Por: John Grigg

No dia 27 de janeiro o até então agente irrestrito Alexander Semin renovou contrato com o Washington Capitals por uma temporada, a um preço de US$ 6,7 milhões, um aumento de US$ 700 mil em relação ao seu salário atual.

"Jogadores que marcam como ele são raros e realmente difíceis de se achar", disse o gerente geral do Washington Capitals, George McPhee. "Ele é um talento excepcional."

Esta é a segunda vez consecutiva que Semin assina um contrato de apenas um ano, já que ele assinou um contrato com a mesma duração quando era agente restrito, o que muitos acreditavam ser uma manobra para aumentar seu período como agente irrestrito. Então por que os sucessivos contratos de apenas um ano?

A escolha faz sentido para os Caps, que têm vários contratos de agentes livres para renovar e também ajuda a evitar um contrato de longa duração para outro jogador com um histórico de lesões. O jogador nunca jogou uma temporada inteira em sua carreira na NHL e atualmente se encontra lesionado com um problema no quadril. Ele já teve problemas no pulso, nas costas e no tornozelo em temporadas passadas.

McPhee disse no dia que, apesar de o time de Washington estar aberto para negociações por um contrato mais longo, se Semin concorda com um ano, então que assim seja.

"Na temporada passada, quando fizemos um contrato de um ano, ele marcou 40 gols", disse McPhee. "Eu não vejo problema em fazer outro contrato de um ano se ele continuar fazendo 40 ou mais gols para nossa equipe. Nós podemos continuar com esse esquema por mais dez anos se ele desejar."

McPhee também gosta da facilidade que o tempo de contrato oferece ao time e não queria forçar o jogador a fazer algo que ele não concordasse.

"Eu não acho que ambos os lados da negociação queriam um contrato mais longo", disse McPhee. "Muitas vezes, quando você vai negociar, a preferência do jogador é a que mais pesa; então, se ele queria um contrato curto, para que ele iria querer assinar por um longo período? Alex está tranquilo com outro ano de contrato, e isto nos deixa tranquilos também."

Mas, sem dúvida, Semin está tendo uma grande chance neste momento. Ele tem potencial para marcar uma média de 50 gols por temporada e muito provavelmente iria receber várias propostas por um contrato mais longo se fosse ao mercado no dia primeiro de julho. Mas ele escolheu não ir.

"Talvez isto deixe os jogadores mais focados", disse McPhee. "Eu admiro jogadores que estão tranquilos em fazer isso. Talvez estejam olhando mais para o futuro, como aconselha o próximo acordo coletivo de trabalho, vamos fazendo esses contratos de um ou dois anos até chegar lá."

Qualquer contrato mais longo iria segurar Semin em um time até a próxima rodada de negociações entre a associação dos jogadores e a liga. Ninguém sabe qual será o resultado, mas o último encontro resultou em um uma redução salarial de 24%. Mantendo seus curtos contratos, Semin pode negociar melhor após as negociações do CBA.

Outro fator é a liga russa, algo que um analista da NHL disse e que faz muito sentido. Se Semin está ouvindo os burburinhos vindos da KHL, deixar suas opções abertas é a melhor coisa a se fazer. O empresário de Smin é o russo Mark Gandler, o mesmo que orquestrou o retorno de Alexei Yashin para a Rússia.

Mas não há dúvidas de que, com seu histórico de lesões e pelo risco que elas causam, Semin esteja perdendo vários milhões de dólares em seus contratos. Os US$ 6,7 milhões representam o mesmo valor pago a outra estrela do time de Washington, o central Nicklas Backström. McPhee não quis chamar esse valor como um salário máximo para os jogadores de ataque que não se chamem Alex Ovechkin, mas admitiu que não é um valor aleatório.

"Nós não achamos que seria justo ir além disso", disse McPhee. "Eles são dois ótimos talentos, não chamaria isso de um teto, mas só achamos que, se os dois continuarem ganhando o mesmo valor, nenhum deles se sentirá desconfortável."

McPhee disse que Semin fez bons treinos nesta semana e que o time esperava que ele retorne ao gelo logo após a pausa para o Jogo das Estrelas.

"Estamos perdendo muitos pontos em jogos de um gol de diferença", disse McPhee sobre o novo estilo defensivo que o time dos Capitals adotou nesta temporada. "Se tivermos nosso jogador de 40 gols de volta ao gelo e começarmos a aproveitar as vantagens numéricas, esta será a diferença. Achamos que esta é a forma para ganharmos mais neste ano e, assim, obter sucesso nos playoffs."

John Grigg escreve para a revista The Hockey News. O artigo original foi traduzido por Fernnando Dittmar.

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Página publicada em 6 de fevereiro de 2011.