New Jersey Devils
2006-07: 49-24-4 (2.° no Leste, eliminado na segunda fase pelo
Ottawa).
Quem chegou: D Karel Rachunek, D Vitali Vishnevski, G
Kevin Weekes, PD Dainius Zubrus, T Brent Sutter.
Quem saiu: G Scott
Clemmensen, C Jim Dowd, C Scott Gomez, D Brad Lukowich, D Brian
Rafalski, PE Erik Rasmussen.
Há que se pensar se
desta vez o gerente
geral Lou Lamoriello
vai deixar de lado essa recorrente
idéia de sempre voltar
como treinador da equipe. E é
aí que entra o ainda não testado
Brent Sutter. Quem conhece
Sutter sabe o quanto de coração
ele tinha ao entrar no gelo,
e isso pode se refletir nos
Devils, ainda mais que a equipe
perdeu jogadores importantes,
como o defensor Brian Rafalski
(Red Wings) e o central Scott
Gomez (Rangers). E, convenhamos,
as peças de reposição
não foram tudo isso. Achar
que Dainius Zubrus ou Karel
Rachunek ou Vitali Vishnevski
vão resolver é acreditar que
Kevin Weekes tem potencial
como titular. Ops, mas ele não
veio como titular. Ainda bem.
Martin Brodeur jogou 78
partidas na temporada passada
e, aos 35 anos, não é mais
aquele garotinho de sempre.
Com os Devils cada vez mais
dizimados por conta do mercado,
cada vez mais ele será
exigido. Sem Gomez no ataque e sem Rafalski, sobram
nomes ainda obscuros, como
Andy Greene e Johnny Oduya.
O ataque, apesar da perda de
Gomez, não deve ter tantos
problemas, já que nunca foi o
forte da equipe. Com Gionta,
Elias e Langenbrunner, os
Devils ainda vão poder contar com a técnica de se defenderem
o quanto for possível e
só depois tentar atacar. Não
vejo os Devils tão potentes
como antes, mas, talvez com
a ascensão de Travis Zajac e
do já muito bom Zach Parise,
a equipe de New Jersey possa
surpreender. Inclusive a mim.
New York Islanders
2006-07: 40-30-12 (8.° no Leste, eliminado na primeira fase pelo
Buffalo).
Quem chegou: C Mike Comrie, PE Ruslan Fedotenko, PD Bill
Guerin, D Aaron Johnson, PE Jon Sim, D Andy Sutton, C Josef Vasicek.
Quem saiu: PE Jason Blake, G Mike Dunham, D Sean Hill, PD Viktor
Kozlov, D Tom Poti, C Wyatt Smith, PE Ryan Smyth, C Alexei Yashin,
PE Richard Zednik.
Quem acompanhou a
primeira rodada dos
playoffs em 2006-07
viu um New York Islanders
que lutou bravamente contra
os Sabres. Mesmo sendo eliminados
por 4-1, ainda assim
a equipe mostrou coração e vontade, algo que foi criado na
equipe graças ao técnico Ted
Nolan. A equipe de Long Island
foi mais longe do que todos poderiam
imaginar. Como diria
nosso caríssimo Mec, “o índio
tirou leite de pedra”. E é verdade.
Começaram com tudo, mas a limitação do elenco foi
muito grande, e o time começou
a perder, classificando-se
apenas no bico do corvo, graças
a finais não muito bons
de Canadiens e Leafs. Mas o
que esperar nesta temporada,
depois da saída de jogadores
importantes, como o goleador
Jason Blake, o líder Ryan Smyth
e os defensores Sean Hill e Tom
Poti? Acho os Isles a equipe
que tem mais possibilidades
de terminar em ultimo, ainda
mais que, fora os Devils, todas
as demais equipes se reforçaram.
Com tanta gente saindo
e contratações que não são lá
essas coisas, o futuro não parece
brilhante. Bill Guerin
veio e tornou-se o novo capitão.
Mas quem veio foi o Guerin
dos 36 gols ou o farsante de
dois anos atrás que marcou
13 e não pontuou nos playoffs
mesmo jogando ao lado de
Joe Thornton)? Talvez a defesa
ajude. Ou Rick DiPietro mostre
que merece um contrato de
15 anos. Mas alegre-se, torcida
dos Islanders: Yashin foi
embora!
New York Rangers
2006-07: 42-30-10 (6.° no Leste, eliminados na segunda fase pelo
Buffalo).
Quem chegou: C Chris Drury, C Scott Gomez, D Andrew
Hutchinson.
Quem saiu: C Matt Cullen, C Michael Nylander, PE Brad
Isbister, PD Jed Ortmeyer, D Sandis Ozolinsh, D Karel Rachuenk, G
Kevin Weekes.
Cansei desse papo
de que os Rangers
vão sentir a falta de
Michal Nylander, que ele ajudou
Jaromir Jagr etc. etc. Como
ajudou, sendo que Jagr teve
30 gols na temporada passada?
O tcheco teve mais que o
dobro de assistências do que
gols (66). Aliás, muitos disseram
que Jagr decaiu e tudo o
mais, mas a maioria não lembra
ou não sabe que ele teve
uma contusão no ombro durante
os playoffs de 2005-06
e não jogou com potência máxima.
Ao menos, não sou tão
otimista a ponto de achar
que os Rangers são favoritos à Copa Stanley. Eles não são.
