Como
já é tradicional na TheSlot.com.br, eis os pitacos dos integrantes
da equipe para os confrontos da primeira fase dos playoffs de 2004 da
NHL.
Detroit Red Wings (1.º)
Edmonton Oilers (8.º)
58-16-8
41-28-13
Confrontos na temporada: 2-2
Nos últimos 30 dias: Detroit 1-0
Confrontos em séries de playoffs: Edmonton 2-0
Série mais recente: Finais de conferência, 1988 (Edmonton 4-1)
Alessander Laurentino — A força e a tradição do Detroit podem pe-sar em favor do time de Motown. O aparentemente eterno Nicklas Lidstrom continua liderando a defesa dos Wings e esbanjando categoria e qualidade. O jovem Pavel Datsyuk e seus companheiros poderão con-tar uma vez mais — talvez pela última vez — com a experiência, dedi-cação e liderança de Steve Yzerman, um dos símbolos da recente era vitoriosa dos Wings. Se é bom para o Detroit, isso é ruim para os Oilers, que retornam aos playoffs sedentos de vontade de repetir o fei-to dos arqui-rivais históricos Flames, que conseguiram faturar o Oeste nos últimos playoffs. Para isso, conseguiram jogadores como Chris Pronger, Sergei Samsonov e Dwayne Roloson. O excelente Ryan Smith ainda está em Edmonton e pode ser uma das peças fundamentais para o sucesso do time. Detroit
4-2 Alexandre Giesbrecht — Os Red Wings precisam
se livrar rápido da primeira fase, para conseguir um descanso,
tão necessário para um time cuja média de
idade é a mais alta dos playoffs (33 anos). A linha formada
por Yzerman, Robert Lang e Jason Williams deverá
produzir bem, e a transição do time da defesa para
o ataque é talvez a melhor da liga. O Detroit também
sabe — como todos os times da liga, diga-se de passagem
— que para vencer os Oilers é preciso parar o ponta
esquerda Smyth. É por isso que os atacantes Ales Hemsky
e Shawn Horcoff precisam jogar muito bem lá na frente.
Também há uma grande pressão sobre o goleiro
Roloson: ele é o único goleiro confiável
em Edmonton e precisa provar seu valor para quem quiser contratá-lo
ao fim da temporada, quando ele se tornará agente livre
irrestrito. Detroit 4-0 Bruno Bernardo — De um lado o todo poderoso
Detroit, melhor time do Oeste, vencedor do Troféu dos Presidentes,
melhor ataque da liga. De outro, um modesto Edmonton, que tem um
ataque apenas razoável, porém uma boa defesa, com
o líder Pronger e jogadores como Jason Smith e Dick
Tarnström. Esse deve ser o duelo: o ataque dos Wings contra a
defesa dos Oilers. Detroit 4-1 Fabiano Pereira — Os Oilers contrataram um monte de reforços no dia-limite de trocas, mas é difícil dizer se farão diferença contra Henrik Zetterberg, Lidstrom e companhia. A dupla de goleiros dos Wings é seguramente melhor que qualquer um dos três que possa a vir jogar pelos Oilers. Enfim, é uma disparidade tremenda, pois os Wings, além de já terem nos jovens talentos um ataque explosivo, ainda contam com o retorno de Yzerman à boa forma e o jogo sólido de Brendan Shanahan. Por mais que se juntem os Hemskies, Horcoffs e Stolls, eles não chegam perto. Gosto dos Oilers, mas sei quão limitados eles são perto dos vencedores do Troféu dos Presidentes. Os Wings são o time a ser batido. Detroit
4-1 Marcelo Constantino — Ao menos durante
a temporada, não foi nada fácil a vida dos Wings
frente aos Oilers, sempre com jogos apertados. Os Wings foram
dominantes na temporada, e os Oilers parece que fica-ram todo o
tempo ali, em oitavo na conferência. Mas e daí?
