Dez dias depois de ganhar o Campeonato Mundial de Hóquei com a Rússia, Alexander Ovechkin, do Washington Capitals, chegou a Pittsburgh para receber alguns prêmios da NHL.

Ovechkin ganhou os Troféus Art Ross e Rocket Richard por marcar mais pontos e mais gols, respectivamente, na temporada regular da liga. Ele aceitou os troféus com alegria e até parou para bater algumas fotos com a câmera de seu telefone celular, mas há um troféu que ele deseja ainda mais.

"Foi um bom ano", disse ele. "Mas quando eu ganhar a Copa Stanley é que vou dizer que foi o meu melhor ano."

Ovechkin e o capitão dos Penguins, Sidney Crosby, são as duas estrelas em torno das quais a NHL está criando sua campanha de marketing, e os dois desenvolveram uma rivalidade saudável ao longo de suas partidas pela Conferência Leste nos últimos anos. Ovechkin diz que inveja Crosby por este estar disputando sua primeira final de Copa Stanley já em seu terceiro ano na liga.

"Fiquei com um pouco de ciúme", admite Ovechkin. "Ele é um grande jogador. Eles são um grande time. No ano passado, eles perderam sua primeira série de playoffs em cinco jogos. E cá está ele agora. Espero que no ano que vem nós consigamos fazer a mesma coisa."

A NHL concedeu três outros troféus ontem em um almoço. Trevor Linden, do Vancouver Canucks, e Vincent Lecavalier, do Tampa Bay Lightning, dividiram o Troféu da Fundação NHL, em reconhecimento ao seu trabalho com instituições beneficentes para crianças. Mats Sundin ganhou o Troféu Mark Messier de Liderança. E os goleiro do Detroit Red Wings, Chris Osgood e Dominik Hasek, ganharam o Troféu William Jennings, dado aos goleiros que sofrem o menor número de gols na temporada regular. O gerente geral do Detroit, Ken Holland, recebeu o troféu em nome deles.

Em uma entrevista pouco depois, Mark Messier disse que os Penguins lembram-lhe o Edmonton Oilers de 1983, de que ele fazia parte. Aquele time, com Messier, Wayne Gretzky, Paul Coffey e outras jovens estrelas, perdeu para o New York Islanders em quatro jogos nas finais da Copa Stanley. Depois de passar por aquela experiência, os Oilers ganharam quatro Copas Stanley nas cinco temporadas seguintes.

"Estávamos na mesma posição", disse Messier. "Eles estão tendo de achar o seu caminho sem a experiência. Isso pode ser difícil. A experiência pode ajudar quando se passa por adversidades."

Ele disse que os Penguins devem adaptar seu jogo para voltar a ter chance na série.

"[Em 1983], reconhecemos que os Islanders não nos estavam deixando jogar nosso jogo", conta o membro do Hall da Fama. "Eu vejo semelhanças nesta série. O Detroit não está deixando eles jogar como gostam. Eles têm de achar um jeito de ser efetivos sem jogar como estão acostumados. É como um jogo dentro do jogo. Vai ser interessante ver eles jogar como talvez nao gostem."

Lecavalier, que ganhou uma Copa Stanley com o Lightning em 2004, disse que os Penguins têm de trabalhar para voltar a equilibrar a série.

"O Detroit é um bom time", elogia Lecavalier. "Jogamos contra eles na pré-temporada, e nos primeiros 12 minutos de jogo eu não encostei no disco. Eu sei o que eles estão passando. Você tem de conseguir passar pela sua defesa e pela sua marcação."

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• Editorial
• Reação ou rigor mortis?
• Quando dureza encontra classe
• Mando de gelo, mando no jogo
• Um jogão
• E ninguém cala esse chororô...
• Penguins recuperam o orgulho
• Pens tiram ar do balão dos Wings
• Finalmente algum drama!
• Uma derrota. E daí?
• Crosby: grande quando a liga precisou
• Ovechkin: "Queria estar no lugar de Sid"
• Os números do Jogo 3