Não
satisfeitos com os pitacos na primeira fase, é mais do que óbvio
que vamos voltar aos pitacos para a segunda fase. É óbvio
também que nenhum de nós esperava que Wings e Avs não
fossem estar aqui. Ou seja: se os pitacos da segunda fase tivessem sido
escritos antes da primeira, valeriam tanto quanto os dentes da frente
do Bobby Clarke.
Ottawa Senators
(1.º) |
Philadelphia Flyers
(4.°) |
52-21-8-1 |
45-20-13-4 |
Confrontos na temporada:
1-1-2
Confrontos em séries de playoffs: Ottawa 1-0
Série mais recente: quartas-de-final de conferência
2002 (Ottawa 4-1) |
Alexandre Giesbrecht -- É bem possível
que o time do Ottawa, mesmo com o Troféu dos Presidentes na mão,
tenha torcido para enfrentar os Flyers, só para não ter
de encarar os seus medos contra os Leafs. Pois bem, se era isso que
queriam, conseguiram. Mas vão ter de enfrentar um time que deve
vir atrás de vingança pela série do ano passado,
em que os Flyers foram eliminados por 4-1 e bateram o recorde
negativo de gols marcados numa série de cinco jogos. O Philadelphia
vai ao menos iniciar a série sem Eric Desjardins e, para piorar,
deve estar cansado pelo excesso de jogos (e de prorrogações)
da série contra o Toronto. Mais agressivos neste ano e certamente
com um goleiro muito melhor, os Sens devem prevalecer.
Ottawa 4-2
Daniel Rocha -- Aqui há alguma influência da torcida,
mas não é só isso. A série frente aos Isles
não foi tão boa quanto o esperado, mas, além de
ter uma equipe mais equilibrada do que os Flyers, o Ottawa tem a vantagem
do tempo livre que teve entre as séries. A equipe de Philadelphia,
por outro lado, vem de uma guerra em sete batalhas contra os Leafs e
perdeu um de seus comandantes, Eric Desjardins, fora de batalha por
dois meses. Conta ainda a favor dos Senators o fator goleiro. Ou alguém
confia em Cechmanek (vulgo Tcheco Mané)? Isso enquanto Lalime
mostrou maturidade após uma atuação irregular no
primeiro jogo da série. O retrospecto também ajuda os
Senators, que ano passado bateram os Flyers em cinco jogos. Ottawa
4-2
Fabiano Pereira -- Os Flyers serão o time que venceu os
Leafs por 6-1 (claro que com a ajuda de Crazy Eddie) ou aquele time
que tinha problemas para marcar gols? E os Sens? Terão força
física suficiente para suplantar os malvados de Philadelphia?
Apesar de saber o quanto os Flyers podem endurecer, aposto nos Sens:
na sua força ofensiva poderosíssima, nos seus bons defensores
e no seu goleiro mais estável. Ottawa 4-2
Marco Aurelio Lopes -- Até aqui, tudo certo para os Sens.
Tranqüilidade na primeira fase e, de quebra, enfrentam os Flyers
a quem humilharam no ano passado , que já fizeram
o favor de despachar o Toronto, eterno carrasco do Ottawa. Como se não
bastasse, os Flyers vêm cansados de uma série dura de sete
jogos e inúmeras prorrogações. No entanto, a série
contra o Toronto mostrou que o Philadelphia tem várias armas
que podem decidir o jogo, e ainda parece ter recuperado Simon Gagne.
Mas a perda de Desjardins pode ser uma grande vantagem para os Senators,
que certamente usarão de velocidade para superar a pesada defesa
dos Flyers. Interessante também será o duelo dos goleiros,
as incógnitas Lalime e Cechmanek, que, apesar da desconfiança,
parecem ter passado no primeiro teste. Várias alternativas e
a força de dois reais candidatos ao título podem fazer
desta a série mais emocionante desta fase dos playoffs. O Philadelphia
quer se vingar do ano passado e mostrar que finalmente pode voltar a
vencer a Stanley Cup; o Ottawa quer superar os traumas do passado e
disputar a final da Conferência pela primeira vez. Ottawa
4-3
Marcelo Constantino -- Ken Hitchcock tornou este time do Philadelphia
algo bem diferente daquele que foi eliminado no ano passado. Isso já
será suficiente para estragar a boa vida dos Senators nesta fase,
mas não deverá ser suficiente para vencer a série.
A defesa do Ottawa está milênios à frente da defesa
dos Leafs, então seria bom que Tony Amonte fosse realmente um
artilheiro e que Keith Primeau não fosse realmente um enganador.
