75
- Sydor, Darryl M. - defensor (Canadá)
Enquanto muitos atletas terminam a carreira sem sequer sentir
o cheiro da Copa Stanley, Sydor já poderia encerrar a carreira
com a satisfação de quem disputou quatro finais. A primeira delas
pelos Kings, quando não foram páreos para os Canadiens, em 1993.
Após cinco temporadas em LA, uma providencial mudança para o Texas.
Nos Stars ele foi um dos mais regulares atletas no time que chegou
a duas finais consecutivas, vencendo a primeira delas em 1999.
Após longo período em Dallas, atuou em apenas 49 jogos com o Columbus
Blue Jackets, de onde partiu rumo a Tampa Bay. Deu ao corpo defensivo
dos Bolts aquele adicional que só quem já venceu a Copa pode dar.
O resultado foi a primeira Stanley do time da Florida, e segunda
de Sydor.
74 - Koivu, Saku - central (Finlândia)
Para um europeu ser capitão da mais tradicional e vitoriosa franquia
da história da NHL, ele tem que possuir atributos mais do que
especiais, e esse finlandês preenche os requisitos necessários.
Um vencedor dentro e fora do gelo, que foi às últimas conseqüências
para continuar vivendo e jogando hóquei após ser diagnosticado
com um tipo de câncer em 2001. Seis meses após a trágica notícia
ele voltava ao gelo para liderar o Montreal Canadiens rumo à primeira
aparição da equipe nos playoffs desde 1998. Durante essa pós-temporada,
ele e os Habs mantiveram o velho hábito de eliminar os Bruins,
tidos na época como amplos favoritos. Hoje continua capitaneando
os Canadiens, que possuem uma jovem e talentosa equipe.
73 - Kolzig, Olaf - goleiro (Alemanha)
"Ollie the Goalie", tem um dos trabalhos mais complicados da NHL
na atualidade: ser o goleiro titular do Washington Capitals. Função
que vem exercendo desde a temporada 1997-98, quando Jim Carey
se transferiu para o Boston Bruins. Nos playoffs daquela temporada
ele entrou para a galeria dos goleiros mais conhecidos do planeta
hóquei, ao levar sua equipe às finais. Mesmo com os Caps varridos
nas finais, ele foi um dos melhores jogadores da série final contra
Detroit. Duas temporadas depois venceu o troféu Vezina. Continua
na franquia, onde detém o recorde de número de partidas e de vitórias
para jogadores de sua posição.
72 - Konstantinov, Vladimir - defensor (Rússia)
Embora a primeira palavra que vem à cabeça quando lembramos de
Vlad seja tragédia, vamos focar no que era Konstantinov antes
daquele infeliz 13 de junho de 1997. Konstantinov tinha um dos
ingredientes principais para um defensor triunfar na NHL: atingia
os adversários com dureza impressionante, seja nas bordas ou no
meio do gelo, e na maioria esmagadora das vezes, sem cometer penalidades.
A defesa dos Wings com ele era um território hostil, onde quem
passasse poderia se tornar uma vítima em potencial de trancos
demolidores e certeiros. Em suas seis temporadas teve um total
de +185 no +/-, incluindo aí assustadores +60 na mágica temporada
1995-96. Se o título não veio em 1996, ele foi conquistado no
ano seguinte, quando Vlad e seus companheiros russos varreram
os favoritos Flyers. Naquelas finais um tranco em especial, contra
Dale Hawerchuk, mostrou ao mundo porque ele era conhecido como
Vladimir, o terrível. Em 1998, já com Vlad debilitado pelas seqüelas
do acidente, ele foi o primeiro a receber a Copa Stanley das mãos
do capitão Steve Yzerman.
