25 - Francis, Ronald "Ron" Michael - central (Canadá)
Símbolo maior da franquia Hartford Whalers/Carolina Hurricanes, Ron Francis nunca teve seu valor reconhecido o bastante na NHL. Mesmo com duas campanhas centenárias durante seu período no Pittsburgh Penguins — time onde venceu duas Copas Stanley — e de ter liderado a liga por dois anos consecutivos em assistências — 1994-95 e 1995-96 — foi quase sempre a "sombra" de Mario Lemieux e Jaromir Jagr na cidade do aço. Como prêmio de consolação, venceu o Troféu Selke em 1995. Após uma temporada de 119 pontos, o símbolo de classe e conduta esportiva voltou para a antiga franquia em 1998. Pelos Canes disputou as finais da liga em 2002, quando foram derrotados pelos Red Wings. Encerrou a carreira como um dos maiores pontuadores da história da NHL.

24 - Pronger, Christopher "Chris" Robert - defensor (Canadá)
Tornou-se um Blue em 1995 após a direção do Hartford Whalers ter se cansado de seus atos de imaturidade — como ser preso por dirigir embriagado e se envolver em brigas de bar. Shanahan foi para Hartford e Pronger foi para equipe onde se tornaria um dos melhores defensores da NHL. Em St. Louis, ele logo de cara teve que se enquadrar, pois a equipe era treinada pelo linha-dura Mike Keenan. Defensor completo, atingiu o ápice na temporada 1999-00, quando seus 62 pontos e +52 contribuíram para que vencesse não apenas o Troféu Norris — melhor defensor —, como também o Hart, como mais valioso atleta da temporada regular. Após longo período nos Blues, defende atualmente o Edmonton Oilers.

23 - Belfour, Edward "Ed" John - goleiro (Canadá)
Em suas primeiras cinco temporadas completas na NHL, Belfour liderou a liga em shutouts em quatro delas, vencendo o Vezina duas vezes. Com isso, entre ele ou Hasek, o Chicago Blackhawks não teve dúvidas em mandar o tcheco para os Sabres. Mas como nada é pra sempre, um dia ele se tornou dispensável. O temperamental goleiro teve rápida passagem pelos Sharks até encontrar um lar no Texas, onde, defendendo a meta do Dallas Stars, chegou a duas finais consecutivas da Copa Stanley, vencendo o duelo particular com Hasek em 1999 e perdendo a disputa com Brodeur em 2000. Hoje atua nos Maple Leafs.

22 - Chelios, Christopher "Chris" - defensor (Estados Unidos)
O primeiro americano a ser eleito o melhor defensor da NHL é o que podemos chamar de "pacote completo". Forte em ambas as extremidades do gelo, físico, e podendo atuar por muitos e muitos minutos durante as partidas, Chelios deixou saudades nos torcedores dos Canadiens e dos Blackhawks. Tendo nascido em Chicago, tornou-se o primeiro defensor a liderar o time em pontos. Venceu seu segundo Norris em 1993 — colocando em plano secundário os mitos Coffey e Bourque. Em 1995-96 foi eleito capitão da franquia e levou pra casa seu terceiro prêmio de melhor defensor da liga. Até que um golpe forte foi sentindo pelos torcedores dos Hawks, quando Chelios foi trocado para os odiados Red Wings em 1999. Sem chance de Copa em Chicago, logo ele fortaleceu ainda mais o time de Detroit com assustadores +48, logo em sua primeira temporada completa com os Wings. A Stanley viria em 2002 — sua segunda, já que havia vencido em 1986 com os Habs. Continua nos Wings, e, se for esperto, essa deve ser sua última temporada como jogador profissional.

