Por: Ron Cook

É difícil ser muito crítico com os Penguins nesta manhã. Eles nos deram uma maravilhosa corrida nos playoffs desta primavera (setentrional). Mas isso não alivia a dor da derrota por 2-1 para o Detroit Red Wings noite passada na Mellon Arena. Eles tiveram a chance de fazer uma série de verdade na final da Copa Stanley mas não conseguiram no que foi provavelmente o último jogo em casa em uma temporada mágica.

Após chegar tão perto e falhar no jogo 4, é quase impossível imaginar os Penguins estendendo a série amanhã à noite vencendo na Joe Louis Arena do Detroit, onde eles foram derrotados confortavelmente nos primeiros dois jogos, 4-0 e 3-0.

Os Red Wings — uma excelente equipe em quase todas as maneiras — parecem destinados a erguer a Copa de Lord Stanley.

"Obviamente, nós estamos em uma situação difícil," disse o atacante dos Penguins Marian Hossa. "Mas eles ainda têm que vencer mais um jogo. Nós vamos fazer isso realmente ficar miserável pra eles."

Esse foi o assunto comum no desapontado vestiário dos Penguins. Ninguém queria falar sobre ter que vencer três jogos seguidos, dois fora de casa. "Nós temos que vencer apenas um," disse o defensor Brooks Orpik. "Se você se preocupa em vencer três jogos, isso pode ficar um pouco opressivo."

Um pouco?

Ora, não há vergonha em perder para um grande time, um time melhor. Os Penguins não queriam ouvir isso, é claro. Eles ficaram animados pela vitória por 3-2 no jogo 3 na quarta-feira à noite e acreditaram que poderiam derrubar os Red Wings de novo em casa, onde tinham vencido 17 jogos seguidos. Quem sabe? Se eles tivessem tornado essa série uma melhor de três, a pressão poderia ter ido para o grupo do Detroit.

Se...

Um gol do central do Detroit Jiri Hudler aos 2:26 do terceiro período acabou como o vencedor. Mas não foi isso que bateu os Penguins.

A vantagem numérica dos Penguins bateram os Penguins.

Todo mundo está falando hoje sobre a vantagem de 5-contra-3 que os Penguins tiveram por 1:26 na metade do terceiro período, uma vantagem que eles desperdiçaram perfeitamente. Henrik Zetterberg do Detroit — entre todos os jogadores — teve a melhor chance de gol. Os Penguins sequer chegaram perto de marcar um gol.

Se o Detroit continuar e ganhar a Copa, aquele intervalo de 86 segundos será lembrado como o tempo em que a série acabou.

"Nestas situações, a pressão dos playoffs e da situação ajuda a matar a penalidade," disse o treinador do Detroit Mike Babcock. "A pressão faz ficar mais difícil para eles executarem."

Hossa aprovou a idéia.

"Eu acho que nós jogamos o 5-contra-3 nervosos", ele disse.

Mas não foi apenas aquele 5-contra-3 que amaldiçoou os Pengiuns. A vantagem numérica deles fez um em seis no jogo e dois em 17 na série.

Isso não é bom o suficiente para uma unidade carregada de jogadores de classe mundial.

Muita da culpa vai para Evgeni Malkin, que falhou em marcar um ponto pelo quarto jogo consecutivo. Ninguém está falando sobre ele como o vencedor do Troféu Conn Smythe ou como o melhor jogador do mundo nesses dias.

Malkin estava claramente inconsolável após o jogo.

"Obviamente vocês colocaram muita pressão sobre ele," disse seu companheiro de time e de quarto Max Talbot. "Eu acho que ele está sentindo isso."

"Nada está acontecendo pra ele," disse o treinador dos Penguins Michel Therrien.

Verdade, tudo verdade.

Mas os problemas da vantagem numérica dos Penguins vão além de Malkin. "Para ser honesto, eu não acho que alguém está realmente criando o suficiente por lá," disse o capitão Sidney Crosby.

A desvantagem numérica do Detroit merece muito crédito por isso. Assim como o goleiro Chris Osgood, que seria o melhor jogador no gelo noite passada se Zetterberg não estivessel. Zetterberg parecia estar em todos os lugares quando os Penguins tinham vantagem numérica.

"Eles são bons, mas nós ainda temos que descobrir uma maneira de marcar contra eles," disse Hossa.

Uma sugestão para Therrien pro jogo 5:

Que tal um pouco menos de tempo de vantagem numérica para Gary Roberts? Os fãs o amam, claro. Ele é um cara agressivo, um cara cheio de energia. Mas, neste estágio de sua carreira, ele não deveria ter mais tempo de vantagem numérica que Jordan Staal ou até mesmo Petr Sykora, que também fez uma série podre.

Roberts teve 3:48 em vantagem numérica noite passada. Staal teve 1:12, Sykora 1:46.

Isso não faz sentido.

Ron Cook é colunista do jornal Pittsburgh Post-Gazette. O artigo foi traduzido por Humberto Fernandes.
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Página publicada em 1.º de junho de 2008.