Aqui
estão os últimos pitacos do ano. Agora, só no ano
que vem. Uma das nossas diversões preferidas se acabou por 365
dias. Mas chega de lamentação! O que importa é
ver quão calibrada está a nossa bola de cristal. Temos
apenas quatro colunistas com chances de chegar ao título, e esperamos
não ter de criar nenhum critério de desempate.
Ah, e vale lembrar que todos os pitacos foram dados antes do cair do
disco no jogo 1.
New Jersey Devils
(2.º no Leste) |
Anaheim Mighty
Ducks (7.º no Oeste) |
52-21-8-1 |
40-27-9-6 |
Confrontos na temporada:
New Jersey 2-0
Confrontos em séries de playoffs: Nunca se enfrentaram
Série mais recente: Primeira vez |
Alexandre Giesbrecht -- Antes de mais nada,
eu gostaria mesmo de votar nos Ducks. Tudo bem, eles também jogam
um hóquei "chato" (embora menos chato que o dos Devils).
Eu também corro o risco de ser surpreendido pelo time californiano
pela quarta vez seguida nos pitacos destes playoffs. Sim, eu votaria
nos Ducks com o coração. Mas a razão me impede.
Os Devils estão simplesmente montados para o título, enquanto
os Ducks estão montados para chegar o mais longe possível.
O Anaheim ainda não pegou um goleiro do calibre de Martin Brodeur
pela frente, alguém que pudesse parar o seu ataque pouco estelar.
Os Devils sabem jogar com a frustração de um goleiro quente
defendendo o gol adversário. New Jersey
4-2
Fabiano Pereira -- Será que a Cinderela vai ver sua abóbora virar
carruagem justo na hora H? Veremos Adam Oates aposentar-se sem uma Stanley
Cup? Todo o esforço de Giguere ser jogado fora? Pode ser o destino cruel
que aguarda os Ducks contra os experientes Devils, mas, como bem disse
Micheal Farber, de The Sporting News, a equipe de Anaheim já encarou
dois times extremamente fortes antes e muitos de nós parecemos ter esquecido
isso depois da varrida aplicada sobre o Wild. Os Devils, por sua vez,
acapacharam todas as críticas de time com uma só linha e venceram os
Sens em sete jogos, mostrando força física e uma grande capacidade de
reação. Por fim, são dois times com o mesmo estilo e, Deus do céu, os
melhores confrontos da série serão Giguere x Brodeur e tranco x tranco!
Não esperemos graaaaaandes jogadas. A não ser que um Elias, Chistov
ou Kariya resolva aprontar algo. Anaheim 4-2
Marco Aurelio Lopes -- Um ótimo goleiro, uma defesa sólida,
seu grande nome do ataque não leva o time nas costas e gols são
marcados por várias fontes. Bem, isso se aplica a qualquer um
dos dois times, o que pode fazer da série final algo mais imprevisível
que se imagina. Os Ducks vêm descansados (tão descansados
que podem estar sem ritmo); os Devils têm a empolgação
de eliminar o Senators em um jogo 7 a dois minutos do fim. Apesar de
ser um paredão nos playoffs, Giguere deu sinais de nervosismo
na série contra o Minnesota. Isso você certamente não
verá nos Devils. E é essa experiência que parece
ser o único fator que pode ser um diferencial nesta final. New
Jersey 4-2
Marcelo Constantino -- Os Devils são favoritos desde a temporada;
têm muito mais experiência (ainda mais considerando-se que a dos Ducks
é zero), têm mais time, na teoria e na prática, têm um goleiro vencedor
de duas Stanley Cups e que irá vencer o troféu de melhor na sua posição
na temporada, têm uma das mais sólidas defesas da NHL, sabem jogar na
armadilha da zona neutra, ou qualquer variante, como poucos (afinal,
foram os criadores desse sistema) e parecem ter suprido o que era sua
principal carência: estão marcando gols em razoável quantidade. É areia
demais para o caminhão dos Mighty Ducks. Só que o time de Anaheim tem
Jean-Sébastien Giguere. Anaheim 4-2
Thomaz Alexandre -- Quando todos esperavam derrota do Anaheim
Mighty Ducks, eles venceram. E quando finalmente esperávamos
que eles vencessem, porém com dificuldade, eles deram a impressão
de estar num cruzeiro e nem mesmo derramaram suor para executar o Wild.
Agora nas finais, eles são de novo as zebras, enfrentando um
New Jersey Devils que venceu tanto como franco favorito nas primeiras
rodadas quanto numa final do Leste cheia de alternativas contra os Sens.
E, mais uma vez como zebras, eles devem ganhar. Os Devils são
algo como um Minnesota Wild talentoso ou um Dallas Stars econômico,
assim os Ducks do treinador do ano Mike Babcock terão ainda mais
tempo do que de costume para se habituar, fora as quase duas semanas
recém preenchidas com descanso, treinos e estudos dos possíveis
adversários. Será interessante ver o contraste entre o
balé de Brodeur e o domínio angular de Giguere, mas a
defesa não será um problema para os Devils: como esse
time pontuará o suficiente contra o homem dos 96% de defesas
é a questão. Com um time enfermo, a pergunta se torna
ainda mais difícil. Dêem-me mais quatro quacks. Anaheim
4-1
Vantagem -- Anaheim, justamente
o que deveria ser a zebra
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