Na edição número 176 de TheSlot.com.br, Prorrogação informou sobre a Copa Spengler e a expectativa de Curtis Joseph de voltar ao cenário. Dizia este nada sábio colunista: "O goleiro pretende usar a competição como trampolim para retornar à NHL. É preciso dizer que as chances dele não são muito maiores que as minhas?" Pois bem. Enquanto eu continuo desempregado — ou recém-formado, depende do referencial —, CuJo está de volta à ativa, contrariando as minhas previsões, após assinar contrato com o Calgary Flames. Aos 40 anos, o goleiro mostrou durante a disputa da tal Copa que ainda tem condições de jogo. Joseph disputou as duas últimas temporadas pelo Phoenix Coyotes. Em 2005-06, venceu 32 jogos, porém no ano passado fez péssima campanha, com apenas 18 vitórias. Veterano de 16 temporadas, CuJo é o quinto goleiro mais vitorioso da história da liga, mas nunca venceu a Copa Stanley. Os Flames esperam que ele seja confiável o bastante para substituir Miikka Kiprusoff quando esse precisar de descanso, o que renderá ao quarentão entre oito e dez jogos como titular até abril. O mais interessante nesta história será o relacionamento entre o treinador Mike Keenan e seus goleiros, já que é notório o gosto do treinador por desafiar psicologicamente seus comandados, algo que CuJo já experimentou. A propósito, o Canadá sagrou-se campeão da Copa Spengler.
Estamos em janeiro e daqui em diante, para algumas equipes, o melhor a fazer é planejar 2009. Até algumas semanas atrás ainda havia a possibilidade enganosa de dizer "ainda há muito hóquei pela frente" para adiar o fracasso, mas já passamos da metade da temporada
e o prejuízo na classificação pode ser irrecuperável. Sejamos práticos — e que me desculpem os fãs do Toronto Maple Leafs. O último classificado da Conferência Leste no ano passado somou 92 pontos. Para os Maple Leafs alcançarem esta pontuação, eles precisam conquistar 52 pontos em 37 jogos, o que seria atingido com a campanha de 26 vitórias e 11 derrotas.
Sendo generoso, reduzindo o patamar de classificação para 88 pontos, ainda assim o cenário seria cruel. Os Leafs poderiam perder no máximo 13 jogos até abril. É preciso dizer que eles perderam 11 só nas últimas quatro semanas. Será que alguém ainda enxerga uma luz no fim do túnel?
A NHL anunciou os reservas para o Jogo das Estrelas 2008. O público em Atlanta certamente apoiará os "donos da casa", Ilya Kovalchuk e Marian Hossa, selecionados para o evento. Os demais atacantes da Conferência Leste serão: Marc Savard (substituindo Dany Heatley, contundido), Mike Richards, Eric Staal, Scott Gomez, Alexander Oveckin, Jason Spezza e Martin St. Louis.
A defesa contará com Brian Campbell, Tomas Kaberle, Sergei Gonchar e Kimmo Timonen.
No gol, Rick DiPietro e Tomas Vokoun. Os "visitantes" da Conferência Oeste terão Marian Gaborik, Shawn Horcoff, Rick Nash, Paul Stastny, Jason Arnott, Ryan Getzlaf, Anze Kopitar, Henrik Sedin e Joe Thornton no ataque, Ed Jovanovski, Chris Pronger, Duncan Keith e Sergei Zubov na defesa, além de Manny Legace, Evgeni Nabokov e Chris Osgood (substituindo Roberto Luongo, que pediu dispensa) no gol.
Rapidinhas: pegando carona no sucesso do Clássico de Inverno,
realizado ao ar livre e destacado em nossa
última edição,
o New York Rangers iniciou as negociações com o New York Yankees para utilizar o Yankee Stadium no próximo inverno, possivelmente no clássico contra o New York Islanders.
Nas palavras do gerente geral Glen Sather: "Nós adoraríamos fazer isso". Ainda não há confirmação de um próximo jogo realizado ao ar livre, mas diante da repercussão da vitória do Pittsburgh Penguins sobre o Buffalo Sabres no primeiro dia do ano, é questão de tempo para a NHL apostar definitivamente nesta fórmula.:. Peter Forsberg
ainda acredita que pode retornar ao hóquei e fará uma nova tentativa em fevereiro, no LG Hockey Games em Estocolmo, na Suécia. O treinador Bengt-Ake Gustafsson afirmou que se o jogador estiver em condições, ele terá chance de jogar pela seleção sueca.
Forsberg vem treinando fora do gelo nas últimas semanas e almeja a NHL. Ele está otimista e confiante nas palavras dos médicos, que acreditam ter solucionado os problemas do tornozelo do jogador. Se CuJo conseguiu emprego, Forsberg também conseguirá. Mas ele já adiantou: vai escolher uma equipe que tenha chance de vencer a Copa Stanley.
