Nesta última semana, os Penguins conseguiram finalmente ganhar a primeira partida da temporada, contra os Thrashers. Levaram três semanas a mais que praticamente todos os outros integrantes da liga para isso. Pelo menos, já conseguiram a segunda vitória, contra os Devils, o que faz com que as coisas em Pittsburgh se acalmem um pouco.

Só que é bom que as coisas não se acalmem muito, porque o time ainda não está jogando bem. O ataque tem produzido pouco, os goleiros estão abaixo da média e a defesa tem sido um desastre total.

Para tentar solucionar os problemas no ataque, Mario Lemieux e Sidney Crosby foram finalmente unidos em uma linha de vantagem numérica. Não por coincidência, o jogo que marcou essa nova combinação foi a primeira vitória e Lemieux colecionou cinco pontos (dois gols e três assistências). Os Penguins marcaram sete gols no total.

O problema é que levaram cinco. O início da partida foi digno de uma tragédia grega: com menos de quatro minutos jogados, o time de Atlanta estava com 4-0 no placar. O pedido de tempo do técnico Eddie Olczyk deu uma esfriada no jogo e foi providencial para a virada. A partir desse momento, os 7-5 finais vieram até com alguma facilidade, mas mais um erro atrás custou o quinto gol adversário, que poderia ter complicado a partida se a produção ofensiva não tivesse funcionado a contento — apenas pela segunda vez na temporada, diga-se de passagem, mas na outra vez os seis gols marcados foram desperdiçados em uma derrota para o Boston por 7-6 na prorrogação.

A vantagem numérica que vinha sendo outro setor do time que não estava produzindo como deveria, teve uma atuação épica, igualando o recorde da franquia de seis gols nessa situação. Um problema a menos.

A vitória injetou um certo ânimo no elenco, que ainda tinha mais uma partida em casa, dois dias depois, contra os embalados Hurricanes. Apesar de terem saído atrás, 1-0, os Penguins viraram novamente a partida, fazendo 3-1 antes do segundo intervalo. A diferença de gols deveria ser confortável, mas a implosão dos dez minutos iniciais do jogo anterior desta vez veio nos dez minutos finais, e não foi possível nem chegar à prorrogação: a fatura foi liqüidada no tempo regulamentar, por 5-3.

A cada derrota dessas, o coro dos que pedem a cabeça de Olczyk cresce e faz mais barulho. Ainda não é hora de se trocar o técnico. Outras medidas, como mexer no elenco, devem vir antes. A primeira mexida veio direto de Wilkes-Barre. Os Baby Penguins, afiliados aos Penguins na AHL, mandaram o defensor Ryan Whitney, escolha de primeira rodada em 2002, e o central Erik Christensen. Ambos estavam atuando com destaque na liga menor: Whitney liderava os defensores em pontos, enquanto Christensen era o terceiro colocado no geral. Os Baby Penguins, aliás, têm sido uma espécie de Pittsburgh Penguins às avessas. O início de temporada deles na AHL foi arrasador, com nove vitórias em nove jogos, nenhuma delas além do tempo normal.

A chegada dos dois jogadores não chegou a incendiar o time, mas a vitória veio de qualquer jeito, contra os Devils. Foi suada, na prorrogação, depois de mais uma implosão no final do terceiro período (o time mais uma vez ganhava por 3-1 e deixou o adversário empatar). O gol da vitória foi marcado por Sergei Gonchar, que finalmente resolveu substituir o impostor que estava usando a camisa 55 em seu lugar até agora.

Ainda há muito o que se melhorar no time. Afinal, é preciso escalar no mínimo mais cinco posições se quiser ir aos playoffs. Há tempo para isso. Abril ainda está longe. Mas chegando cada vez mais perto. Sem disposição, não dá para ir a lugar algum.

Acompanhando mais de perto
Muita gente costuma acompanhar o seu time pelos sites de jornais da mesma cidade, que costumam ter uma cobertura próxima do que se vê na edição impressa. Agora, quem prefere o pacote completo, com a diagramação original e todos aqueles detalhes que acabam não entrando na edição on-line, há a opção de ver a edição impressa na Internet.

Paga-se por isso, é claro. Há dois sites que provêm esse conteúdo: o Press Display e o Newsstand. O Press Display tem a maior variedade. Lá pode-se encontrar os seguintes jornais de cidades que têm times na NHL: Atlanta Constitution, Boston Herald, Chicago Tribune, Columbus Dispatch, Dallas Morning News, Los Angeles Times, Miami Herald, New York Daily News, New York Post, New York Sun, Philadelphia Inquirer, Red Eye (Chicago), San Jose Mercury News, Star Tribune (Minneapolis), Tampa Tribune, Washington Post e Washington Times. No caso do Newsstand, a lista limita-se aos jornais Boston Globe, Boston Herald, Chicago Tribune, New York Daily News, Toronto Globe and Mail, La Presse (Montreal), New York Times, Star Tribune, Tampa Tribune e Washington Times. Como se pode ver, alguns jornais estão disponíveis nos dois sites.

Quanto ao preço, o Press Display cobra US$ 9,95 (com desconto de US$ 1 no primeiro mês) pelo acesso a 31 edições por mês. As 31 edições não precisam ser necessriamente do mesmo jornal ou de dias diferentes. É possível também fazer uma degustação por sete dias. No caso do Newsstand, pode-se comprar jornais individualmente, sem fazer assinatura (embora ela também seja possível), mas, para isso, é preciso comprar créditos de, no mínimo US$ 10. Alguns jornais no site permitem que se faça a degustação gratuita de uma edição atual; outros, só de edições anteriores.

No Press Display, é possível navegar pelos jornais sem instalar programa algum, mas, com o programa próprio, é possível tirar melhor proveito das edições, inclusive com acesso a edições anteriores que podem ser salvas, ficando disponíveis no computador por até dois meses. A impressão pelo site fica uma porcaria, mas pelo programa fica muito boa. No Newsstand, o programa é necessário. Ele é mais fácil de se navegar e mais estável que o do concorrente. Alguns jornais expiram depois de um ano (New York Times, por exemplo); outros, não (os dois de Boston, por exemplo).

O preço acaba sendo o mesmo de um jornal brasileiro em bancas. A assinatura mensal do Press Display sai mais em conta que a de qualquer jornal grande brasileiro — ao menos enquanto o dólar estiver lá embaixo.

Como a cobertura nos sites dos jornais, em sua grande maioria, é satisfatória, pagar por isso não vai agradar à maioria, mas é uma opção para quem gosta de ver exatamente como é a cobertura por lá (e eles deixam passar muita coisa, às vezes, especialmente na parte gráfica e em artigos menores). Também é uma boa para imprimir o noticiário do dia. Um artigo sobre jogo no site geralmente vai tomar de duas a quatro páginas de papel, enquanto a página do jornal impresso vai ocupar apenas uma folha de papel. Com a letra bem menor, é claro.


Alexandre Giesbrecht, publicitário, acha que abril parece ainda mais longe porque seu casamento está inserido nesse meio-tempo.
ALEGRIA Ziggy Palffy, Brooks Orpik e Erik Christenses comemoram o gol de Sergei Gonchar (centro), que deu a vitória aos Penguins na prrorgação contra os Devils (Bill Kostroun/AP - 01/11/2005)
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Página publicada em 3 de novembro de 2005.