Assim como a maioria de nossos leitores, os funcionários de TheSlot.com.br também dedicam preciosos momentos de suas vidas ao ócio. E mesmo durante esses momentos de profunda indolência, o assunto predominante continua o mesmo: hóquei. Obviamente intercalado com três outras paixões Sloteanas: cerveja, rock e belas colegiais com generosos decotes. Nesse último domingo muitos dos colaborados dessa singela publicação se "encontraram" no MSN, em um bate-papo já tradicional.

Jordin Tootoo nocauteando Stephane Robidas; a excelência de Jarkko Ruutu na disputa de pênaltis; os inúmeros benefícios da cevada na alimentação do ser humano; Paul Stastny e seus 20 jogos consecutivos pontuando; qual o maior clássico do Black Sabbath, NIB ou Paranoid?; a importância — ou não — do central Andreas Karlsson no Tampa Bay Lightning; o 500.º gol de Mike Modano; quem é mais devassa: Sunrise Adams ou Aurora Snow?; Tomas Fleischmann e Alexander Semin demolindo os Bolts; etc. Todos assuntos pertinentes e de importância ímpar para a permanência do homem na Terra.

E por que estou falando nisso? Porque deveria ter entregue alguma coluna decente para a edição nessa quarta-feira, mas me distraí assistindo aos três últimos jogos da série entre MoDo e Timrå — Elitserien sueca — e tudo que tenho em mente agora é fazer observações obscuras sobre alguns tópicos, entre eles alguns abordados no já mencionado debate Sloteano. Portanto finja que isso aqui é uma coluna, ou clique em algum dos links ao lado. É o que eu faria!

A volta do capitão (?)
A paciência do treinador dos Islanders, Ted Nolan, para com o capitão do time Alexei Yashin, parece ter atingido níveis consideravelmente baixos após a derrota para o Tampa Bay Lightning nessa última terça-feira. O russo foi relapso em vários momentos, inclusive na jogada que resultou no segundo gol do time da Flórida. O erro de Yashin culminou com Vincent Lecavalier marcando seu 49.º tento na temporada. Nolan não perdeu tempo e o colocou como central na quarta linha do time. Yashin terminou a partida, vencida pelos Bolts por 4-3, com pouco mais de nove minutos de tempo de gelo.

Recentemente Yashin ficou fora de 16 partidas dos Islanders devido a uma contusão em seu joelho direito. A campanha do time de Long Island nesse período foi ótima (10-2-4), mas desde que o ex-capitão dos Senators retornou, o time mergulhou na crise, vencendo apenas um de seus seis jogos. Apesar da má campanha desde a volta de Yashin, os Islanders ainda dependem de suas próprias forças para se classificar para a pós-temporada. Estão em 11.º lugar, mas a apenas dois pontos do sétimo colocado, o arquirival New York Rangers, e com um jogo a menos que os comandados de Tom Renney. Perfeitamente viável do ponto de vista matemático, mas improvável diante do pobre momento do time.

O outro ex-Oiler insulano
Já que estou falando de NY Islanders, adiciono algumas linhas sobre Marc-Andre Bergeron. Com a saída de Jaroslav Spacek antes da atual temporada, era esperado que Bergeron ganhasse um posto de relevância na linha azul do Edmonton Oilers. Bergeron, assim como outros petroleiros, não correspondeu às expectativas — mas também não foi nenhum Andreas Lilja. O atleta de 26 anos alternou grandes atuações com partidas de fraco desempenho. Uma dessas partidas onde teve atuação ruim foi justamente contra os rivais de província, o Calgary Flames, e isso contribuiu para que o treinador Craig MacTavish colocasse o nome do defensor na lista de negociáveis. Bergeron, antes mesmo de Ryan Smyth, acabou indo para o New York Islanders.

Com a gloriosa camisa dos Islanders, o hábil defensor já somou 15 pontos em tão somente 13 jogos. Nas 55 partidas anteriores, quando ainda atuava em Alberta, foram 25 pontos, só que em 55 cortejos. A diferença no +/- também é visível, dos -9 para +5. E o valor que os Islanders pagaram pelo jogador no final de fevereiro foi tão irrisório que fez como que o GG insulano Garth Snow ganhasse elogios após a negociação se concretizar. E é mais fácil o sol nascer verde com bolinhas azuis do que Snow receber elogios.

