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25 de abril de 2003
Panorama da segunda fase dos playoffs

Não satisfeitos com os pitacos na primeira fase, é mais do que óbvio que vamos voltar aos pitacos para a segunda fase. É óbvio também que nenhum de nós esperava que Wings e Avs não fossem estar aqui. Ou seja: se os pitacos da segunda fase tivessem sido escritos antes da primeira, valeriam tanto quanto os dentes da frente do Bobby Clarke.

Ottawa Senators (1.º) Philadelphia Flyers (4.°)
52-21-8-1 45-20-13-4
Confrontos na temporada: 1-1-2
Confrontos em séries de playoffs: Ottawa 1-0
Série mais recente: quartas-de-final de conferência 2002 (Ottawa 4-1)

Alexandre Giesbrecht -- É bem possível que o time do Ottawa, mesmo com o Troféu dos Presidentes na mão, tenha torcido para enfrentar os Flyers, só para não ter de encarar os seus medos contra os Leafs. Pois bem, se era isso que queriam, conseguiram. Mas vão ter de enfrentar um time que deve vir atrás de vingança pela série do ano passado, em que os Flyers foram eliminados por 4-1 — e bateram o recorde negativo de gols marcados numa série de cinco jogos. O Philadelphia vai ao menos iniciar a série sem Eric Desjardins e, para piorar, deve estar cansado pelo excesso de jogos (e de prorrogações) da série contra o Toronto. Mais agressivos neste ano e certamente com um goleiro muito melhor, os Sens devem prevalecer. Ottawa 4-2
Daniel Rocha -- Aqui há alguma influência da torcida, mas não é só isso. A série frente aos Isles não foi tão boa quanto o esperado, mas, além de ter uma equipe mais equilibrada do que os Flyers, o Ottawa tem a vantagem do tempo livre que teve entre as séries. A equipe de Philadelphia, por outro lado, vem de uma guerra em sete batalhas contra os Leafs e perdeu um de seus comandantes, Eric Desjardins, fora de batalha por dois meses. Conta ainda a favor dos Senators o fator goleiro. Ou alguém confia em Cechmanek (vulgo Tcheco Mané)? Isso enquanto Lalime mostrou maturidade após uma atuação irregular no primeiro jogo da série. O retrospecto também ajuda os Senators, que ano passado bateram os Flyers em cinco jogos. Ottawa 4-2
Fabiano Pereira -- Os Flyers serão o time que venceu os Leafs por 6-1 (claro que com a ajuda de Crazy Eddie) ou aquele time que tinha problemas para marcar gols? E os Sens? Terão força física suficiente para suplantar os malvados de Philadelphia? Apesar de saber o quanto os Flyers podem endurecer, aposto nos Sens: na sua força ofensiva poderosíssima, nos seus bons defensores e no seu goleiro mais estável. Ottawa 4-2
Marco Aurelio Lopes -- Até aqui, tudo certo para os Sens. Tranqüilidade na primeira fase e, de quebra, enfrentam os Flyers — a quem humilharam no ano passado —, que já fizeram o favor de despachar o Toronto, eterno carrasco do Ottawa. Como se não bastasse, os Flyers vêm cansados de uma série dura de sete jogos e inúmeras prorrogações. No entanto, a série contra o Toronto mostrou que o Philadelphia tem várias armas que podem decidir o jogo, e ainda parece ter recuperado Simon Gagne. Mas a perda de Desjardins pode ser uma grande vantagem para os Senators, que certamente usarão de velocidade para superar a pesada defesa dos Flyers. Interessante também será o duelo dos goleiros, as incógnitas Lalime e Cechmanek, que, apesar da desconfiança, parecem ter passado no primeiro teste. Várias alternativas e a força de dois reais candidatos ao título podem fazer desta a série mais emocionante desta fase dos playoffs. O Philadelphia quer se vingar do ano passado e mostrar que finalmente pode voltar a vencer a Stanley Cup; o Ottawa quer superar os traumas do passado e disputar a final da Conferência pela primeira vez. Ottawa 4-3
Marcelo Constantino -- Ken Hitchcock tornou este time do Philadelphia algo bem diferente daquele que foi eliminado no ano passado. Isso já será suficiente para estragar a boa vida dos Senators nesta fase, mas não deverá ser suficiente para vencer a série. A defesa do Ottawa está milênios à frente da defesa dos Leafs, então seria bom que Tony Amonte fosse realmente um artilheiro e que Keith Primeau não fosse realmente um enganador. Sem Desjardins na defesa, então, aí é que aqueles velocistas dos Sens chegarão mais facilmente na cara do duvidoso Cechmanek. Ottawa 4-2
Thomaz Alexandre -- Enquanto o Ottawa entrou mudo e saiu calado da primeira fase, o Philadelphia teve seis salgadas noites encarando o Toronto até ganhar um verdadeiro bye no jogo 7. Aqui não creio que jogo algum seja decidido por lavada semelhante de qualquer um dos lados, e o Ottawa deve seguir em seu ritmo, seu sistema, agora se aproveitando do cansaço e dos hematomas dos Flyers. Cechmanek pode até continuar ótimo, mas não deve ser o bastante. Ottawa 4-2
Vantagem -- Ottawa

