Por: Drew Sharp

Wings são acordados pelos agressivos Pens

Finalmente vimos sinais de vida nestas finais da Copa Stanley tão alardeadas antes que era difícil cumprir essa expectativa.

Isso se tornou previsível. Os Red Wings atacavam. Os Penguins recuavam.

O único drama nos dois primeiros jogos era saber se Chris Osgood poderia se manter acordado tempo suficiente para coletar seu Troféu Conn Smythe por ser o jogador mais valioso dos playoffs.

Em vez de uma máscara, ele poderia ter usado uma toca de dormir. Ozzie poderia ter tirado um cochilo por causa da relativa inatividade — e isso provavelmente não importaria porque o Pittsburgh ainda se provou incapaz de gerar oportunidades suficientes de gols através da sufocante defesa dos Wings.

Os Penguins tiveram somente um chute a gol nos primeiros dez minutos do primeiro período do jogo 3 nesta quarta-feira à noite.

E então o despertador tocou.

E uma série acordou.

Onde você vai quando está procurando um lugar para esquentar um ataque que esfriou?

Você se dirige a um Igloo, é claro.

O lar tem sido doce para os Penguins. Eles encontraram a agressividade ofensiva que os abandonou em Detroit, conquistando a vitória por 3-2 sobre os Wings em um jogo que finalmente cumpriu as expectativas.

"Não nos surprendeu que eles vieram voando", disse o central Kris Draper. "Eles são um time construído para jogar em casa. Se abastecem da energia do público. Eles estão perdendo por 0-2. Estão em casa. Isso não deveria parecer como um grande choque. Mas agora cabe a nós responder."

Os Penguins venceram o 17.º jogo consecutivo no Igloo, formalmente conhecido como Mellon Arena. Sua última derrota foi há mais de três meses, explicando a confiança renovada. Retornar para casa ofereceu um vislumbre de esperança em uma situação rapidamente se tornando fria.

Então ponha as vassouras para fora. Esqueça todas as conversas sobre varridas.

Os Wings continuam no controle, mas o Pittsburgh definitivamente disparou um tiro de advertência, fazendo todos se lembrarem que ele parece muito mais o time que fez Osgood ir para a frente e para trás na rede no jogo 3 ao contrário do time que permitiu que ele tirasse uma rápida soneca nos primeiros dois jogos na Joe Louis Arena.

O Show de Crosby retorna

Os Penguins fizeram Osgood trabalhar — trabalhar de verdade — pela primeira vez nesta série. Eles finalmente mostraram a personalidade dinâmica ofensiva que facilmente carregou-os pelos playoffs da Conferência Leste.

Sidney Crosby foi de "O Garoto" para "Você só Pode Estar Brincando."

Era por isso que havia tanto burburinho?

Mas ele marcou os dois primeiros gols dos Pens, pressionando o primeiro por baixo das pernas de Osgood após se aproveitar de um raro erro defensivo não forçado.

Isto encerrou a sequência invicta de Osgood em 154 minutos e 58 segundos; o último gol sofrido por ele veio no começo do terceiro período em Dallas no jogo 6 das finais da Conferência Oeste.

E então Crosby se encontrou em território não familiar nesta série — posicionado sozinho à frente da rede, sem ninguém prestar-lhe atenção.

Ele desviou um rebote que passou por um indefeso Osgood para o seu segundo gol e a liderança de Pittsburgh por 2-0.

Isto não facilitou as coisas para Osgood. Ele se jogou para trás para recuperar um disco que caiu de sua luva, impedindo com dificuldade que ele cruzasse a linha do gol. E então ele se encontrou preso na terra sem dono muito longe da frente do gol. Adam Hall ricocheteou um chute no patim direito de Ozzie por trás da rede para marcar o gol da vitória.

"Eu não sinto que eles jogaram muito diferente exceto por ter conseguido erros da nossa linha azul no primeiro e no segundo," disse Osgood, "e eles geraram algumas chances dali."

Você imaginou que os Penguins receberiam um choque elétrico voltando para casa pela primeira vez, se abastecendo do frenesi local por esta franquia disputar sua primeira final da Copa desde que Mario Lemieux distribuía trancos 16 anos atrás em vez de assinar por eles como dono majoritário.

Eles se agarraram ao desespero do momento, patinando mais decisivamente e encontrando mais espaço para respirar. Os Penguins foram o time mais veloz, forçando os Wings a tomar decisões questionáveis com o disco. Eles foram o time mais agressivo.

A vitória dos Penguins no jogo 3 é uma boa notícia para os fãs dos Wings com ingressos para o jogo 5 na Joe Louis Arena. Eles podem ver a vitória da Copa Stanley pessoalmente. Mas você tem que ter cuidado nestas situações. Você não pode permitir que um time que caiu tanto quanto os Penguins nos primeiros dois jogos se coloque de pé novamente.

O treinador do Pittsburgh Michel Therrien martelou na cabeça dos árbitros após o jogo 2 que os Wings estavam se safando com obstruções na zona neutra. Mas isso não foi o problema dos Penguins. O problema deles foi a inexperiência. Eles facilmente perderam a compostura, desperdiçando as poucas boas oportunidades de gol que receberam.

Eles precisavam que suas estrelas se impusessem. E elas assim fizeram.

Crosby marcou duas vezes. Marian Hossa deu duas assistências. Marc-Andre Fleury defendeu 32 chutes.

"Nós estávamos prontos para buscar o empate," disse o atacante dos Wings Kirk Maltby, "mas o tempo acabou. Tenho certeza que eles (os Penguins) sentiram que tinham que provar alguma coisa após os dois primeiros jogos. E você viu o quanto é importante marcar o primeiro gol."

A disposição correta

Os Wings não vão entrar em pânico. Eles nunca estiveram atrás no placar numa série nestes playoffs e somente uma vez estiveram empatados — 2-2 contra o Nashville na primeira rodada.

Mas, finalmente, vimos um jogo merecedor de toda a atenção. Foi mais como dois times excepcionalmente habilidosos utilizando sua velocidade e provendo a NHL com a exibição nacional há tanto tempo desejada desde o locaute quatro anos atrás.

Os Wings jogaram impecavelmente na defesa nos primeiros dois jogos, fazendo os erros de quarta-feira sobressaírem ainda mais. Eles fizeram um excelente trabalho impedindo as ações de Crosby.

"Dê a eles crédito por encontrar uma maneira de vencer," disse o treinador Mike Babcock. "Nós não tivemos o mesmo ritmo saindo do banco como tivemos previamente nos dois primeiros jogos. Mas ainda está 2-1 teremos a oportunidade de responder."

Não é com muita frequência que o time com a vantagem de 2-1 na série precisa de despertador para acordar.

Drew Sharp é colunista do jornal Detroit Free Press. O artigo foi traduzido por Humberto Fernandes.
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Página publicada em 29 de maio de 2008.