Temporada e playoffs são coisas diferentes. Será
um duelo entre goleiros sem mui-ta experiência em playoffs
— mas a verdade é que teremos isso aos montes neste
ano. E será também mais uma chance para Pronger
ven-cer os Wings em playoffs. Ainda que esta seja a série
com maior po-tencial de zebra desta primeira fase, não aposto
nisso. Detroit 4-2 Thomaz Alexandre — Pobre Edmonton. Com
o time do Detroit inteiro, a não ser por Jiri Fischer, e ainda
com Yzerman num bom ritmo recen-te, o sempre interessante
time de Alberta pode vencer uma, quem sa-be duas. Mas quatro? Não
mesmo. Detroit 4-1
Igor Vasconcelos — É verdade, eu achava
que os Oilers surpreende-riam e que esta temporada de Troféu
dos Presidentes do Detroit só existiu porque este jogou oito
vezes contra Blues, Hawks e Blue Jackets, três dos cinco
piores times da liga. Mas aí eu me lembrei que os Oilers
foram fregueses dos mesmos Blues nesta temporada, então
mudei o palpite! Wings na cabeça, mas só para levar
uma sacolada na outra fase. Detroit 4-2
Dallas Stars (2.º)
Colorado Avalanche (7.º)
53-23-6
43-30-9
Confrontos na temporada: Dallas 3-1
Nos últimos 30 dias: Não se enfrentaram
Confrontos em séries de playoffs: Dallas 2-1
Série mais recente: Primeira fase, 2004 (Colorado 4-1)
Alessander Laurentino — Um típico confronto de final ou semifinal de conferência acontece logo na primeira rodada dos playoffs devido à in-capacidade dos Avs de se ajustar aos novos tempos sem Peter Forsberg, Adam Foote e Chris Drury, ainda sentindo a falta de Patrick Roy e devido ao azar de estar na divisão mais competitiva de toda a liga: o Noroeste. Joe Sakic, Rob Blake e a esperança depositada em José Théodore podem não ser suficientes para fazer os Avs superar o bom time do Dallas de Mike Modano, Jason Arnott, Sergei Zubov e Jere Lehtinen. Ainda com a eliminação para os Avs em 2004 na memória, os Stars querem mostrar a Pierre Turgeon que ele não deveria ter mudado de lado e que dessa vez o lado vencedor será o texano. Dallas
4-1 Alexandre Giesbrecht — Se Modano
não estiver 100%, cortesia de uma contusão no joelho
esquerdo, o central da segunda linha, Arnott vai ter de
se superar nestes playoffs. Adquirido pelos Stars na data-limite
de trocas, o defensor Willie Mitchell terá de jogar vários
minutos por jogo e segurar tudo lá atrás. Já
o Avalanche consegue marcar gols, mas também sofre aos
montes. O grande ponto de interrogação é
o recém-chegado Théodore, ex-Canadiens,
que deverá estar em perfei-tas condições de
jogo depois de ficar de fora de 25 jogos com uma fratura no calcanhar
direito. A altitude pode fazer a diferença em Denver se
algum dos times não estiver em boas condições
físicas. Dallas 4-2 Bruno Bernardo — Dois times conhecidos
dos playoffs do Oeste nos últimos anos. O Dallas ainda conta
com Modano, que foi líder em pon-tos da equipe. Colorado
não é mais aquele time que enchia os olhos da torcida,
mas ainda possui uma boa equipe de vantagem numérica. A
defesa do Dallas é mais potente, e, no gol, Marty Turco vem em boa
forma. A equipe do Texas ainda pode contar com o reserva Johan
Hedberg, tendo, assim, uma vantagem no confronto.
Dallas 4-2 Fabiano Pereira — Que confronto! É óbvio que os Stars são favoritos. Do jeito que vêm jogando, é difícil imaginar os Avs, capengas como es-tão, vencendo. Mas quando se tem Sakic e Alex Tanguay no ataque e um Théodore sedento para provar que ainda é aquele goleiro vencedor do Vezina, os Stars talvez tenham problemas. O que impressiona na equipe do Texas é como alguns jogadores renasceram ou surgiram nesta temporada: Modano, Arnott, Jussi Jokinen — como este time tem profundidade. Arrisco dizer que este é um dos times que vão mais lon-ge no Oeste, se não até as finais. E desculpem-me os Avs, mas eles não vão ser páreo. Dallas
4-1 Marcelo Constantino — No papel, este
deveria ser o confronto mais interessante do Oeste, mas os Avs
não são os mesmos de antes. Es-tão meio combalidos
e há sérias dúvidas sobre a capacidade de
Théodore, ainda mais com o falho setor defensivo
do time. Os Stars são provavelmente a maior surpresa da
conferência neste ano, sendo um dos favoritos ao título,
e disputam de igual para igual com os Avs em termos de experiência
em playoffs. Dallas 4-1 Thomaz Alexandre — A campanha dos times
me faz enxergar uma série ainda mais fácil para
o Dallas, mas é muito difícil achar que os Avs sairão
sem fazer algum barulho. Traindo a razão, vamos com um
pouco de equilíbrio. Dallas 4-2 Igor Vasconcelos — Esta série vai
ser uma bela briga! Briga de ca-chorro grande! Um revival do Bloodbath!