Nick Wass/AP
"Money, o que é good Ovechkin have..."
... principalmente após sua renovação contratual com o Washington Capitals. Contrariando a todos que acreditavam que o atacante deixaria a equipe ao fim de seu contrato, em julho, Ovie assinou com os Caps por nada mais, nada menos que 13 anos! Também, por uma oferta de US$ 9 milhões anuais pelos seis primeiros anos e US$ 10 milhões anuais para os sete anos restantes, até nós aceitaríamos vender o complexo de TheSlot.com.br para The Hockey News! O russo, mais que satisfeito, declarou que Washington é sua segunda casa e que sonha em vencer uma Copa Stanley pela franquia. Digamos que, com um contrato avaliado em 124 milhões de dólares até 2021, ninguém duvida que Ovechkin esteja mesmo pensando, acima de tudo, na Copa Stanley, nem mesmo o megalomaníaco e sorridente Ted Leonsis, sempre imprudente na hora de assinar cheques, acordos e contratos.
(10/01/2008)
Se algum dia o hóquei no gelo realmente "pegar" no Brasil, em nossa lista de agradecimentos estará presente o nome de Alexandre Capelle Junior. Referência sobre hóquei in line no país, Capelle ajudou a fundar a FPHG (Federação Paulista de Hóquei no Gelo) e criou a Escola de Hóquei Capelle, promovendo e ensinando o hóquei no gelo. Na semana passada Alexandre nos enviou um e-mail diretamente de Los Angeles, relatando detalhes de sua participação na Clínica de Treinadores dos Kings, com o técnico Marc Crawford e seus assistentes, Mike Johnston e Dave Lewis, todos dos Kings, e o assistente Rob Cookson, do Calgary Flames. O evento foi realizado no Staples Center e, segundo Capelle, incluiu cursos com os treinadores, principalmente sobre organização, condicionamento, táticas e estratégias, além de uma prévia do que aconteceria na partida da noite entre as equipes. O brasileiro assistiu a diversos jogos da NHL durante a viagem e elogiou a estrutura do hóquei norte-americano. Ainda não sabemos se ele estava presente ao Staples Centr três noites depois, quando os Kings foram derrotados pelo Nashville Predators por 7-0 e a torcida impiedosamente vaiou a equipe após cada gol sofrido no primeiro período, antes de cantar em coro "Fire Crawford!" (demitam Crawford!) no período seguinte. Será que Crawford teria emprego em alguma equipe brasileira?
O vídeo da semana (passada) veio de terras russas. Ak-Bars e Traktor se enfrentaram, literalmente, no dia 8 de janeiro. Nada menos que 378 minutos de penalidades foram distribuídos pelos árbitros após esta
grande briga, das maiores já vistas
por nós, reconhecidamente admiradores desta vertente do hóquei. Havia nove jogadores com passagem pela NHL envolvidos: Alexei Morozov, Sergei Zinovjev, Ray Giroux, Petr Cajanek, Denis Arkhipov, Oleg Petrov, Nikita Alexeev e Mika Noronen do Ak-Bars, e Andrei Nikolishin
do Traktor.
Também não é quente, mas a frase da semana (passada) foi dita pelo gerente geral Brian Burke, do Anaheim Ducks, durante entrevista para uma rádio de Toronto na quarta-feira. Perguntado sobre aumentar o tamanho do rinque, Burke respondeu: "Uma vez eu fui a um jogo da Elite League da Suécia onde os chutes a gol foram 18 a 12. No final do jogo. E você podia contar os contatos corporais nos polegares.
Eu preferiria assistir a uma árvore crescer
a este jogo a que eu fui." Bela colocação.
Com os jogos de hóquei ao ar livre já estamos nos acostumando. Mas e quanto ao rinque cor-de-rosa da foto ao lado? A princípio, uma idéia de muito mau gosto, que na verdade é uma bela iniciativa de solidariedade chamada Rosa no Rinque, realizada no Norfolk Scope. A superfície de gelo e outros momentos durante o jogo entre Norfolk Admirals e Hartford Wolf Pack foram projetados para melhor informar o público sobre o câncer de mama. O evento também arrecadou dinheiro para a organização Susan G. Komer para a Cura, que auxilia sobreviventes da doença e encoraja as pesquisas. Diante de público recorde (5.650 espectadores) faltou apenas a vitória do time da casa, em partida válida pela temporada regular da AHL. Os visitantes venciam por 3-0, até que dois gols em vantagem numérica recolocaram os Admirals no jogo com pouco mais de quatro minutos para o fim. Apesar da pressão não houve empate. A maior curiosidade em relação ao gelo cor de rosa veio da constatação de que os jogadores não faziam idéia de onde estavam as linhas azuis e vermelha: "Tudo parecia rosa", afirmou Dan Jancevski, capitão do Norfolk. Tudo pela solidariedade.