Por: Alessander Laurentino

Depois de varrer o St. Louis Blues, o Vancouver Canucks teve uma pausa longa até o começo do confronto contra o Chicago Blackhawks, que não teve tanta folga assim depois de precisar de seis jogos para passar pelo Calgary Flames. A principal dúvida seria se os Canucks poderiam manter o nível depois de um descanso tão longo ou se teria seu ritmo de jogo prejudicado.

No começo da partida número 1 os Canucks foram dominantes. Pavol Demitra colocou o time canadense na frente ainda no primeiro período, aproveitando oportunidade de vantagem numérica. Enquanto as equipes se equivaliam no número de disparos a gol, os Canucks mostravam melhor eficiência ofensiva e um goleiro mais antenado na partida. Foi assim que os Canucks abriram 2-0 no segundo período com Henrik Sedin e depois ampliaram para 3-0 com Ryan Kesler.

O jogo parecia fácil e dava a impressão que os Canucks venceriam tranquilamente a partida, até que veio o terceiro período e o jovem time do Chicago Blackhawks novamente mostrou seu poder de reação e sua força ofensiva. Patrick Kane marcou com apenas um minuto jogado no terceiro período e o mesmo Kane voltou a marcar aos 10 minutos em vantagem numérica, praticamente zerando a vantagem dos donos da casa.

A improvável escalada do Chicago foi completada aos 14 minutos, quando Dave Bolland empatou a partida em 3-3 e provocou um silêncio ensurdecedor no GM Place. A torcida local atônita não acreditava no que via. Depois de liderar a partida com certa folga, agora faltando menos de 5 minutos para o final da partida tudo poderia acontecer.

Felizmente para o lado canadense da história, Wellwood estava inspirado na noite e começou a jogada que culminaria no gol da vitória marcado pelo excepcional Sami Salo. Os Canucks ainda fechariam o placar com um gol de Ryan Johnson se aproveitando da ausência do goleiro do Chicago, trocado por um atacante extra nos instantes finais da partida.

Khabibulin fez 22 defesas na partida, sendo algumas delas impressionantes e que ajudaram os Hawks a ter alguma chance na partida, porém foram insuficientes para garantir um resultado diferente para o seu time. Já do outro lado do gelo, Roberto Luongo fez 28 defesas, incluindo uma espetacular defesa num 1-contra-1 contra Martin Havlat.

Com a liderança na série, os Canucks ainda tinham a vantagem psicológica sobre o goleiro do time americano, pelo fato de Khabibulin não conseguir vencer os Canucks desde o longínquo ano de 1998. Certamente em uma série melhor-de-sete partidas o goleiro do Chicago teria que quebrar esse tabu.

Na partida 2 da série, os Canucks começaram novamente na frente e puniram o time de Chicago por suas penalidades,quando Sami Salo e Alexander Edler marcaram para os Canucks em vantagem numérica num intervalo de pouco mais de um minuto, no começo do primeiro período. Os Canucks pareciam caminhar novamente para uma liderança tranquila na partida, mas, assim como no primeiro jogo, o jovem time do Chicago Blackhawks reagiu na partida e dessa vez eles tomaram as rédeas do jogo para si mesmos.

Patrick Sharp marcou duas vezes num intervalo de três minutos no segundo período para empatar a partida, e Dave Bolland marcou com o seu time em desvantagem numérica, virando o resultado da partida. Esse terceiro gol parece ter jogado um balde de água fria nos ânimos dos donos da casa, que sentiram claramente o baque da virada. Para piorar a situação os Canucks perderam também o versátil Sami Salo, uma das maiores referências do time dentro do gelo e uma importante peça da equipe.

Após apenas dois minutos jogados no terceiro período os visitantes ampliaram para 4 a 2 com um gol de Ben Eager e ainda fizeram 5-2 apenas três minutos depois com Patrick Kane. Sem conseguir reagir na partida os Canucks tentaram impor um ritmo mais físico na partida, porém não surtiu o efeito esperado. Pela primeira vez Luongo sofria cinco gols em uma partida de playoffs e os Canucks viam a sua vantagem ir para o ralo na série contra o Chicago.