71 - Gilmour, Douglas "Doug" Robert - central (Canadá)
Nunca um atleta do Toronto Maple Leafs produziu tanto em uma única
temporada quanto Gilmour em 1992-93. Ele estabeleceu recordes
com suas 95 assistências e 127 pontos. O Toronto só não chegou
à disputa da Copa Stanley porque um certo Wayne Gretzky fez miséria
no sétimo jogo da série entre Kings e Leafs durante a final da
Conferência Campbell. Essa temporada inspirada o levou a ser o
segundo mais votado para o Troféu Hart e a vencer o Selke daquele
ano. Na temporada seguinte, 111 pontos e novamente os Leafs chegaram
às finais de conferência. Teve o "C" estampado na camisa em 1994
mas, com a volta do Toronto ao fundo da tabela e com sua produção
no gelo caindo, ele acabou negociado junto aos Devils em 1997.
Perambulou por outras equipes até encerrar a carreira.
70 - Desjardins, Eric - defensor (Canadá)
Embora muitos associem Desjardins aos Flyers, seu maior feito
na carreira foi ter feito parte dos Canadiens campeões da Copa
Stanley em 1993. Ficou no tricolor até ser trocado — junto a
LeClair e Gilbert Dionne por Mark Recchi — para os Flyers em
1995. Defensor disciplinado, fez parte de muitas tentativas frustradas
por parte do time da Filadélfia de conquistar a Copa. Chegou bem
perto em 1997, mas teve os Red Wings de Scotty Bowman pela frente.
Continua defendendo os Flyers.
69 - Yashin, Alexei - central (Rússia)
A primeira escolha de todos os tempos do Ottawa Senators, viveu
entre tapas e beijos com a torcida e a direção da equipe da capital
canadense. Chegou ao time na temporada 1993-94, quando os Sens
eram exatamente o oposto do que são agora. Ou seja, uma equipe
mais do que péssima. Os 79 pontos em 83 jogos de Yashin foram
uma das poucas coisas boas daquela temporada, embora no +/- o
russo tenha terminado com sofríveis -49! Nos anos seguintes a
equipe continuou perdendo jogos em larga escala e Yashin sendo
um dos poucos a se safar. Daniel Alfredsson chegou em 1995 e com
os dois jovens europeus a equipe foi pela primeira vez à pós-temporada
(1996-97). Em 1999 Yashin sequer atuou na NHL, devido a problemas
contratuais. Ele voltou para a temporada 2000-01, onde, apesar
de produzir 88 pontos, foi vaiado toda vez que tocava no disco
pela sua própria torcida. Terminada a temporada o inevitável aconteceu
e Yashin foi faturar milhões e mais milhões com um longo e lucrativo
contrato com o New York Islanders.
68 - Joseph, Curtis - goleiro (Canadá)
Chegou do modo mais incomum à NHL. Sem ser recrutado, assinou
como agente livre com os Blues em junho de 1989 e daí em diante
passou a ser figurinha carimbada na liga. No Canadá foi ídolo
de duas torcidas. Em Edmonton foi fundamental em duas longas viagens
dentro dos playoffs. Na pós-temporada de 1997 participou de um
lance antológico contra o Dallas Stars, até hoje vivo na mente
de quem o presenciou: jogo 7, prorrogação, Joe Nieuwendyk dá o
chute certeiro, com a meta vazia, mas Cujo mergulha e opera o
milagre. Depois disso Todd Marchant bateu o ex-Oiler Andy Moog
para concretizar uma das maiores surpresas da era moderna da NHL.
Em 1998 foi a vez do Avalanche ser vitimado por Cujo e seus asseclas.
Em Toronto, Cujo também foi ídolo, estabelecendo o recorde de
vitórias da franquia com as 35 da temporada 1998-99. No ano seguinte
ele melhorou essa marca e os Leafs chegaram pela primeira vez
aos 100 ou mais pontos em uma temporada. Cujo deu adeus a Toronto
e foi substituir Hasek em Detroit em 2002. Fracassou e hoje tem
poucas chances de vencer a Copa Stanley atuando pelos Coyotes.
67 - Lemieux, Claude Percy - asa direito (Canadá) Como esse aqui é um trabalho profissional (?), tenho que
incluir Claude Lemieux — o Forrest Gump do hóquei, como bem definiu
nosso companheiro de TheSlot.com.br, Humberto Fernandes — nessa
lista. Claude Lemieux sempre esteve no lugar certo, na hora certa.
