Seguindo a tradição de TheSlot.com.br, eis os pitacos dos integrantes da equipe para os confrontos da primeira fase dos playoffs de 2009 da NHL.

Boston Bruins (1.º) Montreal Canadiens (8.º)
53-19-10 41-30-11
Confrontos na temporada: Boston 5-0-1
Nos últimos 30 dias: Boston 1-0
Confrontos em séries de playoffs: Montreal 24-7
Série mais recente: 2008, primeira fase (Montreal 4-3)


Alessander Laurentino — Os Bruins jogaram melhor na temporada regular, dominaram os Habs durante todo o ano e não podem esperar pela chance de se vingarem da eliminação dos playoffs passados. Mas eu aposto no time do Québec. Por quê? E eu preciso ter motivo para apoiar um time canadense e ainda mais o maior campeão de todos os tempos? Montreal em 6
Alexandre Giesbrecht
— Se no ano passado era facílimo apostar nos Habs, neste é difícil não apostar nos Bruins. O time passou por cima do Leste e deve repetir o feito nos playoffs. O histórico é amplamente favorável ao Montreal, mas Rocket Richard, Ken Dryden e outros não entrarão no gelo. Boston em 5
Cláudio Aguiar
— A derrapada dos Canadiens resultou numa classificação por um fio para os playoffs. Carey Price está longe de ser um Patrick Roy e o time mais tradicional da NHL deve fazer apenas figuração na pós-temporada em seu centenário. Boston em 5
Daniel Novais
— Se os Bruins já deviam estar esfomeados de finalmente entrar nos playoffs com chances de título, imagine com a chance de vingar duas das mais tristes derrotas desta década. Os Habs são o oponente perfeito para começar o teste. Os Habs, por sua vez, devem fazer figuração em seu ano de centenário. Sem os bons Schneider e Markov, aquele profundo grupo ofensivo que parecia três primeiras linhas não passa de três linhas medianas. Com direito a chocolate, Boston em 5
Humberto Fernandes — Enquanto os Bruins dominaram a Conferência Leste durante toda a temporada regular, os Canadiens apareceram nos noticiários sempre negativamente. Quando Bob Gainey demitiu o técnico Guy Carbonneau e assumiu o seu lugar, deu a descarga no ano do centenário. Boston em 5
Igor Veiga — Novamente, na primeira rodada dos playoffs, uma das maiores rivalidades da NHL. A diferença é que ano passado os papéis eram exatamente opostos. E, se naquela ocasião, os Bruins quase aprontaram para cima dos favoritos Canadiens, este ano o contrário está um pouco distante de acontecer. Inconsistentes do goleiro ao cover de técnico, os Habs só devem mesmo medir forças na tradição. Boston em 6
Marcelo Constantino — E pensar que antes de a temporada começar eu indiquei os Canadiens para vencer a Copa Stanley. Aqui eu mal consigo vê-los vencendo um jogo sequer, mesmo com o peso histórico desta série pendendo para eles. Boston em 4
Marco Aurelio Lopes — Repetição da primeira rodada do ano passado, os eternos rivais se enfrentam em situação totalmente oposta desta vez. Agora os Bruins têm a melhor campanha, sendo dominantes o ano todo, contra um Canadiens que em seu centenário viu tudo dar errado. Para completar, no gelo a diferença parece ainda maior quando se vê o jovem, agressivo e completo elenco de Boston contra um desarrumado Montreal, repleto de dúvidas. Melhor no gol, na defesa e no ataque, o jogo físico de Chara, Lucic e cia. não deverá ter problemas. Boston em 4
Thiago Leal — Curiosamente temos aqui o inverso da temporada passada, quando os Habs ficaram em primeiro e os Bruins em oitavo. Esta série tem uma pequena complicação, que é a forte rivalidade entre Boston e Montreal. Mas a defesa dos Canadiens é uma peneira e os Bruins têm o segundo melhor ataque da NHL. Acredito que esse fator possa definir a série. Boston em 6
Dave Clayton
— O Boston vai vencer graças a sua retaguarda dominante. Boston em 5