Sem Desjardins na defesa, então, aí é que aqueles
velocistas dos Sens chegarão mais facilmente na cara do duvidoso
Cechmanek. Ottawa 4-2
Thomaz Alexandre -- Enquanto o Ottawa entrou mudo e saiu calado
da primeira fase, o Philadelphia teve seis salgadas noites encarando
o Toronto até ganhar um verdadeiro bye no jogo 7. Aqui não
creio que jogo algum seja decidido por lavada semelhante de qualquer
um dos lados, e o Ottawa deve seguir em seu ritmo, seu sistema, agora
se aproveitando do cansaço e dos hematomas dos Flyers. Cechmanek
pode até continuar ótimo, mas não deve ser o bastante.
Ottawa 4-2
Vantagem -- Ottawa
New Jersey Devils (2.º) |
Tampa Bay Lightning (3.º) |
46-20-10-6 |
36-25-16-5 |
Confrontos na temporada:
1-1-2
Confrontos em séries de playoffs: Nunca se enfrentaram
Série mais recente: Primeira vez |
Alexandre Giesbrecht -- O Tampa Bay começou
mal, sem poder de fogo, mas contou com a rica tradição
dos Caps de não conseguir se manter na frente e conquistou a
classificação com muita garra e um Nikolai Khabibulin
em forma. Já os Devils... bem, foram os Devils. Trabalharam (muito)
bem na defesa, o que aliviou a pressão no ataque, que não
precisou marcar tantos gols. O Lightning, claro, é mais time
que os Bruins, mas não vão poder bobear um segundo sequer,
pois os Devils não são os Caps. Confiando na defesa, dá
Devils. Mas Khabibulin sempre pode roubar o show de um adversário
que já não marca. New Jersey 4-2
Daniel Rocha -- Por mais que eu também queira uma vitória
dos Bolts, é muito difícil acreditar neles. Bater os Capitals,
com Jagr em péssima fase, é uma coisa, mas superar a defesa
dos Devils é bem diferente. Khabibulin terá que atuar
como no jogo 6 da série, onde pegou disco, sombra de disco e
todo o resto, e ainda precisará contar com St. Louis, LeCavalier,
Richards e Prospal mais do que nunca. Difícil, com apenas isso,
levar perigo à sólida armadilha, composta por excelentes
atacantes defensivos, defensores estelares e o goleiro campeão
das Olimpíadas de Inverno, Martin Brodeur. New
Jersey 4-2
Fabiano Pereira -- Vá lá que os Devils seguraram
a hiper-sensação Joe Thornton. Porém, o Lightning
não tem apenas uma única linha que marca gols. Os Devils,
em contrapartida, têm apenas uma. A não ser que Patrik
Elias e Scott Gomez explodam, o time de Tampa não terá
muitos problemas. Mas não quer dizer que vai ser fácil
vazar Brodeur, Scott Stevens e, principalmente, John Madden. Creio que,
no duelo da velocidade contra a experiência, os mais velozes se
sobressairão. Tampa Bay 4-3
Marco Aurelio Lopes -- Mais um candidato a Cinderela dos playoffs,
o Tampa Bay simplesmente não tomou conhecimento dos Capitals
e, depois da euforia de disputar a pós-temporada o que
levou a duas derrotas em casa , simplesmente venceu quatro seguidas
contra o time da capital americana, sendo duas na prorrogação.
Khabibulin mostrou estar pronto e a linha de LeCavalier e St. Louis
mostrou à NHL que é capaz de levar o time longe. St. Louis,
inclusive, teve nada menos que os últimos três gols da
vitória, sendo o herói da classificação.
Mas agora o teste é contra os sempre fortes Devils, que passaram
como quiseram pelo Boston e, sem muito barulho, chegaram facilmente
a esta fase. Com Scott Stevens descansado, a defesa estará ainda
mais protegida, e com Martin Brodeur sempre firme em playoffs, marcar
gols não será tão fácil para o Tampa Bay.
