - asa esquerdo (Canadá)
Foi com a camisa do Dallas Stars que esse raçudo jogador conquistou
a única Copa Stanley de sua longa carreira. O maior feito de Verbeek
até então havia sido capitanear o Hartford Whalers. Passou também
pelo New York Rangers até chegar ao Texas em 21 de agosto de 1996.
Com os Stars, chegou ao seu milésimo jogo na NHL, sendo um dos
heróis invisíveis da histórica conquista de 1999. Em novembro daquele
mesmo ano se transferiu para o Detroit Red Wings, onde chegaria
ao seu milésimo ponto na carreira. Voltou aos Stars, onde encerrou
a carreira em 2002.
94 - Thomas, Stephen "Steve" Anthony - asa direito (Inglaterra) Um dos heróis do New York Islanders na improvável longa corrida
da equipe na pós-temporada de 1993, Thomas foi sempre um desses
atletas que se sacrificam sem temor pelo bem da equipe. Teve também
uma ótima passagem pelo Toronto Maple Leafs, mas só chegou perto
da Copa Stanley defendendo os Mighty Ducks. Thomas foi um dos
atletas que mais mereciam um desfecho diferente do que foi visto
na sétima partida contra o New Jersey Devils em 2003. Assinou
como agente livre com o Detroit Red Wings no início da temporada
2003-04, onde encerrou a carreira após a decepcionante campanha
do time na pós-temporada.
93 - Irbe, Arturs - goleiro (Letônia)
Em 1993-94, o minúsculo Irbe era o indiscutível goleiro titular
do San Jose Sharks. Atuou em 74 jogos, mostrando ser um dos mais
duráveis em sua posição, apesar da aparente fragilidade. Durante
aquela pós-temporada, ele foi um dos responsáveis pela eliminação
do amplamente favorito Detroit Red Wings, e também por levar a
série contra o Toronto Maple Leafs para uma decisiva sétima partida.
Voltou ao grupo de melhores goleiros da liga quando se transferiu
para o Carolina Hurricanes em setembro de 1998, como agente livre.
Pela equipe da terra da Nascar, chegou às finais de 2002, onde,
apesar de grandes atuações — em especial na primeira partida
—, não conseguiu evitar o título dos Red Wings. A má fase
chegou depois desse feito e Irbe acabou indo para ligas menores
na América do Norte.
92 - Kamensky, Valeri - asa esquerdo (Rússia)
Quando Valeri chegou à NHL, existia a expectativa que ele logo
se tornaria um dos dez melhores jogadores da liga. Não chegou
a tanto, mas ele foi uma das peças mais importantes na engrenagem
do Colorado Avalanche na vitoriosa temporada 1995-96. Foram 85
pontos em 81 jogos na temporada regular e 22 pontos nos playoffs
— média de um por jogo. Na época integrava uma das maiores
unidades de vantagem numérica que a NHL já viu. Algumas boas temporadas
se seguiram, mas sem o mesmo destaque. Passou por outras equipes,
como Rangers, Devils e Stars. Atualmente finge que joga na Superliga
russa.
91 - McCarty, Darren - asa direito (Canadá)
Só quem é um torcedor dos Red Wings sabe o que McCarty representou
para a equipe nos onze anos em que atuou em Detroit. Ele assumiu
o papel de vingador e, numa partida sangrenta na temporada 1996-97,
fez Claude Lemieux pagar caro pelo tranco por trás em Draper,
desferido durante os playoffs de 1996. Foi, portanto, um dos maiores
personagens da maior rivalidade da liga no período de 1996 a 2002.
McCarty também foi o autor do gol da vitória, no quarto e derradeiro
jogo das finais da Copa Stanley de 1997 contra os Flyers, que
deu o título aos Wings após uma seca de 42 anos. Ex-integrante
da famosa Grind Line — que contava também com Kris Draper
e Kirk Maltby —, McCarty atualmente defende o Calgary Flames.