Mas, com o time mais acerta-dinho, o Dallas vai fazer a diferença
no jogo 7, lá na American Airlines Arena. Dallas
4-3
Calgary Flames (3.º)
Anaheim Mighty Ducks (6.º)
46-25-11
43-27-12
Confrontos na temporada: 2-2
Nos últimos 30 dias: 1-1
Confrontos em séries de playoffs: Primeira vez
Série mais recente: Nunca se enfrentaram
Alessander Laurentino — A surpresa da última temporada encara a surpresa da temporada anterior. Mantido o time base, os Flames trata-ram de melhorar onde precisava, e o resultado foi um fantástico título de divisão e o terceiro lugar geral do Oeste. O excelente defensor novato Dione Phaneuf, junto com as aquisições Tony Amonte, Darren McCarty, Daymond Langkow e Roman Hamrlik, deu maior poder de fogo ao time comandado pelo regular Jarome Iginla e pelo bom goleiro Miikka Kuprusoff, e agora os Flames sonham em conseguir o que ficou faltando depois daquele jogo 7 na Flórida, em 2004. Os Ducks, por sua vez, contam com o retorno de Teemu Selane, a boa dupla Rob e Scott Niedermayer, além de Andy McDonald. Jean-Sébastian Giguere vai pre-cisar mostrar que, na pior das hipóteses, é tão bom quanto Kiprusoff. E não vai ser fácil. Calgary
4-2 Alexandre Giesbrecht — Os Flames quase
não marcam gols, por isso vão precisar que jogadores
como Stéphane Yelle, Shean Donovan e Marcus Nilson marquem
bem e sejam impecáveis em desvantagem nu-mérica.
Por outro lado, eles também não costumam sofrer
muitos gols (melhor defesa da liga), e Kiprusoff
pode ganhar uma série praticamen-te sozinho. O estilo de
ataque dos Mighty Ducks faz com que os velo-zes atacantes
Selanne e McDonald sejam uma fonte de boas jogadas, mas para
o time ter alguma chance é bom que os atacantes Todd Marchant
e Rob Niedermayer e o defensor Ruslan Salei façam a dife-rença.
Calgary 4-2 Bruno Bernardo — Para mim, o confronto
mais igual do Oeste. Uma nova safra de jogadores em ambos os times
mostra um bom futuro para as franquias. No presente, podemos ver
a excelente defesa do Calgary, liderada por "Binho"
Regehr e pelo novato Phaneuf. No gol, Kiprusoff é
favorito ao Vezina. A defesa dos Ducks também é
sólida, com Ruslan Salei e Vitaly Vishnevski. No geral, creio que um detalhe
irá definir o vencedor. Calgary 4-3 Fabiano Pereira — confronto dos times que podem surpreender. Am-bos têm goleiros que já levaram suas equipes às finais da Copa Stanley (Kiprusoff e Giguere, respectivamente), asas direitos estabelecidos e que têm algo a provar (Iginla e Selanne), além da juventude em ambos os lados. O que esperar, então? Os Ducks são certamente um dos ti-mes mais quentes após os Jogos Olímpicos. Os Flames são um time que mal consegue atacar. Ataque x defesa? Na pós-temporada, o que con-ta é um ótimo goleiro, e o provável vencedor do Vezina deve novamen-te carregar sua equipe. Calgary
4-3 Marcelo Constantino — Esse é
o duelo entre os dois últimos vice-campeões da Copa
Stanley, os dois times que protagonizaram histórias de
superação e garra, chegando até
o jogo 7 das finais de 2003 e de 2004. É o duelo entre os
goleiros que protagonizaram essas grandes escaladas, Kiprusoff x Giguere. Os Ducks esquentaram como poucos depois das Olimpíadas.
Os Flames se mantiveram entre os melhores ao longo de toda a temporada.
