Foram
15 anos de espera até que o Florida Panthers finalmente tivesse um jogador no Salão da Fama do Hóquei. Ele venceu três Copas Stanley, mas nenhuma pela franquia de Miami. Marcou 169 gols e 644 pontos em 921 jogos na NHL, embora não mais do que cinco gols, 11 pontos e 26 jogos tenham sido pelos Panthers.
Igor Larionov fez história no Detroit Red Wings, mas teve uma curta passagem pelo Florida em 2000-01, após assinar como agente livre. Foram apenas 26 jogos, mas isso não muda o fato de que Larionov efetivamente jogou pelos Panthers.
O mais incrível é que ele é o primeiro jogador da história da equipe a ser imortalizado no Salão da Fama. Outros 227 atletas atuaram pela equipe, mas nenhum atingiu o sucesso do "Professor". Talvez Dino Ciccarelli, Pavel Bure ou Joe Nieuwendyk se juntem ao russo um dia.
A nomeação de Larionov passou batido pela gerência da equipe, que não aproveitou a oportunidade para divulgar o fato. Os Panthers ainda não aprenderam a colocar o hóquei em primeiro lugar, talvez por isso não sejam respeitados ao redor da liga. O jogador, por sua vez, agradeceu a equipe em seu discurso.
Larionov retornou a Detroit em 28 de dezembro, quando os Panthers encontravam-se entregues ao caos e os Wings aproveitaram para capitalizar, negociando Yan Golubovsky pelo campeoníssimo central de 40 anos. O russo passou antes por Vancouver Canucks e San Jose Sharks e encerrou sua carreira no New Jersey Devils em 2004.
Se você pudesse modificar alguma coisa no hóquei, o que seria? Os comentaristas das emissoras de televisão que cobrem a NHL, em sua maioria, reduziriam a quantidade de jogos da temporada regular.
Mike Milbury (CBC) e Nick Kypreos (Rogers Sportsnet) disseram que o calendário de 82 jogos poderia ser reduzido em pelo menos dez partidas. "Os jogadores não treinam mais. Eles treinam no começo da temporada e no resto do ano apenas tentam sobreviver. É o jogo da sobrevivência. Eles estão cansados e exaustos."
A carga menor de jogos desgastaria menos os jogadores e a qualidade do jogo seria melhorada através dos treinos.
Ray Ferraro (TSN) diz que não há razão para a liga não cortar os jogos de pré-temporada e reduzir para 76 jogos o calendário, com os jogadores aceitando um desconto equivalente nos salários. O campeão da Copa Stanley disputa entre 100 e 110 jogos durante oito meses. No ano seguinte, sofrem com o cansaço acumulado. É uma das explicações para o mau desempenho na defesa do título.
A segunda resposta mais popular foi realocação de franquias.
Pierre McGuire (TSN) sugere que a NHL comece a mover o jogo mais para a direção norte, realocando equipes em Toronto e Winnipeg ou Quebec City.
"Você pode ter facilmente oito times no Canadá". Bill Watters (Sportsnet) entende que a prioridade da liga deveria ser estabelecer um segundo time em Toronto, algo que Gary Bettman concorda, mas diz ser improvável no momento. "O mercado de Ontário suporta outro time? Provavelmente. Mas você não pode basear uma decisão em probabilidades. Você tem que estudar o mercado de perto."
O comissário acrescentou que a realocação de outra franquia para Toronto não vai acontecer porque os 30 times estão em boa situação financeira. Então a única maneira de uma franquia se mudar seria a constatação de que não poderia sobreviver em seu mercado atual — e assim assim necessitaria da aprovação dos executivos da liga.
O St. Louis Blues está contribuindo com a economia mundial — mais até do que com o hóquei, para dizer a verdade.