90 - Graves, Adam - central (Canadá)
Recrutado pelo Detroit Red Wings, Graves foi sócio de Mark Messier
em duas conquistas de Copa Stanley. A primeira delas, em 1990,
com o Edmonton Oilers. A segunda foi a mais especial. Após marcar
52 gols na temporada regular, ele formou um trio mortal com Alexei
Kovalev e Messier nos playoffs, levando os Rangers à sua primeira
conquista em mais de meio século de espera. Antes disso tornou-se
inimigo público em Pittsburgh, ao quebrar, em um lance acidental,
a mão de Mario Lemieux. Em 2001 foi para San Jose defender os
Sharks, onde atuou por duas temporadas até se aposentar em 2003.
89 - Théodore, José - goleiro (Canadá)
O Montreal Canadiens sempre foi uma equipe com grandes goleiros.
Foi assim no início do século passado com Georges Vezina. A partir
dos anos 50 vieram nomes como Bill Durnan, Jacques Plante, Ken
Dryden e Patrick Roy. Na temporada 2001-02 Théodore honrou essa
tradição e, com fantásticas atuações, tornou-se o segundo goleiro
dos Habs a vencer o Troféu Hart, como o melhor jogador da liga
naquela temporada. Feito que nem mesmo Patrick Roy conseguiu.
Venceu também o Troféu Vezina, após hiato de dez anos sem um goleiro
Habitant conquistar esse concorrido prêmio. Na temporada seguinte,
Théodore naufragou junto à equipe. Recuperou-se em 2003-04 quando
obteve 33 vitórias. Atualmente alterna ótimas atuações com medíocres
partidas numa mesma semana, ainda pela equipe de Quebec.
88 - Andreychuk, David John - asa esquerdo (Canadá)
O jogador que mais marcou gols em vantagem numérica na NHL teve
que esperar mais de duas décadas para conquistar a Copa Stanley.
Mas foi em grande estilo, como capitão do Tampa Bay Lightning
em 2004. Pelo mesmo time atingiu a marca de 600 gols na carreira
(na temporada 2002-03). No início do período ESPN/NHL no Brasil,
Andreychuk era um dos poucos destaques individuais do Toronto
Maple Leafs. Antes havia se destacado nos Sabres. Peregrinou por
várias equipes após sair dos Leafs em 1996, até chegar ao Lightining.
Atuou no Jogo das Estrelas em 1990 e 1994.
87 - Zhamnov, Alexei - central (Rússia)
Iniciou sua carreira na NHL no Winnipeg Jets em 1992 e, em cada
uma de suas quatro temporadas com a equipe canadense, teve uma
média superior a um ponto por partida. A melhor delas foi a reduzida
1994-95, onde ficou em terceiro lugar na artilharia da liga, atrás
apenas de Jagr e Lindros. Em 1996 foi para o Chicago Blackhawks
na mesma negociação que levou Roenick para os Coyotes. Com a equipe
de Chicago chegou ao 600º ponto na carreira. Após rápida passagem
pelos Flyers, o russo foi adquirido pelo Boston Bruins.
86 - Hejduk,
Milan - asa direito (República Tcheca)
Em 1999 Hejduk perdeu
a disputa para seu companheiro de Colorado Avalanche, Chris Drury,
pelo Troféu Calder, mesmo tendo pontuado mais. Mas o tempo mostrou
que o tcheco era o melhor dos dois. Na temporada 2001-02 ele terminou
em segundo em gols (41) na equipe e foi um dos responsáveis pela
Copa Stanley conquistada, após sete confrontos duríssimos contra
o New Jersey Devils. A temporada seguinte foi prejudicada por
contusões, mas em 2002-03 Hejduk venceria o Maurice Richard, ao
marcar 50 gols na temporada. Permanece em Denver.
85 - Murphy, Lawrence "Larry" Thomas - defensor (Canadá)
Um dos defensores que mais atuaram e pontuaram na história da
NHL, Murphy era tido como um atleta decadente em 1997, quando
defendia o Toronto Maple Leafs. Constantemente vaiado pela própria
torcida ele foi enviado para Detroit por meras considerações futuras.
