Por: E.J. Hradek

• Os Senators conseguiram dar mais chutes contra o gol de Jean-Sébastien Giguère no jogo 3, ganhando nos chutes por 29-22. Os Sens tinham dado apenas 36 chutes a gol nos dois primeiros jogos, em Anaheim.

• Não foi uma grande noite para nenhum dos dois goleiros, mas o do Ottawa, Ray Emery, fez uma defesa acrobática com o taco em uma chance de Todd Marchant em desvantagem numérica aos 4:10 do terceiro período, o que segurou a vantagem de 4-3 dos Senators.

Na jogada, Marchant disparou pelo gelo praticamente sozinho. Ele chutou contra Emery, que fez a defesa. Entretanto, o disco ricocheteou no goleiro dos Sens e seguiu na direção do gol vazio. Como um raio, Emery girou e afastou o perigo com seu taco. Se aquele disco tivesse entrado, o jogo estaria empatado e poderíamos estar agora analisando um jogo completamente diferente.

• O ponta Patrick Eaves, dos Senators, filho do técnico da Universidade de Wisconsin, Mike Eaves, foi barrado do time pelo segundo jogo seguido. Ainda assim, a camisa de número 44 de Eaves apareceu no gelo por algum tempo no segundo período. O central Jason Spezza teve de "emprestar" a camisa de Eaves depois que a sua foi rasgada em uma confusão com o central Samuel Pahlsson, dos Ducks. Tanto Spezza como Pahlsson receberam penalidades por excesso de agressividade na jogada.

Durante a penalidade, Spezza foi ao vestiário para que consertassem ou trocassem sua camisa. Ele voltou de lá vestindo a camisa de Eaves e seguiu para o banco de penalidades para servir o resto da sua. Quando voltou ao gelo, ainda patinou por um turno com a camisa de Eaves. Depois de voltar ao banco, os roupeiros dos Senators já tinham uma nova camisa para Spezza.

• Nos dias que antecederam o jogo 3, o técnico do Ottawa, Bryan Murray, falou sobre a necessidade que seu time tinha de ir melhor no círculo de faceoffs. Em particular, ele falou que seus pontas tinham de melhorar na hora de entrar no círculo e ajudar a roubar discos sem dono. Murray deu crédito aos pontas dos Ducks por ter ganho essas batalhas nos outros jogos. No começo do jogo 3, em um faceoff no gelo dos Ducks, o ponta Rob Niedermayer, do Anaheim, deu continuidade a essa tendência, ao conseguir vencer o ponta direita Chris Neil, do Ottawam para chegar ao disco depois de o central Antoine Vermette, dos Sens, ter ganho a disputa contra Pahlsson. Essas são as pequenas jogadas que freqüentemente levam a jogadas muito maiores.

• O defensor François Beauchemin, do Anaheim, não foi creditado com uma assistência no primeiro gol dos Ducks — marcado em vantagem numérica pelo central Andy McDonald —, mas ele criou a oportunidade ao avançar pelas bordas da ponta direita. A jogada agressiva de Beauchemin impediu que o central Mike Fisher, dos Senators, rifasse o disco para fora de sua zona. Fisher tentou tirar o disco com um backhand contra as bordas, e dali para a zona neutra, mas sua tentativa acertou o patim de Beauchemin e desviou de volta para o canto. O ponta Teemu Selanne, dos Ducks, recolheu o disco perdido, foi para trás do gol e deu um belo passe para McDonald, que estava se mexendo na direção do entre-círculos. McDonald finalizou a jogada com um chute rápido de pulso, por sobre a perna direita do goleiro Emery.

• O torcedor mais velho dos Senators (ao menos que nós conhecemos), Russell Williams, de 99 anos, esteve entre os 20.500 torcedores no Scotiabank Place para o jogo 3. Williams esperava trazer um pouco de sorte para o seu time. Ele presenciou a última conquista da Copa Stanley pelos Senators, em 1927.

• A NHL vai trazer a estrela pop Alanis Morissette, que nasceu em Ottawa, para cantar os hinos nacionais no Scotiabank Place antes do jogo 4 amanhã à noite. Vai ser difícil ela superar a apresentação de ontem, do policial da Polícia da Província de Ontário Lyndon Slewidge. Slewidge é o cantor oficial dos Senators. Ele fez um bom trabalho com o hino norte-americano, antes de oferecer uma emocionada versão do hino canadense. A torcida cantou junto com Slewidge o hino canadense e abriu uma bandeira do Canadá em tamanho gigante (ela se estendia por duas seções inteiras e tinha cerca de 12 fileiras de altura) ao longo do anel de cima das arquibancadas. A imensa bandeira vermelha e branca "surfou" pela torcida.

E.J. Hradek é colunista da revista ESPN The Magazine. O artigo foi traduzido por Alexandre Giesbrecht.
Edição Atual | Edições anteriores | Sobre TheSlot.com.br | Comunidade no Orkut | Contato
© 2002-07 TheSlot.com.br. Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução do conteúdo escrito, desde que citados autor e fonte.
Página publicada em 3 de junho de 2007.