Jamie Langenbrunner e Patrik Elias têm a missão de marcar
os gols do New Jersey, contra uma defesa que não tem grandes
nomes individuais, mas terão de superar o "Muro Bulin"
no gol. New Jersey 4-2
Marcelo Constantino -- Sim, o Lightning protagonizou uma bela
virada sobre os Caps. Mas duvido muito que a linha de LeCavalier seja
suficiente para vencer os Devils de Brodeur e aquele estilo de jogo
não muito empolgante numa série de playoffs. Justamente o time mais
experiente em pós-temporada do Leste. Justamente o time que melhor sabe
jogar defensivamente na conferência. Khabibulin fará das suas, e isso
deve garantir uma vitória para o Tampa Bay, que já chegou mais longe
do que imaginava e do que deveria. New Jersey
4-1
Thomaz Alexandre -- Dois times que enfrentaram oposição
de quinta categoria na primeira rodada e agora sim começam nos
playoffs. Tudo bem que, à primeira vista, os 4-1 dos Devils soam
mais fáceis que os 4-2 com múltiplas prorrogações
do Lightning, ainda mais se você ouviu os magníficos berros
de "Score! Score! St. Louis! St. Louis!" (áudio do
ano) nas imagens cedidas pelo canal da Flórida ao fim do jogo
6. Mas os Caps simplesmente não enfrentaram o Lightning a partir
do jogo 4, talvez até do 3. A vantagem tem de ir para o New Jersey,
que, além de uma defesa mais que suficientemente profunda para
parar a única linha produtiva do Tampa Bay, tem o goleiro com
mais experiência em playoffs e também Scott Stevens, que
a qualquer momento pode tirar dos playoffs um Martin St. Louis, melhor
atacante da primeira fase, ou um Vincent LeCavalier. O que para o Lightning
seria uma perda semelhante a outros times ficando sem meia dúzia
de principais jogadores. Sem nenhum profissionalismo, adoraria ver a
garotada de St. Louis e Cullimore, amparada por Andreychuk e Khabibullin,
entre outros, nas finais de conferência, mas... New
Jersey 4-2
Vantagem -- New Jersey, razoavelmente
tranqüilo
Dallas Stars (1.º)
|
Anaheim Mighty
Ducks (7.º) |
46-17-15-4 |
40-27-9-6 |
Confrontos na temporada:
Dallas 3-1-1 Confrontos em séries de playoffs:
Nunca se enfrentaram Série mais recente: Primeira
vez |
Alexandre Giesbrecht -- Os Stars tiveram mais
dificuldades do que o esperado para vencer os Oilers. Os Ducks tiveram
muito menos dificuldades do que o esperado para varrer os favoritos
Red Wings. O Dallas joga num estilo mais fechado que o Detroit, por
isso a tarefa do Anaheim não deverá ser tão fácil.
Ao contrário do Edmonton, os Ducks não contam com um elenco
formado apenas por jogadores sem nome; eles têm algumas estrelas,
como Paul Kariya, Adam Oates e o ascendente goleiro Jean-Sébastien
Giguere, considerado o maior resultado pela maior zebra dos últimos
tempos. Os Stars têm poder de fogo, que será testado contra
um time que joga fechadinho. Mais uma surpresa? Acho que não,
mas quase me sinto tentado a apostar nos Ducks. Dallas
4-2
Daniel Rocha -- Certo, eu errei a primeira rodada e errei feio
junto com outros tantos. Parabéns aos que acertaram, mas acho
ainda mais difícil que a façanha seja repetida. Os Stars
têm um jogo muito mais truncado e físico do que o esquema
utilizado pelos Wings, além de contarem com o melhor sexteto
de defensores, na minha opinião. Além disso, ainda podem
contar com Guerin de volta para esta série. Para conseguir algo,
Giguere terá que manter sua atuação digna de MVP
e os Ducks precisarão de ainda mais raça do que tiveram
até agora. Por tantas condições, fica difícil
acreditar no time de Anaheim. Dallas 4-2
Fabiano Pereira -- E agora? Ao menos, fico feliz que não
fui o único analista a queimar a língua. Acho que o único
que lembro que acertou a vitória dos Ducks sobre os Red Wings
foi John Buccigross, da ESPN. Falaram muito que Marty Turco seria o
grande nome nestes playoffs e aconteceu o contrário: Jean-Sébastien
Giguere foi sobre-humano contra os Wings. 97% de defesas contra Fedorov,
Shanahan, Hull. Confio que Giguere vai manter a ótima fase e
acredito também que Turco deve melhorar, e muito, seu jogo. Mas
o principal: os Stars não vão amolecer, como aconteceu
com os Wings, que já entraram pensando nos Avs. Dallas
4-2
Marco Aurelio Lopes -- Que os patos aprontaram a maior surpresa
dos playoffs, eliminando os Wings em quatro jogos, ninguém discute.