New Jersey Devils (2.º) Tampa Bay Lightning (3.º)
46-20-10-6 36-25-16-5
Confrontos na temporada: 1-1-2
Confrontos em séries de playoffs: Nunca se enfrentaram
Série mais recente: Primeira vez

Alexandre Giesbrecht -- O Tampa Bay começou mal, sem poder de fogo, mas contou com a rica tradição dos Caps de não conseguir se manter na frente e conquistou a classificação com muita garra e um Nikolai Khabibulin em forma. Já os Devils... bem, foram os Devils. Trabalharam (muito) bem na defesa, o que aliviou a pressão no ataque, que não precisou marcar tantos gols. O Lightning, claro, é mais time que os Bruins, mas não vão poder bobear um segundo sequer, pois os Devils não são os Caps. Confiando na defesa, dá Devils. Mas Khabibulin sempre pode roubar o show de um adversário que já não marca. New Jersey 4-2
Daniel Rocha -- Por mais que eu também queira uma vitória dos Bolts, é muito difícil acreditar neles. Bater os Capitals, com Jagr em péssima fase, é uma coisa, mas superar a defesa dos Devils é bem diferente. Khabibulin terá que atuar como no jogo 6 da série, onde pegou disco, sombra de disco e todo o resto, e ainda precisará contar com St. Louis, LeCavalier, Richards e Prospal mais do que nunca. Difícil, com apenas isso, levar perigo à sólida armadilha, composta por excelentes atacantes defensivos, defensores estelares e o goleiro campeão das Olimpíadas de Inverno, Martin Brodeur. New Jersey 4-2
Fabiano Pereira -- Vá lá que os Devils seguraram a hiper-sensação Joe Thornton. Porém, o Lightning não tem apenas uma única linha que marca gols. Os Devils, em contrapartida, têm apenas uma. A não ser que Patrik Elias e Scott Gomez explodam, o time de Tampa não terá muitos problemas. Mas não quer dizer que vai ser fácil vazar Brodeur, Scott Stevens e, principalmente, John Madden. Creio que, no duelo da velocidade contra a experiência, os mais velozes se sobressairão. Tampa Bay 4-3
Marco Aurelio Lopes -- Mais um candidato a Cinderela dos playoffs, o Tampa Bay simplesmente não tomou conhecimento dos Capitals e, depois da euforia de disputar a pós-temporada — o que levou a duas derrotas em casa —, simplesmente venceu quatro seguidas contra o time da capital americana, sendo duas na prorrogação. Khabibulin mostrou estar pronto e a linha de LeCavalier e St. Louis mostrou à NHL que é capaz de levar o time longe. St. Louis, inclusive, teve nada menos que os últimos três gols da vitória, sendo o herói da classificação. Mas agora o teste é contra os sempre fortes Devils, que passaram como quiseram pelo Boston e, sem muito barulho, chegaram facilmente a esta fase. Com Scott Stevens descansado, a defesa estará ainda mais protegida, e com Martin Brodeur sempre firme em playoffs, marcar gols não será tão fácil para o Tampa Bay. Jamie Langenbrunner e Patrik Elias têm a missão de marcar os gols do New Jersey, contra uma defesa que não tem grandes nomes individuais, mas terão de superar o "Muro Bulin" no gol. New Jersey 4-2
Marcelo Constantino -- Sim, o Lightning protagonizou uma bela virada sobre os Caps. Mas duvido muito que a linha de LeCavalier seja suficiente para vencer os Devils de Brodeur e aquele estilo de jogo não muito empolgante numa série de playoffs. Justamente o time mais experiente em pós-temporada do Leste. Justamente o time que melhor sabe jogar defensivamente na conferência. Khabibulin fará das suas, e isso deve garantir uma vitória para o Tampa Bay, que já chegou mais longe do que imaginava e do que deveria. New Jersey 4-1
Thomaz Alexandre -- Dois times que enfrentaram oposição de quinta categoria na primeira rodada e agora sim começam nos playoffs. Tudo bem que, à primeira vista, os 4-1 dos Devils soam mais fáceis que os 4-2 com múltiplas prorrogações do Lightning, ainda mais se você ouviu os magníficos berros de "Score! Score! St. Louis! St. Louis!" (áudio do ano) nas imagens cedidas pelo canal da Flórida ao fim do jogo 6. Mas os Caps simplesmente não enfrentaram o Lightning a partir do jogo 4, talvez até do 3. A vantagem tem de ir para o New Jersey, que, além de uma defesa mais que suficientemente profunda para parar a única linha produtiva do Tampa Bay, tem o goleiro com mais experiência em playoffs e também Scott Stevens, que a qualquer momento pode tirar dos playoffs um Martin St. Louis, melhor atacante da primeira fase, ou um Vincent LeCavalier. O que para o Lightning seria uma perda semelhante a outros times ficando sem meia dúzia de principais jogadores. Sem nenhum profissionalismo, adoraria ver a garotada de St. Louis e Cullimore, amparada por Andreychuk e Khabibullin, entre outros, nas finais de conferência, mas... New Jersey 4-2
Vantagem -- New Jersey, razoavelmente tranqüilo