Os Blues inventaram um plano de salvamento para seus fãs nesta crise financeira que assola o mundo. Em todos os jogos da equipe em St. Louis, a partir de 29 de novembro, um torcedor será sorteado e os Blues pagarão a hipoteca ou o aluguel do felizardo por quatro meses, até o valor de quatro mil dólares. A equipe também está oferecendo ingressos com desconto para os jogos na cidade. Imagine os fãs com cartazes "chama eu!" (sic) na arena.
Entenda a crise de modo muito grosseiro: os norte-americanos não pagam a hipoteca, o governo toma os imóveis e as bolsas caem no mundo todo.
Ou seja, se você investiu todas as suas reservas em ações da Vale e da Petrobrás, torça para a as Blues.
Eles podem reduzir o seu prejuízo.
Patrick Kane decidiu antecipar em alguns meses a tradição seguida durante a pós-temporada de manter os pêlos faciais. O principal jogador do Chicago Blackhawks decidiu não se barbear enquanto persistir sua seqüência de pontos, que já dura quatro jogos.
Aos 19 anos e em sua segunda temporada na NHL, Kane marcou nove pontos no período, assumindo a quinta colocação na liga com 18 pontos. Em apenas quatro dos 13 jogos disputados o número 1 do recrutamento de 2007 não esteve no placar, o que significa que sua barba pode crescer mais alguns centímetros.
Desde a temporada passada, Kane é o 20.º maior pontuador da NHL, com 90 pontos em 95 jogos.
O Philadelphia Flyers adquiriu o defensor Matt Carle do Tampa Bay Lightning em troca do também defensor Steve Eminger e do intimidador Steve Downie. A negociação envolveu ainda duas escolhas no recrutamento.
O Tampa Bay recebeu dois jogadores por um, mas o que pesou mesmo foi a questão financeira. O impacto de Carle no teto salarial era de US$ 3,438 milhões por ano, com contrato vigente até 2012. Eminger, por sua vez, ocupa apenas US$ 1,2 milhão no orçamento e seu contrato expira ao fim desta temporada. Portanto, a equipe ganhou mais espaço no teto salarial, reduzindo suas obrigações para US$ 52 milhões.
O gerente geral da equipe declarou que não há outras trocas em vista, mas da forma como a gerência tem trabalhado, possivelmente o elenco sofrerá mudanças em breve.
Sabe-se ainda que o Lightning se interessava por Eminger desde que as novas cabeças assumiram o controle da equipe.
Carle foi o principal retorno da troca de Dan Boyle para o San Jose Sharks. Essa negociação agora é tida como um fracasso.
Dentro do gelo, Eminger é maior e mais forte que Carle e pode jogar nos dois times especiais, mas o reforço dos Flyers tem maior potencial.
Curiosamente, Lightning e Flyers se enfrentaram no dia seguinte e o Tampa venceu por 2-1.
Bruce Bennett/Getty Images
"Isso é o que eu chamo de prospectos!"
Tudo bem que os garotos chegam à NHL cada vez mais cedo, basta ver matéria publicada na semana passada, mas isso aqui chega a ser um exagero! Os pequenos Canadiens resolveram mostrar ao ex-Leaf Borje Salming quem manda no hóquei no gelo canadense: a franquia de Montreal. A exibição aconteceu como parte do Legends Classic Game, evento que reuniu ex-estrelas do Montreal Canadiens enfrentando ex-estrelas da NHL, que formaram o time All Star Legends. Estiveram presente no jogo Yvan Cournoyer, Vincent Damphousse e Pete Mahovlich pelos Canadiens e Glenn Anderson, Paul Coffey, Jarri Kurri, Igor Larionov, Peter Stastny e Bryan Trottier pelos Legends. E no meio de tanta estrela velha, a gurizada chamou a atenção para o futuro do hóquei. Quantos desses aí na foto veremos nos recrutamentos daqui a dez anos? E o mais importante de tudo... um ex-Leaf ainda sendo perturbado pelos Canadiens? É... a história não mudou muito...
(09/11/2008)
Após os jogos de domingo, a temporada regular da NHL completou 212 jogos, cerca de 17% de sua duração total.
