A notícia é da semana passada, mas a atitude de Sean Avery ainda é o assunto dominante na NHL.
Apesar de expressar remorso e arrependimento, pedindo desculpas publicamente para os fãs, o comissário, jogadores, técnicos, gerentes e o dono do Dallas Stars, Avery foi suspenso por seis jogos por Gary Bettman, suspensão considerada exagerada por boa parte da imprensa. Esmagar a cabeça de alguém nas bordas rende dois jogos, falar um monte de bobagem rende seis. Qual das duas atitudes é mais nociva? Definitivamente a primeira.
A postura dos Stars de condenar a atitude do jogador não é justificada apenas pelo que Avery disse. Na verdade está ligada ao que Avery não fez. Segundo os seus companheiros de time em Dallas, ele nunca fez parte do time, passando vários dias sem falar com ninguém, usando fones de ouvido e fingindo que se importava com as recomendações dos veteranos, para em seguida agir como se nada tivesse sido dito. Os jogadores não o querem de volta e não é difícil entender por quê.
É claro que se o Dallas tivesse 40 pontos na classificação e Avery somasse 12 gols a situação seria contornada de outra maneira pela gerência, mas não é o caso. Avery se tornou o bode expiatório para a péssima campanha da equipe, que foi das finais de conferência diretamente para a lanterna do Oeste. Nesses seis jogos os Stars tentarão mostrar que ele era o problema, mas a missão ficou mais difícil após a derrota para o Edmonton Oilers. A menos que eles vençam os próximos três jogos sem o Problema, pouca gente vai comprar a teoria de que um jogador com pouco mais de 12 minutos por noite é responsável por 12 derrotas em 26 jogos.
O vestiário nunca esteve tão leve e feliz, segundo um dos jogadores. É melhor que seja assim também no gelo.
O começo de temporada do San Jose Sharks é histórico. A equipe conquistou 46 dos 54 pontos disputados até terça-feira, dia 9, e desde o Montreal Canadiens de 1943-44 nenhum outro time registrava tantos pontos nos primeiros 25 jogos.
É um dos times mais dominantes dos últimos anos, com sete jogadors marcando 20 ou mais pontos, incluindo os defensores Dan Boyle e Rob Blake, adquiridos nas férias.
Os Sharks estão a caminho de vencer 66 jogos e marcar 139 pontos na temporada regular para quebrar os recordes de 62 vitórias e 132 pontos e credenciar a equipe para o simbólico título de melhor campanha da história da NHL, o que não representa uma verdade absoluta. Até pouco tempo atrás os jogos envolviam apenas dois pontos em disputa, mas desde que a NHL destinou um ponto para os perdedores de prorrogação ou pênaltis a conta mudou. Na temporada atual, com cada vez mais jogos decididos no tempo extra, são 2,25 pontos distribuídos em média por partida.
Isso quer dizer que cem pontos em 2008-09 são equivalentes a 89 pontos em 1943-44, por exemplo. A campanha de 38-8-4 dos Canadiens em 1944-45 seria equivalente a 147 pontos nos dias atuais. O time de 1976-77 que estabeleceu o recorde de pontos (132) marcaria 152 pontos hoje.
A favor dos Sharks pesa o equilíbrio da NHL, hoje muito maior que 30 anos atrás, graças ao teto salarial, aos talentos que brotam em todas as partes do mundo e à preparação física dos jogadores. É mais difícil dominar a liga quando os times estão mais próximos. O que não parece um problema para os Sharks.
O esforço da torcida do Montreal Canadiens para escalar o time titular da Conferência Leste à imagem e semelhança do tricolor perdeu força ultimamente e está ameaçado pela ascensão dos dois maiores pontuadores da temporada, Evgeni Malkin e Sidney Crosby.
Na manhã de quarta-feira, dia 10, Crosby liderava toda a liga com 635 mil votos, acompanhado no ataque por Malkin (563 mil) e Saku Koivu (558 mil). Os defensores mais votados ainda pertencem ao Montreal, mas a torcida dos Penguins fez Sergei Gonchar e Ryan Whitney se aproximarem de Andrei Markov e Mike Komisarek. O mais curioso é que a dupla de Pittsburgh não disputou sequer um jogo na temporada.