Dallas Stars (1.º) Anaheim Mighty Ducks (7.º)
46-17-15-4 40-27-9-6
Confrontos na temporada: Dallas 3-1-1
Confrontos em séries de playoffs: Nunca se enfrentaram
Série mais recente: Primeira vez

Alexandre Giesbrecht -- Os Stars tiveram mais dificuldades do que o esperado para vencer os Oilers. Os Ducks tiveram muito menos dificuldades do que o esperado para varrer os favoritos Red Wings. O Dallas joga num estilo mais fechado que o Detroit, por isso a tarefa do Anaheim não deverá ser tão fácil. Ao contrário do Edmonton, os Ducks não contam com um elenco formado apenas por jogadores sem nome; eles têm algumas estrelas, como Paul Kariya, Adam Oates e o ascendente goleiro Jean-Sébastien Giguere, considerado o maior resultado pela maior zebra dos últimos tempos. Os Stars têm poder de fogo, que será testado contra um time que joga fechadinho. Mais uma surpresa? Acho que não, mas quase me sinto tentado a apostar nos Ducks. Dallas 4-2
Daniel Rocha -- Certo, eu errei a primeira rodada e errei feio junto com outros tantos. Parabéns aos que acertaram, mas acho ainda mais difícil que a façanha seja repetida. Os Stars têm um jogo muito mais truncado e físico do que o esquema utilizado pelos Wings, além de contarem com o melhor sexteto de defensores, na minha opinião. Além disso, ainda podem contar com Guerin de volta para esta série. Para conseguir algo, Giguere terá que manter sua atuação digna de MVP e os Ducks precisarão de ainda mais raça do que tiveram até agora. Por tantas condições, fica difícil acreditar no time de Anaheim. Dallas 4-2
Fabiano Pereira -- E agora? Ao menos, fico feliz que não fui o único analista a queimar a língua. Acho que o único que lembro que acertou a vitória dos Ducks sobre os Red Wings foi John Buccigross, da ESPN. Falaram muito que Marty Turco seria o grande nome nestes playoffs e aconteceu o contrário: Jean-Sébastien Giguere foi sobre-humano contra os Wings. 97% de defesas contra Fedorov, Shanahan, Hull. Confio que Giguere vai manter a ótima fase e acredito também que Turco deve melhorar, e muito, seu jogo. Mas o principal: os Stars não vão amolecer, como aconteceu com os Wings, que já entraram pensando nos Avs. Dallas 4-2
Marco Aurelio Lopes -- Que os patos aprontaram a maior surpresa dos playoffs, eliminando os Wings em quatro jogos, ninguém discute. Mas será que o time terá conidção de superar os fortes Stars? Com Kariya e Oates (novamente jogando um grande hóquei) no ataque e Giguere pegando tudo lá atrás, ao menos espera-se que os Stars tenham um pouco mais de dificuldade do que contra os Oilers, que, apesar de terem vencido duas partidas, não se mostraram páreo para o time do Texas. Sergei Zubov e Mike Modano comandaram o time na primeira rodada e Turco já parece ter superado a ansiedade da estréia em playoffs, sem falar que o time parece ter-se comportado muito bem, mesmo com as notadas auências de Bill Guerin e Pierre Turgeon, embora contra Giguere todas as armas pareçam ser necessárias. Além disso, os Stars sabem que os Ducks têm mais time que uma sétima colocação pode demonstrar, e agora o time da Disney também sabe disso e vai querer provar mais uma vez. Surpresas acontecem, mas será que os Ducks conseguem outra? Difícil quando se enfrenta os Stars em sete jogos. Dallas 4-2
Marcelo Constantino -- Os patos são para valer? Confesso que não sei responder. Acreditar que Giguere vai continuar sendo fuzilado e continuar a defender quase tudo por mais oito ou dez jogos é demais. Até porque o Dallas da série contra os Oilers está muito à frente dos Wings da série contra o Aneheim. Há muito mais vontade, muito mais jogo físico por lá. Caso os Ducks permitam o domínio territorial dos Stars, como fizeram com os Wings, aí será novamente "salve-nos, Giguere". Se isso funcionar duas vezes seguidas, é Mike Babcock para Comissário ou qualquer coisa semelhante. Dallas 4-3
Thomaz Alexandre -- Tanto Stars quanto Wings enfrentaram resistência inesperada na primeira fase. Enquanto o Detroit desmoronou, o Dallas soube absorver o chamado e dar conta, como esperado, do Edmonton Oilers. Assim sendo, o vírus da raiva, ou o Anaheim Mighty Ducks, tem pela frente um cão igualmente grande e feroz, só que vacinado. O jogo californiano de desacelerar e desviar os rumos de cada arrancada adversária ao ataque não deve fazer sentido, já que os Stars cadenciam muito mais seu próprio jogo e circundam mais o gol adversário antes de disparar que os Red Wings. Além disso, os Ducks devem se aproveitar muito menos das poucas oportunidades que criam, agora que enfrentam um goleiro como Marty Turco, que vem de uma temporada estelar e uma virada na primeira rodada, ao invés de um Curtis Joseph num ano oscilante em que tentava — será mesmo? — substituir Dominik Hasek. Dallas 4-1
Vantagem -- Dallas. Mas não venha nos cobrar se acontecer o contrário

Vancouver Canucks (4.º) Minnesota Wild (6 .º)
45-23-13-1 42-29-10-1
Confrontos na temporada: 2-2-1
Confrontos em séries de playoffs: Nunca se enfrentaram
Série mais recente: Primeira vez