Na temporada passada, a média de gols foi de 5,44 por jogo, com 58,13 chutes a gol por jogo. Os times de vantagem numérica marcaram em 17,7% das oportunidades. Neste ano todos os números estão superiores. A média de gols é de 5,76 por jogo, com 59,67 chutes sendo disparados e 18,3% das oportunidades de vantagem numérica terminando com gol.
Os goleiros estão piores, com percentual de defesas de 90,35%, contra 90,64% registrado no ano passado. Não parece tanto, mas ao longo de uma temporada de 1.230 jogos com 59 chutes a gol por partida, essa diferença representa 200 gols a mais.
Os árbitros estão apitando mais penalidades, tanto de dois quanto de cinco minutos. Há mais brigas também.
Definitivamente os jogos da NHL estão mais interessantes: há mais trancos, chutes bloqueados, chutes errados, perdas e roubos de disco e faceoffs do que na última temporada.
O blogueiro Paul Kukla, do Kukla's Korner Hockey,
consultou alguns jornalistas esportivos de diversas partes da América do Norte para
saber onde é que Mats Sundin irá jogar em breve.
Helene Elliot, colunista do LA Times, e Kevin Allen, do USA Today, acreditam que a melhor chance para Sundin ganhar a Copa Stanley está no Anaheim Ducks. "Mas ele teria que aceitar muito menos dinheiro.", segundo Allen. "Os Ducks teriam que mover vários jogadores para conseguir espaço no teto salarial... eu vou ser doida e dizer Vancouver.", apostou Elliot.
Terry Frei, do Denver Post e da ESPN.com, e Craig Custance, de the Sporting News, apostam no Montreal Canadiens como destino do sueco. Custance complementa: "Sundin quer jogar por um candidato ao título e preferirá as menores distâncias de viagem da Conferência Leste, o que anula as possibilidades de Anaheim e Vancouver".
Para Jim Kelley (Sportsnet e Sports Illustrated) e Eric Duhatschek (the Globe and Mail), o NY Rangers leva vantagem. "Minha escolha é o NY Rangers, time confiável, excelente goleiro, atmosfera de cidade grande, viagens tranquilas, muitas oportunidades de confirmação, dólares americanos".
Já Adam Proteau, de the Hockey News, Sundin retornará para o Toronto Maple Leafs. "Sundin? Toronto. Por quê? Porque isso faz o menor sentido para o jogador e para o time, e é mais ou menos assim que as coisas têm funcionado para esse time nos últimos 40 anos."
O New York Rangers está requisitando uma escolha compensatória no próximo recrutamento pela
perda do russo Alexei Cherepanov, falecido em meados de outubro.
No entanto, o artigo 8.3 do Acordo Coletivo de Trabalho determina que as escolhas compensatórias são concedidas aos times que perdem calouros de primeira rodada quando estes retornam ao recrutamento ou tornam-se agentes livres.
Antes de morrer durante um jogo de hóquei, Cherepanov estava listado como jogador que desertou nos registros da NHL.
Apesar das circunstâncias, os direitos do russo pertenceriam aos Rangers além desta temporada e no futuro próximo. Ele não estava apto a retornar ao recrutamento ou tornar-se agente livre.
Logo, os Rangers perderam. E o hóquei também.
Após a morte de Cherepanov, a KHL
implantou medidas mais extremas para monitoramento da saúde dos atletas. Então, na semana passada, a liga convidou membros da imprensa para acompanhar as avaliações médicas.
Depois da primeira rodada de exames em 67 atletas abaixo dos 20 anos, alguns resultados preliminares foram divulgados. Três jogadores foram diagnosticados com problemas cardíacos. Estes atletas foram encaminhados para especialistas a fim de realizar exames mais profundos, onde conhecerão a gravidade do problema.
É possível que a carreira dos jogadores seja interrompida precocemente. Mas entre parar de jogar ou perder a vida, a escolha não é tão difícil assim.