Os donos da casa deram seu último suspiro na partida quando Henrik Sedin diminuiu para 5-3 aproveitando vantagem numérica, porém os Blackhawks não amoleceram e selaram o placar aos 18:50 com Dave Bolland aproveitando a ausência de Luongo no gol, que tinha saído em troca de um atacante extra. Os Canucks chegaram a tirar Luongo ainda falando mais de dois minutos para o final da partida, seguindo aquela máxima de que "perdido por um, perdido por mil..."

Com uma convincente vitória de virada fora de casa por 6-3 o time do Chicago virava a vantagem de mando de jogo na série para o seu lado, além de quebrar o tabu de Khabibulin não vencer os Canucks há 11 anos e de quebra acabaram a sequência de vitórias dos Canucks em casa.

Com a série empatada em 1-1 o Chicago agora seria o dono da festa, com a partida número 3 sendo realizada no famoso United Center. Com a arena lotada por uma torcida apaixonada e com as esperanças renovadas, os Blackhawks teriam a chance de virar a série a seu favor e confirmar o bom momento nos playoffs.

Os Canucks sabiam que uma segunda derrota seguida seria catastrófica para as pretensões da equipe nos playoffs e fizeram questão de avisar que iriam endurecer o jogo e que o que aconteceu na partida dois não se repetiria.

O problema na verdade não seria marcar gols, mas sim conseguir manter-se na frente quando o time abre a liderança nas partidas, como aconteceu nos dois primeiros jogos da série. Nas duas oportunidades os Canucks abriram 3-0 e 2-0, porém viram o Chicago vir de trás e empatar as duas partidas, perdendo a primeira e vencendo a segunda de maneira espetacular.

Jogando frente a uma torcida de 22.659 pessoas (110% da capacidade do United Center), os Canucks não se intimidaram e trataram de dar uma resposta clara para os adversários: a série vai ser dura para todo mundo!

Apesar da ausência de Sami Salo o time de Vancouver conseguiu ter uma boa atuação efensiva, neutralizando as qualidades ofensivas do Chicago Blackhawks e limitando as chances de vitória dos donos da casa. Mason Raymond abriu o placar aos 15 minutos do primeiro período e com apenas um minuto jogado no período intermediário Steve Bernier, aproveitando vantagem numérica, ampliou para os visitantes, colocando os Canucks na frente por 2-0 pela terceira vez na série. Os Canucks ainda ampliaram mais quando Henrik Sedin fez seu gol aos 08:40 do segundo período, calando de vez o United Center.

A torcida do Chicago viu a esperança renascer quando o time saiu do zero no placar graças a Brian Campbell e todo mundo esperava uma nova corrida dos garotos em busca do empate e da virada. Entretanto, dessa vez a virada não veio e os Canucks seguraram o resultado até o final da partida, garantindo a vitória no jogo 3 por 3-1 e a retomada da liderança na série e da vantagem de mando de jogo, apesar da partida número 4 ainda ser em Chicago.

Outro tabu foi quebrado pelo fato de ter sido a primeira derrota do Chicago jogando em casa nos atuais playoffs (eles haviam vencido os três jogos em casa contra os Flames) e Roberto Luongo outra vez foi fantástico, fazendo das suas defesas que nos fazem pensar: "Esse cara não é humano".

A vitória dos Canucks ainda foi importante para os dos times pelo fato de mostrar para os Canucks que eles podem segurar uma liderança na partida e para o Chicago ficou a mensagem de que nem sempre é possível correr atrás do resultado e chegar lá.

Agora ficamos na expectativa da continuação desta excelente série com o jogo 4 em Chicago, no United Center na quinta-feira, dia 7 de maio, na partida que vai marcar o empate dos donos da casa ou deixar os visitantes a um passo da final da Conferência Oeste.

Alessander Laurentino está na bronca com a Net: de 3 Megas contratados, à noite a velocidade não passa de 0,5 Mega. Previsão de estar ok só dia 15 de maio!!
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Página publicada em 6 de maio de 2009.