Por: Dan Arritt

Dean Lombardi chegou a Los Angeles nas férias de 2006, assumindo o posto de presidente e gerente geral dos Kings e trazendo consigo um olho para o talento e um histórico de sucesso.

Desde o início, Lombardi falou de um plano de cinco anos que envolveria a reconstrução do plantel com jovens talentos e a chegada de veteranos que poderiam dar o exemplo. Ainda assim, foi uma renovação dolorosa, com o Los Angeles Kings não conseguindo ser melhor do que quarto na Divisão do Pacífico nas três temporadas seguintes.

"Foi difícil chegar aqui," disse o defensor Jack Johnson, que se juntou aos Kings ainda novato em 2007. "Você queria ganhar todos os jogos mas por outro lado estava na equipe que provavelmente iria perder."

Mas a dor e os sacrifícios valeram a pena. Os Kings se classificaram para os playoffs na última temporada pela primeira vez desde 2002, e começou esta semana com o melhor desempenho da NHL.

"A parte de reconstrução acabou," disse Anze Kopitar, um dos únicos que estava na equipe quatro anos atrás. "Agora tudo depende de nós."

A reconstrução veio por etapas.

Lombardi trouxe veteranos qualificados com uma forte presença de vestiário, como Jarret Stoll, Justin Williams, Ryan Smyth e o defensor Matt Greene, disse adeus a jogadores como Sean Avery, Rob Blake, Michael Cammalleri e Patrick O'Sullivan , que pareciam estar mais interessados em um bom salário do que fazerem parte de um processo de reconstrução.

Ele cuidou com carinho de jovens jogadores que trouxe, como Kopitar e Dustin Brown, ambos escolhas de primeira rodada do recrutamento, e segurou-os em contratos de longo prazo.

Ele também reformulou a equipe com suas outras escolhas do recrutamento, como o ponta Wayne Simmonds na segunda rodada de 2007 e o defensor Drew Doughty pela segunda escolha geral de 2008.

Por fim, trouxe um treinador que não inventa moda e gosta de um forte esquema defensivo. Terry Murray herdou a equipe nas férias de 2008, quando a equipe vinha de 266 gols sofridos na temporada e obteve a pior marca da Conferência Oeste.Os Kings diminuíram esse número para 234 em 2008-09, e em seguida para 219 na temporada passada.

"A nossa zona defensiva era uma preocupação quando ele chegou, com ele fomos melhorando aos poucos," disse Brown. "Essa foi sua maior preocupação nos primeiros anos."

Lombardi acredita que a combinação de recrutamento, trocas e as contratações tem desempenhado um papel fundamental em trazer a franquia de volta ao escalão principal da NHL, mas ele disse que a peça final do quebra-cabeça veio se desenvolvendo aos poucos.

"Vinte e três jogadores que aprenderam a se gostar todos os dias," disse ele. "Isso pode parecer pouco, mas nos dias de hoje isso faz uma grande diferença."

Os jogadores concordam plenamente.

"Nós crescemos juntos nesses últimos três ou quatro anos," disse Brown. "As coisas se tornam mais fáceis quando conhecemos uns aos outros fora do gelo."

Kopitar disse que a proximidade de idade dos jogadores também pesa nessa boa relação.

"Nós não temos muito diferença de idade, e mesmo aqueles que são um pouco mais velhos, acabam se aproximando," disse ele. "Cinco anos atrás, quando eu cheguei aqui, tínhamos jogadores mais velhos e outros muito jovens. Não tinha meio termo."

Nem tudo foi ouro nesses anos de Lombardi, mas ele rapidamente admite seus erros e busca uma forma de concertá-los.

Lombardi recrutou o goleiro Jonathan Bernier, décima primeira escolha geral de 2006 e, em seguida, no começo da temporada 2007-08, nomeou-o como titular da equipe quando tinha apenas 19 anos de idade. Ele perdeu três de suas primeiras quatro partidas e muito de sua confiança, fazendo com que fosse enviado de volta à equipe dos juniores. Lombardi admitiu que essa decisão foi uma das "cinco decisões mais idiotas" que ele fez desde que chegou em Los Angeles.

Mas mesmo assim houve algo para se comemorar. Bernier está de volta ao time nesta temporada e, apesar de ser o reserva, ele e Jonathan Quick dão aos Kings uma das melhores duplas de goleiros da liga.

O trio de veteranos Stoll, Williams e Smyth já desponta como uma sólida segunda linha, produzindo 34 pontos nos 11 primeiros jogos e desafogando a pressão depositada em Kopitar e Brown na primeira linha.

O sistema defensivo também tem se mostrado bastante produtivo cobrindo o espaço deixado na linha azul pelos lesionados Greene e Doughty, e se espera que não perca sua força na recuperação de um pulso quebrado do recém-chegado Willie Mitchell.

"Agora, estamos trilhando esse caminho," disse Kopitar. "Com a esperança de que possamos seguir em frente."

Dan Arritt escreve para o Bleacher Report. O artigo original foi publicado em 11 de novembro e traduzido por Fernnando Dittmar.

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Página publicada em 14 de novembro de 2010.