Mas será que o time terá conidção de superar
os fortes Stars? Com Kariya e Oates (novamente jogando um grande hóquei)
no ataque e Giguere pegando tudo lá atrás, ao menos espera-se
que os Stars tenham um pouco mais de dificuldade do que contra os Oilers,
que, apesar de terem vencido duas partidas, não se mostraram
páreo para o time do Texas. Sergei Zubov e Mike Modano comandaram
o time na primeira rodada e Turco já parece ter superado a ansiedade
da estréia em playoffs, sem falar que o time parece ter-se comportado
muito bem, mesmo com as notadas auências de Bill Guerin e Pierre
Turgeon, embora contra Giguere todas as armas pareçam ser necessárias.
Além disso, os Stars sabem que os Ducks têm mais time que
uma sétima colocação pode demonstrar, e agora o
time da Disney também sabe disso e vai querer provar mais uma
vez. Surpresas acontecem, mas será que os Ducks conseguem outra?
Difícil quando se enfrenta os Stars em sete jogos. Dallas
4-2
Marcelo Constantino -- Os patos são para valer? Confesso que
não sei responder. Acreditar que Giguere vai continuar sendo fuzilado
e continuar a defender quase tudo por mais oito ou dez jogos é demais.
Até porque o Dallas da série contra os Oilers está muito à frente dos
Wings da série contra o Aneheim. Há muito mais vontade, muito mais jogo
físico por lá. Caso os Ducks permitam o domínio territorial dos Stars,
como fizeram com os Wings, aí será novamente "salve-nos, Giguere". Se
isso funcionar duas vezes seguidas, é Mike Babcock para Comissário ou
qualquer coisa semelhante. Dallas 4-3
Thomaz Alexandre -- Tanto Stars quanto Wings enfrentaram resistência
inesperada na primeira fase. Enquanto o Detroit desmoronou, o Dallas
soube absorver o chamado e dar conta, como esperado, do Edmonton Oilers.
Assim sendo, o vírus da raiva, ou o Anaheim Mighty Ducks, tem
pela frente um cão igualmente grande e feroz, só que vacinado.
O jogo californiano de desacelerar e desviar os rumos de cada arrancada
adversária ao ataque não deve fazer sentido, já
que os Stars cadenciam muito mais seu próprio jogo e circundam
mais o gol adversário antes de disparar que os Red Wings. Além
disso, os Ducks devem se aproveitar muito menos das poucas oportunidades
que criam, agora que enfrentam um goleiro como Marty Turco, que vem
de uma temporada estelar e uma virada na primeira rodada, ao invés
de um Curtis Joseph num ano oscilante em que tentava será
mesmo? substituir Dominik Hasek. Dallas
4-1
Vantagem -- Dallas. Mas não
venha nos cobrar se acontecer o contrário
Vancouver Canucks
(4.º) |
Minnesota Wild
(6 .º) |
45-23-13-1 |
42-29-10-1 |
Confrontos na temporada:
2-2-1
Confrontos em séries de playoffs: Nunca se enfrentaram
Série mais recente: Primeira vez |
Alexandre Giesbrecht -- O Vancouver conseguiu
superar alguns traumas para chegar até aqui. O Minnesota conseguiu
superar os prognósticos para chegar até aqui. Ambos os
times perdiam a série por 3-1 e chegaram à virada. Tudo
pode acontecer, certo? Certo. Os Canucks têm mais time. O Wild,
mais goleiro. A primeira linha do time canadense demorou a se encontrar,
só desabrochando no quinto jogo, quando tudo já parecia
perdido. O goleiro Manny Fernandez, do Wild, só foi escalado
no primeiro período do jogo 4, quando tudo (inclusive aquele
jogo) já parecia perdido. Se Peter Forsberg e Joe Sakic não
foram suficientes para eliminar o Wild, será que Markus Naslund
e Todd Bertuzzi serão? Minnesota 4-3
Daniel Rocha -- Aos que acham esse pitaco esquisito, só
posso dizer que concordo com todos que dizem que os Canucks têm
um elenco mais talentoso, e a linha principal da equipe fez mais do
que seu papel, praticamente acabando com os Blues ns últimos
três jogos. Mas ainda acho difícil o ataque do time canadense
furar a armadilha montada pelo Minnesota. A minha descrença aumenta
ao lembrar que Sakic, Forsberg e companhia foram incapazes de furar
a retranca. Fernandez cumprindo seu papel, como fez contra o Avalanche,
deve levar o Wild mais longe do que eles podiam imaginar.