Washington Capitals (2.º) New York Rangers (7.º)
50-24-8 43-30-9
Confrontos na temporada: Washington 3-0-1
Nos últimos 30 dias: não se enfrentaram
Confrontos em séries de playoffs: 2-2
Série mais recente: 1994, segunda fase (NY Rangers 4-1)


Alessander Laurentino — Os Rangers não são páreos para Alex Ovechkin e seus companheiros. O que pode faltar aos Caps é um pouco de malícia e experiência em playoffs, mas pelo que têm demonstrado na temporada regular isso não será empecilho para que os Caps passem com certa facilidade. Washington em 5
Alexandre Giesbrecht — O duelo da vantagem numérica dos Caps, a segunda melhor da liga, contra a desvantagem numérica dos Rangers, a melhor da liga. O ataque dos Caps é potente, mas isso não tem influído muito no sucesso de uma equipe nos playoffs nas duas últimas décadas. Mesmo assim, o time de Alex Ovechkin não deverá ter grandes problemas. Washington em 5
Cláudio Aguiar
— Sempre irregulares, os Rangers tiveram um excelente começo de temporada, caíram de produção até ficarem de fora dos classificados, para, na reta final, dar um gás extra e conseguir a sétima vaga. Basta continuarem no embalo para passarem pelos Capitals, mas não será tarefa fácil. NY Rangers em 7
Daniel Novais
— Os Capitals parecem uma daquelas equipes fadadas a fracassar nos playoffs, como tantas outras que chegaram nessa fase dependendo de um jogador ou uma linha. Se o oponente tivesse um bom grupo defensivo para parar Ovechkin e companhia, facilmente seria o favorito. O problema é que contar com Morris, Redden e Roszival para exercer essa tarefa é dose para leão. Para os nova-yorkinos, é Lundqvist ou nada. Com alguma turbulência no caminho, Washington em 6
Humberto Fernandes — Os Rangers têm o goleiro ideal para tornar a vida de Alexander Ovechkin miserável. Os Capitals têm o goleiro ideal para tornar a vida de qualquer atacante dos Rangers tranquila. Mas quem são os atacantes dos Rangers? Sean Avery não vale. Washington em 5
Igor Veiga — Este ano é o momento de vermos do que realmente Ovechkin e sua trupe são capazes. Com uma bela performance na temporada regular, mais em conta do seus atacantes do que de seus goleiros, os Caps encaram um NY Rangers que cresceu de produtividade na reta final. Washington em 7
Marcelo Constantino — Ovechkin não deve encontrar muito trabalho para passar pelos Rangers. No máximo um quebra-molas no caminho. A não ser que o quebrem. Washington em 5
Marco Aurelio Lopes — Duelos interessantes marcam essa série. Se Lundqvist dá a vantagem aos Rangers no quesito goleiro sobre o engimático Theodore, o ataque poderoso dos Caps leva a melhor sobre o às vezes sonolento ataque dos Camisas Azuis. A forte vantagem numérica de Washington contra a sólida desvantagem numérica de New York pode dar a vantagem em uma série onde os holofotes certamente cairão sobre o possível embate entre o "showman" Ovechkin e o "pentelho" Avery. Se Ovie não cair na pilha do camisa 16 dos Rangers, o caminho estará facilitado. Washington em 5
Thiago Leal — Mesmo com Ovechkin, Semin e o terceiro melhor ataque da temporada regular, aposto contra o Washington. Motivo? Os Capitals não me inspiram segurança. Parte disso é responsabilidade dos dublês de goleiros que o time tem. Tudo bem que o ataque dos Rangers é absurdamente fraco, o pior entre os finalistas, e que o time caiu bastante do começo da temporada regular até aqui. Mas acho que para passar pelos Caps, o jogo duro dos Rangers vai ser suficiente. NY Rangers em 7
Dave Clayton
— Dois motivos para os Capitals vencerem: Ovechkin é o cara e Avery é um inútil. Washington em 4

