Dale
Tallon está preparado para desfigurar o seu time. O gerente
geral do Chicago ainda não chegou ao ponto de seu colega
do Boston, Mike O'Connell — que mandou fax para seus colegas
GGs oferecendo todos os jogadores de seu elenco —, mas não
está longe disso. Tallon pretende ouvir "qualquer
oferta por qualquer jogador", de acordo com o que declarou
ao jornal Chicago Tribune. "Não vou ficar parado
assistindo. Mas não vamos partir para o desespero. Só
vamos fechar negócios que sejam os negócios certos."
Até o fim de semana, os Hawks tinham campanha de 13-18-3.
Mario Lemieux teve uma recaída de sua taquicardia no terceiro período da derrota para o Buffalo no sábado retrasado e acabou ficando de fo-ra do
jogo seguinte. Ele ficará de fora por tempo indeterminado e deu início a um programa de condicionamento fora do gelo. "Minha opinião pessoal é de que ele voltou cedo demais, então para quê apressar as coisas?", disse o GG Craig Patrick ao jornal Pittsburgh Tribune-Review. Os médicos ainda não descobriram as causas do problema de Lemieux.
"É claro que estamos surpresos", lamentou Sami
Salo, defensor finlan-dês do Vancouver, ao saber que o goleiro
Miikka Kiprusoff, do Calgary, resolveu não aceitar a convocação
da seleção da Finlândia para as Olimpíadas
de Inverno, em fevereiro. "Ele jogou tão bem na Copa
do Mundo e, obviamente, na NHL ele tem feito um grande trabalho.
É uma grande perda para o time. Um cara como Kipper? Nenhum
país gostaria de ver isso acontecer antes das Olimpíadas."
Ninguém pode dizer que Lou Lamoriello, presidente e GG do New Jersey, não tinha experiência com técnico quando assumiu como interino do time na segunda-feira retrasada, após a demissão repentina de Larry Robinson. Lamoriello treinou o time por um jogo, o quinto da final da Conferência Wales de 1988, substituindo Jim Schoenfeld, que cumpria suspensão depois de seu famoso confronto com o árbitro Don Koharski, em que ele chamou Koharski de "porco gordo" e sugeriu que ele "co-messe mais uma rosquinha".
Para se manter em Nova Jersey. Até a NHL lista Tommy Albelin como jogador aposentado. Mas o sueco de 41 anos ainda não está pronto para pendurar os patins.
Ele tinha tentado voltar durante a pré-tempo-rada, mas só agora assinou com os Devils um contrato pelo valor míni-mo (US$ 450 mil por ano), graças à saída, no fim de semana retrasado, do defensor Vladimir Malakhov. O retorno de Albelin deu-se na sexta-feira, quando ele logou 11:09 no gelo, na derrota por 1-0 para o Atlanta. "Quando você perde o desejo, acabou", disse Albelin ao jornal Newark Star-Ledger. "[Mas] estou com 41 anos e acho que em melhor forma que quando eu tinha 23. A dieta e os treinamentos mudaram."
Outro técnico interino que assumiu foi Rick Tocchet, pelo Phoenix. O técnico Wayne Gretzky, que também é diretor executivo da seleção canadense, pedira licença do cargo na semana retrasada para ficar com
sua mãe, Phyllis, que faleceu na segunda-feira retrasada, aos 64 anos, de câncer no pulmão. O Canadá acabou convocando seu elenco para as Olimpíadas de Inverno sem Gretzky. Não se sabe quando ou se ele retornará aos cargos, mas a diretoria dos Coyotes foi rápida ao en-fatizar que Gretzky, que hesitou ao tomar a decisão de se tornar téc-nico por causa da ausência que lhe seria imposta de sua vida familiar, tem a intenção de voltar a seu cargo. Na verdade, ele até declarou publicamente em outubro que estava adorando tanto seu novo traba-lho que se arrependia de não ter aceitado o convite antes.
O Nashville continua sendo uma das mais gratas surpresas da liga, co-mo um dos times perto do topo da Conferência Oeste, e os Predators o têm feito com uma folha de pagamento em torno de US$ 28,6 milhões, consideravelmente abaixo do teto salarial de US$ 39 milhões. Mas eles não estão comprometidos com a avareza. "Acho que gastaríamos de acordo", disse o GG David Poile, ao ser perguntado sobre o que aconteceria se o teto fosse aumentado para US$ 45 milhões.
Inclua Brendan Shanahan, do Detroit, na lista dos que acham que o calendário deveria ter mais jogos interconferências. "Acho que isso deve ser reavaliado no fim da temporada", disse. "Sei que meus colegas de time acham a mesma coisa. Acho que nossa torcida também está chateada porque não vai ver Toronto ou Montreal ou Ottawa ou Boston ou Buffalo nesta temporada. A maioria dos torcedores sabe que o talento está diluído ao redor da liga. Ao não jogar contra alguns times, você perde algumas coisas. Geralmente, cada time tem alguns jogadores de destaque, então a torcida não quer perder nenhum time."
Ray Whitney, que chegou ao Carolina nesta temporada, diz que não é supersticioso. Isso é bom, até porque, devido às poucas opções que tinha, ele acabou aceitando a camisa 13. Mas, tal qual um Zagalo canadense, ele tem uma estatística interessante: até o fim de semana, nos jogos em que ele era escalado os Hurricanes tinham campanha de 17-4. Sem ele, a campanha do time caía para 5-5-2.