Por: E.J. Hradek

• A linha de tranco do Anaheim, formada pelo central Samuel Pahlsson, pelo ponta esquerda Travis Moen e pelo ponta direita Rob Niedermayer, fez um excelente trabalho ao frustrar a linha principal do Ottawa, com Jason Spezza, Dany Heatley e Daniel Alfredsson.

Foi apropriado que Moen tenha marcado o gol da vitória nos minutos finais do jogo. O trio dos Ducks forçou várias perdas de disco por parte dos Senators. Seguidamente, a linha principal dos Sens não conseguiu carregar o disco por muito tempo. O técnico do Ottawa, Bryan Murray, foi rápido ao mencionar isso em sua entrevista coletiva após o jogo.

• O veterano da quarta linha Brad May, dos Ducks, tirou bastante proveito de seu limitado tempo de jogo. Ele deu vários bons trancos para conter os Senators. May fez uma grande jogada no gol de empate de Ryan Getzlaf, no terceiro período. May avançou na direção do gol e atraiu consigo ambos os defensores (Wade Redden e Andrej Meszaros). Isso deu a Getzlaf o espaço para se mexer pela ponta direita e mandar um chute de backhand para dentro do gol de Ray Emery.

• Os problemas dos Ducks com penalidades no segundo período continuaram, quando o zagueiro François Beauchemin e Pahlsson cometeram faltas consecutivas e deram aos Senators uma demorada vantagem de dois jogadores. O Anaheim conseguiu se safar incólume, não permitindo que o Ottawa ampliasse sua vantagem.

• Os Ducks prejudicaram seu próprio embalo do primeiro período, com duas penalidades estúpidas no segundo. Primeiro, o defensor Ric Jackman sentiu uma necessidade de dar uma de durão para cima de Mike Comrie, depois do apito, aos 14:14. Foi uma falta óbvia e totalmente desnecessária.

Os Ducks sobreviveram a esse momento de insensatez, mas não conseguiram sobreviver ao também óbvio choque em cruz de Getzlaf nas costas de Comrie. Com a vantagem numérica, os Senators fizeram 2-1 no placar com um gol de Wade Redden. Na seqüência que culminou no gol, o goleiro dos Ducks, Jean-Sébastien Giguere, deixou cair seu taco. Tentando ajudar, Pahlsson usou seu próprio taco para mandar o de goleiro de volta a Giguere. Ele assim o fez, mas o taco voador provavelmente distraiu o arqueiro. Um ou dois segundos depois, o chute de Redden venceu Giguere.

• O ponta esquerda novato Andrew Miller, do Anaheim, irmão mais novo do goleiro dos Sabres, Ryan Miller, jogou na linha principal de seu time, ao lado do central Andy McDonald e do ponta direita Teemu Selanne. Miller fez um belo trabalho de marcação no primeiro gol dos Ducks, marcado por McDonald aos 10:55 do primeiro período. Miller patinou ao longo do gelo na tentativa de forçar um passe rápido de Redden próximo às bordas da ponta esquerda. O passe de Redden acabou no taco de Selanne. O finlandês rapidamente passou o disco a McDonald, no entre-círculos. Ele nem titubeou e mandou um chute de pulso por sobre a luva de Emery.

• No começo do jogo, os Senators tentaram executar um plano de jogo simples contra os principais defensores dos Ducks, Scott Niedermayer e Chris Pronger. Eles tentaram dar trancos completos contra a dupla dinâmica do Anaheim tanto quanto fosse possível. Esse plano faz sentido. O objetivo é simples: tentar cansá-los. Se os Senators quiserem vencer os Ducks, eles vão ter de dar continuidade a esse ataque.

• No primeiro gol dos Senators — em vantagem numérica, marcado por Mike Fisher a 1:38 do primeiro período —, o ponta Peter Schaefer não ganhou uma assistência, mas ele fez uma importante jogada para ajudar a criar a chance de gol. Ele desafiou bem o defensor Sean O'Donnell, dos Ducks, atrás da linha do gol. Schaefer ganhou a batalha com O'Donnell, Comrie recolheu o disco perdido criado pelo bom trabalho de Schaefer e deu início à seqüência que terminou com 1-0 no placar.

• O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, deixou cair o disco cerimonial antes do início do jogo 1. O "Exterminador que virou político" ganhou uma bela recepção do público que lotou o Honda Center. Ele pareceu meio duro no papel de assistente deixando cair o disco. Não creio que os assistentes que trabalharam no jogo 1, Shane Heyer e Jean Morin, precisem se preocupar muito com uma nova mudança de carreira de Schwarzenegger.

• A lenda do rock Stephen Stills pareceu não ter tido muita facilidade para cantar o hino nacional norte-americano. Para piorar as coisas, Spezza e Heatley patinaram em alta velocidade perto dele antes de ele terminar de cantar. Se um dos dois grandalhões dos Senators tivesse perdido o equilíbrio, as coisas poderiam ter ficado feias para Stills.

E.J. Hradek é colunista da revista ESPN The Magazine. O artigo foi traduzido por Alexandre Giesbrecht.
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Página publicada em 29 de maio de 2007.