Aposto nesta como a série mais eletrizante da conferência,
a ser decidida em sete jogos. Calgary 4-3 Thomaz Alexandre — As duas últimas
Cinderelas do Oeste, que perderam em finais para times superiores,
prometem a série mais amarrada do ano. 1-0 para cá,
2-1 para lá, tripla prorrogação, tudo é
possível. Para o Calgary, uma boa atuação
de Kiprusoff é certeza. Tudo então depende de Iginla,
que, para mim, vai decepcionar no quesito "disco às
redes". Anaheim 4-3
Igor Vasconcelos — Vou apostar na surpresa desta
vez. Se tivesse Petr Sykora, meu craque do computador, eu apostaria
nos Ducks pra levantar a Copa Stanley! Mas Selanne carrega o time
nas costas contra os Flames de Kiprusoff, Regehr e Iginla. Anaheim
4-2
Nashville Predators (4.º)
San Jose Sharks (5.º)
49-25-8
44-27-11
Confrontos na temporada: 2-2
Nos últimos 30 dias: Não se enfrentaram
Confrontos em séries de playoffs: Primeira vez
Série mais recente: Nunca se enfrentaram
Alessander Laurentino — O time de Nashville tomou gosto em parti-cipar dos playoffs e desta vez resolveu chegar lá com mais folga. O problema é que vão enfrentar um dos times mais embalados do final da temporada regular da NHL. Falando a verdade, quem gostaria de pegar os Sharks de hoje nos playoffs? Azar dos Preds, que, além de pegar os Sharks, vão descobrir "ao vivo" se Chris Mason é bom o suficiente para substituir o contundido Tomas Vokoun. Scott Walker vai precisar de toda a ajuda possível para evitar o pior para o seu time, portanto é hora de Paul Kariya, Steve Sullivan e Yanic Perreault mostrarem que o bom desempenho da temporada regular pode ser repetido ou até me-lhorado nos playoffs contra um time de ponta. Já os Sharks mostraram que acertaram em investir na contratação de Joe Thornton. Jonathan Cheechoo e Patrick Marleau também foram fundamentais na arrancada final dos Sharks, que estavam fora do grupo dos oito e subiram inacre-ditavelmente até o quinto lugar no Oeste. De quebra, os Sharks contam com um bom goleiro em Evgeni Nabokov e um melhor ainda em Vesa Toskala. San Jose
4-1 Alexandre Giesbrecht — O problema sangüíneo
que encerrou a tem-porada de Vokoun é desesperador
para os Predators. O goleiro reserva, Mason, de 30 anos,
é respeitado pelos seus colegas de time e pela comissão
técnica por sua conduta e condição física,
mas não tem nenhuma experiência de playoffs na NHL.
Marek Zidlicky e Kimmo Timonen, entre outros, vão ter de
jogar as partidas de suas vidas para classificar os Preds, que
enfrentarão um time que venceu seus oito jogos antes de
uma derrota sem importância na segunda-feira. É,
os Sharks atingiram seu auge na hora certa, e o goleiro Toskala
tem tudo para ser a surpresa deste ano. O central Thornton,
artilheiro da NHL, e o ponta direita Cheechoo, goleador
da liga, são uma dupla ofensiva como poucas. O problema
do San Jose (e nem é um problema tão grande assim)
está na produtividade das suas equipes de vantagem numérica.
San Jose 4-1 Bruno Bernardo — Depois de tanto tempo,
finalmente parece que o Nashville conseguiu montar uma equipe
digna de playoffs e, quem sa-be, talvez eles possam vencer o San
Jose. Seu ataque não é brilhante, mas está
longe de ser ruim. Os Sharks possuem Thornton em excelente
fase e Chechoo, o vencedor do Troféu Rocket Richard.
No gol, as duas equipes jogam com goleiros que não eram
titulares no início da temporada. Mason e Toskala tentarão
convencer os técnicos de suas capacidades para o próximo
ano. San Jose 4-3 Fabiano Pereira — Os Predators são os Sabres do Oeste. Time sem estrelas (Kariya está longe de ser a estrela que já foi), esforçado, todas as linhas pontuando. Apesar de terem ficado em quarto, acho difícil que vençam os Sharks, outro time quente nesta temporada. Explico: lembram-se de Voukon? Pois é, ele está fora desta temporada, e é difícil uma equipe conseguir repor alguém do nível dele. Além disso, a dupla Thornton e Cheechoo é a melhor desta temporada. Thornton terminou em primeiro em pontos e assistências, e Cheechoo, em gols. E com uma segunda linha que se acertou apenas no final (Steve Bernier, Marleau e Milan Michalek), os Sharks têm que aproveitar agora. Após serem considerados o grande time do oeste, é a chance de provar que são para valer. San Jose
4-2 Marcelo Constantino — Times em trajetórias
opostas. Os Preds estão em queda livre e sem seu MVP, o
goleiro Vokoun. Os Sharks estão em grande ascensão,
embalados principalmente por Thornton — sério
can-didato a MVP e maior pontuador da NHL na temporada —
e Cheechoo — maior goleador da temporada —,
a dupla infernal que carregou o time até os playoffs. Haja
superação para os Preds pararem os Sharks. San
Jose 4-1 Thomaz Alexandre — A campanha do tubarão
foi notável até agora, especialmente pela
relação sentimental com a fórmula de nossos
rankings. Mas o Nashville é um time mais constante e, com
mando de gelo numa arena onde é quase imbatível,
deve levar as três jogadas em casa e uma das duas na Califórnia.
Nashville 4-1
Igor Vasconcelos —Eu iria apostar em 4-1 para os
Preds, mas lembrei-me de Thornton. Então dei uma reviravolta
no meus pitaco (mais uma) e vou de 4-1 para os Sharks, pois
também me lembrei que Vokoun está machucado.
San Jose 4-1
CUIDADO COM ELE
Jonathan Cheechoo, goleador da NHL nesta temporada, forma com Joe Thornton uma dupla perigosíssima em San Jose
(David E. Klutho/Sports Illustrated- 21/03/2006)