21 - Lindros, Eric Bryan - central (Canadá)
O menino mimado, que se recusou a atuar pela equipe que o selecionou em 1991, era tido como o "the Next One" no início da carreira. Uma combinação de tamanho, rapidez e habilidade que levava a crer que se tratava da próxima super-estrela do hóquei, no mesmo nível de Mario Lemieux e Wayne Gretzky. Por isso os Flyers mandaram Mike Ricci, Peter Forsberg, Steve Duchesne, Kerry Huffman, Ron Hextall, Chris Simon, duas escolhas de primeira rodada e US$ 15 milhões para o Quebec Nordiques em troca de Lindros. Na equipe da Filadélfia, ele, apesar de produzir bem, teve uma passagem muito conturbada, com concussões que quase encerraram precocemente sua carreira. A encurtada temporada 1994-95 viu o surgimento da "Legion of Doom", uma fantástica linha com Lindros, LeClair e Mikael Renberg. Lindros foi um dos líderes da temporada em pontos, com 70 em 48 jogos, vencendo também o Troféu Hart, como melhor jogador da temporada, guiando os Flyers a sua primeira pós-temporada em cinco anos. Em 1997 chegaram às finais da Copa Stanley como favoritos, mas foram varridos pelos Red Wings. Após o divórcio definitivo com os Flyers, atuou nos Rangers até chegar aos Maple Leafs, sua atual equipe.

20 - Leetch, Brian - defensor (Estados Unidos)
O texano mais querido na Broadway colecionou conquistas no final dos anos 80 e início dos 90. Melhor novato em 1989, melhor defensor em 1992 e jogador mais valioso dos playoffs de 1994, quando fez parte do grupo que deu aos Rangers sua primeira Copa Stanley em 54 anos. Ao vencer o Conn Smythe ele se tornou o primeiro americano a conseguir tal feito. Venceu seu segundo Norris em 1997. Após mais uma temporada de fracasso dos Rangers, Leetch arrumou as malas e foi para o Toronto Maple Leafs em 2004, onde ficou por pouco tempo. Hoje atua em outra equipe original, o Boston Bruins.

19 - Selanne, Teemu Ilmari - asa direito (Finlândia)
Nenhuma temporada de estréia foi como a do finlandês Teemu Selanne em 1992-93. Talvez tenha sido a mais fácil escolha de um novato do ano. Seus 76 gols representaram 23 unidades a mais que a marca anterior, que pertencia ao ex-Islanders Mike Bossy. Isso sem falar nos 132 pontos obtidos. O atacante ficou no Winnipeg Jets por três temporadas e meia, até se transferir para os Mighty Ducks, onde formou uma dupla mais do que dinâmica com Paul Kariya. Com o time de Anaheim, Teemu foi o primeiro vencedor do troféu Maurice Richard. A dupla com Kariya seria desfeita em 2001, quando Selanne foi para os rivais estaduais, San Jose Sharks. Com a nova equipe chegou aos 900 pontos na carreira. Voltou a atuar com Kariya no Colorado Avalanche, mas sem a mesma magia de antes. Em Denver teve sua pior temporada em 12 anos de NHL. Voltou para Anaheim no início da atual temporada e parece ter voltado à boa fase.

18 - Bure, Pavel Vladimirovich (Rússia)
Existem gols e existem os gols de Pavel Bure. Raramente o "foguete russo" marcava um gol feio — se é que eles existem. Foi o primeiro atleta do Vancouver Canucks a receber um dos grandes troféus da NHL, quando ficou com o Calder, como melhor novato da temporada 1991-92. Na temporada seguinte ele se tornou o primeiro atleta do time da costa oeste canadense a ultrapassar a marca de 50 gols e 100 pontos em uma temporada. Marcou 60 gols pelo segundo ano consecutivo e foi peça chave quando os Canucks chegaram às finais pela primeira e única vez em sua história, em 1994. Derrotados pelos Rangers em sete jogos, os Canucks tinham em Bure um atleta capaz de levantar os torcedores — em qualquer arena em que jogasse — de suas poltronas. Apesar do passado glorioso, saiu pela porta dos fundos de Vancouver, por exigir ser trocado. Foi para a ensolarada Flórida, onde, pelos Panthers, venceu o troféu Maurice Richard ao marcar 58 gols na temporada 1999-00. Depois, uma breve passagem pelos Rangers, onde pouco brilhou devido aos costumeiros problemas no joelho. Recentemente anunciou sua precoce aposentadoria. Alguns o acusam de egoísta, mas o fato é que, numa época onde o jogo se tornou amarrado, poucos atletas foram tão excitantes de se ver como Pavel Bure.