Alexandre Giesbrecht -- O Vancouver conseguiu superar alguns traumas para chegar até aqui. O Minnesota conseguiu superar os prognósticos para chegar até aqui. Ambos os times perdiam a série por 3-1 e chegaram à virada. Tudo pode acontecer, certo? Certo. Os Canucks têm mais time. O Wild, mais goleiro. A primeira linha do time canadense demorou a se encontrar, só desabrochando no quinto jogo, quando tudo já parecia perdido. O goleiro Manny Fernandez, do Wild, só foi escalado no primeiro período do jogo 4, quando tudo (inclusive aquele jogo) já parecia perdido. Se Peter Forsberg e Joe Sakic não foram suficientes para eliminar o Wild, será que Markus Naslund e Todd Bertuzzi serão? Minnesota 4-3
Daniel Rocha -- Aos que acham esse pitaco esquisito, só posso dizer que concordo com todos que dizem que os Canucks têm um elenco mais talentoso, e a linha principal da equipe fez mais do que seu papel, praticamente acabando com os Blues ns últimos três jogos. Mas ainda acho difícil o ataque do time canadense furar a armadilha montada pelo Minnesota. A minha descrença aumenta ao lembrar que Sakic, Forsberg e companhia foram incapazes de furar a retranca. Fernandez cumprindo seu papel, como fez contra o Avalanche, deve levar o Wild mais longe do que eles podiam imaginar. Minnesota 4-2
Fabiano Pereira -- Que séries foram as duas anteriores. Os dois times buscaram desvantagens de 3-1 e, mesmo desacreditados, reverteram. Só que o Wild fez algo incrível: eliminou em Denver o todo-poderoso Avalanche. Assistindo a Blues x Canucks, confesso que vibrei quando vi o gol da vitória de Brunette, mas não sou otimista em acreditar em outra série Robin Hood — ou se preferirem, Cinderela. A linha 1 dos Canucks (Bertuzzi - Morrison - Naslund), com a ajuda da linha de Linden (Henrik Sedin - Daniel Sedin - Trevor Linden), mostrou que pode prevalecer quando for necessário. E a defesa pode jogar de maneira dura e intimidante, como os trancos de Ed Jovanovski puderam mostrar. Cloutier x Fernandez? Estou dentro! Vancouver 4-3
Marco Aurelio Lopes -- Duas equipes que foram ao sétimo jogo na primeira fase. O Vancouver mostrou força e agressividade contra os Blues, impondo um forte jogo físico. O Wild eliminou o favorito Avalanche depois de estar perdendo a série por 3-1, vencendo duas partidas em Denver, inclusive com um dramático jogo 7 na prorrogação. Os Canucks também perdiam sua série por 3-1 para os Blues e conseguiram se reerguer a tempo, evitando outro vexame como a perda da Divisão Noroeste na última partida da temporada. Dizem que o Vancouver tem apenas uma linha, mas, se Bertuzzi e Naslund derem conta do serviço e os irmãos Sedin