Passada a euforia dos jogos 7 de terça-feira, tivemos a quarta-feira para descansar, ver um pouco do futebol (para lembrar que existem outras coisas também), finalizar a edição da theSlot.com.br, e claro, pensar na próxima fase dos playoffs. Mas só na quarta-feira pudemos fazer isso, porque no dia seguinte já teria jogo, e agora a coisa começa a apertar de vez.

Quinta-feira, 30 de abril. Segunda fase dos playoffs, as semifinais de conferência. Pelo menos a NHL marcou só um jogo, para apreciar com moderação. Melhor ainda que o jogo era em Vancouver, começando mais tarde, e amanhã é feriado! Podia ter uma prorrogaçãozinha... Hawks e Canucks, times diferentes, mas complicadinhos, pode dar caldo. Só faltaram combinar com os Hawks, que simplesmente não apareceram (só no quesito penalidades), e os Canucks por sua vez não parecia sentir os efeitos de 10 dias parados. Um, dois, três, e o jogo definido. Agora você pensa que o que escrevi valeu só para os dois primeiros períodos. De repente, Chicago começou a pressionar, Luongo começou a dar rebotes, e as penalidades mudaram de autor. Um, dois, três, e o jogo empatado. Será que tem prorrogação? Faltando um minuto, é bem capaz. Mas lá em Vancouver, contra-ataque (por que Chicago foi todo ao ataque?), tacada, rebote, Sami Salo, o veterano defensor, aparece como um centroavante e fuzila o gol de Khabibulin. Gol dos Canucks, 4 a 3, e o sonho da prorrogação vai pelos ares, mas vem o sonho de uma série interessante, já que os Canucks mostraram poder de fogo, e os Blackhawks mostraram poder de reação. No final das contas, um bom começo de semana.

Sexta-feira, feriado, dia da cervejinha com os amigos... NÃO! Dia de hóquei na frente do monitor! Como os dois jogos são em horários similares, entre Ducks e Wings ou Bruins e Hurricanes, preferi o primeiro, já que nunca se sabem os horários esdrúxulos dos jogos do oeste, e também porque Boston deve ganhar mesmo... Aos poucos a escohla foi se provando a melhor. Bom jogo em Detroit, com alternância entre os estilos dos times, e aos poucos vou vendo que a série deve durar... Entre um intervalo e outro, gol do Boston, é, foi melhor escolher os Wings mesmo. Empatados depois do primeiro, empatados depois do segundo. É, esse Anaheim vai queimar minha língua, os caras parecem ser bons mesmo, e não apenas contra os Sharks... Mas como diria um antigo, o jogo só termina quando acaba, e já que a moda esse ano é jogo sendo decidido no finalzinho, igual a ontem, quando parecia que ia para a prorrogação, depois de ver o menino Hiller pegando tudo de novo, Lidstrom, o capitão vermelho, acerta uma daquelas que me fez lembrar a final do ano passado. 3 a 2 Detroit, 1 a 0 na série, mas a certeza que a série vai longe. Certeza que já não tinha em Boston, e agora, depois dos fáceis 4 a 1 (que só vi nos melhores momentos mesmo), tenho menos ainda. Boston está mesmo sobrando no Leste. E amanhã tem Penguins e Capitals, e lá vamos nós...

Depois de uma semana, os Penguins voltam a ação. Sábado histórico, Pens e Caps pela primeira vez na era Crosby-Ovechkin. A NHL estava adorando, e eu também. Quer dizer, sei lá, jogo difícil, o russo vai vir com tudo... Só que antes dele, vieram os entregadores da lavadora nova aqui de casa... E eles deviam ser torcedores dos Caps, pq qdo foram embora, os Pens já venciam por 1 a 0, gol de Crosby, e não me deixaram ver ao vivo... Quando finalmente estou na frente da telinha, pronto, acaba o encanto, os Caps viram o jogo e o primeiro período acaba com 2 a 1 para eles. Dois gols bobos, defesa abrindo, Washington cheio de espaços. Tudo bem que o Ovechkin marque, ele vive disso, mas Steckel? Desses não podemos levar gol. Segundo período, Varlamov começando a aprontar. Até que Eaton acerta uma e empata o jogo, ufa, agora vai! Logo depois, Crosby tem a liderança na ponta do seu taco, mas Varlamov tem a defesa na ponta do seu. Podia ser a virada, não foi. Agora é agüentar o terceiro período e a moral toda com eles. E não demorou a fazer efeito. De novo, espaços na defesa, Fleischmann (outro dos “quem” de Washington) de frente para o Fleury, 3 a 2. Jogo começando a correr pelas mãos. Cadê Malkin, Staal, Gonchar? Confundiram rinque de hóquei com show do Holiday on Ice, por que produzir que é bom, nada. Mais tacadas que eles, legal. Menos gols que eles, péssimo. 1 a 0 Capitals na série, um jogo onde Ovechkin teve seu momento mas não foi fator, Semin e Backstrom sumidos, e nem assim o Penguins aproveitou. Deveria. E que segunda isso não se repita!