17 - Hull, Brett Andrew - asa direito (Estados Unidos)
Um máquina de marcar gols e um homem sem papas na língua; Hull sempre foi um prato cheio para a mídia. Filho da lenda Bobby Hull, formou uma das maiores duplas da NHL com Adam Oates no St. Louis Blues nos anos 90. O que dizer de um jogador que certa vez marcou 86 gols em 78 jogos? O mínimo é que se trata de uma super-estrela. Mas Hull uma vez afirmou que só poderia se sentir uma se fizesse parte de uma equipe que vencesse a Copa Stanley. Como isso não era possível em St. Louis, em 1998 foi para o estado da estrela solitária, onde encontrou um time onde poderia realizar seu objetivo. E ele veio da forma "Hull de ser", com muita polêmica. Com um gol irregular dele, após vários tempos extras, na sexta partida das finais da Stanley de 1999, os Stars venciam a mais bela das Copas pela primeira vez. Se o bicampeonato não veio em 2000, o feito foi repetido em 2002, dessa vez com o Detroit Red Wings. Anunciou sua aposentadoria durante a atual temporada, quando defendia o Phoenix Coyotes.

16 - Kariya, Paul Tetsuhiko - asa esquerdo (Canadá)
Um dos maiores goleadores da era moderna do hóquei. Já em sua segunda temporada na NHL (1995-96) contabilizou 50 gols e apareceu entre os líderes da liga com 108 pontos. Na temporada seguinte ficou atrás apenas de Dominik Hasek na briga pelo troféu de jogador mais valioso da liga, após levar os Mighty Ducks à primeira pós-temporada de sua história. Foi também a temporada em que a dupla Paul Kariya e Teemu Selanne se tornou uma das mais temidas da NHL. Rápido como poucos e um dos mais limpos atletas da liga, Kariya participou do que muitos consideravam impossível: uma final de Copa Stanley com a camisa dos Ducks. A corrida nos playoffs de 2003 foi memorável, incluindo varrida sobre os campeões Red Wings e sete jogos na finalíssima — onde acabariam derrotados — contra os Devils. Após nove temporadas em Anaheim, Kariya passou rapidamente pelo Colorado Avalanche e hoje atua no Nashville Predators.

15 - Fedorov, Sergei Victorovich - central (Rússia)
Uma das muitas escolhas tardias que deram certo em Detroit, Fedorov foi por muito tempo um dos mais versáteis jogadores da NHL. Na temporada 1993-94 colecionou troféus ao vencer o Hart, o Lester B. Pearson e o Selke. Terminou em segundo na artilharia, atrás apenas de Wayne Gretzky. Outro Selke viria em 1996, após temporada de 107 pontos. Foi parte integrante da equipe que bateu o recorde de vitórias da NHL na temporada 1995-96, mas que falhou na pós-temporada. A Copa Stanley, que teimava em escapar, veio em 1997. Na temporada seguinte FedEx ficou inativo por longo período, ao se envolver em uma disputa contratual com a direção da equipe. Retornou em tempo de ser decisivo nos playoffs. Conquistaria sua terceira Copa Stanley em 2002. Em 2003 rumou para a Califórnia, onde, atuando pelos Mighty Ducks, tornou-se o primeiro jogador russo a chegar aos 1000 pontos na NHL. Sua passagem não foi das mais proveitosas e, no início da atual temporada, foi enviado para o Columbus Blue Jackets em troca dos desconhecidos Tyler Wright e Francois Beauchemin.

14 - Bourque, Raymond "Ray" Jean - defensor (Canadá)
Uma Copa para Ray Bourque. Esse foi o slogan não oficial da corrida do Colorado Avalanche nos playoffs de 2001. O homem que quebrou os recordes conquistados por Bobby Orr e se transformou no maior símbolo do hóquei em Boston nos anos 80 e 90 não via mais possibilidades de conquistar a Copa Stanley atuando pelos Bruins. Recebeu sinal verde para tentar a aventura nas rochosas. Finalmente, em 9 de junho de 2001 realizava o sonho de erguer o mais belo e importante troféu do esporte mundial, a Copa Stanley! Após o feito, aposentou-se, detendo a honra de ser o maior pontuador da história da NHL entre jogadores de defesa.

