Por: Marcelo Constantino


Capitals e Knuble
No especial de palpites desta edição eu cravei o Washington Capitals como campeão desta Copa Stanley. Você não precisa, sobretudo não deve, levar toda aquela gama de palpites tão a sério, mas acredito que sim, Alexander Ovechkin pode carregar esse time até a Copa. Principalmente se conseguir bons coadjuvantes (e encarar na final o time em que Marian Hossa estiver). Para esta temporada a gerência trouxe Mike Knuble, um bom, experiente e goleador atacante.

Poucos sabem, mas a estreia de Knuble na NHL foi num certo dia 26 de março de 1997. Estreia de ouro. Não pela atuação dele, que mal entrou no gelo, mas pelo jogo em si. Consta que Scotty Bowman então lhe deu a camisa 22, para que ele desempenhasse o mesmo papel de Dino Ciccarelli. Ou seja, batalhar pelo disco na zona suja à frente da área do goleiro, a região onde você apanha dos defensores, do goleiro e dos discos que chegam voando na sua direção. O papel que hoje, no Detroit, é desempenhado majoritariamente por Thomas Holmstrom. Knuble fez uma boa temporada no ano seguinte pelo Detroit, mas acabou negociado logo adiante por uma ou mais escolhas médias se não me engano.

Dali em diante ele só cresceu. Passou a ter mais tempo de jogo (bem mais do que se permanecesse em Detroit) e acabou consolidando-se como um atacante forte e goleador. Mostrou ao Detroit que foi um erro negociá-lo. Depois de algumas boas temporadas pelo Philadelphia Flyers ele, já veterano, chega a Washington para tentar suprir exatamente a lacuna que lhe cabe no time de Ovechkin: brigar pelo disco na frente do goleiro.

O começo parece bom: um gol de vantagem numérica na estreia em casa, no sábado, na vitória de 6-4 sobre o Toronto Maple Leafs. Por ora ele tem atuado na segunda linha, mas é certo que será testado ao lado de Ovechkin em algum momento.

Os Red Wings e seus goleiros
O Detroit Red Wings já demonstrou algumas das reconhecidas deficiências da temporada passada: a paradoxal ineficiência em matar penalidades e os famosos apagões. O time chegou a abrir vantagem sobre o St. Louis Blues nos dois jogos de abertura da temporada na Suécia, mas apagou e deixou o adversário virar.

Entretanto, uma nova (?) deficiência apareceu nesses jogos: o goleiro. Enquanto Chris Osgood esteve, digamos, muito longe de ser brilhante na primeira partida, o reserva Jimmy Howard foi pavoroso no segundo jogo. São apenas dois jogos, um para cada, mas os sinais enviados não são bons. Sobretudo porque do outro lado, num dos jogos, estava Ty Conklin, que fez bela temporada jogando pelo próprio Detroit no ano passado.

EA Sports
Assim como vários de vocês, eu jogo o NHL da EA Sports há mais de 10 anos. Todo ano, uma nova versão. Mesmo que as últimas tenham sido mera recauchutagem melhorada da versão do anterior.

Talvez, se não fosse por aquele clássico NHL Hockey de 1993 (ou 1994?) da EA Sports, eu não estaria aqui escrevendo essas linhas. Foi meu primeiro contato mais forte com o hóquei sobre o gelo, que culminou com essa paixão pelo esporte, e de 1996 para cá, todo ano esta era mais ou menos a época de saborear uma nova versão do jogo.

Estou falando, claro, das versões para PC. Que, pelo visto, foram encerradas pela EA Sports. A notícia não é tão ruim para os detentores de PS2 e afins (desculpem-me pela ignorância quanto aos aparelhos de videogames, o vício me permite apenas um consumo moderado dessas coisas), mas para os que jogam exclusivamente no PC (e no teclado!), é devastadora. Pra mim, que um dia cheguei ao absurdo de comprar uma máquina nova porque a antiga já não suportava mais a versão atualizada do NHL, é como um ciclo de lazer encerrado.

Paciência. Seguimos em frente. Por favor, avisem-me se houver substitutos à altura.

Marcelo Constantino deu nova chance ao NHL GameCenter.

Manuel Balce Ceneta/AP
Mike Knuble é cumprimentado pelos companheiros do Washington Capitals após marcar um gol na pré-temporada.
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Página publicada em 7 de outubro de 2009.