Não é difícil descobrir o porquê do Dallas Stars ter se tornado uma surpresa no Oeste esta temporada. Embora a equipe apresente uma profundidade admirável, a linha principal com Brad Richards, Loui Eriksson e James Neal se tornou um trio poderoso ofensivamente e em particular Eriksson vem fazendo sua melhor temporada desde que chegou a liga.
O sueco de 25 anos fez sua primeira aparição no Jogo das Estrelas nesta temporada e tão feliz quanto ficou seu companheiro Brad Richards, que apresenta bom-humor ao falar sobre o recrutamento que aconteceu antes do jogo .
"Eu fiquei feliz por ter sido escolhido antes dele," disse Richards. "Seria algo difícil aguentá-lo caso contrário."
A conexão que Eriksson tem com Richards tem tido uma grande parcela sobre a melhora de desempenho do atacante. Nos últimos anos, o time dos Stars contavam com jogadores de muita tradição dentro da equipe como Mike Modano, Marty Turco e Jere Lehtinen — que pode ter causado um certo receio. Mas Richards incentivou Eriksson a conversar com ele e essa comunicação tem sido benéfica para ambos.
"Loui mudou isso," comentou Richards. "Dois anos atrás ele não conversava muito, só me ouvia, mas não me dava seu feedback, me falando o que eu estava fazendo de errado. Ele está me ajudando mais do que eu estou o ajudando."
Eriksson admite ser um cara calado e provavelmente sempre sera, mas o fato de Richards ter um anel da Copa Stanley e um Trofeu Conn Smyth quando ele trocou Tampa Bay por Dallas significava a experiencia que o sueco precisava.
"Eu o perguntei sobre isso quando ele chegou," disse Eriksson. "E nós nos aproximamos desde então. ‘Richie’ gosta de conversar e é um grande líder. Nos últimos dois anos, se você faz algo de certo ou errado, ele tenta te ajudar."
Vindo da Suécia após dois duas temporadas em sua terra natal depois de ter sido escolhido na 33.ª escolha pelo Dallas Stars, sua experiencia na America do Norte começou com o time de Iowa onde, naturalmente, ajustes tiveram de ser feitos.
"O estilo de jogo, lá era mais físico, aqui o jogo corre mais tranquilo," disse Eriksson. "Mas voce acaba se acostumando."
Felizmente para o talentoso atacante, o Iowa Stars contavam com um grande número de suecos no elenco de 2005-06, como Mathias Tjarnqvist, Nicklas Grossman e Yared Hagos, então a adaptção cultural não foi tanto problema para Loui Eriksson. Na temporada 2008-09, ele conseguiu jogar todos os jogos pelo time de Dallas e seu número de pontos vêm crescendo desde então. Nesta temproada, Eriksson aparece entre os 15 maiores pontuadores da liga com 53 pontos em 53 jogos e um saldo positivo de 15. Ele consegue marcar da mesma forma que ajuda seus companheiros a fazer o mesmo.
"Voce vê a química que eles têm jogando juntos," disse Joe Nieuwendyk, gerente-geral da equipe. "Em alguns jogos eles parecem até os Harlem Globetrotters, pela forma em que trabalham o disco."
A questão agora é: quão bom Eriksson pode se tornar? Naturalmente, a permanencia de Richards terá alguma influencia — seu contrato termina ao fim da temporada e seu nome vem sendo envolvido em várias negociações — mas o talento do sueco, que é brilhante quando ele está com o disco, certamente é algo que vem dele.
Ele pode ser discreto ao falar, mas por enquanto seu jogo vem falando por ele.
Ryan Kennedy escreve para a The Hockey News. O artigo original foi publicado em 2 de fevereiro e traduzido por Fernnando Dittmar.