13 - Brodeur, Martin Pierre - goleiro (Canadá)
Melhor novato da NHL já em sua primeira temporada completa com os Devils, para melhorar só faltava vencer a Stanley na segunda. E o jovem goleiro, que veio de uma família de atletas, conseguiu, quando sua equipe demoliu os Red Wings em 1995. Obteve a façanha de ser o primeiro goleiro em muitos anos a ter dois dígitos na categoria shutout (10), o que não acontecia desde 1976-77. Outro fato raro foi ter marcado um gol contra o Montreal Canadiens nos playoffs de 1997. O único empecilho entre Brodeur e o Troféu Vezina nessa época se chamava Dominik Hasek. Mas, se no individual não dava, no coletivo seu time — que já havia sido considerado uma piada por Gretzky nos anos 80 — ainda venceria mais duas Copas, em 2000 e 2003. O Vezina finalmente chegou em 2003. Com direito a repeti-lo no ano seguinte. Continua sendo um dos Diabos de Nova Jérsei e tentará provar que é mesmo um goleiro de elite, mesmo sem Stevens e Niedermayer à sua frente.

12 - Lidstrom, Nicklas E. - defensor (Suécia)
É bem provável que esse sueco se torne o primeiro defensor a ter seu número aposentado pelo Detroit Red Wings, quando ele decidir encerrar a carreira. Um dos mais clássicos atletas de sua geração, Lidstrom é sinônimo de hóquei jogado de forma limpa, mesmo atuando numa posição onde a principal função é evitar gols. Três vezes campeão da Copa Stanley e três vezes eleito o melhor em sua posição na NHL, Lidstrom também foi o mais valioso jogador dos playoffs de 2002, vencendo o Troféu Conn Smythe. Pode vir a ser o capitão da equipe, após a provável aposentadoria de Steve Yzerman ao final da atual temporada.

11 - Modano, Michael "Mike" Thomas Jr - central (Estados Unidos)
Nenhum atleta da franquia Minnesota North Stars/Dallas Stars se destacou tanto na NHL quanto Mike Modano. Segundo americano a ser escolhido em primeiro lugar em um recrutamento, Modano ainda poderia ter apresentado melhores números se não tivesse atuado por muitos anos sob o rígido esquema defensivo que reinava na equipe. Foi o toque de classe na equipe campeã da Copa Stanley em 1999 e vice em 2000, quando formava um trio explosivo com Brett Hull e Jere Lehtinen. Atuou no sacrifício na pós-temporada de 1999, mostrando ser uns dos líderes daquela equipe. Continua sendo um dos mais queridos atletas em território texano.

10 - Stevens, Scott - defensor (Canadá)
Se perguntarmos para qualquer torcedor dos Devils quem foi o mais importante atleta durante o glorioso período onde o time conquistou três Copas Stanley e chegou a quatro finais, uma parte considerável irá responder Martin Brodeur, mas a maioria dirá Scott Stevens. E foi como compensação, por ter perdido Brendan Shanahan para o St. Louis Blues, que o rígido defensor chegou a Nova Jérsei em 1991. Na temporada 1992-93 duas mudanças históricas para a franquia. O preto deu lugar ao verde no uniforme e Stevens assumiu a capitania da equipe, para não deixar mais. Em cada uma das Copas conquistadas ele deixou sua marca com trancos históricos. Em 1995 contra Keith Primeau e Slava Kozlov. Em 2000 sua maior vítima foi Eric Lindros, nas semifinais, e de quebra foi eleito o melhor jogador dos playoffs, levando o Conn Smythe. Em 2003, Paul Kariya foi o "sortudo" da vez. Um dos atletas mais duráveis da NHL, viu-se em uma situação incômoda quando perdeu a maior parte da temporada 2003-04 por contusão. No verão de 2005 anunciou sua aposentadoria.