continuarem a ser bons coadjuvantes, já é o que o time canadense precisa. Em Minnesota, o mestre da defesa Jacques Lemaire implantou seu sistema com perfeição e, usando a velocidade de Richard Park e Marian Gaborik (olho nele), aliado a uma equipe de vantagem numérica extremamente dinâmica, já disse que não vai se contentar apenas com passar da primeira fase. O mando de gelo pode ser vital na série. Vancouver 4-3
Marcelo Constantino -- O Wild já é um time heróico por chegar aos playoffs em seu terceiro ano de vida e ainda derrotar o poderoso Avalanche na primeira fase, e numa prorrogação de jogo 7. A armadilha da zona neutra está de volta dando resultados positivos, o que é um desastre para a NHL, mas, felizmente, não deve passar pela velocidade e vontade dos Canucks. Quem assistiu ao jogo 7 deles contra os Blues viu um Vancouver distribuindo trancos em todo e qualquer canto do gelo. A não ser que Cloutier comece a vazar, finalmente teremos um time canadense de volta às finais do Oeste. Vancouver 4-2
Thomaz Alexandre -- Ótima série, dando muita margem a especulação. Ambos os times viraram suas séries após estarem perdendo por 3-1, tendo o Minesotta Wild apenas enfrentado mais drama, com jogos decididos por um gol, não raro em prorrogação, e muita responsabilidade para cima de seu goleiro Manny Fernandez, que assumiu pouco antes de a virada histórica começar. Se o Vancouver Canucks tivesse precisado de Cloutier da mesma forma, é difícil crer que o goleiro com os piores números da primeira rodada teria agüentado. No mais, Dan tem crédito pela melhora gradativa a partir do jogo 3. Mesmo assim, batam-me se quiserem, mas vejo semelhanças entre os Avs derrotados pelo Wild e os Canucks que agora os enfrentam: ambos têm uma boa profundidade de ataque e defesa e produção, em termos de números, respeitável por parte de vários jogadores, mas na hora da verdade são uns poucos que têm seus nomes lembrados para assumir a responsabilidade. Só que em Vancouver esses homens decisivos são apenas dois, enquanto o Colorado perdeu tendo no mínimo uma linha mais Joe Sakic com tal perfil. Ambos têm goleiros de Québec, e o Avalanche perdeu sendo o seu muito superior ao dos Canucks. Se a tarefa é repetir um script, dessa vez nem tão difícil, o diretor Lemaire tem seus atores a postos. Lá se vai meu sonho da final canadense. Minnesota 4-2
Vantagem -- Só Deus sabe

ATÉ AQUI FOI FÁCIL Daniel Alfredsson, Marian Hossa e Martin Havlat comemoram na primeira fase. Comemorarão também ao final da segunda? (Jim Young/Reuters - 17/04/2003)
 
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Página publicada em 24 de abril de 2003.