NOTAS e FOTOS • Por: Humberto Fernandes e Thiago Leal

Não é o Pittsburgh Penguins, nem o Vancouver Canucks. O time mais quente da liga desde o dia-limite de trocas é o Atlanta Thrashers. Pelo menos era até a rodada de terça-feira.

Mesmo sem qualquer possibilidade de classificação aos playoffs, eliminados desde o dia 26 de fevereiro, os Thrashers venceram seis jogos consecutivos, incluindo três confrontos como visitante e uma goleada pra cima do Washington Capitals em Atlanta.

É a maior sequência de vitórias da história da equipe, mas que não vai levar a lugar algum. Na verdade, os triunfos consecutivos pioraram a posição dos Thrashers no recrutamento, dimuindo a probabilidade de alavancar a primeira ou segunda escolha através do sorteio.

O Atlanta caminha para encerrar a temporada com 74 pontos, o suficiente para garantir a terceira pior colocação geral de toda a liga. Mas a diferença de desempenho entre a equipe e dois concorrentes diretos no recrutamento, Colorado Avalanche e Phoenix Coyotes, é mínima: os Avs projetam a mesma pontuação, porém com maior número de vitórias, e os Coyotes estão um ponto à frente.

O deslize da terceira para a quinta posição na loteria do recrutamento é cruel em termos de probabilidades de ser o sorteado. O terceiro colocado tem 14,2% de chances, enquanto o quinto tem apenas 8,1%.

Os Coyotes aparentemente aprenderam a lição. Em 2003-04, a equipe acelerou para 14 vitórias nos últimos 21 jogos, deixando a última posição da liga para os Capitals, que venceram o sorteio em seguida. Os Coyotes ficaram com a 26.ª posição geral e a quinta escolha no recrutamento, com a qual escolheram Blake Wheeler, que nunca disputou um jogo sequer pela equipe. Os Capitals, por sua vez, selecionaram Alexander Ovechkin.
Errata: a arrancada dos Coyotes aconteceu na temporada 2001-02, não em 2004.

Essa memória recente é o que motiva o Phoenix a perder 16 dos últimos 22 jogos disputados. E para superar o New York Islanders, será preciso perder muito mais. O prêmio? John Tavares. Alguém que, dizem, pode jogar tão bem quanto Ovechkin.
O último colocado terá 48,2% de probabilidade de assegurar a primeira escolha geral no recrutamento. Os Islanders são os favoritos nessa disputa, embora tenham vencido seis dos últimos dez jogos. Seu elenco é digno da AHL, a "segunda divisão" do hóquei.

Na vitória sobre o Chicago Blackhawks, em Chicago, no domingo, o ataque da equipe tinha, em média, por jogador, 53 jogos de experiência antes desta temporada, contando com nomes desconhecidos como Josh Bailey, Blake Comeau, Mike Iggulden, Tim Jackman, Nate Thompson, Frans Nielsen, Jeff Tambellini e Joel Rechlicz.

No gol, Peter Mannino fazia sua estreia como titular, defendendo 40 chutes. Jamais recrutado, o goleiro começou a temporada na ECHL, a "terceira divisão".

Créditos para o treinador Scott Gordon, que firma-se como o nome certo para conduzir os Islanders quando eles estiverem prontos para ir a algum lugar. Com Tavares será mais fácil.

Até o momento a temporada 2008-09 custou o emprego de sete treinadores, média pouco superior a uma mudança por mês. Quase todos os novos técnicos melhoraram o desempenho de suas equipes, em relação aos demitidos.

O aproveitamento dos treinadores contratados é de 58,2%, com 214 jogos, 108 vitórias, 73 derrotas e 33 derrotas na prorrogação. Campanha suficiente para marcar 95 pontos na temporada regular e garantir uma vaga nos playoffs. Fazem parte do "time" de treinadores admitidos durante a temporada: Joel Quenneville (Chicago), Rick Tocchet (Tampa Bay), Paul Maurice (Carolina), Cory Clouston (Ottawa), Dan Bylsma (Pittsburgh), John Tortorella (NY Rangers) e Bob Gainey (Montreal).

Já os treinadores demitidos registraram 52,2% de aproveitamento em 277 jogos, com 128 vitórias, 116 derrotas e 33 derrotas na prorrogação. Os 86 pontos projetados em 82 jogos seriam insuficientes para classificar uma equipe aos playoffs. Estão no grupo dos demitidos: Denis Savard, Barry Melrose, Peter Laviolette, Craig Hartsburg, Michel Therrien, Tom Renney e Guy Carbonneau.

Apenas Tocchet e Gainey têm desempenho pior que seus antecessores. São os números de Bylsma (11 vitórias em 14 jogos) que motivam os gerentes a trocar o treinador ao menor sinal de fracasso.

Al Bello /Getty Images
"Recorde? O diabo que carregue!"
E ele o está carregando! Sim, Martin Brodeur agora é o goleiro com o maior número de jogos vencidos na NHL, com 552 vitórias, ultrapassando o seu ídolo, Patrick Roy. Brodeur não é apenas um recordista. Em toda sua carreira na NHL, o único time pelo qual jogou foi o New Jersey Devils, tornando-se a cara da franquia, principalmente após a saída do ídolo máximo Scott Stevens. Dedicado, um dos grandes trunfos de Brodeur foi ser um atleta de fato, sempre cuidando de sua forma, o que contribuiu para sua carreira sólida, praticamente ausente de contusões. E assim como foi influenciado por Roy, o estilo de Brodeur hoje influencia jovens goleiros que desejam seguir seu exemplo e jogar na posição. Ontem, assistido pelos fãs, pela família, amigos e adversários, Brodeur ganhou definitivamente o apelido de "Rei dos Goleiros". Um novo Rei, após a coroa ter permanecido por tanto tempo com Roy. Quem se candidata a, no futuro, quebrar seus recordes?
(17/03/2009)

O Minnesota Wild ainda não desistiu de assinar novo contrato com Marian Gaborik. Embora muitos apostem que essa seja a última temporada do ponta-direita eslovaco em Minnesota, o gerente geral Doug Risebrough declarou que o Wild está considerando a possibilidade de estabelecer vínculo de curto prazo com o jogador.