New Jersey Devils (3.º) Carolina Hurricanes (6.º)
51-27-4 45-30-7
Confrontos na temporada: Carolina 3-1
Nos últimos 30 dias: Carolina 2-1
Confrontos em séries de playoffs: Carolina 2-1
Série mais recente: 2006, segunda fase (Carolina 4-1)


Alessander Laurentino — Os Devils têm Martin Brodeur, o goleiro mais vencedor na história da NHL. Precisa dizer mais? Os Canes têm... bem, eles têm muita força de vontade. Devils com certeza e sem muito aperto. New Jersey em 6
Alexandre Giesbrecht — Os Devils conseguiram ganhar apenas um jogo dos Canes nesta temporada, justamente no último sábado. Apesar desse detalhe, a campanha dos Canes nos últimos dois meses é ireepreensível. A chance dos Devils é ter um Martin Brodeur sobre-humano no gol. Há precedentes para isso. Carolina em 6
Cláudio Aguiar
— Os Hurricanes nunca mais foram os mesmos após vencerem a Copa Stanley em 2006. Aliás, como foi que aquilo aconteceu? New Jersey em 5
Daniel Novais
— Essa é uma série que estou louco para assistir. Os Devils pouco lembram aquele time entediante de anos atrás. Apesar da sua maior arma estar no sistema defensivo, a equipe se tornou dinâmica o suficiente sob o comando de Julien, contando com verdadeiros dínamos em seu ataque. O problema é que encontram do outro lado a equipe mais quente desse final de temporada, com um elenco muito parecido com aquele que conquistou a Copa poucos anos atrás. Precisa-se de mais expectativa? Com muitos jogos decididos em detalhes mínimos, Carolina em 7
Humberto Fernandes — Os Hurricanes têm a segunda melhor campanha da liga desde o dia-limite de trocas. Eles estão pegando fogo. Já os Devils diminuíram o ritmo logo após o recorde de Martin Brodeur. Os times dependem de seus goleiros. É por isso que não aposto nos Devils. Carolina em 6
Igor Veiga — Apesar de alguns comentários positivos que andei ouvindo em relação à equipe de Eric Staal e Erik Cole, ainda acho que Brodeur e os Devils podem avançar rumo às finais da liga. Mas estou quase certo que não será nada fácil passar pelos Canes. New Jersey em 7
Marcelo Constantino — Depois de uma bela temporada, os Devils chegam em declínio. Praticamente o oposto dos Hurricanes, que chegam quentes. Ainda assim, não os vejo superando os sempre eficientes Devils, ainda que eu acredite numa bela batalha, com mortos e feridos de ambos os lados. New Jersey em 7
Marco Aurelio Lopes — Qualquer série com Brodeur no gol deveria dar a seu time o favoritismo. Mas curiosamente, após a quebra do recorde de vitórias, Brodeur parece ter diminuído um pouco a intensidade, e os Devils tiveram uma queda, enquanto os Hurricanes foram um dos times mais quentes nessa reta final de temporada, e tendo Cam Ward em um nível que lembra o ano em que ganhou o Troféu Conn Smythe. Os Devils precisam reencontrar a forma da temporada que lhe deu o título da Divisão do Atlântico, os Canes devem manter o momento, calcados na boa fase de Eric Staal e do surpreendente Anton Babchuk e seus petardos. Carolina em 6
Thiago Leal — Esse confronto deve ser mais parelho do que aparenta. Os Devils com aquele estilo de jogo de sempre, amarrado e cheio de trancos e agarrões. Eu vejo algumas qualidades no time do Carolina e acho que em uma outra série poderia avançar. Mas os Canes são frágeis o bastante para esse tipo de jogo do qual os Devils sempre foram adeptos. Então o New Jersey passa. New Jersey em 6
Dave Clayton
— Embora nunca se possa considerar Brodeur carta fora do baralho, os Devils chegam em má fase aos playoffs, ao contrário do Canes. Carolina em 6

Pittsburgh Penguins (4.º) Philadelphia Flyers (5.º)
45-28-9 44-27-11
Confrontos na temporada: Pittsburgh 4-2
Nos últimos 30 dias: Philadelphia 1-0
Confrontos em séries de playoffs: Philadelphia 3-1
Série mais recente: 2008, finais de conferência (Pittsburgh 4-1)


