Por: Marco Aurelio Lopes

A melhor de três em que se transformou a final da Copa Stanley começa neste sábado, em Detroit, onde a grande notícia é a volta de Pavel Datsuyk, no momento em que os Wings mais precisam de um aditivo para superar as derrotas em Pittsburgh. A grande notícia aqui na redação era a péssima conexão da internet, que não me permitiu acessar quase site algum. Por obra divina, ao menos o sopcast parecia disposto a trabalhar. Mas como hoje tudo parece vir no sacrifício, ainda durante as entrevistas antes do jogo, a televisão corta a imagem da NHL para o final de uma partida de beisebol que se estendia. Mas o responsável pelo sinal teve o bom senso de mudar de canal para um que efetivamente exibia o jogo 5. Tudo aparentemente resolvido, vamos à ação.

E quanta ação para 7 minutos de jogo. Foi tão corrido que pareceram 3. Embora sem nenhuma chance excepcional, os dois times partindo para cima, os Penguins com a primeira iniciativa, com a linha de Malkin criando o maior perigo, depois os Wings encontrando seu jogo. Precisava uma penalidade para parar o jogo, e coube a Kronwall o primeiro apito do jogo. Mas para sua sorte, os Pens não se estabeleceram e os dois minutos passaram em branco. Vantagem Wings. E a vantagem se transformou em liderança pouco depois, quando Datsyuk provou o quanto fez falta, ao servir Cleary, para mandar um tacada sem chance para Fleury, e novamente os Wings saem na frente.

A toada continuou até o final do período, já que exceção feita aos primeiros minutos de jogo, os Penguins voltaram a assistir o domínio dos Wings, que, no único momento de perigo que tiveram contra si, acabaram ganhando uma vantagem numérica com a interferência de Kunitz no finalzinho do período, que assim daria a Detroit a vantagem ainda no início do segundo período.

E com a vantagem o segundo período começou, e com pressão dos Wings a vantagem começou. E por mais que os Penguins tenham se esforçado e conseguido evitar o gol, logo após foi a vez de Filppula aparecer na frente de Fleury durante a troca de linhas e tocar na sua saída, para fazer 2 a 0 Detroit no jogo. E a partida começava a ficar inalcançável... Aos 5 minutos, Franzen acerta a trave, ufa, escapamos de uma. Um minuto depois, Gonchar é penalizado, e os Wings ficam com um a mais. Quem sabe não acontece o mesmo que há 2 dias? Gol com um a menos agora viria em boa hora. Mas hoje não parece mesmo ser nosso dia, e Kronwall, aquele que só bate e faz penalidade, até ele, faz um gol de atacante, e o 3 a 0 praticamente sela o jogo. Cotovelada de Malkin em Franzen, mais uma vantagem para os Wings. Outra vantagem, outro gol, agora com Rafalski, que com Franzen na frente de Fleury, impede o goleiro de qualquer ação, e o 4 a 0 só faz aumentar a frustração dos Penguins. E isso antes de metade do jogo.

Como não podia deixar de ser, a arbitragem apareceu um pouco quando Helm tentou atingir Crosby, e na sequência Kunitz foi tomar satisfação com o jogador dos Wings, e só Kunitz foi penalizado. Depois falam do excesso de jogadores no outro jogo... Se não fosse o compromisso com os leitores de TheSlot.com.br esse capítulo estaria terminado agora, mas vamos prosseguir em respeito a você. Respeito aliás que os Penguins não estão tendo com sua torcida, e nem os Wings estão tendo com os Penguins, que aproveitam mais um apagão da defesa para marcar o quinto gol. Agora, com Garon no gol, espere mais sirenes soando na Joe Louis Arena. Antes disso, o Penguins começou a mostrar de vez que estava frustrado, com Crosby e Talbot penalizados por atingirem Zetterberg e Datsuyk. Se pelo menos essas agressões servirem para extravasar, como funcionou com o Malkin ao final do jogo 2, ótimo, senão, aguente o que virá por aí. E finalmente acabou o período.

Jogo encerrado, mas ainda havia um período a ser jogado. Para animar um pouco, Hossa cometeu penalidade em Garon, mostrando que também ele está frustrado, mas a essas alturas pouco importa. Mas o que poderia ser um mínimo de motivação para Pittsburgh, mostrou mais uma vez que era melhor ter perdido por W.O., já que mais uma vez os Penguins não produziram nada. Minutos depois, foi a vez dos Wings terem mais uma vez uma vantagem numérica. Foi a grande chance de Hossa marcar o gol que ele vem tanto perseguindo, mas Garon não deixou o eslovaco desencantar dessa vez, a vantagem se foi sem que o placar fosse alterado dessa vez. Nada de muito relevante até mais uma penalidade dos Penguins, mas, o que importa a essa hora. Melhor acabar logo o jogo e se preparar para o jogo 6. Os dois minutos passaram, mais uma pequena confusão em frente a área de Osgood, mais uma vez Malkin recebendo penalidade, e mais uma vez vantagem numérica para Detroit (que coisa, não?). Vantagem essa que não foi mais que uma forma da torcida saudar sua equipe calorosamente após uma grande atuação, que os coloca a uma vitória de repetir como campeões da Copa Stanley. Ao Pittsburgh resta encontrar uma forma de finalmente conseguir vencer uma em Detroit. Mas antes, tem que vencer o jogo 6 em casa, porque do contrário, terá meses para pensar nisso.

Marco Aurelio Lopes também ficou frustrado com o jogo 5, e pede desculpas se foi ofensivo em sua coluna.

Jim McIsaac/Getty Images
Cenas repetidas a exaustão 1: Wings comemorando o gol. Aqui, Cleary celebra o seu.
(06/06/2009)

Claus Andersen/Getty Images
Cenas repetidas a exaustão 2: Penguins cometendo penalidades. Aqui, Crosby vai cumprir a sua.
(06/06/2009)

Claus Andersen/Getty Images
Hossa, frustrado, tenta descontar em Garon, do não menos frustrado Pittsburgh Penguins
(06/06/2009)

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Página publicada em 8 de junho de 2009.