Após atuar apenas dez jogos na temporada regular de 1985-86, ele
brilhou nos playoffs com dez gols, incluindo quatro vencedores.
Onze anos depois, já defendendo os Devils, liderou a pós-temporada
em gols com 13, vencendo o Troféu Conn Smythe. Tornou-se o quarto
jogador a vencer a Copa Stanley com três franquias diferentes
quando fez parte do Colorado Avalanche, campeão em 1996. Nesse
período foi um dos principais personagens da rivalidade entre
Avalache e Red Wings. Conquistou sua quarta Copa em 2000, novamente
com os Devils. Passou ainda por Phoenix Coyotes e Dallas Stars.
66 - Weight, Douglas "Doug" Daniel - central (Estados Unidos) Weight foi um dos poucos destaques individuais do Edmonton
Oilers após o final da era de ouro da equipe. Oriundo do New York
Rangers — de onde chegou através de uma troca simples por Esa
Tikkanen em 1993 — Doug, mesmo com pontuação centenária, não
conseguiu levar o time aos playoffs em 1996. Na temporada seguinte,
seus 82 pontos em 80 jogos, somados à sólida atuação de Curtis
Joseph e ao aparecimento de Ryan Smyth, foram os fatores que fizeram
a equipe voltar aos playoffs após hiato de quatro anos. Sucedeu
a Kelly Buchberger como capitão do time em 1999. Após nove temporadas
como um Oiler, ele assinou como agente livre com os Blues, onde
atua até hoje.
65 - Palffy, Zigmund "Ziggy" - asa direito (Eslováquia)
O eslovaco demorou a se adaptar ao estilo norte-americano de jogar
e passou um bom tempo atuando na extinta IHL antes de entrar de
vez nos planos dos Isles em 1995. Quando começou a se sentir em
casa em Long Island, tornou-se, por quatro temporadas (1995-96/1998-99),
um dos pouco motivos de alegria dos torcedores do New York Islanders,
com uma média de pontos que beirava um por jogo. Em junho de 1999
foi trocado junto aos Los Angeles Kings, onde formou um trio perigoso
com Luc Robitaille e Josef Stumpel. Após o locaute da NHL ter
chegado ao fim em 2005, assinou com os Penguins de Pittsburgh.
64 - Brind'Amour, Rod J. - central (Canadá)
O rosto de Brind'Amour parece uma toalha remendada, e isso mostra
o tipo de jogador que ele sempre foi. Batalhador, sempre sacrificou
corpo e estatísticas a favor do coletivo. Um estilo de jogar que
sempre agradou em cheio aos torcedores do Philadelphia Flyers.
Por isso não foram poucos os que protestaram quando, em janeiro
de 2000, o GG Bobby Clarke o mandou para o Carolina Hurricanes
em troca de um jogador sem sangue, Keith Primeau. Mas Rod não
era apenas sacrifício e entrega, ele também marcou 30 ou mais
gols em suas primeiras três temporadas com os Flyers. Beirou os
100 pontos na temporada 1993-94 e foi o que mais marcou gols nos
playoffs de 1997 (13), quando sua equipe foi varrida nas finais
da Stanley pelos Red Wings. A equipe de Bowman mostrou-se mesmo
a pedra nos patins de Brind'Amour, quando, em 2002, já defendendo
o Carolina Hurricanes, perdeu outra finalíssima de Copa Stanley
para a equipe de Michigan.
63 - Gonchar, Sergei - defensor (Rússia)
Um dos maiores defensores ofensivos da história recente do hóquei
russo, Gonchar por muitos anos foi a principal arma da equipe
de vantagem numérica dos Capitals. Pela equipe da capital americana
chegou às finas da Copa Stanley de 1998 — perdendo para os Red
Wings — e se tornou o primeiro defensor russo a chegar à marca
de 20 ou mais gols em uma temporada. Não foi poupado da recente
debandada geral de craques dos Capitals, sendo transferido para
o Boston Bruins, onde liderou a liga entre os defensores, com
58 pontos na temporada 2003-04. Não durou muito em Boston. Atualmente
naufraga junto ao Pittsburgh Penguins.