Mesmo com a chegada de
Scott Gómez e Chris Drury,
a defesa ainda não é das mais
respeitáveis. Lógico, garotos
como Thomas Pock, Fedor
Tyutin, Marc Staal ou mesmo
Paul Mara podem ter grandes
temporadas e aí eu terei que
retirar tudo o que disse. Mas,
por ora, os Rangers vão precisar
contar com suas duas primeiras linhas para garantir
as vitórias. Na pré-temporada,
o treinador Tom Renney viu
o óbvio: Gómez tem que jogar
com Brendan Shanahan. Jagr
não é o seu típico matador, não
é aquele típico jogador que precisa
que passem o disco. Pelo
contrário. Ele é o fominha típico
e tem que jogar com Martin
Straka e Drury. Ou até Petr
Prucha, deixando Straka ou
Drury para uma terceira linha,
dando mais poder ofensivo, já
que Nigel Dawes parece ter
ganhado espaço com Gómez
e Shanny. Mas sabe onde os
Rangers são favoritos? No
gol. Não ouço falar que Henrik
Lundqvist está entre os melhores
da liga. Mas quem é
melhor que ele, além de Martin
Brodeur e Roberto Luongo?
Talvez Miikka Kiprusoff. O garoto
já foi indicado duas vezes
para o Troféu Vezina, e isso
não é pouco. Sendo otimista,
creio que os Rangers brigarão
com os Penguins pela conquista
da divisão, o que também
não é pouco.
Philadelphia Flyers
2006-07: 22-48-12 (15.° no Leste, último no geral, não foi aos playoffs).
Quem chegou: C Daniel Briere, PE Scott Hartnell, PE Joffrey Lupul, D
Jason Smith, D Kimmo Timonen.
Quem saiu: PE Dmitri Afanasenkov, G
Robert Esche, PE Todd Fedoruk, D Joni Pitkanen, PE Mike York.
Os Flyers foram a
equipe que mais se
mexeu na liga. Além
da lista aí em cima, alguns jogadores
vieram no dia-limite
de trocas da temporada passada,
como o goleiro Martin
Biron (ex-Sabres) e o ponta
direita Scottie Upshall (ex-
Predators). Não é para menos.
Depois da pior temporada de
toda a sua história, a franquia
não poderia simplesmente
ficar parada. Eles se mexeram
e se mexeram bem. De repente,
têm dois defensores confiáveis
como Kimmo Timonen e Jason
Smith, além de sangue novo
no ataque, representado por
Daniel Brière, Scottie
Hartnell e Joffrey Lupul, além
dos garotos R.J. Umberger e
Jeff Carter. Só que existe algo
que não se pode trazer: química
(os Rangers conhecem
muito bem essa história), e é
isso que a torcida está esperando.
Brière custou bem caro,
e nada garante que ele consiga
marcar 95 pontos novamente.
Talvez tudo tenha sido mérito
do rígido esquema tático em Buffalo. Ou talvez ele realmente
seja muito bom. Em
teoria, eu aposto forte nos
Flyers. Eles têm ataque, têm
defesa (apesar de Mike Rathje
e Derian Hatcher ainda estarem
por lá) e têm goleiro. Tudo
em teoria. Apesar de toda
a promessa, Hartnell, Lupul,
Upshall, Umberger e Carter
podem simplesmente não jogar
nada. Brière pode de repente
se encontrar jogando sozinho
em uma linha com o capitão
Simon Gagné e a equipe não
ter outras ameaças ofensivas.
Ou eles podem acordar uma
bela manhã brigando pela liderança
da divisão com Rangers
e Penguins. Ou isso ou a defesa
novamente vai ser uma das
mais estáticas da liga. Sim, estática.
Sem mobilidade alguma,
com jogadores que mais se parecem
com cones lá atrás. Mas,
olha, só o fato de ver a diretoria
se mexer para reconstruir
uma equipe destruída e aparetemente
sem esperanças já
é uma excelente notícia para a
exigente torcida da Filadélfia.
Pittsburgh Penguins
2006-07: 47-24-11 (5.° no Leste, eliminado na primeira fase pelo
Ottawa).
Quem chegou: G Ty Conklin, G Dany Sabourin, C Nathan
Smith, D Daryl Sydor, PR Petr Sykora.
Quem saiu: PE Nils Ekman, D
Joel Kwiatkowski, D Josef Melichar, PD Ronald Petrovicky, PD Michel
Ouellet, G Jocelyn Thibault.
O que esperar de Sid
The Kid? Bem, eu espero
que ele pontue
mais do que na temporada
passada e que os Pens consigam
ir ainda mais longe. Muita
pressão? Acho que não. Quer
dizer, não para ele, pelo menos.
O garoto tem sido pressionado
desde que entrou na
liga e, mesmo assim, terminou
2006-07 com 120 pontos.
Ouço as críticas mais idiotas,
e o garoto mostra que é
para valer a cada temporada.
E, olha, chega de compará-lo com Alexander Ovechkin. São
estilos diferentes, e não faz o
menor sentido. Mas apesar de
Sidney Crosby ser o centro
das atenções, é o goleiro Marc-
André Fleury que será o grande
nome da equipe. Com a saída
de Jocelyn Thibault, ele sera
ainda mais visado. Qualquer
equipe com grandes aspirações
precisa de um goleiro de
ponta, ainda que apenas durante
os playoffs (vide Cam
Ward no Carolina em 2006).
Acho difícil os Penguins não
irem longe desta vez, com mais um ano para os garotos Crosby,
Evgeni Malkin, Jordan Staal e
Ryan Whitney, além dos veteranos
Mark Recchi e Gary
Roberts e dos recém-chegados
Daryl Sydor e Petr Sykora.
É jogador que não acaba mais.
Por isso, além da boa química,
digo que, mais do que Crosby, o grande nome dos Pens nesta
temporada terá de ser Fleury,
principalmente porque ele não
tem desculpas. A equipe está
recheada de jogadores talentosos
no ataque e na defesa.
Um fracasso será indesculpável.
E depois falam de pressão
sobre Crosby…