9 - Sakic, Joseph "Joe" Steven - central (Canadá)
Quando chegou aos Nordiques em 1988, Sakic se viu isolado num mar de mediocridade. Mesmo marcando 100 ou mais pontos em temporadas consecutivas, ele não pôde evitar que o time da província de Quebec ficasse sempre na rabeira da liga. Essa situação durou até 1993, quando o time chegou à pós-temporada pela primeira vez em seis anos. E quando tudo levava a crer que os Nordiques se tornariam uma força na NHL, a franquia foi parar em Colorado. Já em seu primeiro ano em Denver, Sakic somou 120 pontos na temporada regular, mas foi nos playoffs que ele brilhou, marcando 34 pontos e vencendo o Troféu Conn Smythe. Após a varrida sobre o Florida Panthers, teve a honra de ser o primeiro a receber a Copa Stanley. O Avalanche teve que igualar uma oferta de US$ 23 milhões por três temporadas, do New York Rangers, para não perder o seu capitão, quando ele se tornou agente livre anos depois. Venceu mais uma Copa em 2001 e se manteve entre os artilheiros da liga nas últimas temporadas. Continua como capitão da equipe do Colorado.

8 - Yzerman, Stephen "Steve" Gregory - central (Canadá)
Assumiu a posição de capitão do Detroit Red Wings com apenas 21 anos, na temporada 1986-87, e permanece como líder da equipe até hoje. Yzerman já foi um atleta de 155 pontos em uma temporada, mas passou a sacrificar sua produção ofensiva em nome do jogo coletivo, o que lhe rendeu o Troféu Selke em uma oportunidade. Também viveu a glória de levantar, como capitão de uma equipe original, a Copa Stanley três vezes. Em 1998 foi o mais valioso jogador da pós-temporada, vencendo assim o Troféu Conn Smythe. Em 2002 deu exemplo ao atuar no sacrifício em boa parte da vitoriosa pós-temporada. Stevie Y deve se aposentar ao final dessa temporada. Um símbolo de fidelidade, que presenciou um período negro da história do clube, mas que ficou, para voltar a fazer desse time um dos melhores da NHL.

7 - Gretzky, Wayne Douglas - central (Canadá)
O maior jogador de todos os tempos viveu seus melhores dias anteriormente à era NHL/ESPN no Brasil, mas atuou o suficiente para entrar entre os dez mais. Após bater todos os recordes e vencer quatro Copas Stanley com o Edmonton Oilers, Gretzky fez do Los Angeles Kings uma equipe respeitada dentro da NHL. Sua última final de Copa Stanley foi em 1993, quando não conseguiu superar Roy & cia. Durante essa etapa nos Kings, ultrapassou Gordie Howe em pontos e gols para se tornar o recordista absoluto em ambas as categorias. Foi o maior pontuador da temporada pela última vez em 1993-94, com 130 pontos em 81 jogos. Em fevereiro de 1996 foi para os Blues, onde teve rápida passagem após perder o duelo com Steve Yzerman nos playoffs. Já com 36 anos assinou com o New York Rangers, onde reuniu-se com o amigo Mark Messier. Quando muitos diziam que ele já estava velho demais para se destacar, ele provou que estavam todos errados ao terminar a temporada 1996-97 com 97 pontos em 82 jogos, liderando a liga em assistências com 72. No ano seguinte mais uma vez foi o que mais deu passes para gols. Sua última temporada foi a de 1998-99. Anunciou sua aposentadoria em 16 de abril de 1999. Até hoje detém a maioria dos recordes da NHL.

6 - Messier, Mark John Douglas - central (Canadá)
Os torcedores dos Rangers não aceitam quando dizemos que Mark Messier foi um dos maiores líderes de todos os tempos. Para eles, ele foi "O" maior líder de todos os tempos. E eles têm fundamentos para afirmar isso. Quando Gretzky deixou os Oilers em 1988, muitos diziam que era o fim do reinado da equipe de Alberta. Messier provou que estavam errados e os Oilers foram campeões em 1990. Os Rangers foram buscá-lo em 1991 e, após 54 anos de seca, a Copa Stanley era conquistada novamente em 1994. O momento mais marcante daquela pós-temporada foi a série contra os Devils. Com os Rangers atrás na série por 3-2, Messier colocou toda a responsabilidade sobre seus ombros ao garantir que a equipe venceria o jogo 6 e forçaria uma sétima partida. A equipe começou o terceiro período perdendo por 2-1, aí Messier cumpriu o prometido com um hat trick natural, forçando a decisiva partida. A série foi decidida após dois tempos extras, com um gol de Stephane Matteau. Nas finais, contra o Vancouver Canucks, mais sete jogos e com a vitória por 3-2 estava decretada o final dos provocativos gritos de 1940 dos rivais e a beatificação de Mark Messier em Nova York. Messier encerrou a carreira como segundo maior pontuador da NHL em todos os tempos em 2005.