Minnesota 4-2
Fabiano Pereira -- Que séries foram as duas anteriores.
Os dois times buscaram desvantagens de 3-1 e, mesmo desacreditados,
reverteram. Só que o Wild fez algo incrível: eliminou
em Denver o todo-poderoso Avalanche. Assistindo a Blues x Canucks, confesso
que vibrei quando vi o gol da vitória de Brunette, mas não
sou otimista em acreditar em outra série Robin Hood ou
se preferirem, Cinderela. A linha 1 dos Canucks (Bertuzzi - Morrison
- Naslund), com a ajuda da linha de Linden (Henrik Sedin - Daniel Sedin
- Trevor Linden), mostrou que pode prevalecer quando for necessário.
E a defesa pode jogar de maneira dura e intimidante, como os trancos
de Ed Jovanovski puderam mostrar. Cloutier x Fernandez? Estou dentro!
Vancouver 4-3
Marco Aurelio Lopes -- Duas equipes que foram ao sétimo
jogo na primeira fase. O Vancouver mostrou força e agressividade
contra os Blues, impondo um forte jogo físico. O Wild eliminou
o favorito Avalanche depois de estar perdendo a série por 3-1,
vencendo duas partidas em Denver, inclusive com um dramático
jogo 7 na prorrogação. Os Canucks também perdiam
sua série por 3-1 para os Blues e conseguiram se reerguer a tempo,
evitando outro vexame como a perda da Divisão Noroeste na última
partida da temporada. Dizem que o Vancouver tem apenas uma linha, mas,
se Bertuzzi e Naslund derem conta do serviço e os irmãos
Sedin continuarem a ser bons coadjuvantes, já é o que
o time canadense precisa. Em Minnesota, o mestre da defesa Jacques Lemaire
implantou seu sistema com perfeição e, usando a velocidade
de Richard Park e Marian Gaborik (olho nele), aliado a uma equipe de
vantagem numérica extremamente dinâmica, já disse
que não vai se contentar apenas com passar da primeira fase.
O mando de gelo pode ser vital na série. Vancouver
4-3
Marcelo Constantino -- O Wild já é um time heróico por chegar
aos playoffs em seu terceiro ano de vida e ainda derrotar o poderoso
Avalanche na primeira fase, e numa prorrogação de jogo 7. A armadilha
da zona neutra está de volta dando resultados positivos, o que é um
desastre para a NHL, mas, felizmente, não deve passar pela velocidade
e vontade dos Canucks. Quem assistiu ao jogo 7 deles contra os Blues
viu um Vancouver distribuindo trancos em todo e qualquer canto do gelo.
A não ser que Cloutier comece a vazar, finalmente teremos um time canadense
de volta às finais do Oeste. Vancouver 4-2
Thomaz Alexandre -- Ótima série, dando muita margem
a especulação. Ambos os times viraram suas séries
após estarem perdendo por 3-1, tendo o Minesotta Wild apenas
enfrentado mais drama, com jogos decididos por um gol, não raro
em prorrogação, e muita responsabilidade para cima de
seu goleiro Manny Fernandez, que assumiu pouco antes de a virada histórica
começar. Se o Vancouver Canucks tivesse precisado de Cloutier
da mesma forma, é difícil crer que o goleiro com os piores
números da primeira rodada teria agüentado. No mais, Dan
tem crédito pela melhora gradativa a partir do jogo 3. Mesmo
assim, batam-me se quiserem, mas vejo semelhanças entre os Avs
derrotados pelo Wild e os Canucks que agora os enfrentam: ambos têm
uma boa profundidade de ataque e defesa e produção, em
termos de números, respeitável por parte de vários
jogadores, mas na hora da verdade são uns poucos que têm
seus nomes lembrados para assumir a responsabilidade. Só que
em Vancouver esses homens decisivos são apenas dois, enquanto
o Colorado perdeu tendo no mínimo uma linha mais Joe Sakic com
tal perfil. Ambos têm goleiros de Québec, e o Avalanche
perdeu sendo o seu muito superior ao dos Canucks. Se a tarefa é
repetir um script, dessa vez nem tão difícil, o diretor
Lemaire tem seus atores a postos. Lá se vai meu sonho da final
canadense. Minnesota 4-2
Vantagem -- Só Deus sabe
|
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ATÉ AQUI FOI FÁCIL
Daniel Alfredsson, Marian Hossa e Martin Havlat comemoram na primeira
fase. Comemorarão também ao final da segunda? (Jim
Young/Reuters - 17/04/2003) |
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