A atitudade da gerência do Ottawa Senators não impressionou. O que surpreendeu foi a demora para demitir seu treinador.
Quando Craig Hartsburg foi contratado pela equipe da capital canadense havia várias opções melhores — como Pete DeBoer, que hoje faz ótimo trabalho no Florida Panthers. Hartsburg fracassara em suas duas últimas ocupações e os Senators estavam em queda livre desde a metade da temporada passada, o que dificultava o trabalho.
O treinador do Binghantom Senators, Cory Clouston, assumiu o Ottawa até o fim da temporada. E até lá alguma coisa deve mudar, sobretudo com a proximidade do dia limite de trocas.
Os Senators são o time de uma linha só. Exceto por Dany Heatley, Jason Spezza e Daniel Alfredsson, ninguém na equipe possui mais de sete gols marcados na temporada. Nas últimas colocações da liga, os Sens estão mais pertos de participar da loteria da primeira escolha do que conseguir a oitava vaga para os playoffs.
O mais curioso é que no ano passado o treinador John Paddock e o goleiro Ray Emery foram considerados os culpados pelo fracasso dos Senators. Uma temporada mais tarde, o Ottawa dispensa Hartsburgh e o goleiro Martin Gerber (no time de pior ataque da liga, não há como culpar o goleiro).
Bryan Murray, o gerente geral, é o mesmo nas duas campanhas. E será o próximo a sair, pelo bem dos Senators.
A reputação de durão do Philadelphia Flyers está prejudicando a equipe. Pelo menos é o diz o capitão Mike Richards, que acredita que a razão para a discrepância entre as penalidades sofridas e as cometidas é a fama do time.
Os Flyers são vice-líderes da liga tanto em oportunidades de vantagem numérica, com 190, quanto em situações de desvantagem numérica, com 255. Logo, o saldo dos times especiais está em -65, caracterizando a maior discrepância da NHL.
O prejuízo só não é maior porque o Philadelphia tem um time de matar penalidades eficiente, o sétimo melhor da liga, com 83,1% de aproveitamento, que ainda por cima marcou 13 gols em desvantagem numérica, maior marca da temporada.
A reclamação de Richards é embasada pela história dos Flyers, da era dos Broad Street Bullies, nos anos 1970, quando as habilidades de intimidação e briga do time se pronunciavam. Mas não é preciso voltar 30 anos no tempo para justificar a reputação da equipe. Na temporada passada, cinco jogadores diferentes dos Flyers foram suspensos pela NHL, incluindo punições de 25 jogos a Steve Downie e Jesse Boulerice por incidentes separados.
A receita para reduzir o número de infrações é dada pelo próprio treinador, John Stevens: "Não perca o disco tantas vezes e jogue na zona ofensiva, onde você vai receber penalidades e não cometê-las".
Chegando à marca de 50 jogos, parece pouco provável que Evgeni Malkin perca o título de maior pontuador da
temporada. O russo tem sete pontos de vantagem sobre o companheiro Sidney Crosby e dez de frente para o conterrâneo Alexander Ovechkin.
Malkin está a caminho de marcar 120 pontos em 82 jogos e tornar-se o segundo russo a conquistar o Troféu Art Ross — o primeiro foi justamente Ovechkin, no ano passado. Aos 22 anos, ele seria um dos dez mais jovens jogadores a receber o Troféu.
Com 266 pontos em 211 jogos, Malkin tem a nona maior média de pontos por jogo na história da NHL, à frente de Jaromir Jagr e Peter Forsberg, por exemplo. A título de comparação, Crosby é o quinto, com média de 1,38 ponto por jogo, e Ovechkin é o sétimo, com 1,28.
Mais estatísticas: desde o locaute (2006 a 2009), Joe Thornton lidera a liga em pontos, com 391 em 293 jogos. Alexander Ovechkin vem logo a seguir, com 375. Sidney Crosby, em terceiro com 362, seria o líder da lista se não tivesse disputado 30 jogos a menos que os dois primeiros colocados, graças a uma contusão no tornozelo sofrida na temporada passada.
Dany Heatley (335), Marc Savard (332), Pavel Datsyuk (330), Daniel Alfredsson (323), Vincent Lecavalier (321), Jarome Iginla (315) e Ilya Kovalchuk (311) completam a lista dos "dez mais".
Na artilharia, Ovechkin lidera com 199 gols, seguido por Kovalchuk, que marcou 167, e Heatley, autor de 163 gols.