5 - Roy, Patrick - goleiro (Canadá)
Conhecido como São Patrick em Montreal e também idolatrado em Denver. Roy, o rei dos goleiros, criou um estilo próprio de atuar que fez escola. O que não conseguiram imitar foi a sua capacidade de crescer nos momentos mais importantes. Por isso ele possui no currículo três troféus Conn Smythe, como jogador mais valioso dos playoffs. Venceu também quatro Copas Stanley e três Troféus Vezina. Na pós-temporada de 1993, dez de suas 16 vitórias vieram em jogos decididos na prorrogação. O casamento com os Canadiens terminou no dia 2 de dezembro de 1995. Após sofrer nove gols na derrota de 12-1 para os Red Wings, ele se desentendeu com o treinador Mario Tremblay, que se recusou a retirá-lo do gelo quando o vexame ainda não estava tão grande. Roy foi para o Colorado Avalanche, onde venceu duas de suas Copas e bateu os recordes de vitórias e de partidas jogadas por um goleiro na história da NHL. Se aposentou do hóquei profissional em 2003.

4 - Hasek, Dominik - goleiro (República Tcheca)
Apenas o quinto goleiro na história a vencer o Troféu Hart — concedido ao melhor jogador da NHL — e primeiro e único até hoje a vencê-lo consecutivamente em 1997 e 1998. O tcheco também colecionou Troféus Vezina, concedido ao melhor goleiro da liga. Foram cinco em seis anos, e poderia ter sido seis em seis já que contusões limitaram a quantidade de partidas do goleiro na temporada 1999-00. Apesar de iniciar sua carreira na NHL vestindo a camisa dos Blackhawks, foi apenas quando trocado, em agosto de 1992, para o Buffalo Sabres, que iniciou sua era de "dominador" na liga. Por seis anos seguidos ninguém teve uma maior porcentagem de defesas que Hasek, e isso em uma equipe mediana, onde o melhor defensor era o apenas regular Alexei Zhitnik. Mesmo assim levou o time à final da Copa Stanley em 1999, quando um gol totalmente irregular deu o título aos Stars na sexta partida da série. Em 2001 foi para Detroit tentar conquistar o único título que faltava. Sem ele os Sabres sequer foram aos playoffs daquele ano. Já o goleiro venceu o duelo particular — assim como já havia feito nos Jogos Olimpícos de Nagano em 1998 — com Patrick Roy nos playoffs de 2002, levando o time às finais, onde Hasek venceu sua primeira Copa. Atualmente lidera a liga em vários quesitos, vestindo a camisa do Ottawa Senators.

3 - Lemieux, Mario - central (Canadá)
Primeiro ele colocou Pittsburgh no mapa do hóquei. Depois ele fez do Pittsburgh Penguins um time duas vezes campeão da Copa Stanley. Por último ele manteve Pittsburgh no mapa do hóquei. O craque, o capitão, o dono. Mario Lemieux é ainda mais do que isso, o mais talentoso atleta de hóquei da história na opinião de muitos, ele enfrentou inúmeras adversidades na carreira e, por amor ao esporte, venceu todas elas. Só não ocupa o primeiro lugar desse ranking devido ao grande tempo que ficou fora da NHL. Sua média de pontos por partida é dessas coisas que causam espanto. E mesmo após longos períodos de inatividade ele voltava e liderava a liga em pontos. Venceu seu último Art Ross em 1997 e depois anunciou sua aposentadoria. Até esse momento ele possuía a incrível média de 2,005 pontos por jogo. Seu último retorno foi em 27 de dezembro de 2000, quando em sua primeira partida profissional em anos, marcou um gol e contribuiu com duas assistências contra o Toronto Maple Leafs. Recentemente apresentou mais problemas de saúde e também alertou que os dias de NHL em Pittsburgh podem estar chegando ao seu fim.