62 - Vernon, Mike - goleiro (Canadá)
Entre as muitas ótimas decisões já tomadas pelo mestre Scotty
Bowman, uma contribuiu e muito para ter tirado o Detroit Red Wings
da longa fila de 42 anos sem Copa Stanley. Chris Osgood foi o
titular durante a temporada 1996-97, mas quando chegaram os playoffs,
ele deu a missão de ser o goleiro n.º 1 ao experiente Mike Vernon,
e ele respondeu tão bem que não apenas levou a equipe ao título,
como também foi eleito o melhor jogador daquela pós-temporada.
Com duas Copas Stanley no currículo, Vernon foi para o San Jose
Sharks, onde teve duas boas temporadas. Após passagem pelos Panthers
e Flames — clube pelo qual venceu a Copa em 1989 — encerrou,
de forma melancólica, a carreira.
61 - Bondra, Peter - asa direito (Eslováquia)
O maior ato de respeitabilidade da história do Washington Capitals
provavelmente não teria sido alcançado sem a presença desse atirador
de elite. Durante a temporada 1997-98 ele atingiu a marca de 52
gols pela segunda vez na carreira — fato ainda mais significativo
se considerarmos que já estávamos na era "trappiana" —, e contribuiu
para a viagem dos Caps às finais da Copa Stanley, onde foram varridos
pelos Wings. Depois de longo período no time foi para os Thrashers
de Atlanta, onde ainda atua.
60 - Coffey, Paul Douglas - defensor (Canadá)
Seus melhores dias não foram os que estamos abordando aqui nesse
especial, mas mesmo assim Paul Coffey deu mostras de ser um jogador
diferenciado em nossa época de NHL na ESPN "brasileira". Um de
seus três Troféus Norris foi conquistado em 1995, quando defendia
os Red Wings. Na temporada encurtada pelo primeiro grande locaute
da NHL, ele contabilizou 58 pontos em apenas 45 jogos. Durante
os playoffs sua média de um ponto por jogo não foi suficiente
para evitar a varrida sofrida frente aos Devils na finalíssima.
Coffey chegaria a mais uma final — em 1997 —, mas, curiosamente,
seu time, o Philadelphia, foi varrido pela sua ex-equipe, o Detroit.
Teria sido sua quinta Copa, já que havia vencido outras três com
os Oilers e uma com os Penguins. Coffey não soube o momento certo
de parar e penou por várias equipes até encerrar a carreira.
59 - Elias, Patrick - asa esquerdo (República Tcheca)
Elias precisou mostrar muito serviço na AHL para poder chegar
até os Devils. E ganhou seu espaço na temporada 1997-98, quando
ficou em terceiro na disputa de melhor novato. Duas temporadas
depois, ele somou 72 pontos, com 35 gols. Foi crucial também nos
playoffs, com 20 pontos em 23 jogos, que culminaram na conquista
da Copa Stanley sobre os Stars. O gol do título foi marcado pelo
companheiro de linha — a famosa EASy Line que tinha também Petr
Sykora — Jason Arnott, após passe de Elias na segunda prorrogação.
Na temporada seguinte Elias atingiu seu ápice na liga com 96 pontos
e nova participação nas finais, só que sem final feliz, contra
o Avalanche. A segunda Copa de Elias chegou em 2003. Na atual
temporada os Devils vêm sentindo a falta do tcheco, que se recupera
de uma enfermidade.