Um número que impressiona é a quantidade de chutes a gol desferidos por Ovechkin. Foram 1.586 em 294 jogos, com média de 5,39 por jogo. Olli Jokinen, segundo colocado, chutou 409 vezes a menos. Em todos os tempos, Ovechkin está na 343.ª colocação geral e nesse ritmo alcançará Ray Bourque, o líder com 6.206 chutes, após 1.150 jogos em sua carreira, o que pode acontecer daqui a dez temporadas, aos 33 anos de idade, se ele não perder jogos por contusão. Entre os "dez mais" o russo estará em menos de sete temporadas.
Chris McGrath/Getty Images
"Dinossauros do hóquei"
Na bateria, Mike Richter. No baixo, completando a chamada "cozinha", Brian Leetch. Na guitarra, encarregado do ritmo da música, Adam Graves. E nos vocais, o líder da trupe: Mark Messier. Quase 15 anos depois do maior concerto da história do Madison Square Garden, a formação original da banda Blueshirts volta a se apresentar no palco onde fez sucesso. O álbum Stanley Cup, único trabalho da banda a atingir os primeiros lugares em todas as paradas de sucesso dos Estados Unidos da América e Canadá, ainda é o favorito dos fãs. E todas as suas músicas foram entoadas pelos fãs do grupo, que compareceram ao Madison Square Garden para assistir, novamente, a uma apresentação de uma das maiores bandas da história. E pensar que hoje vivemos assolados por boy bands de menininhos bons-moços...
(03/02/2009)
O Montreal Canadiens anunciou que o atacante Robert Lang passou por uma bem sucedida cirurgia para reparar um severo dano no tendão de Aquiles de sua perna esquerda.
Lang se machucou durante o terceiro período do jogo contra o Boston Bruins, no domingo. Aos 38 anos, o atacante está fora do restante da temporada.
Adquirido junto ao Chicago Blackhawks nas férias, Lang
liderava os Habs em gols e pontos e projetava uma temporada de 30 gols e 65 pontos, sendo também um dos melhores atacantes defensivos do time. É uma grande perda para os Canadiens, que terão que confiar o tempo de gelo e as situações mais importantes dos jogos a outros jogadores menos experientes.
Ainda sobre os Habs, a conturbada relação entre Alexei Kovalev e o treinador Guy Carbonneau ganhou novo capítulo.
Kovalev disputou apenas três turnos e menos de dois minutos de tempo de gelo durante o terceiro período da derrota para o Boston Bruins, no domingo. Após o jogo, o treinador expressou sua frustração com o trabalho de Kovalev ao declarar aos repórteres de Montreal que, "Nós precisamos de todos os 20 caras a bordo se vamos vencer".
Uma teoria que está ganhando popularidade em Montreal diz que Kovalev tem suas melhores atuações quando o capitão Saku Koivu está contundido e o russo herda o "C" na camisa.
"Eu espero que isso não seja verdade," disse Carbonneau. "Porque então nós estaremos com problemas, porque eu não vou retirar o C de Saku".
Kovalev marcou 35 gols e 84 pontos na temporada passada, mas na atual é apenas o terceiro artilheiro e pontuador do time, com 13 gols e 36 pontos.
Na última edição de TheSlot.com.br Prorrogação destacou a potencial tentativa de retorno de Peter Forsberg à NHL.
Poucos dias depois, durante entrevista para uma emissora local, o sueco declarou que se conseguir jogar hóquei novamente será pelo Modo, o time de sua cidade na liga sueca. O jogador recusou também convite para defender a Suécia no LG Hockey Games.
"Não vou ter nada de NHL este ano, isso está claro,"
disse Forsberg. "Se eu puder jogar será na Elite Series e no Modo."
No ano passado Forsberg retornou ao Colorado Avalanche, mas as contusões impediram que ele atuasse em nove dos 18 jogos finais da equipe na temporada regular e em três dos quatro jogos da segunda fase dos playoffs, quando os Avs foram eliminados.
O New York Rangers aposentou, na noite de terça-feira, a camisa de número 9 que pertenceu ao atacante Adam Graves, em homenagem muito merecida.
Graves foi homenageado mais pelo que ele significa para os Rangers do que por seu desempenho dentro do gelo, onde marcou 507 pontos pelos Camisas Azuis e se tornou o décimo maior pontuador da história da franquia.
Em 1994, ano da última conquista da Copa Stanley pelos Rangers, Graves marcou 52 gols na temporada regular e dez nos playoffs.
Mas suas maiores realizações foram feitas fora do gelo.
Graves era tão bom como pessoa, das melhores envolvidas com o hóquei, que não é difícil conhecer suas histórias de generosidade. A cerimônia de aposentadoria de sua camisa foi assistida por legiões de policiais, bombeiros e crianças de hospitais, o que explica o impacto de Graves em Nova York.
"Sou abençoado por ter talento para jogar na NHL e abençoado por ter a habilidade de compartilhar essa habilidade por dez anos com as pessoas de Nova York".