NOTAS e FOTOS • Por: Humberto Fernandes e Thiago Leal

Prorrogação começa de um jeito diferente, destacando as pérolas das últimas semanas.

Quando perguntado sobre o que o perturbou mais na derrota do Carolina Hurricanes para o Boston Bruins por 7-2, o treinador Paul Maurice respondeu: "Só os primeiros 60 minutos." Sinceridade do tamanho do placar.

Às vésperas do jogo entre Washington Capitals e Detroit Red Wings, vencido pelo Detroit por 3-2, o jornalista Craig Custance conversava com Alexander Ovechkin sobre Pavel Datsyuk. E então ele perguntou o que Datsyuk pode oferecer como jogador. A resposta de Ovechkin: "Ele ganhou o Troféu Lady Byng várias vezes, então provavelmente as senhoras o amam."

Mas a melhor de todas aconteceu na vitória do Anaheim Ducks por 6-1 sobre os Bruins. O Anaheim vencia por 5-1 com um minuto para o fim do jogo quando Teemu Selanne se dirigiu ao treinador Randy Carlyle com uma pergunta: "Por que Corey Perry está lá matando penalidade?" Enquanto Selanne voltava a atenção para o gelo, Perry havia marcado um gol. "É por isso que Perry está lá matando penalidades," ouviu Selanne.

A incrível virada do Chicago Blackhawks sobre o Calgary Flames valeu mais que o registro no livro de recordes da franquia. Ao vencer o jogo em que perdiam por cinco gols de diferença, os Blackhawks igualaram o recorde da NHL. Literalmente, uma virada de proporções históricas.

Os Flames marcaram cinco gols durante pouco mais de cinco minutos no primeiro período. Quando Antti Niemi, que entrara no lugar de Cristobal Huet após o titular sofrer três gols em cinco chutes, fez sua primeira defesa, a torcida vibrou — o finlandês já havia sofrido dois gols até então. Antes do fim do período, John Madden marcou o que poderia ser o gol de honra do time.

Mas os Hawks voltaram diferentes para o segundo período, liderados por Patrick Kane, que marcou um gol e deu duas assistências. Aos 4:32 do terceiro período, o jogo já estava empatado em 5-5.

Na prorrogação, com apenas 26 segundos, Brent Seabrook marcou o gol da vitória.

Esse é mais um capítulo da recente freguesia dos Flames perante os Blackhawks. Os canadenses perderam os quatro jogos disputados na temporada passada e sete dos últimos nove, além da série disputada na primeira fase dos playoffs de 2009.
Mais um registro para o recheado currículo de Sidney Crosby. No sábado, durante a vitória do Pittsburgh Penguins sobre o Toronto Maple Leafs por 5-2, Crosby marcou o 400.º ponto de sua carreira, marca atingida com 292 jogos.

Crosby foi o sexto jogador a atingir a marca mais rapidamente, atrás de Wayne Gretzky (197), Mario Lemieux (240), Peter Stastny (247), Eric Lindros (277) e Mike Bossy (283).

O capitão dos Penguins tem média de 1,36 ponto por jogo, boa o suficiente para a sétima posição em todos os tempos. Seu desempenho é superior ao dos outros grandes atacantes da atualidade, Alexander Ovechkin (1,31) e Evgeni Malkin (1,25).

Ezra Shaw/Getty Images
"Primeira mordida!"
Pode-se dizer o que quiser a respeito de Daniel James "Dany" Heatley. Menos que ele não é um jogador excepcional. Marcado por um triste acidente automobilístico e por uma carreira irregular, sempre com a desagradável fama de sumir nos momentos que o time mais precisa, além de ser considerado por muitos um atleta ingrato às franquias que lhe acolhem, Heatley, sempre que deseja, aparece como um dos melhores jogadores da NHL na atualidade. E esse é o Heatley que o San Jose Sharks vem conhecendo neste começo de temporada. Em seis jogos, ele já soma dez pontos, com cinco gols e cinso assistências, superando até mesmo o companheiro Joe Thornton — que tem os mesmos dez pontos, mas apenas um gol. Mais uma vez o contestado Heatley é destaque na liga e tem a chance de provar que ele vale todas as libras que o seu nome pesa. E os tubarões da Região da Baía de São Francisco nunca estiveram mordendo com tanta voracidade. Principalmente aquele que atende por Dany Heatley.
(08/10/2009)

Daryl Reaugh, ex-goleiro profissional e comentarista da Versus, mantém o excelente blog "Razor With An Edge" na página oficial do Dallas Stars.

Razor, como é conhecido, escreveu um texto no blog no dia 29 de setembro garantindo que os Stars venceriam em sua estreia na temporada, contra o Nashville Predators no American Airlines Center.

"Na epifania das epifanias eu acabei de garantir que os Stars vão abrir a temporada com vitória. Eu fiz isso esta manhã [...] e banquei me comprometendo a comprar para cada torcedor presente um ingresso para outro jogo caso o impensável aconteça e os Stars percam para os Predators neste fim de semana (não vai acontecer... mas se acontecer...)".