Na Conferência Oeste Jarome Iginla atualmente impede que a torcida do Detroit Red Wings escale os três melhores atacantes da equipe como titulares. O capitão do Calgary Flames está na segunda colocação, entre Marian Hossa e Pavel Datsyuk. Nicklas Lidstrom e Dion Phaneuf devem formar a defesa, o que poderia ser o melhor par defensivo de toda a liga.
Outros notáveis: Sean Avery (1.029 votos), George Parros (750), Daniel Carcillo (246), Andreas Lilja (110),
Cody McLeod (23).
"A NHL está cada vez mais nova"
pode ganhar o campeonato de frase mais vezes repetida em Prorrogação na temporada 2008-09 da NHL.
O que TheSlot.com.br não esperava era o quanto os jogadores mais dominantes da liga estão mais novos. Dos dez maiores pontuadores da temporada, seis têm 23 anos ou menos e apenas dois atingiram a casa dos 30 (considerando os dados até a segunda-feira, 8). A média de idade do grupo é de 24 anos e 11 meses, com Patrick Kane encabeçando a lista dos mais jovens (20).
Dez anos atrás, na temporada 1998-99, os dez maiores pontuadores apresentavam média de idade de 27 anos e 6 meses. Pavol Demitra e Paul Kariya eram os mais jovens da turma, com 25 anos. Alguns dos maiores jogadores do período anterior ao locaute estavam entre os líderes, como Jaromir Jagr, Teemu Selanne, Peter Forsberg e Joe Sakic.
A diferença de idade entre os dez maiores pontuadores de 1998-99 para 2008-09 é de 2 anos e 7 meses, resultado direto do rejuvenescimento da liga após o locaute e da talentosa geração de Sidney Crosby, Evgeni Malkin e Alexander Ovechkin, trio que tem potencial para dominar o Troféu Art Ross pelos próximos dez anos. E em pouco tempo vai surgir alguém que faça Kane parecer velho.
Elsa/Getty Images
"Eu também existo, Boston!"
Pode não parecer, mas a situação do Boston Bruins é crítica — não na NHL, mas na cidade de Boston. Basta comparar com as franquias dos demais esportes. O Boston Red Sox, time mais popular da cidade, venceu duas Séries Mundiais nos últimos cinco anos. O New England Patriots levou três Super Bowls nesta última década. E o time da liga de bola-ao-cesto é o atual campeão do troféu sem nome. Só os Bruins permanecem na seca — a última Copa Stanley que a cidade viu já tem 36 anos, enquanto a última final em que a franquia participou foi há longínquos 18 anos. Mas parece que os Bruins estão dispostos a voltar a reinar em Boston. Com cinco vitórias em seqüência e nove triunfos nas últimas dez partidas disputadas, o Boston assumiu a liderança no Leste, estando agora à frente dos grandes rivais New York Rangers e Montreal Canadiens. Talvez, com a bela fase do time, a torcida de Boston redescubra o que é um esporte de verdade.
(08/12/2008)
A crise econômica mundial parece ter escolhido o seu primeiro alvo na NHL: o Phoenix Coyotes. Com os negócios primários de Jerry Moyes enfrentando as durezas dos últimos tempos o proprietário dos Coyotes não será capaz de cobrir os prejuízos da equipe por muito mais tempo. A franquia deve perder entre US$ 25 e 35 milhões nesta temporada.
Basicamente os Coyotes têm três opções: renegociar o contrato de arrendamento da arena para que a cidade assuma parte dos prejuízos, declarar falência ou entregar nas mãos de Gary Bettman a missão de encontrar um comprador.
O contrato de arrendamento prevê multa em caso de rescisão unilateral, portanto é improvável que a equipe se mude de Glendale. Vender a franquia não será fácil, porque o prejuízo é certo em uma região onde as casas custam 32% menos que no ano passado, a taxa de desemprego subiu 2% e o governo toma milhares de residências por mês por falta de pagamento.
