Por: Fernnando Dittmar

Há algumas edições, TheSlot.com.br publicou uma matéria sobre a boa fase dos Kings. O time vinha com uma das melhores defesas da liga, Jonathan Quick era o senhor Vezina e Ryan Smyth, juntamente com Justin Williams e Jarret Stoll, formavam uma linha de respeito.

Dois meses se passaram e o cenário se alterou completamente em La-La Land, nem tanto pela defesa, que continua fazendo um bom trabalho, mas o Vezina hoje passa longe de Quick e Smyth já perdeu o respeito há algum tempo. O time que estava na primeira posição da Conferência Oeste caiu, ocupando, até o momento em que essa matéria é escrita, o posto de 12.º na conferência. Para se ter uma idéia, dos últimos 12 jogos a equipe perdeu assustadores dez, e ainda se olharmos que as duas vitórias vieram contra times como Columbus Blue Jackets e Edmonton Oilers, e jogando em casa, fica mais desesperador ainda.

As lesões não chegaram a incomodar bastante o time do Los Angeles Kings até o momento na temporada. Drew Doughty com uma concussão chegou a perder alguns jogos no início, mas Jack Johnson supriu com louvor sua falta. Willie Mitchell, que talvez é quem até agora tenha mais sofrido com as sucessivas lesões, participou de quase todos os jogos dessa terrível campanha. O ataque não chegou a perder ninguém insubstituível. Como explicar essa queda aguda de rendimento? Há alguns pontos que podem ser destacados.

Terry Murray
O técnico da equipe já não sabe mais o que fazer. Há três temporadas no cargo, talvez esse seja o seu pior momento à frente do time de Los Angeles, e como de costume, a cada revés da equipe Murray fazia suas mudanças. Linhas como a de Smyth, Stoll e Williams foram desmanteladas para suprir a ineficácia da primeira linha, e até o novato Dwight King se aventurou nela por um tempo. Algumas teimosias como preferir manter o discutível Westgarth a colocar Ponikarovsky e Richardson também não são compreendidas pelos torcedores.

A falta de um finalizador
Esse é um problema que o Los Angeles Kings enfrenta há muito tempo, mais precisamente desde a saída de Zigmund Palffy por meados da metade da década passada. Muitos testes foram feitos e até o momento ninguém conquistou a vaga deixada por ele. Alguns jogadores para a posição tiveram muito próximos de chegar mas acabaram não vindo, e é aí que entramos no próximo questionamento.

Dean Lombardi
Não se discute a bela reconstrução da equipe que o gerente-geral vem fazendo desde que chegou a Los Angeles, principalmente se olharmos seu desempenho nos recrutamentos — que antes dele era realmente pífio —, mas os principais problemas da equipe ainda perduram desde o fim da temporada passada, quando ficou evidente que um ponta de primeira linha e um central de segunda linha fizeram muita falta. Trocas não acontecem, e a manutenção de Murray à frente da equipe continua garantida por ele.

Vantagem numérica
Nem de longe vem correspondendo às expectativas. Depois de ficar com a sétima melhor marca da liga na temporada passada e obter o melhor desempenho do quesito nos playoffs, o time vem se perdendo com um homem a mais no gelo. Hoje os Kings ocupam a 20.ª posição de aproveitamento e a cada jogo esse número vem caindo.

O time se encontra a cinco pontos da última vaga para a pós-temporada e apenas um único ponto o separa da penúltima colocação na Conferência Oeste. Com o aproveitamento de pontos que a equipe vem tendo, muito provavelmente o Staples Center não abrigará jogos dos playoffs da NHL neste ano, e como acostumou-se a ver, mais uma vez a torcida do Los Angeles Kings terá que se contentar com uma temporada mais curta.

Fernnando Dittmar finalmente conseguiu a discografia de Dire Straits.

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Página publicada em 23 de janeiro de 2011.