Nos Red Wings repetiria o que fizera no Pittsburgh Penguins: duas
Copas Stanley conquistadas consecutivamente. Se nos Pens ele tinha
a companhia de Ulf Samuelsson, nos Wings o parceiro na maior parte
do tempo era o também sueco Nicklas Lidstrom. Larry se aposentou
aos 40 anos em 2001 e já faz parte do Hall da Fama do hóquei.
84 - Sykora, Petr - asa direito (República Tcheca)
Ex-integrante da "EASy Line" (Elias-Arnott-Sykora), Sykora teve
que assistir, do hospital, a sua equipe conquistar a Copa Stanley
em 2000. Logo no período inicial da sexta partida das finais ele
foi atingido violentamente por um tranco malicioso de Derian Hatcher.
Após o gol do título, marcado por Jason Arnott na segunda prorrogação,
e conseqüente festa no gelo, a Copa Stanley foi para o hospital,
"visitar" o paciente Sykora. O tcheco chegaria a mais duas finais.
Perdeu ambas. A primeira, ainda com os Devils, contra o Colorado
Avalanche em 2001, e a segunda, por ironia do destino, contra
os Devils, defendendo os Mighty Ducks, em 2003.
83 - Thornton, Joseph "Joe" Eric - central (Canadá)
Ganhou as manchetes recentemente, após a gerência dos Bruins ter
cometido a estupidez de mandá-lo para os Sharks em troca de três
jogadores. Recrutado como primeira escolha geral em 1997, foi
acusado por muitos de ser um jogador sem sangue, apesar do talento
que possui. Começou de forma modesta na NHL em 1997, mas dois
anos depois já produzia o esperado. Na temporada 2002-03 ele foi
um dos três jogadores a ultrapassar os 100 pontos. Na temporada
seguinte sua produção foi mais modesta, mas suficiente aos Bruins
para a conquista do título da Divisão Nordeste. Nos playoffs ele
foi muito mal contra os odiados Canadiens, quando atuou no sacrifício.
Após o péssimo começo de temporada da equipe, a direção resolveu
colocar a culpa no capitão. Nos Sharks ele vem pontuando com veracidade
digna de candidato ao Art Ross.
82 - Satan, Miroslav - asa esquerdo (Eslováquia)
O Buffalo Sabres, finalista de 1999, não era apenas Dominik Hasek.
Está certo que sem o Dominador, eles nem em sonho teriam chegado
às finais, mas o time tinha outros bons valores, entre eles esse
eslovaco de nome curioso. Seus 40 gols na temporada 1998-99 ilustra
essa afirmação. O gol irregular de Brett Hull frustrou o sonho
da conquista maior, mas Satan continuou sendo a peça ofensiva
mais importante da franquia até se transferir para o New York
Islanders em 2005.
81 - Richards, Brad - central (Canadá)
Assim que chegou ao Lightning, estabeleceu os recordes de gols
(21), assistências (41) e pontos (62) da franquia entre jogadores
novatos. Manteve a boa pontuação na temporada seguinte, mas foi
na temporada 2003-04 que ele escreveu seu nome no grupo dos grandes.
Foram 79 pontos na temporada regular e 26 nos playoffs. Sua atuação
lhe valeu o Troféu Conn Smythe e foi decisiva para o Tampa Bay
conquistar sua primeira Copa Stanley. Seus sete gols de vitória
na última pós-temporada constituem um recorde.
80 - Hossa, Marian - asa esquerdo (Eslováquia)
A 12ª escolha geral de 1997 representa com fidelidade uma tendência
bem atual: cada dia os jogadores europeus chegam mais novos à
América do Norte. Apenas uma temporada na principal liga de hóquei
da Eslováquia e Marian Hossa já estava deixando o Velho Continente
para trás. Um goleador nato que curiosamente teve um papel mais
defensivo em seus primeiros jogos pelo Ottawa Senators. Mas quando
os gols começaram a aparecer, veio a notoriedade e a indicação
ao Troféu Calder de 1999. Na temporada seguinte já se aproximou
da marca de 30 gols. Feito que atingiria e ultrapassaria nas temporadas
seguintes. Na temporada 2003-04 somou 82 pontos, terminando em
quinto na tabela de pontuadores. Numa negociação de alto impacto,
foi negociado para o Atlanta Thrashers pelo também promissor Dany
Heatley no início da atual temporada.