O ingresso para os jogos dos Coyotes é o segundo mais barato de toda a liga e a franquia perdeu 3% de seu valor em um ano, segundo a Forbes.
Quem vai se interessar por isso?
A média de público da equipe desde 1996-97 nunca atingiu a casa dos 16 mil torcedores. Nesta temporada são pouco mais de 14,5 mil espectadores por jogo, embora o Phoenix tenha um time interessante, mesclando jovens de muito potencial e veteranos eficientes, provavelmente o melhor elenco que a torcida viu desde o locaute.
Especula-se que a franquia tenha perdido US$ 30 milhões na temporada passada e mais de US$ 200 milhões desde 2001. Pobre Jerry... sobrou-lhe a falência.
Há duas semanas a NHL divulgou o
comercial de promoção do Clássico de Inverno a ser disputado entre Chicago Blackhawks e Detroit Red Wings no dia 1.º de janeiro no campo do Chicago Cubs. É o primeiro "contato" dos fãs com o evento deste ano.
O comercial destaca alguns dos principais jogadores das equipes se preparando para entrar no gelo do Wrigley Field. A música
Take Me Out to the Ball Game é uma tradição dos Cubs.
Quem pode aparecer no clássico é o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama.
O presidente do Chicago Blackhawks, Jack McDonough, tem conversado com a turma de Obama para garantir a presença do novo líder mundial. Obama nasceu em Chicago e se tornou um herói para os habitantes locais.
O Clássico de Inverno acontecerá 19 dias antes do novo presidente assumir o poder, então há esperança de que ele não esteja muito ocupado.
Ninguém do partido comentou sobre o convite. Aparentemente eles estão mais preocupados com outras coisas, como bolar um plano para salvar a economia norte-americana de uma nova depressão. Colocar a economia à frente de um jogo de hóquei? Que vergonha!
Não é novidade a demissão de Peter Laviolette do Carolina Hurricanes, abordada na
última edição de TheSlot.com.br. Mas Prorrogação quer ir além.
O gerente geral Jim Rutherford comunicou na última quarta-feira a demissão de Laviolette após cinco anos no comando da equipe, substituindo-o por Paul Maurice, a quem Laviolette havia substituído em 2003. Ou seja, esses são os dois únicos treinadores da história dos Hurricanes.
Maurice treinou a equipe por 674 jogos em sua primeira passagem, entre 1997-98 e 2003-04, tornando-se apenas o quinto treinador da história da NHL a treinar um mesmo time em mais de 600 jogos consecutivos e retornar para treiná-lo novamente — os outros são Al Arbour (Islanders), Punch Imlach (Maple Leafs), Sid Abel (Red Wings) e Glen Sather (Oilers).
Ele liderou o time ao vice-campeonato da Copa Stanley em 2002. Desde que foi demitido pelo Toronto, onde o time era péssimo defensivamente, o treinador frequentava aulas na Universidade de Windsor e ainda recebia salário dos Maple Leafs. Seu contrato com os Canes termina ao fim da temporada, quando Rutherford fará uma avaliação para decidir o futuro da equipe.
Como parte do processo de reestruturação da direção o ex-capitão Ron Francis foi promovido de assistente de gerente geral e diretor de desenvolvimento de jogadores para assistente técnico. A gerência está pavimentando o caminho para Francis se tornar o treinador da equipe no futuro.
As aventuras de Joe Sakic.
O capitão do Colorado Avalanche, recuperando-se de uma hérnia de disco nas costas, foi operado na noite de terça-feira para reparar três dedos quebrados na mão esquerda e um grave dano no tendão. Sakic decidiu limpar as pás de sua
máquina para remover neve quando teve sua mão enroscada no aparelho, quebrando cinco ossos nos dedos.
Essas máquinas para remoção de neve são a quarta maior causa de amputação de dedos, vitimando mais de mil pessoas por ano nos Estados Unidos. Sakic tem sorte de ainda ter cinco dedos em sua mão esquerda.
O que raios ele fazia com uma máquina tão perigosa ninguém sabe. Com US$ 70 milhões no banco e um problema nas costas qualquer um de nós de TheSlot.com.br passaríamos o dia todo de pernas pro ar.