Passado impacto da paulada da tarde, vamos ao jogo da noite. Vancouver e Chicago no segundo jogo. Tive que me ausentar um pouco no início do jogo... Boom! 2 a 0 Canucks. É, lá vai começar tudo de novo, Vancouver partindo com tudo, vamos ver se hoje eles mantêm o ritmo ou entregam de novo. Começa o segundo período, Hawks parece que desaprendeu. Mas de repente Sharp faz um, ficam em vantagem numérica, Sharp faz outro, e antes do final, Bolland vira o jogo. Os Hawks não desistem mesmo. Repetição da história? Não necessariamente. Luongo tem um dia de normal, e na base dos rebotes, Chicago vai minando o capitão Canuck, e minando a rede. Até imaginava os Blackhawks ganhando partidas na série, mesmo em Vancouver, mas 6 a 3, com Luongo absolutamente normal, essa me surpreendeu. Série empatada, vamos pelo menos a 5 jogos, bom que é mais diversão para nós (e mais texto para o colunista...).

Domingão, dia de decisões no futebol tupiniquim, e dia de bons jogos no hóquei norte americano. Com jogo do Flamengo, fica difícil não dividir as atenções. Então vamos lá. Matinezinha básica, Ducks e Wings, Flamengo e Botafogo. Como a coluna é sobre hóquei, não vou falar do futebol (ta bom, 90 minutos em meio: Flamengo fez 2 a 0, Botafogo empatou no segundo tempo, e a decisão foi para os pênaltis. Na decisão, Flamengo 4 a 2, e vamos para Detroit, ok?). Lá como cá, jogo parelho, cada hora um melhor. Parecido com o primeiro jogo, e um ótimo primeiro tempo, 2 a 2. Não prestei tanta atneção assim nos outros dois períodos (quem manda marcar jogo de hóquei na hora do jogo do Flamengo?), mas dava p ouvir na narração que continuava equilibrado (e vai ser assim até o final). E tão equilibrado foi, que no terceiro tempo continuou empatado, um gol para cada, 3 a 3. Pênaltis no Maraca, Prorrogação no Joe Louis. Eu disse equilibrado não? Então, uma prorrogação, duas prorrogações, e nada de gol. 3 prorrogações, todo mundo cansado, campeões estaduais decididos. Só falta o gol nesse jogo, e ele saiu! Marchant (sempre ele para fazer gols em tempo extra, lembrei da época de Oilers contra Dallas, em 97, colunista velhinho esse hein...) achou um buraco para o disco passar, e nem o Osgood viu essa. E Anaheim empata a série. É, como dizem, Anaheim não é um oitavo ranqueado comum...

Bom, Mengão campeão, Ducks vencendo depois de 3 prorrogações, vamos ver finalmente uma partida inteira dos Bruins, que já passaram por cima dos Hurricanes no primeiro jogo, e hoje deveriam fazer o mesmo. Deve ter sido por que eu assisti, mas a verdade é que os Canes jogaram bem, encararam até o Chara, que parecia normal até. E quem não pareceu normal foi o tal do Ward, pegou tudo! Sabe aquela história dos goleiros de temporada regular e nos playoffs somem? O Ward prova mesmo ser o contrário. Temporadas regulares e ótimos playoffs. E olha que Carolina ainda teve um gol que na minha opinião deveria ser validado, mas os juízes anularam (quer saber, para mim o disco cruzou a linha em pé, depois de bater no travessão, acreditem, a 2 décimos do final do período, ao menos dessa vez foi do segundo). Ainda bem que não precisaram, 3 a 0, e os Canes aprontaram de novo. Mas ainda acho que no final os Bruins levam essa. Em série de 7 jogos, Boston parece muito mais completo, 12 atacantes, 6 defensores, Thomas em boa forma no gol, técnico Julien mostrando competência... Dia ruim todo mundo tem, hoje deve ter sido o dos Bruins...

