New Jersey Devils
Quem chegou: G Yann Danis, D Rob Davison, D Cory Murphy.
Quem saiu: G Scott Clemmensen, P Brian Gionta, D Niclas Havelid,
C Bobby Holik, C John Madden, P Mike Rupp, G Kevin Weekes.
Depois da traumática eliminação no último minuto do jogo 7 contra o
Carolina na temporada passada, os Devils vêm para esta temporada com
um conhecido nome no comando da equipe: Jacques Lemaire, campeão em
1995 e, depois de uma década em Minnesota, de volta a New Jersey para
implantar novamente seu estilo defensivo — caracterizado pelos
jogos de placares baixos e a famosa “armadilha”. Com a perda de nomes
importantes como John Madden, Bobby Holik e Brian Gionta, e sem nenhum
grande nome para substituílos, o esquema será mais necessário do que
nunca. Ou seja, mais uma vez, Martin Brodeur será o encarregado de determinar
a sorte dos Devils na temporada (ainda mais neste ano, sem Scott Clemmensen
para suprir uma eventual ausência), junto com um corpo defensivo que
não sofreu mudanças, comandado principalmente por Colin White, Paul
Martin e Johnny Oduya. Na frente, um grupo repleto de veteranos que
conta, entre outros, com o capitão Jamie Langenbrunner, Patrik Elias,
Brendan Shanahan e Brian Rolston, que, se não são máquinas ofensivas,
ao menos são confiáveis e regulares, além de mais do que acostumados
ao sistema de jogo do time. Assim, espere que a maior parte dos pontos
da equipe venha de Travis Zajac e do ótimo Zach Parise, que vem se firmando
a cada ano como um atacante de elite. Aprendemos ao longo desses anos
que os Devils, mesmo sem nomes como Scott Stevens e Scott Niedermayer
a capitaneá-los, e por mais desacreditados que pareçam, sempre surpreendem
e vão longe. Com Lemaire orientando novamente uma equipe que mesmo sem
ele ainda tinha sua “cara”, Brodeur novamente saudável por 82 jogos
(assim a torcida espera) e Parise entre os artilheiros da liga, mais
que nunca esta máxima deve ser levada a sério.
New York Islanders
Quem chegou: G Martin Biron, G Dwayne Roloson,
C John Tavares.
Quem saiu: G Yann Danis, C Andy Hilbert, G Joey MacDonald,
C Mike Sillinger, C Dean McAmmond.
Certamente ao longo dos últimos anos você já ouviu que os Islanders
são um time em reconstrução e que este é o ano em que eles voltam aos
playoffs etc. etc. Bons nomes já tiveram a responsabilidade de ser a
nova face da equipe, e alguns já nem estão mais em Long Island. Agora
a nova edição da “Ressurreição dos Islanders” está baseada em John Tavares,
primeira escolha do último recrutamento, que destruiu recordes da liga
júnior canadense e que vem creditado como o próximo grande jogador da
NHL. Tavares terá que ser muito grande mesmo para levar o time de volta
a pelo menos uma posição de respeito. Terá a seu lado um elenco limitado
(ainda mais enfraquecido com a aposentadoria de Mike Sillinger), onde
o melhor nome ainda deve ser o veteraníssimo Doug Weight e contando
apenas com jogadores como Trent Hunter e Jeff Tambellini, que nunca
chegaram a demonstrar todo seu potencial, além dos também novatos Kyle
Okposo e Frans Nielsen, que parecem promissores e, com Tavares a seu
lado, podem juntos tirar os Islanders da lanterna da liga. Se na frente
o projeto não parece suficiente para esta temporada, na defesa a situação
não é lá muito mais animadora. A perda de Chris Campoli na temporada
passada deixou Mark Streit como único nome de respeito na defesa, que
conta com os apenas esforçados Bruno Gervais e Radek Martinek como coadjuvantes.