79 - Schneider, Mathieu - defensor (Estados Unidos)
Fez parte dos Canadiens campeões da Copa Stanley de 1993. Defensor
de características ofensivas, logo se tornou figurinha carimbada
na listas de defensores mais perigosos em situações de vantagem
numérica. Envolvido na negociação que levou Pierre Turgeon para
Montreal em abril de 1995, foi parar em Long Island, onde ficou
menos de duas temporadas completas defendendo os Islanders. Voltou
para o Canadá em 1997, para atuar pelos maiores rivais de sua
primeira equipe, os Maple Leafs. Como os Leafs falharam em se
classificar para os playoffs em duas de três tentativas, Schneider
foi rifado. Passou também pelo New York Rangers e Los Angeles
Kings até chegar à sua atual equipe, o Detroit Red Wings.
78 - Numminen, Teppo Kalevi - defensor (Finlândia)
Os torcedores de Winnipeg e Phoenix tiveram a honra de contar
com um dos mais duráveis jogadores da era moderna do hóquei. Teppo
Numminen era o pilar de sustentação da defesa dos Coyotes, quando
a franquia viveu seu melhor momento e tinha também Nikolai Khabibulin,
Jeremy Roenick e Keith Tkachuk entre seus atletas. Por isso um
sentimento de amargura foi sentido quando no verão de 2003
ele foi negociado para o rival Dallas Stars. Hoje é um dos raros
veteranos na jovem equipe do Buffalo Sabres.
77 - Peca, Michael "Mike" Anthony - central (Canadá)
Peca fez parte da negociação que levou Alexander Mogilny para
Vancouver Canucks em 1995. Em troca o Buffalo Sabres recebeu um
dos atacantes mais comprometidos com os aspectos defensivos do
jogo. Peca era o homem de confiança do treinador Lindy Ruff, tanto
que passou a capitanear a equipe após a saída de Donald Audette,
em 1998. Antes disso, venceu em 1997 seu primeiro Troféu Selke.
Em 1999 veio a maior frustração da carreira, ao perder a Copa
Stanley após seis equilibradas partidas contra o Dallas Stars.
Foi contratado a peso de ouro pelos Islanders em 2001 e ajudou
a equipe de Nova York a retornar aos playoffs após longo período
de ausência. Apesar da injusta eliminação nos playoffs pelas mãos
do Toronto Maple Leafs, Peca terminou a temporada com seu segundo
Troféu Selke. Atualmente é peça nula no Edmonton Oilers.
76 - Ozolinsh, Sandis - defensor (Letônia)
Reza a lenda que o letão Ozolinsh uma dia passou da linha azul
e não voltou mais. O gosto do defensor pelo ataque lhe rendeu
muitas críticas, mas é inegável que ele foi um dos defensores
de maior repercussão na NHL nos anos 90. Iniciou sua aventura
na liga atuando pelo San Jose Sharks, onde fez parte da equipe
que eliminou, para espanto geral do planeta hóquei, os Red Wings
nos playoffs de 1994. Foi para o Colorado Avalanche em troca de
Owen Nolan em outubro de 1995. Pela equipe de Denver tornou-se
um dos melhores jogadores de vantagem numérica da liga, conquistando
sua única Copa Stanley em 1996 e sendo constantemente chamado
para o Jogo das Estrelas. Perambulou pelos Hurricanes e pelos
Panthers até chegar ao Anaheim Mighty Ducks, onde disputou mais
uma final de Stanley, dessa vez ficando com o vice-campeonato,
em 2003. Hoje briga contra mais uma de suas muitas lesões.
Eduardo Costa não
se recorda de algum filme bom com Ralph Macchio no elenco. E nunca
viu coisa pior que o filme(?) "Karatê Kid - A Hora da Verdade".
Ops, tem um: "Karatê Kid 2 - A Hora da Verdade Continua".