2 - Jagr, Jaromir - asa direito (República Tcheca)
Se no início de sua carreira na NHL Jagr era quase sempre ofuscado pela presença da mega-estrela Mario Lemieux, o tcheco mostrou a partir da temporada 1993-94 — quando Lemieux teve que parar de atuar logo em seu início, depois de ser diagnosticado com uma forma de câncer — que tinha talento suficiente para figurar entre os grandes do esporte. Na encurtada temporada 1994-95 — quando Lemieux não atuou — os Penguins precisariam de um Jagr estrelar. E foi isso o que eles tiveram. O tcheco se tornou o primeiro europeu nascido e criado na Europa a vencer o Art Ross após marcar 70 pontos em 48 jogos. Mario voltou ao hóquei e Jaromir continuou a aumentar sua produção. Bateu, na temporada 1995-96, os recordes de assistências (87) e pontos (149) para um asa direito, que pertencia a Mike Bossy. Após uma das aposentadorias de Lemieux, em 1997, Jaromir Jagr assumiu de vez o trono, liderando a liga em pontos por três temporadas consecutivas. Na de 1997-98 foi o único atleta a ter três dígitos na tabela de pontuadores. Assumiu também a condição de capitão do time, após a saída de Ron Francis em 1998. Venceria o Hart em 1999 após outra fantástica temporada, com 83 assistências e 127 pontos. Com a crise instalada em Pittsburgh, foi para os Capitals em 2001, onde, apesar de liderar a equipe em pontos, não foi nem sombra do genial Jagr de outrora, sendo mandado para os Rangers em troca de... Anson Carter. Hoje lidera os camisas azuis na busca pela pós-temporada que o time não vê desde 1997.

1 - Forsberg, Peter - central (Suécia)
Fez parte do pacote que os Flyers mandaram para o Quebec Nordiques, em junho de 1992, para ter o direito de contar com Eric Lindros. Sorte dos Nordiques/Avalanche, já que, com esse pacotão e, em especial, com Forsberg, puderam montar uma grande equipe que se tornaria uma das melhores da NHL por um longo período de tempo. Logo em sua primeira temporada Peter venceu o Troféu Calder, como melhor novato, após terminar com uma média superior a um ponto por partida. Na temporada seguinte — já com a franquia no Colorado — dobraria sua produção, marcando 116 pontos em 82 jogos. Nos playoffs, ótimas atuações que ajudaram o Avalanche a vencer sua primeira Copa Stanley. Forsberg era presença constante em qualquer seleção de melhores momentos de cada semana. Jogadas imprevisíveis e gols espetaculares sem descuidar dos aspectos defensivos do jogo. Em outras palavras, um jogador completo. Infelizmente para o hóquei, muitos problemas físicos passaram a limitar as aparições do sueco. Nos playoffs de 2001 teve que fazer uma operação urgente, que o privou de jogar as finais contra os Devils, quando o Avalanche conquistou sua segunda Copa. Perdeu toda a temporada regular de 2001-02, voltando surpreendentemente para a pós-temporada, onde liderou em pontos. Seu esforço não foi suficiente e a equipe foi humilhada na sétima partida da final da Conferência Oeste pelos Red Wings. Venceu seu primeiro Art Ross em 2003 após liderar a liga em pontos. Também levou o Hart, como melhor jogador da temporada. Curiosamente hoje atua na equipe que o mandou embora, naquele pacote já citado no início desse texto. Ocupa o primeiro lugar nesse ranking porque foi mais regular que Jagr, raramente atravessando períodos ruins na carreira.


Eduardo Costa consumiu duas caixas de Itaipava, um panetone, meia caixa de sucrilho e cinco pacotes de Doritos, enquanto fazia sua seleção dos 100 melhores da era ESPN/NHL no Brasil. Para relaxar, a cada dez jogadores analisados, ouvia um pouco de Pantera ou Black Sabbath.
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Fabiano: Fiasco! Quem adivinha o nome?
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O NÚMERO 1 E o eleito é Peter Forsberg, o melhor jogador da era NHL/ESPN no Brasil. Jogador completo, a regularidade de seus anos de Colorado Avalanche o credenciam como o melhor do período (Arquivo TheSlot.com.br)
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Página publicada em 14 de dezembro de 2005.