Segunda chegou, depois de mais um dia de trabalho, e mais uma noite sem academia, chego em casa na esperança de ver uma melhor exibição dos Penguins contra os Caps. Crosby x Ovechkin, segundo round. E como no primeiro, Crosby acerta o primeiro, e na vantagem numérica (um dia aprendo que no manual da theSlot.com.br evitamos ao máximo os termos em inglês...), que já podia ser um bom sinal. Podia não é? Mas a história dos coadjuvantes voltou a atacar, e os Caps empataram. Outras vantagens vieram, até com 2 jogadores a mais, e nada. Letang perde cara a cara com o Varlamov, assim não dá para ganhar. Segundo período, de novo Crosby, sempre ele, Penguins 2 a 1. Por pouco tempo, afinal, quem estava faltando? É, Ovechkin, 2 a 2. Terceiro período, Ovechkin, 3 a 2. Terceiro período, Ovechkin, 4 a 2, voam os bonés (lá deve ser muito barato para o pessoal jogar assim...). Voam os pinguins, porque desse jeito não vão longe. Sobrou um tempinho, Crosby faz um golaço acertando disco no ar, hat trick, mas daqueles que poucos vão lembrar, embora um maluco tenha jogado seu boné para ele. Cena emblemática do time, só Crosby jogando. 2 a 0 contra, a promessa de Crosby x Ovechkin está se confirmando, belo duelo. E quando o terceiro elemento deveria ser o Malkin, eis que ele some, e outro russo, o Varlamov, vai sendo o cara, como também vão sendo “os caras” os jogadores secundários do Washington, e olha que nem falo de Semin e Backstrom, que também estão sumidos (ainda bem...). Bom, quarta tem mais, agora em Pittsburgh, e é bom que a maré mude, porque senão Washington só verá jogos de playoff na final de conferência...

Mas antes temos a terça-feira, dia de jogos no oeste. Começando mais tarde, dá para ir para a academia, fazer um pouco de exercício (como se fazendo uma ou duas vezes por semana fosse ajudar muito...). Problemas pessoais me impediram de ver o jogo 3 de Canucks e Hawks do início, na verdade, já comecei no final do segundo período, 3 a 1 Canucks. E vendo nos recaps, nada de muito diferente dos outros jogos. Vancouver começando sempre melhor, sempre abrindo vantagem, mais uma vez, 3 a 0 antes de metade do jogo completo. Mas ao contrário das partidas em Vancouver, desta vez Luongo foi aquele que a torcida dos Canucks quer ver, e com apenas um gol concedido, combinando com o ritmo cadenciado que o time impôs ao jogo, não dando grandes chances para Chicago, Vancouver manteve a liderança no placar com um 3 a 1 e retomou o mando de gelo na série.

Já era tarde, mas o nosso velho amigo (?) fuso horário marcou Ducks e Wings para 11 e meia da noite. Mas deu para ver que o bom e velho Selanne continua matador. Tudo bem que a defesa do Wings vacilou, deixando o finlandês no um a um contra Chelios, que é um grande defensor, mas ta longe de ter a mesma mobilidade de antes. Selanne e Osgood? Selanne, 1 a 0 Ducks. Fico para ver um pouco do segundo período, mais do mesmo. E o Wings não consegue impor seu estilo, e em uma vantagem numérica duvidosa, os Ducks chegam ao segundo com Scott Niedermayer, num lance confuso, que vêm sendo tão comuns nestes playoffs. Mais confuso ainda foi ver que no final do jogo, com o placar de 2 a 1 para Anaheim, Hossa fez um gol legítimo e muito mal anulado pelo árbitro, que supostamente teria perdido a visão do disco, logo ele que estava ali paradão na cara do gol, atrás do Hiller... Com o 2 a 1 mantido, os Ducks viraram a série e agora vencem por 3 a 2. Como diz a capa desta edição, lá vem o pato!

E lá vou eu também. Mais uma semana cansativa, mas de belos jogos, a coisa ta esquentando, e na próxima edição possivelmente já teremos definidos os finalistas de conferência, ou ao menos estaremos perto disso. Um grande abraço e até lá (e torçam para o sinal das transmissões continuar funcionando redondinho...)!

• Capa
• Editorial
• Faceoff
• Prorrogação
• Resumindo a série Vancouver x Chicago
• Planejando 2010
• Diário do torcedor
• Ducks e Ovechkin, os grandes
• 2003... 2007... 2009?