Com o teto salarial em maus lençóis para a temporada 2010-11, será difícil para Gaborik conseguir um contrato milionário e de longa duração em qualquer outra equipe da liga, principalmente para quem teve quatro das últimas cinco temporadas limitadas por diversas contusões.

Se as partes se ajudarem, Wild e Gaborik continuarão juntos, pelo menos por mais um ano. O jogador declarou não ter pensado sobre esta possibilidade ainda. Por enquanto seu foco é retornar ao hóquei. Na semana passada, Gaborik patinou pela primeira vez desde a cirurgia na coxa esquerda.
"Olá, você é capaz de adivinhar quem sou eu?

"Antes dos jogos de quarta-feira, eu tinha mais gols nesta temporada que Jarome Iginla, Phil Kessel, Alexander Semin, Vincent Lecavalier, Henrik Zetterberg, Sidney Crosby, Pavel Datsyuk, Mike Richards e Martin St. Louis. Mas eu tenho quase certeza que se você cruzar comigo na rua, não vai saber quem sou eu. O que não é problema, porque eu não desejo atenção.

"Meu nome é... Loui Eriksson."

Pierre LeBrun, jornalista da ESPN.com, publicou o texto acima em seu blog.

O ponta-esquerda Eriksson, de 23 anos, foi escolhido pelo Dallas Stars na segunda rodada do excelente recrutamento de 2003. Em sua terceira temporada na NHL, é um desconhecido na liga, apesar de ter marcado 32 gols e possuir a terceira melhor pontaria, com 21,3% de conversão dos chutes. O sueco tem o maior saldo de +/- do time, com +15, e marcou 55 pontos, atrás apenas de Mike Ribeiro, com 67. Dos 32 gols de Eriksson, apenas seis foram em vantagem numérica.

Depois de Kurtis Foster, o último defensor a retornar ao hóquei após longo tempo de recuperação é Brian Pothier, dos Capitals.

No dia 3 de janeiro de 2008, Pothier sofreu a quarta concussão de sua carreira, após um tranco de Milan Lucic nas bordas. O defensor perdeu o restante da temporada. Em meados de dezembro do ano passado, voltou a treinar normalmente, pela primeira vez depois da contusão. Seu retorno se completou no dia 16 de março, quando atuou 16:51 na derrota dos Capitals para os Thrashers.

Foram longos 14 meses afastados do hóquei. O que atrasou o retorno de Pothier foi o astigmatismo não diagnosticado que resultou da concussão. O astigmatismo causou sintomas que os médicos pensavam ser da síndrome pós-concussão. Até que, em dezembro, o diagnóstico correto foi realizado.
De tempos em tempos, novos vídeos interessantes surgem no maravilhoso universo do YouTube. É claro que todos aqueles relacionados ao hóquei são interessantes. Prorrogação sugere alguns destes.

Você sabe como é feito o disquinho de borracha que viaja a mais de 160 Km/h? Esse vídeo (em inglês) demonstra todo o processo, passo a passo.

Se não existissem os discos e, consequentemente, o hóquei no gelo, o mundo seria assim. Viu como a crise econômica não é tão ruim assim?

Quem mais entende de colocar o disco na rede é Alexander Ovechkin. Nesta entrevista ao Inside Hockey, segmento do Hockey Night in Canada, da CBC, a maior estrela da NHL conta passagens curiosas de sua vida e carreira. Como a ocasião em que deu seu telefone celular na televisão em rede nacional na Rússia e ofereceu um encontro à primeira garota que ligasse. A entrevista termina com a afirmativa de que vai marcar 90 gols em uma temporada e tentar quebrar o recorde de 92, de Wayne Gretzky.

Por último, um incidente que deixou os torcedores dos Blackhawks sem respirar. Na derrota para o Columbus Blue Jackets na sexta-feira, 13, Patrik Kane e Jonathan Toews colidiram de frente, caindo um para cada lado. Felizmente nada de grave aconteceu. Em qual outro dia, senão na sexta-feira 13, isso poderia acontecer?

AP
Me mandaram uma foto dizendo que era um time de hóquei, mas abri e vi, no máximo, uma banda de blues.
(17/03/2009)
AP
Brodeur gosta de ajudar os árbitros: nas suas horas vagas ele mostra suas habilidades em costura e rasga as redes que o Ovechkin fura.
(17/03/2009)
AP
Shane O'Brien levita Jere Lehtinen com seus poderes mentais.
(17/03/2009)
AP
Brad Winchester não tem poderes mentais. Então vai na mão mesmo!
(17/03/2009)
AP
Alguém explique ao Andrew Brunette que não é porque isso é uma rede que você pode deitar nela.
(17/03/2009)
Al Bello/Getty Images
Ippon!
(17/03/2009)
AP
Dan Bylsma passa instruções de mergulho a Sidney Crosby.
(17/03/2009)
AP
Os tubarões andam mudando de dieta e comendo coiotes.
(17/03/2009)
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Página publicada em 18 de março de 2009.