Você aí, está empolgado com o Jogo das Estrelas que se aproxima?

Sim, aquele mesmo jogo que premia os jogadores de times cujas torcidas têm mais conhecimentos tecnológicos e conseguiram encaixá-los com base em bytes, ao invés de gols e assistências. Aquele jogo em que Alex Ovechkin vai ficar no banco enquanto seu xará de sobrenome Kovalev é apresentado com todas as honras. Tudo bem, Kovalev está longe de ser um cone sobre patins como François Leroux, e ele ainda tem o benefício de ser dos Canadiens, que vão receber a partida em seu estádio.

Mas o que dizer de Henrik Zetterberg e Pavel Datsyuk, ídolos e os maiores responsáveis pelo título do atual campeão Detroit, que não ficaram nem entre os cinco atacantes mais votados do Oeste? A conferência terá bons jogadores entre os seus titulares, mas nenhum deles é uma estrela do mesmo brilho que esses dois ou que Joe Thornton ou Jarome Iginla. Cadê aquele pessoal de Detroit que no início da votação fez disparar seus jogadores? Tudo bem que a NHL dificultou a votação depois de uma semana, mas o pessoal de Chicago conseguiu fazer Patrick Kane e Jonathan Toews (futuras estrelas, mas que ainda precisam comer algum feijão com arroz) ser os dois atacantes mais votados do Oeste.

E o que dizer ainda de Sidney Crosby, que bateu o recorde de votos em todos os tempos? Ele é sem dúvida uma das maiores estrelas da liga hoje, mas sem dúvida seus votos foram anabolizados por torcedores cibernéticos que fizeram com que ele superasse a desvantagem inicial para os três atacantes dos Habs que receberam uma avalanche de votos quando a votação foi aberta. Apesar de ter anunciado que vai ao jogo, Crosby ainda pode ficar fora, depois de perder por contusão sua primeira partida da temporada, na semana passada.

É possível que eu esteja fazendo uma tempestade num copo d'água, afinal eu mesmo pouco ligo para um jogo em que trancos são tão frequentes como um jogo perfeito em que o arremessador estava entupido de LSD — acho que me divirto mais com algum desenho animado voltado para crianças pré-escolares. Isso sem falar que, à exceção (inexplicável) de Zetterberg, os outros estarão presentes e, outras linhas no Jogo das Estrelas. Mas eu acho que, se é para fazer uma coisa, ainda que um jogo festivo, é melhor fazer direito.

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Não chega a ser um elenco de (verdadeiro) Jogo das Estrelas, mas os atuais frequentadores da enfermaria dos Penguins são daqueles que fazem falta ao time. Neste instante estão oficial e temporariamente afastados do elenco os pontas Pascal Dupuis e Ruslan Fedotenko, os centrais Mike Zigomanis e Max Talbot e o defensor Sergei Gonchar. O defensor Ryan Whitney ainda ficou de fora até meados de dezembro e ainda não readquiriu o ritmo de jogo.

Além deles, passaram pelo departamento médico, mais ou menos tempo, o goleiro Marc-André Fleury, os defensores Jean-Philippe Boucher, Hal Gill, Kris Letang e Rob Scuderi, o ponta Eric Godard e os centrais Sidney Crosby e Tyler Kennedy.

São ausências que têm feito falta ao time, especialmente por boa parte delas ter sido quase ao mesmo tempo, e ajudam a explicar a má fase que o time está atravessando desde o início de dezembro. Até meados de novembro, os Pens brigavam pelo primeiro lugar no Leste, especialmente depois de seis vitórias seguidas, a última em 15 de novembro. Depois disso, só na semana que passou eles voltaram a construir uma sequência de duas — sim, duas — vitórias. E agora brigam por uma das últimas vagas para os playoffs: antes da pausa para o Jogo das Estrelas, estavam empatados na nona posição do Leste com os Panthers, que tinham três jogos a menos.

A temporada ainda está longe de ser perdida, e o excesso de contusões agora tende a ser "compensado" por menos contusões mais para a frente, se é que a área de estatística da matemática me ensinou alguma coisa. Poderia ser quase um cenário ideal, se não fosse o fato de que a completa ausência de garra em vários jogos tem sido mais determinante do que a ausência de qualquer estrela do time.

Às vezes, a impressão que passa é que o time não aguenta mais seu técnico, o exigente Michel Therrien. Talvez não seja isso, até porque depois que ele adaptou em esquema de emergência uma variação da tática da armadilha da zona neutra o time deu uma levantada, com três vitórias em quatro jogos. A decisão foi tomada para compensar as muitas contusões, mas serviu para dar um novo ritmo ao time, que pareceu deixar fluir mais o jogo. Se Therrien conseguir conter o sangramento, seja de que forma for, ainda dá para brigar por mando de gelo nos playoffs. Se ele não conseguir, uma vaga nos playoffs estará de bom tamanho, vaga esta muito necessária, pois o planejamento financeiro para a temporada foi feito com base na lucrativa pós-temporada.

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Lucrativo também será o novo estádio dos Islanders, isso se ele um dia sair do papel. Se fosse para o Nassau Coliseum simplesmente receber algumas reformas paliativas, tudo já estaria resolvido há algum tempo. Mas a ideia é fazer um complexo bilionário cujos lucros depois de pronto eclipsariam os enormes prejuízos que o dono do time, Charles Wang, sofreu nos últimos anos — na casa de US$ 20 milhões anuais. Esse complexo, de mais de 40 hectares, teria de hotel de luxo a campo de beisebol para ligas menores e até um condomínio residencial.

O problema é que o projeto está andando em um ritmo lentíssimo e, sem a certeza de que alguma coisa irá acontecer e com planos anunciados de um jogo de pré-temporada em Kansas City em setembro e um contrato para fazer por três anos os treinamentos de pré-temporada em Saskatoon, na província de Saskatchewan, Canadá, já há especulação de que o time possa estar a procura de uma nova cidade. Não parece ser o caso. Mas com Wang nunca se pode descartar nada.

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