No gol, por causa de sua sina de contusões, o enigma Rick Di- Pietro
parece cada vez mais descartado pela diretoria, que de uma vez só trouxe
os veteranos Martin Biron e Dwayne Roloson para brigar pela vaga de
titular. Se a torcida dos Islanders quer algum motivo para comemoração,
parece que no gelo este só poderá vir mesmo de Tavares — e fora
dele da própria cidade de Nova York, se finalmente aprovar o projeto
para manter a tradicional equipe na cidade. Aí, quem sabe em 2011 dá
para começar a sonhar um pouco mais alto.
New York Rangers
Quem chegou: P Marián Gáborík, P Ales Kotalik,
P Christopher Higgins, C Tyler Arnason, P Vaclav Prospal, P Donald Brashear.
Quem saiu: C Scott Gómez, C Nik Antropov, P Colton Orr, D Derek
Morris, D Paul Mara, P Fredrik Sjostrom, P Nikolai Zherdev, P Markus
Naslund.
Assim como seus arquirrivais Devils, os Rangers também contam com um
estelar goleiro para levá-los o mais longe possível na temporada. Mas
Henrik Lundqvist terá a sua frente, ao menos no papel, um elenco mais
completo para brigar na Divisão Atlântico. Na defesa, é verdade, perderam
veteranos como Paul Mara e Derek Morris, mas confiam no talento dos
jovens Daniel Girardi e Marc Staal para patrulhar a linha azul e ainda
contam com Wade Redden, que terá mais uma chance de mostrar o hóquei
dos tempos de Ottawa, que parece perdido em Nova York. Outro que precisa
se reencontrar com o hóquei de tempos atrás é Chris Drury, que ainda
é mais um fardo salarial na folha do time do que o talento que impressionou
em Buffalo e em Denver, e terá ainda mais cobranças com as saídas de
Scott Gómez, Markus Naslund e Nik Zherdev. Para auxiliá-lo nessa missão,
os Rangers trouxeram o explosivo Marián Gáborík, matador nato, mas que
vive às voltas com lesões. Sua condição física pode ser determinante
na campanha do time. No fim das contas, mais uma vez os destaques da
equipe devem ser os pratas-da-casa Ryan Callahan e Brandon Dubinsky.
Além disso, outros reforços vieram, como Chris Higgins (ex-Habs), Ales
Kotalik (ex-Sabres e Oilers) e o prospecto Artem Anisimov (que pode
se firmar no elenco titular), sem falar nas interrogações Vaclav Prospal,
Tyler Arnason (ambos já em fase decadente) e Enver Lisin, talentoso
e temperamental, como seus companheiros Sean Avery e Donald Brashear,
outro que veio para esta temporada. Para tentar lidar com todas as questões
que cercam o elenco, o não menos “esquentado” treinador John Tortorella,
em sua primeira campanha completa, terá que demonstrar competência que
ele já provou ter de sobra. Se conseguir transformar essas dúvidas em
certezas, os Rangers estão no caminho certo. Senão, esperem mais garrafinhas
voando nos jogos dos Rangers.
Philadelphia Flyers
Quem chegou: G Brian Boucher, P Ian Laperrière,
D Ole-Kristian Tollefson, G Ray Emery, D Chris Pronger.
Quem saiu: P Mike Knuble, G Antero Niittymaki, D Andrew Alberts,
G Martin Biron, D Luca Sbisa, P Joffrey Lupul, D Derian Hatcher.