Niklas Backstrom, ainda dominante
Acredito que meus seis leitores ainda se recordam de ter acompanhados nesse espaço elogios ao finlandês do Minnesota Wild, Niklas Backstrom. Aqui na redação, acompanhamos a carreira do goleiro desde o tempo em que ele defendia as cores do Karpat Oulu da liga finlandesa. Backstrom ganhou o posto de titular após Manny Fernandez ter ido para o departamento médico do time de St. Paul no final de janeiro. Atuações sólidas e precisas, e sua frieza entre as traves impressionaram o exigente, inflexível e insensível treinador Jacques Lemaire. Agora Fernandez está de volta, mas a campanha de 13-3-2 de Backstrom nos últimos 18 jogos deve significar que Manny agora é que terá que esperar para mostrar serviço. Poderia acrescentar alguma outra coisa, mas acredito que nosso editor-chefe/colunista/diagramador/guia de bordéis, Alexandre Giesbrecht, abordará a excelente fase do Wild nessa temporada.

Um raro momento de calma Habitant
Duas vitórias consecutivas. Ambas contra rivais de longa data que também aspiram uma vaga entre os oito times que irão à pós-temporada no leste. A primeira delas no super clássico contra o Toronto Maple Leafs. A última contra os também rivais históricos Boston Bruins. Resultados que dão um fôlego a um time que parecia totalmente perdido dentro e fora do gelo.

Vendo seu compatriota Sergei Samsonov sendo constantemente descartado por Guy Carbonneau, e com o cazaqui Alexander Perezhogin marginalizado no time, Alexei Kovalev deu uma entrevista a uma publicação russa, acusando o treinador Habitant de perseguir atletas não quebequenses do elenco, notadamente os do antigo bloco comunista. A suposta entrevista repercutiu mal em Montreal. Kovalev disse que não disse o que provavelmente disse.

Curiosamente foi um atleta desse ex-bloco comunista que reacendeu o time. O novato Andrei Kostitsyn, tido como uma das poucas jóias jovens da franquia roubou a cena na vitória de 3-2 sobre o Toronto Maple Leafs no último sábado. Kostitsyn marcou no tempo regulamentar e também capitalizou sua oportunidade na disputa de pênaltis.

Os novatos continuaram a ditar o ritmo na partida seguinte, contra os Bruins. Jaroslav Halak, que já havia tido uma grande atuação contra os Leafs, mais uma vez provou que é a melhor — ou menos pior — alternativa enquanto Cristobal Huet estiver fora. A pouco inspirada aparição de David Aebischer em recente partida contra os Penguins e as duas recentes apresentações de Halak provam isso. Contra os Bruins o eslovaco obteve seu primeiro shutout na NHL. Outro novato, Guillaume Latendresse, queridinho da torcida, marcou o gol solitário do prélio.

Tendo oito partidas por jogar na temporada, os Canadiens estão em oitavo lugar com 80 pontos, uma unidade a mais que os Islanders e o mesmo número de pontos de Toronto e Carolina. A desvantagem dos Canadiens é que o time de Nova York tem dois jogos a mais por jogar, e os Leafs e os Canes, um prélio a menos jogado.

Torcer ou não torcer pelos Red Wings, eis a questão
A recente partida entre Detroit Red Wings e Calgary Flames “brincou” com os sentimentos do torcedor do Colorado Avalanche. Após uma recuperação admirável, o time de Denver encostou no de Calgary, tornando a disputa pela oitava vaga do oeste bem mais entretenida do que o esperado há algumas semanas. A vantagem de dez pontos caiu para quatro em poucos dias. Por isso não sobrou outra alternativa a não ser torcer por uma vitória dos Red Wings.

Mas não aconteceu. Os Flames fizeram valer de sua habitual força atuando no Saddledome — e também de um vacilo de Dominik Hasek — e venceram por 2-1. O resultado final entre essas duas equipes que podem se encontrar já na primeira fase da pós-temporada, deve aumentar ainda mais a desarmonia entre a torcida dos dois times, mesmo que a rivalidade, dentro do gelo, já tenha se esfriado há muito. Não foram poucos os torcedores do time de Michigan que gostaram de ver o Avalanche um pouco mais perto de se ausentar pela primeira vez de uma pós-temporada.