Alessander Laurentino — Os Flyers são um bom time, poderiam chegar mais longe nos playoffs, mas os Pens são melhores e mais experientes depois da decepcionante derrota para o Detroit na final da Copa Stanley na temporada anterior. Pittsburgh em 6
Alexandre Giesbrecht — Uma série que já começa em clima de animosidade não só por ser um clássico estadual como pela final de conferência do ano passado. Os Flyers passaram a maior parte da temporada na frente, mas ratearam no fim e foram superados nos critérios de desempate. Os Penguins têm a melhor campanha no Leste desde que o técnico Dan Bylsma assumiu. Pittsburgh em 6
Cláudio Aguiar — Os Penguins fizeram o inverso dos Rangers, com um péssimo início de temporada e um excelente final. Eles não têm mais o mesmo "momentum" do ano passado, portanto não acontecerá a aberração de vê-los na final. Mas também não devem cair na primeira fase. Pittsburgh em 6
Daniel Novais
— Um verdadeiro duelo das melhores duplas, ou até trios de centrais do Leste. Richards e Carter já estão maduros o suficiente para liderar esse elenco, que ainda conta com o talentoso Briere conduzindo as linhas de baixo. Do outro lado, pouco se precisa falar de Crosby e Malkin, além do desvalorizado irmão Staal. A diferença precisará ser feita pelas defesas e goleiros. Opinião particular, ponto fraco de ambas as equipes, mesmo com toda a festa em cima de Fleury. Com direito a espetaculares duelos ofensivos, Philadelphia em 7
Humberto Fernandes — Depois da eliminação, os Flyers vão pensar o quanto a série teria sido diferente se eles tivessem confirmado o mando de gelo. Os Penguins são o melhor time da liga desde o dia-limite de trocas. Não importa onde seja o jogo, o ataque dos Penguins vai massacrar os goleiros dos Flyers. Pittsburgh em 5
Igor Veiga — Duas equipes um tanto quanto "confusas" na temporada. O que realmente o torcedor de cada uma das equipes pensa sobre os seus times? Favoritos ao título? Prontos para o fiasco? Eu acredito que Malkin mais uma vez desencantará e ajudará os Pens a fazer bonito papel na pós-temporada. Mas pensar em título (até de conferência) já seria demais... Pittsburgh em 6
Marcelo Constantino — Tem tudo para ser a grande série dessa fase inicial. Eu apostaria nos Flyers conseguindo intimidar e sobretudo conter a poderosa dupla principal dos Pens. Na base de muita brutalidade, coisa que o Philadelphia tem de sobra — eles só vencem se utilizarem esse recurso. Philadelphia em 7
Marco Aurelio Lopes — Penguins e Flyers reeditam a final do Leste do ano passado, dominada pelo Pittsburgh. Esse ano, no entanto, os Flyers parecem mais regulares, e com um time de matar penalidades mortal, líder em gols em desvantagem numérica. Mas o problema crônico no gol não foi resolvido, um tormento para quem precisa conter os redivivos Penguins, que de novo técnico, e a chegada de Kunitz e Guerin, mudaram por completo o sombrio cenário de janeiro. Mas estamos diante de uma rivalidade histórica, onde tudo parece imprevisível ainda mais dado o equilíbrio nas campanhas das equipes. Pittsburgh em 6
Thiago Leal — Uma série extremamente parelha que torna qualquer palpite incerto. Mesmo na temporada regular, ambos foram absolutamente equilibrados. Nem dá para estabelecer comparações entre pontos fortes e pontos fracos ou até entre os principais talentos individuais de cada equipe. Mas acho o time dos Penguins um pouco mais forte que os Flyers e acredito no poder de decisão de Malkin e de Crosby. Pittsburgh em 7
Dave Clayton — Em uma batalha bem disputada entre dois rivais, os Pens devem prevalecer graças a uma das melhores campanhas da liga depois de arrumar um novo técnico. Pittsburgh em 7

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Página publicada em 15 de abril de 2009.