Ver o maior rival erguer novamente a Copa Stanley , ainda mais sendo
eliminados por ele, doeu demais na Filadélfia. Para evitar que a fila
chegue a 35 anos, os Flyers buscaram inspiração nos Broad Street Bullies,
campeões em 1974 e 75, que jogavam o hóquei mais agressivo de que se
tem notícia. Para tal, trouxe o experiente e colecionador de suspensões
Chris Pronger (ainda assim, um grande defensor), o “chato” Ian Laperrière
e o goleiro-boxeador Ray Emery. Junte-os às pestes Scott Hartnell e
Arron Asham, aos brigões Daniel Carcillo e Riley Cote, e tem-se o elenco
talvez mais próximo dos Bullies dos anos 1970. Claro que para ganhar
a Copa o time precisará de mais do que agressividade, por isso mantém
no elenco o matador Jeff Carter e o jovem líder Mike Richards, além
da experiência de Simon Gagné. O corpo ofensivo ainda conta com jovens
que demonstraram valor na temporada passada e têm tudo para se firmarem
no elenco laranja, como Claude Giroux e Andreas Nodl, além de James
Van Riemsdyk (segunda escolha geral no recrutamento de 2007, que pode
fazer sua estreia em 2009). Na defesa, Braydon Coburn, Randy Jones e
o recém-chegado Ole- Kristian Tollefsen dão o toque de juventude em
uma defesa que, além de Pronger, tem o bom Kimmo Timmonen. No gol, se
Emery tiver uma de suas famosas recaídas, Brian Boucher, que retorna
pela enésima vez à Filadélfia, estará pronto para assumir a posição.
É verdade que os Flyers perderam o confiável Mike Knuble, além dos jovens
Joffrey Lupul e Luca Sbisa (envolvidos na troca que trouxe Pronger),
mostrando que o objetivo é vencer agora. E é dessa forma que os Flyers,
finalistas do Leste em 2008 e eliminados na primeira rodada em 2009,
sempre pelos Pens, montaram um elenco capaz de brigar pelo título da
divisão e ir longe nos playoffs. E, quem sabe, voltar a dar à torcida
a alegria que os Broad Street Bullies originais deram 35 anos atrás.
Pittsburgh Penguins
Quem chegou: P Michael Rupp, D Jay McKee,
G Brent Johnson, D Martin Skoula.
Quem saiu: D Hal Gill, G Mathieu Garon,
D Rob Scuderi, P Petr Sýkora,
D Phillipe Boucher.
Depois da decepção da perda da Copa em 2008, os Penguins superaram uma
temporada de adversidades e acabaram voltando à final, e desta vez superando
o Detroit em sete jogos. Neste ano, se quiserem repetir o feito, terão
que fazê-lo com uma renovada defesa, que perdeu três nomes da conquista
de junho. Sem Hal Gill, Philippe Boucher e Rob Scuderi, Kris Letang
será chamado para comandar, ao lado de Sergei Gonchar, a defesa de Pittsburgh.
Brooks Orpik e Mark Eaton retornam, assim como Alex Goligoski, que deixou
boa impressão na campanha passada e agora será um dos seis regulares
da defesa, que trouxe Jay McKee, que acabara de rescindir contrato em
St. Louis, e o refugo Martin Skoula. No ataque, pouco mudou. Ao contrário
de 2009, quando perdera Marián Hossa, Ryan Malone, Gary Roberts e Jarkko
Ruutu, neste ano a perda mais significativa foi a de Petr Sýkora, que
já não contava com a mesma simpatia ao final da temporada. As adições
de Chris Kunitz e Bill Guerin (que renovou por uma temporada) provaram
ser chave para a conquista, e deram à dupla Sidney Crosby e Evgeni Malkin
— que mais uma vez devem brigar com Alex Ovechkin pelos troféus Hart
e Art Ross — um respeitado elenco de apoio, que também conta com Jordan
Staal, Tyler Kennedy, Ruslan Fedotenko e o herói do título Max Talbot,
que inicia a temporada recuperando-se de operação, o que pode dar a
jovens como Luca Caputi e Dustin Jeffrey chance de subir para o elenco
principal nos dois primeiros meses de temporada. No gol, Marc-André
Fleury, depois de mais uma sólida pós-temporada, finalmente pode começar
a campanha sem dúvidas sobre si: e agora como um goleiro da elite. Com
o também jovem técnico Dan Bylsma conseguindo extrair todo o potencial
ofensivo da equipe depois de assumir no lugar de Michel Therrien e com
o ainda jovem elenco mais experiente e relaxado depois da conquista
da Copa Stanley, o elenco do Pittsburgh parece pronto para mais uma
temporada de sucesso, surgindo como favorito ao título da Divisão Atlântico
em sua caminhada rumo ao bicampeonato.