Aconteceu. No sábado, dia 3 de outubro, os Predators derrotaram os Stars por 3-2, em jogo decidido nos pênaltis.

Então, quatro dias mais tarde, em novo texto no blog, Razor cumpriu sua promessa e explicou aos torcedores como receber o "brinde" prometido. "Você glorioso fã do DStars que tem o canhoto do ingresso da noite de estreia pode usar esse canhoto como comprovante para receber o ingresso gratuito para um jogo futuro. Como se fosse roubado de um roteiro de filme, os Stars vão jogar contra o 'destruidor de vitórias garantidas' Nashville Predators de novo em seu segundo jogo em casa (14 de outubro). Sem garantias de resultado pelo Razorboy desta vez, mas os torcedores podem resgatar o ingresso gratuito para o jogo 'esmague o Nashville para o Razor'".
Por vários ângulos, Jay Bouwmeester fez um bom negócio quando trocou o Florida Panthers pelo Calgary Flames em julho. De um time pouco competitivo para outro que pode até disputar a Copa Stanley. Mas quando estiver voando pelo continente Bouwmeester sentirá uma ponta de arrependimento por ter trocado o amigável confinamento da Conferência Leste pelo cansativo mundo da Conferência Oeste.

Este ano, os Flames vão viajar mais do que qualquer outro time da liga. Serão 89.902 quilômetros de avião, mais de 3 mil quilômetros a mais que o Edmonton Oilers (86.772 Km), seu rival de divisão, e mais que o dobro do Buffalo Sabres (43.357 Km), o time que menos viaja e que, de tão perto, às vezes o faz de ônibus.

"É apenas uma dessas coisas que você simplesmente fez,", declarou Bouwmeester pouco antes de embarcar em sua primeira viagem com os Flames. "Você não tem nenhum controle sobre isso. Eu acho que com as mudanças de fuso horário este ano será diferente pra mim. Você tem que descansar."

A cansativa rotina dos Flames talvez explique por que a equipe tem o maior diferencial de retrospecto em casa (65,9%) e como visitante (42,1%) nos últimos cinco anos.

Os 30 times da NHL combinados vão viajar aproximadamente 2 milhões de quilômetros ao longo da temporada regular. As equipes do Oeste viajarão em média 76 mil Km, enquanto os pares do Leste percorrerão pouco mais de 55 mil Km.
O incansável Chris Chelios, de 47 anos, vai continuar sua carreira. Na segunda-feira o defensor começou a treinar com o Chicago Wolves, da AHL.

Com 25 temporadas no currículo e 1.644 jogos, Chelios agradeceu ao novo time. "Os Wolves me deram uma grande oportunidade," disse o jogador após o treino. "Vai ser divertido e eu pretendo me divertir com esses caras."

Os Wolves são afiliados do Atlanta Thrashers e contrataram também o veterano goleiro Manny Legace, de 35 anos, e o atacante Jason Krog, de 34. Chelios é cinco anos mais velho que seu novo técnico e 32 anos mais velho que a própria franquia.
Ao que parece a NHL pode ter mesmo um sétimo time no Canadá, mas não será em Hamilton e muito menos de propriedade de Jim Balsillie.

Na semana passada o comissário Gary Bettman se reuniu com o prefeito da cidade de Québec e o antigo dono do Québec Nordiques para discutir a possibilidade da cidade receber um novo time da NHL.

Há rumores sobre a construção de uma nova arena para substituir o velho Colisée, onde os Nordiques jogaram entre 1972 e 1995, antes da franquia ser vendida e se mudar para Denver, no Colorado.

A cidade de Québec é uma alternativa para a liga, mas sua viabilidade é discutível. Os Nordiques amargavam públicos minguados em seus jogos e o faturamento da equipe era irrisório. De franquias com essas características a NHL já está cheia.
AP
O Montreal tem envergonhado tanto a vizinhança que os moradores pediram que se retirasse qualquer vestígio de que o clube fica ali.
(09/10/2009)
Bruce Bennett/Getty Images
Nosso colunista Humberto Fernandes se infiltrou no elenco dos Ducks para bagunçar o jogo contra os Flyers, espalhando vários discos no rinque.
(10/10/2009)
Bill Smith/NHLI/Getty Images
Com um girassol na lapela Dustin Byfuglien seria a versão norte-americana do grande Falcão.
(10/10/2009)
Abelimages/Getty Images
Tomas Kaberle realmente não sabe onde anda com a cabeça.
(10/10/2009)
Chris McGrath/Getty Images
Quem melhor para fechar o gol do seu time que o Homem-Aranha em pessoa?
(11/10/2009)
AP
Tudo bem que o mascote do Nashville Predators é um tigre-dentes-de-sabre, mas isso não é motivo pra David Legwand sair engatinhando no rinque.
(12/10/2009)
AP
Nem pra burro Jason Strudwick tem competência. O cara não consegue acertar um coice...
(12/10/2009)
AP
Feliz Dia das Crianças, Martin St. Louis!
(06/10/2009)
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Página publicada em 14 de outubro de 2009.