Já os que torcem pelos Flames sequer cogitam apoiar seus inimigos de província, os Oilers, que enfrentarão o Avalanche em jogos consecutivos essa semana. Com mais de uma dezena de derrotas em seqüência, parece improvável, aos olhos da maioria, que o time de Edmonton apronte. Os torcedores dos Flames não querem ter o desprazer de torcer pelos arquirivais em vão. Mas esse é o tipo de situação que derruba prognósticos. Não se surpreenda se os Oilers vencerem pelo menos uma dessas partidas contra o Avalanche.

O massacre
Assim como escrevi recentemente sobre Niklas Backstrom, também dediquei minhas quase sempre imprecisas letras sobre os Bolts há poucas semanas. Na coluna comentei que, com Johan Holmqvist e Marc Denis, o time tem remotíssimas chances de repetir o feito de 2004. Bem, não precisa ser um gênio para perceber isso. Nesse último debate Sloteano via MSN acompanhamos o desenrolar de Capitals e Lightning, surpreendentemente vencido pelos Capitals por nababescos 7-1. Holmqvist, o menos pior dos dois, foi sacado após levar dois gols em 13 tacadas. Denis entrou. Cinco tacadas e três gols sofridos. Volta o sueco. Mais dois gols dos Capitals.

Durante essa covardia toda, Alexander Semin marcou, em um intervalo de pouco mais de sete minutos, um hat trick natural. Tomas Fleischmann, aquele mesmo que teve pouquíssimas oportunidades nos afiliados menores dos Red Wings, também se divertiu, com quatro pontos.

Dainius Zubrus
Jiri Novotny e uma escolha de primeira rodada por Dainius Zubrus. O preço pago pelos Sabres aos Capitals para ter o grande lituano foi considerado bem modesto pela maioria. Na minha ignorância, achei exagerado. Originalmente central, Zubrus está atuando na ponta-direita, ao lado de Chris Drury. Ainda não emplacou. Dois pontos em noves jogos. Nesses nove prélios, os Sabres saíram vencedores em apenas quatro. Coisa rara em se tratando dessa atual versão dos Sabres.

A maioria dos analistas que aprovaram a adição de Zubrus justificam essa opinião lembrando que ele pode acrescentar algo na pós-temporada. Bem, considerando que a última aparição de Zubrus em uma pós-temporada data de 2003, acredito que nem mesmo ele se lembra do que pode fazer. O jogador vinha produzindo bem nos Capitals, mas existe uma diferença entre atuar por uma equipe sem grandes aspirações e atuar por outra que quer chegar ao topo. Zubrus quando atuava pelo Montreal Canadiens era uma peça decorativa.

Sem falar que, para abrir espaço no teto para contar com Zubrus, o GG Darcy Regier se desfez de Martin Biron, goleiro que poderia segurar as pontas em caso de uma contusão ou improvável má fase do titular Ryan Miller. Agora o reserva de Miller é Ty Conklin e se os Sabres precisarem dele para algo mais do que esquentar banco, estarão mais perdidos que filho de meretriz no dia dos pais.

Ah, mas Martin Biron poderia sair em troco de nada após a temporada. Bem, Zubrus, ao final dessa mesma temporada, irá se tornar agente livre irrestrito. Ele deve buscar um contrato que lhe ofereça US$ 16 milhões por cinco temporadas. Ou seja, praticamente impossível que continue em Buffalo.

SM-Liiga
Aqui na TheSlot.com.br não sabemos muito, mas pelo menos de uma coisa temos certeza: nós amamos a liga finlandesa e a liga finlandesa nos ama. Bem, na verdade a liga finlandesa nem sabe que a gente existe, mas não importa, nosso genuíno sentimento por ela é imutável. Sempre que o tempo nos permite (o que significa quase sempre), discutimos a SM-Liiga aqui na redação.

Altercações são freqüentes. Em especial porque temos torcedores de equipes que se odeiam trabalhando lado a lado aqui na sucursal carioca da revista. Mas a TheSlot.com.br sempre se caracterizou pela sua faceta filantrópica. Por isso em breve deixaremos nossas diferenças de lado e traremos informes dessa liga única. Aguardem.

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• A avalanche de reta final do Colorado
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