Por: Alessander Laurentino

Será que este vai ser o ano em que o New York Rangers conseguirá voltar aos playoffs? Sim, é verdade que em algumas das últimas temporadas eles estiveram presentes, mas na grande maioria das vezes foi muito mais por demérito dos adversários diretos do que graças a seus próprios esforços. Já na atual temporada os Rangers têm a chance de voltar para os playoffs graças, em parte, aos seus próprios resultados.

Na corrida pelas últimas vagas para os playoffs da Conferência Leste, os Rangers enfrentam a concorrência dos Sabres, dos Hurricanes e um pouco mais distantes dos Leafs, Devils e Thrashers. A situação dos Rangers até que é um pouco confortável, afinal de contas eles não estão na atual oitava posição. Eles são o sétimo. E antes que alguém comece a especular, não, eles não vai subir mais do que isso. Acima deles estão os Habs e mais acima os Bolts, com distâncias que têm variado em no mínimo cinco pontos. Faltando menos de dez jogos para o encerramento da temporada regular e com Bolts e Habs brigando, respectivamente com Caps e Bruins, pela liderança de suas divisões, não espero que os Rangers consigam mesmo subir mais na tabela.

Por outro lado, os Thrashers têm feito um esforço enorme para ficar fora dos playoffs, e parece que vão conseguir. Os Devils ainda não jogaram a toalha na sua história de cinderela, mas pode ser que o relógio marque meia-noite muito em breve.

Pessoalmente não acredito que os Leafs tenham cacife para roubar a oitava vaga, que deve finalmente ficar com Buffalo ou Carolina.

Analisando a campanha do time de New York, é até uma boa que ele fique mais embaixo na tabela e não tenha a vantagem de ser mandante na maioria dos jogos nos playoffs, visto que jogando em casa o time perde o mesmo tanto que ganha. Ou seja, como mandante ele não se impõe, o que torna o fator mando de jogo um critério menos importante para os Rangers. Já como visitante, eles têm uma folga de oito vitórias a mais do que derrotas, e isso sim eles poderão aproveitar quando as séries eliminatórias começarem.

O porém vai ser ter que enfrentar, de cara, times como os Flyers ou os Caps. Tudo bem, pegar os Caps nos playoffs não parece ser de todo o mal, afinal de contas eles têm se caracterizado como o San Jose Sharks do Leste: boas campanhas regulares e constantes naufrágios nos playoffs.

Na atual temporada o ataque vem produzindo melhor e a defesa parece ter encontrado um certo equilíbrio. O resultado é que o time tem o terceiro melhor saldo de gols do Leste, atrás apenas de Flyers e Bruins.

No geral da temporada, quem lidera a equipe em pontos é Brandon Dubinsky, com 50 pontos (21 gols e 29 assistências), mas isso em 68 partidas. Se formos considerar o aproveitamento de pontos por partidas jogadas, aí quem passa a liderar é Ryan Callahan, com 46 pontos em 53 partidas, sendo seguido de perto pelo ex-garoto de vidro Marian Gaborik e seus 44 pontos também em 53 partidas.

O desempenho de Callahan e Gaborik mostra o seu impacto na produtividade ofensiva do time, principalmente nos playoffs, onde Callahan é o líder do time com dez gols e Gaborik com sete, mas ambos estão empatados com 15 pontos.

Na defesa sobressaem os esforços de Dan Girardi e Marc Staal, para manter a casa em ordem. Tudo bem, eles poderiam ter um desempenho global melhor, mas graças às boas atuações defensivas da equipe, hoje os Rangers têm a sétima melhor defesa da liga. Além disso, a capacidade de matar as penalidades sofridas pelo time é algo fundamental em um time que pretende ter sucesso nos playoffs. Nesse quesito os Rangers ainda têm um bom espaço para melhoras, mas um décimo segundo lugar geral na liga não chega a ser um desastre.

A adição de Bryan McCabe na defesa na semana da data limite de trocas teve como objetivo acrescentar solidez e experiência na defesa visando exatamente aos playoffs. O problema de McCabe é que ele não tem muita velocidade e isso pode acabar custando alguns momentos de tensão quando o time ataca em bloco ou durante algumas vantagens numéricas. É algo que precisa ser corrigido seja deixando-o com uma função mais liberada e sendo coberto por alguém, porque se deixar dependendo de sua recuperação em uma eventual perda de disco, Lundqvist ou Biron terão que trabalhar mais um pouco.

Uma importante adição para o time foi o retorno de Vaclav Prospal, justo há tempo de recuperar a forma para os playoffs. Desde que voltou, Prospal tem tido um desempenho acima da média na sua equipe, sendo o melhor jogador em pontos por partida nas últimas semanas. Em apenas 20 partidas na temporada, ele já tem 16 pontos, além disso, jogar na mesma linha que Gaborik nas últimas partidas parece ter acendido uma boa química entre eles. Uma boa notícia para os Rangers que certamente vão precisar desse reforço ofensivo quando os playoffs chegarem.

No gol, o titular Henrik Lundqvist vai jogar algo em torno de 65 partidas na temporada, e até agora seus números são ligeiramente inferiores ao do reserva, o experiente Martin Biron, que jogou 17 partidas. Se compararmos o percentual de defesas, Lundqvist leva pequena desvantagem (92,1% contra 92,3% de Biron). Já na média de gols sofridos, Biron tem uma vantagem um pouco maior: são 2,13 gols por partida contra 2,35 de Lundqvist. Sinceramente, não acredito que Biron seja uma ameaça para Lundqvist quando os playoffs chegarem. Depois de jogar mais de 60 partidas na temporada como titular, por que razão o Tortorella daria a posição de titular para Biron quando os playoffs começarem? Só se Lundqvist não puder jogar.

Alessander Laurentino está achando caro pagar US$ 1,25 por litro de gasolina em Montreal porque nos EUA o preço é inferior a US$ 1,00.

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Página publicada em 21 de março de 2011.