Por: Drew Sharp

O retorno surpreendente de Franzen é mais uma dor-de-cabeça para os Penguins

A única coisa que faltou na estimulante manhã de treino de segunda-feira de Mike Babcock foram os charutos para celebração. Ele perambulava pela Arena Joe Louis como um pai orgulhoso, contando a todos que via sobre grandes notícias. Ele tinha uma nova adição à sua família. Ele tinha sua Mula de volta.

Os médicos dos Wings finalmente liberaram Johan Franzen para jogar. Livre dos tais "sintomas de concussões", Franzen jogou sua primeira partida em quase duas semanas usando um estranho logo de um alvo em sua cabeça. "Se você é um alvo, ótimo", disse Franzen logo após mais um bocejo — uma vitória de 3-0 dos Wings. "Significa que, se eles se concentram em você, isso deve mantê-los desligados dos outros caras e cria oportunidades para eles".

Você se sentiu mal por Franzen. Aqui estava ele, repentina e inexplicavelmente, o melhor jogador das duas primeiras fases da pós-temporada da Copa Stanley. Contra o Colorado, parecia que todo disco que ele tocava pararia no fundo das redes. Então, de uma hora pra outra, ele se tornou um espectador. Mas ele voltou no jogo 2, assinando uma assistência e dando aos Wings mais uma perigosa arma ofensiva. Isso é mais ou menos a mesma coisa que um Rockefeller ganhar na loteria. Agora o Pittsburgh está com dor de cabeça. Agora acabou. Marque uma data para a comemoração no Hart Plaza mês que vem porque tudo está correndo muito bem para os Wings.

Chris Osgood permanece impenetrável nas finais, mas certamente a pressão sobre o goleiro diminui quando você marca dois gols antes do outro time sequer dar seu primeiro chute a gol. Mas os números que mais se destacam nessa corrida para a 11ª Copa Stanley da franquia são as estatísticas ofensivas.

Existe uma memória seletiva quando se procura a culpa por decepções em pós-temporadas. O gol torna-se um alvo mais conveniente quando você está constantemente próximo a placares como 2-1 ou 3-2. Mas foi a falta de consistência de gols que derrubou os Wings desde a sua última Copa Stanley em 2002.

Considere a seguinte evidência:

Nas sete séries de pós-temporada dos Wings de 2003 até o ano passado, eles marcaram quatro ou mais gols sete vezes. Eles já quebraram essa marca nessa pós-temporada, marcando quatro ou mais gols nove vezes em 18 jogos. Franzen "é a razão pela qual jogamos ofensivamente melhor nessa pós-temporada", disse Tomas Holmström. "Foi demais vê-lo voltar porque quando ele está lá, faz de nós um time melhor". Mesmo com o alvo refletindo em sua cabeça.

Gary Roberts, inserido na primeira linha dos Penguins para adicionar resistência física, acertou Franzen em cheio no terceiro período. Fronzen logo atingiu o gelo, protegendo a cabeça com as mãos e aparentemente se contorcendo de dor. Franzen brincou quando perguntado de Roberts estava caçando sua cabeça. "Ela é muito grande", disse. "Então é difícil de errar". Provavelmente seria mais lógico deixá-lo no banco o restante do jogo, mas você não pode dizer a uma Mula o que fazer, pode? Franzen não só prosseguiu no jogo como descaradamente o bagunçou quando a situação exigiu, enfrentando o atacante do Pittsburgh Max Talbot no seu primeiro drible logo após o tranco de Roberts. E Franzen ensandecidamente juntou-se ao tumulto já ao final do jogo, quando vários Wings foram dar o troco por Petr Sykora ter agredido Osgood. "Estamos aqui para jogar hóquei", disse Franzen. "Nos divertimos bastante controlando o disco. Tentamos nos manter longe desse tipo de coisa o máximo possível".

Há pouco oxigênio para os Penguins na zona neutra. Os Wings sufocaram defensivamente Sidney Crosby e o candidato a jogador mais valioso da temporada Evgeni Malkin. Malkin só deu um chute nos dois jogos. Não é fácil falhar quando você está atingindo o nível máximo de confiança

Não é fácil ficar de fora quando você está atingindo o nível mais raro de confiança, certo de que ninguém ou nada pode pará-lo. "Foi frustrante sentar aqui na sala e apenas poder assistir aos jogos", ele disse. "É legal fazer parte disto novamente".

Franzen era disparado o favorito ao Troféu Conn Smythe, dado ao jogador mais valioso da pós-temporada, quando chegou à final da Conferência Oeste. Como poderia alguém racionalmente pensar o contrário?

Ele não jogou em duas semanas, até que entrou no jogo 2 na segunda-feira, ainda era o líder de gols na pós-temporada, dividindo o posto com seu colega de time Henrik Zetterberg (12 gols). Seria interessante que ele fizesse a luz vermelha piscar mais umas duas vezes, pelo menos. Mas é melhor a Mula correr, porque podem haver apenas mais dois gols para os Wings na pós-temporada.

Drew Sharp é colunista do Detroit Free Press. O artigo foi traduzido por Thiago Leal.
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Página publicada em 27 de maio de 2008.