58 - Larionov, Igor Nikolayevich - central (Rússia)
Apesar de ter atuado na melhor fase de sua carreira em sua Rússia
natal, o Professor deu incontáveis provas aos norte-americanos
do por que ser considerado um dos maiores jogadores russos de todos
os tempos. Sua primeira parada nas Américas foi em Vancouver,
onde se reuniu com o velho companheiro da linha KLM, Vladimir
Krutov. Depois se reuniria com Sergei Makarov, o outro membro
da famosa linha, no San Jose Sharks. Anos depois estava em Detroit,
onde teve a companhia de Slava Fetisov, Sergei Fedorov, Vladimir
Konstantinov e Slava Kozlov por produtivas temporadas. Bicampeão
da Stanley, Larionov se tornaria um dos heróis da terceira conquista
em 2002, quando marcou contra os Hurricanes, na terceira prorrogação,
o gol da vitória no jogo 3. No quinto e último jogo daquela série,
deu o açucarado passe para Thomas Holmstrom decidir a Copa a favor
da equipe de Hockeytown. Defendendo os Devils, anunciou sua aposentadoria
aos 42 anos, em 2004.
57 - Kovalchuk, Ilya - asa esquerdo (Rússia)
Se a estrela dos Thrashers está em colocação relativamente baixa
nesse ranking é devido ao seu pouco tempo de NHL. Kovalchuk é
uma das jóias que manterá a NHL como a melhor liga do mundo por
mais uma boa quantidade de tempo. Primeiro russo a ser selecionado
como primeira escolha geral de um recrutamento da NHL, poucas
coisas na NHL se comparam a ver Ilya partindo com o disco rumo
à meta adversária. É quase certeza de ouvir a sirene disparar.
Estreou na NHL na temporada 2001-02 e formou com o também novato
Dany Heatley, uma das mais talentosas duplas de jovens estrelas
da história da liga. Os dois "brigaram" pelo título de novato
do ano, mas uma contusão no ombro encerrou prematuramente sua
temporada. Mesmo assim, seus 51 pontos foram suficientes para
terminar em segundo entre os novatos naquele ano. Na temporada
2003-04 foi a vez de Heatley ficar de fora por uma quantidade
grande de partidas — só que por motivos bem mais trágicos. Kovalchuk
assumiu a condição de estrela solitária do Atlanta Thrashers nesse
período e terminou a temporada em segundo lugar em pontos (87)
e primeiro em gols (41), vencendo assim o seu primeiro troféu
Maurice Richard — junto a Jarome Iginla e Rick Nash.
56 - Demitra, Pavol - asa esquerdo (Eslováquia)
Muito pouco utilizado durante as três temporadas onde esteve sob
contrato com o Ottawa Senators, Demitra finalmente encontrou um
lar quando foi para o St. Louis Blues em novembro de 1996. Com
a saída de Brett Hull para o Dallas Stars alguns anos depois,
ele assumiu a responsabilidade de substituir o ídolo da torcida
e tornou-se referencial ofensivo do time. Durante a mágica temporada
1999-2000, quando os Blues emergiram como melhor time da temporada
regular, Pavol foi seu maior pontuador pelo segundo ano consecutivo.
Mesmo assim, Pavol nunca recebeu o verdadeiro reconhecimento na
liga. Atualmente exibe seu jogo explosivo com a camisa dos Los
Angeles Kings.
55 - St. Louis, Martin - asa direito (Canadá)
Chegou da maneira menos comum à NHL. Sem passar pelo recrutamento,
poucos eram os que viam em St. Louis um atleta de futuro na liga.
Teve suas primeiras chances no Calgary Flames, mas, sem espaço
na equipe canadense, foi parar em Tampa Bay. O diminuto atacante
estava em vias de realizar uma boa temporada em 2001-02, até quebrar
a perna. Na seguinte, finalmente passou a ser conhecido como um atleta
de futuro, mas foi na temporada 2003-04 que Martin passou a ser
conhecido por quase a totalidade dos fãs de hóquei do Planeta
Terra. Liderou a liga com 94 pontos e se tornou o primeiro jogador
desde Gretzky em 1987 a vencer os troféus Hart, Art Ross e, mais
importante, a Copa Stanley numa mesma temporada. Feitos gigantescos
para um dos menores atletas da liga. Na atual temporada, St. Louis
tentará manter o Lightning no ponto mais alto.
