Nesta nova temporada da NHL temos visto poucas trocas até aqui. Ou melhor, até segunda-feira. Claro, quando foi anunciado o novo acordo, tivemos todo aquele troca-troca generalizado. Porém, logo depois a coisa esfriou. Alguns jogadores sem contrato ficaram pendentes, mas quase todos acabaram assinando ali pelo começo da temporada.

Desde então, praticamente nada de mudanças relevantes na liga (novamente, até segunda-feira). Mas isso não quer dizer que não existam os famosos zum-zum-zuns, a boataria generalizada sobre quem está flertando com quem, sobre quem está com a cabeça a prêmio etc. Vários dos boatos não parecem ter qualquer fundamento, então vamos expor aqui os que, do meu ponto de vista, têm alguma base.

Os técnicos
Steve Stirling, do New York Islanders, está com a cabeça a prêmio. Já esteve em situação pior, as vitórias recentes dos Isles podem significar alguma coisa diferente. Na semana passada, quando estava esboçando essa matéria, o técnico Bob Hartley, do Atlanta Thrashers, era outro. Eram dois times que estavam bem abaixo do esperado e que provavelmente iriam cortar a cabeça do técnico se a coisa permanecesse dessa maneira.

E então os Thrashers resolveram detonar, Ilya Kovalchuk deslanchou e o time venceu três seguidas com direito até mesmo a uma sonora goleada sobre os quentíssimos Hurricanes. Hartley tirou a corda do pescoço. Mas Stirling não.

O jornal Detroit News lançou o boato de que Dave Lewis, ex-treinador dos Wings, poderia substituir Stirling em Long Island. Sei não, a última coisa de que os Isles precisam é um técnico gente boa como Lewis. Estão precisando mais é de alguém que os coloque pra trabalhar, com jeito.

Diante da catástrofe em que estão os Isles, o defensor Janne Niinimaa andou brigando com o técnico do time. Chegou a ser expulso de treinamento e tudo. Como tudo indica que a casa vai ruir por lá, resta ver quem sai, ou quem sai primeiro.

Blackhawks
Se as cabeças dos técnicos em Atlanta e Long Island estão para rolar por conta das péssimas campanhas, isso estranhamente (ainda) não acontece em Chicago. O técnico Trent Yawney, um dos três técnicos novatos na liga atualmente (os outros dois são Wayne Gretzky, dos Coyotes, e Glen Hanlon, dos Caps), parece ainda imune à degola.

O que não quer dizer que haja satisfação ou conformidade em Chicago. Jogando numa divisão em que figuram lixos como os Blues e os Blue Jackets, os Hawks, com o time que têm, acreditam que deveriam estar muito à frente. Depois de alguns anos com times medíocres, a gerência investiu para sair do chão. E as coisas não parecem muito diferentes dos anos anteriores.

A campanha pavorosa começa a dar resultados: a central de boataria diz que há sondagens pela liga sobre Nikolai Khabibulin. O salário dele é alto, mas é o atual goleiro campeão da NHL, e seguramente foi um destaques do time na campanha vitoriosa da Copa Stanley de 2004.

Pens e Blues
Precisando reforçar sua defesa, parece que os Penguins demonstraram interesse em Eric Brewer, que chegou aos Blues em troca de Chris Pronger. Podem inclusive usar Ziggy Palffy, que anda decepcionando. Mas Brewer é dos bons defensores jovens da liga e dificilmente sairia de um time, não fosse esse time parte de uma franquia em demolição, caso dos Blues.

O time de St. Louis, por sua vez, se pudesse, até pagaria para alguém ficar com Keith Tkachuk. Demoraram tanto pra se desfazerem dele, que agora ninguém mais na liga se engana.

Ninguém quer
Além de Tkachuk, outro que ninguém quer na liga é Bob Boughner. Os Avs quase não o colocam pra jogar e tentam rifá-lo praticamente desde que a temporada começou.

Também ninguém parece interessado no defensor ofensivo Tom Poti, do New York Rangers. Sobretudo, ninguém parece interessado em arcar com o salário dele, de mais de US$ 2,3 milhões.

Os insatisfeitos
Vaclav Varada anda inconformado em jogar pouco e na quarta linha do time, mas a gerência do Ottawa Senators garante que não está disposta a negociar ninguém do time.

Um que gerava insatisfação era Sergei Fedorov no Anaheim Mighty Ducks. Vejam o que já tinha escrito sobre ele até sair a bombástica notícia de terça-feira:

"É bem possível que os Ducks já estejam cansados de tento esperar (sentados ou deitados) pelo Sergei Fedorov que eles imaginavam. Uma boa oferta o tiraria de lá tranqüilamente. E esse é exatamente o grande problema: dificilmente alguém faria uma boa oferta por Fedorov hoje em dia."

Os Ducks realmente se cansaram e mandaram Fedorov embora por simplesmente NADA (de valioso) em troca.

E ainda....
A central Toronto de boataria colocou Jason Allison no bloco dos negociáveis. Com a volta do capitão Mats Sundin e as boas performances de Eric Lindros e do novato Kyle Wellwood, dizem que o espaço de Allison está pequeno no time.

Já em Nova Jersey, o técnico Larry Robinson tentou enviar uma mensagem clara ao time recentemente ao barrar Alexander Mogilny para um jogo, mas teve pouco efeito. Com esse mau começo, é provável que a gerência comece a rifar os jogadores mais caros (claro, jamais um Martin Brodeur, ou mesmo um Patrik Elias), para aliviar um pouco a alta folha de pagamento. Eles precisam inclusive abrir espaço salarial para a volta de Elias.

Marcelo Constantino adorou "Jogos Mortais 2", já tendo adorado o primeiro. Recomenda ainda "Marcas da violência", filme de ação de um estilo raro de se ver hoje em dia. Na próxima semana, as dicas do cinema nacional.