Por: Mark Potash

Um chute, e um… gol?

O gol de Patrick Kane na prorrogação, que deu aos Blackhawks sua primeira Copa Stanley desde 1961, foi o mais dramático da história dos Hawks desde o gol da vitória de Harold "Mush" March na segunda prorrogação em 1934, que deu ao time sua primeira Copa Stanley. Mas foi um gol como nenhum outro na história dos Hawks. Quando Kane marcou, vários colegas de time levantaram seus tacos, mas rapidamente baixaram-nos quando ninguém assinalou o gol. Com alguns segundos de atraso, os Hawks abandonaram seu banco para comemorar com Kane e o goleiro Antti Niemi, naquela que provavelmente é a reação mais atrasada ao final de uma Copa Stanley em todos os tempos. Realmente, ela nada teve de semelhante a Bobby Orr voando.

"Foi provavelmente a pior comemoração da história do hóquei, mas estamos bem contentes com ela", reconheceu Patrick Sharp.

Kane disse que viu desde o início, mas o disco ficou alojado sob a proteção que conecta a rede às traves.

"Eu vi passar bem debaixo das pernas [do goleiro Michael Leighton]," disse Kane. "Não acho que ninguém tenha visto o disco dentro do gol. Eu sabia que estava lá dentro. Tentei 'vender' a comemoração um pouco. Todo mundo veio, e acho que alguns caras estavam meio surpresos de o disco estar na rede. Eu vi os técnicos apontando para o disco e pulando para comemorar. É bem surreal, com certeza."

Mas nem todo mundo no banco dos Hawks comemorou.

"Eu não fazia ideia", confessou o defensor Brent Seabrook. "Eu vi o Kaner patinando com as mãos para o ar. Não sei o que ele estava fazendo. Ele fez uma jogada bem inteligente. Eu queria vê-la na televisão."

Essa vai ser a primeira vez que muitos dos jogadores vão ver o lance.

"Ainda não vi o disco entrar", disse o atacante Troy Brouwer. "Quando o pessoal começou a pular do banco, eu os segui. Vou ter de ver de novo nos melhores momentos. Mas não me importo se eu vir ou não. Só sei que entrou."

O atacante Adam Burish estava pronto para comemorar, mas preferiu ter certeza de que valeu antes de pular no gelo: "Eu sabia que tinha entrado. Eu vi entrar. Mas eu não queria parecer um idiota comemorando para depois anularem o gol. Então você fica pensando: 'Eu sei que entrou, mas será que eles vão anular?' Mas eu vi entrar. Meio que deixou tudo mais divertido."

Mark Potash é jornalista do Chicago Sun-Times. O artigo original foi traduzido por Alexandre Giesbrecht..

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Página publicada em 12 de junho de 2010.