54 - Heatley, Dany James - asa esquerdo (Canadá)
O Jogo das Estrelas geralmente não serve para muita coisa, mas
a edição de 2003 pelo menos deu a oportunidade do planeta hóquei
conferir uma das mais belas exibições de talento dos últimos anos,
cortesia de Dany Heatley. Antes disso ele já dava mostras que
seria um jogador de grande futuro na liga. Em sua primeira temporada
completa, formou com o russo Ilya Kovalchuk uma dupla de alta
periculosidade na NHL. Seus 67 pontos lhe valeram o Troféu Calder,
com Ilya ficando em segundo lugar pela disputa de melhor novato
do ano. Não apenas manteve o alto nível, como melhorou ainda mais
na tabela de pontuadores, ficando, na temporada 2002-03, entre
os dez maiores artilheiros da NHL. A vida era bela para o jovem
nascido na Alemanha, mas de sangue canadense, até se envolver
em um acidente automobilístico que custou a vida do seu companheiro
de Atlanta Thrashers, Dan Snyder. Heatley, que dirigia o veículo
na hora do acidente, passou meses se recuperando das contusões
ganhas no acidente. Após três anos com os Thrashers pediu para
ser trocado, tendo seu desejo atendido quando foi negociado junto
ao Ottawa Senators por Marian Hossa e Greg De Vries. Atualmente
é um dos melhores jogadores da liga, atuando na melhor equipe
da NHL.
53 - Roenick, Jeremy Shaffer - central (Estados Unidos)
Um verdadeiro showman, essa é a melhor definição desse atleta
que sempre atuou com intensidade desmedida. Estrela dos Blackhawks
no início dos anos 90, marcou mais de 100 pontos em três temporadas
consecutivas, de 1991 a 1994. A partir de 1994 teve que enfrentar
problemas no joelho e uma concussão. Após oito temporadas em Chicago
foi para o deserto do Arizona, onde fez parte da melhor equipe
já vista em Phoenix. No verão de 2001 foi para os Flyers, onde
atingiu a marca de 1000 pontos na carreira. Hoje atua no cenário
perfeito para seu estilo debochado, Los Angeles.
52 - Oates, Adam - central (Canadá)
Teve a sorte de formar grandes duplas na carreira, mas não de
realizar o grande sonho da maioria dos atletas de hóquei: vencer
a Copa Stanley. Nos Blues passou a ser reconhecido como um dos
maiores criadores de jogadas da NHL e foi responsável por muitos
passes de gols para Brett Hull. Depois, já com a camisa do Boston
Bruins atuou ao lado de Cam Neely e se manteve entre os maiores
assistentes da liga. Só em 1992-93 foram 97 passes para gols.
Fez parte também de duas surpreendentes equipes que chegaram às
finais da Copa Stanley, mas que perderam a grande chance: Capitals,
em 1998, e os Mighty Ducks, em 2003.
51 - Damphousse, Vincent Francois - central (Canadá)
O que seria melhor para um franco-canadense, nascido em Montreal,
do que vencer a Copa Stanley pelos Canadiens? Nada é a resposta.
Após entrar na liga ao ser recrutado pelos rivais Maple Leafs
e atuar nos também canadenses Oilers, Damphousse chegou ao tricolor
em 1992. Já em sua primeira temporada contabilizou os melhores
números de sua carreira — 97 pontos. Nos playoffs manteve o nível
com 23 pontos em 20 jogos e, junto ao goleiro, Patrick Roy foi
importantíssimo na 24ª e última Copa Stanley dos gloriosos. Ficou
em Montreal até 1999 quando foi para a Califórnia, defender o
San Jose Sharks. Com a camisa dos Sharks chegou à marca de 1000
pontos na carreira. Sua última equipe foi o Colorado Avalanche.
Com a recusa dos Canadiens em contratá-lo no início da atual temporada,
Vincent decidiu se aposentar.
Eduardo Costa é fã
do João Kléber, e acha que nenhum apresentador de TV enrola tão
bem o telespectador quanto ele.