A grande surpresa positiva da temporada até aqui chama-se Mikko Koivu. O central e capitão do Minnesota Wild já tem dez gols e 29 pontos em 26 jogos. Os números podem até não impressionar tanto, se você compará-los aos números da dupla do Pittsburgh Penguins, por exemplo. Afinal, Koivu não aparece nos "dez mais" das estatísticas ofensivas, sejam elas quais forem. No máximo é um dos dez atacantes com maior tempo de jogo na temporada, o que já demonstra sua importância para o time.

Mas, diante do que se esperava de Koivu e do que ele geralmente produzia, trata-se da grande surpresa da temporada. Não que se esperasse pouco dele. Mas nunca tanto assim para esta temporada. Trata-se de um jogador escolhido em primeira rodada de recrutamento, porém ainda jovem, com 25 anos de idade e apenas três temporadas na NHL. Ou seja, ainda em desenvolvimento.

Sua importância para o Wild na temporada é gritante. Além de ser o atacante com maior tempo de jogo, lidera o time em quase tudo quanto é aspecto ofensivo: gols, assistências, pontos e +/-.

Se Koivu continuar dessa forma, a projeção é terminar a temporada na casa dos 90 pontos. Seria uma performance muito acima de sua melhor temporada, a de 2006-07, quando terminou com 20 gols e 54 pontos. A rigor, seria um aumento de produtividade de mais de 2/3.

Porém, com a expectativa de retorno de Marian Gaborik ao time, o panorama pode mudar. Afinal, parte do tempo extra de jogo que o atual capitão tem recebido é em função da ausência do craque. Com toda a incerteza que cerca o retorno de Gaborik, prefiro acreditar que Koivu segue em frente.

No último sábado ele encerrou uma seqüência de sete jogos pontuando. Foram cinco gols e 11 pontos ao longo desse período, que foi encerrado com uma derrota para o Nashville Predators por 1-0.

Por ironia, sua partida mais brilhante nessa seqüência foi justamente contra o Nashville, em 29 de novembro passado, quando marcou dois gols e uma assistência na vitória por 6-2. Muitos afirmam que foi o melhor jogo de toda a carreira dele.

Mas os números não dizem tudo sobre o atual momento de Koivu. Seu jogo defensivo também melhorou substancialmente, e o central vem recebendo seguidos elogios do técnico Jacques Lemaire. "Toda vez que há uma situação crítica, Mikko encara", diz Lemaire.

Jogador atuando tão bem assim, quase que de uma hora para outra, geralmente faz surgir a velha dúvida: "É o último ano de contrato dele?" Não, não é. Atualmente recebendo nada módicos US$ 3,25 milhões, ele tem contrato até 2011 com o Wild.

E o Minnesota Wild, como está na temporada? Depois de um ótimo começo, o time embarcou numa campanha um pouco acima da média. Novembro ainda foi um mês em que a equipe venceu mais do que perdeu, mas dezembro tem sido ruim: três derrotas (todas por um gol de diferença e para adversários da mesma divisão) em quatro jogos. Todas apertadas, com diferença de um gol.

No meio da tabela da Divisão Noroeste e em 7º na Conferência Oeste (dados da última terça-feira), a equipe deverá receber muito bem o retorno de Gaborik (claro, se ele realmente retornar). Enquanto isso, Mikko Koivu segue dando as cartas.

Marcelo Constantino parabeniza novamente os saopaulinos.

• Capa
• Editorial
• Faceoff
• Prorrogação
• O feio e a fera
• Até que enfim, Laraque!
• Mikko Koivu, a revelação da temporada
• Da Costa Leste à Oeste
• A suspensão de Avery é longa
• Recrutamento fictício 2009