17 de abril de 2002
Um panorama dos playoffs na Conferência Oeste

Nós da The Slot BR adoramos dar palpite em tudo. Até nos textos dos outros. Como não poderia deixar de ser, vamos dar os nossos palpites nos playoffs da Conferência Oeste e também nos da Leste. Ainda bem que o Bruno e o Cláudio não escreveram, senão a página ficaria ainda mais imensa do que ela já está.

Não esperamos que você concorde com tudo o que escrevemos, mas, lendo várias opiniões, fica mais fácil para você formar -- ou confirmar -- a sua.

Detroit Red Wings Vancouver Canucks
51-17-10-4 42-30-7-3
Confrontos na temporada: Detroit 3-1
Confrontos em séries de playoffs: nunca se enfrentaram

Alexandre Giesbrecht -- Se este time do Detroit não fosse tão, mas tão bom, eu até arriscaria uma zebra nesta primeira fase. Não se engane quanto à queda de produção do time. É fácil perder a motivação quando os jogos não valem nada -- principalmente quando eles valem alguma coisa para os adversários. Sim, o Vancouver está jogando jogos de playoffs há algumas semanas e Markus Naslund e Todd Bertuzzi estão demais, mas acho que isso não vai garantir mais do que duas vitórias -- se tudo isso -- para os Canucks. Os Wings vêm com sede. Detroit 4-2
Eduardo Costa -- A linha Bertuzzi-Morrison-Naslund deve ser respeitada, mas é uma só e deve bater de frente com dois prováveis indicados ao Norris (melhor defensor) desta temporada: Chelios e Lidstrom são "apenas" dois nomes do elenco estelar do Detroit, que tem a obrigação de vencer, e bem, a série contra os Canucks. Em todas as posições a equipe norte-americana é mais bem servida, além de contar com o mestre Scotty Bowman, o melhor estrategista da NHL. A equipe canadense, que não vence uma série de playoffs desde 1996, tem a melhor campanha da liga após o Natal e, sem dúvida, um futuro brilhante pela frente, mas esse futuro não é agora. E, só pra constar, agora é que começa a temporada para Hasek. Detroit 4-1
Fabiano Pereira -- Os Wings são favoritos nesta série, sem dúvida. E, ao contrário dos playoffs da temporada passada, mesmo que percam um jogador vital e outro jogue com o pé quebrado, ainda assim o time tem muita força ofensiva. Mas, como parece regra nos playoffs, times rápidos dão trabalho aos times muito físicos ou muito velhos, e os Wings enquadram-se na segunda categoria. Naslund, Cassels, Bertuzzi e Morrison podem dar trabalho para os Wings. Mas uma defesa capitaneada por Lidstrom pode dominar qualquer ataque. Finalmente, um confronto Hasek x Cloutier não é dos mais equilibrados... Detroit 4-1
Humberto Fernandes -- Qualquer resultado diferente de uma vitória dos Red Wings nesta série será considerado a maior zebra da temporada. Sem exageros, a maior surpresa dos últimos anos na NHL. Entretanto, este final de temporada do Detroit foi marcado por descanso dos jogadores, vários tropeços e nenhuma vitória. O time chega aos playoffs com sete jogos sem vitória, enquanto os Canucks estão invictos há nove jogos. O momento é todo do Vancouver, mas os Wings têm o elenco mais experiente da liga, o que pode significar vitória. Brendan Shanahan esteve ótimo durante a temporada, mas Maskus Naslund e Todd Bertuzzi foram ainda melhores. Brendan Morrison e Andrew Cassels compõem o núcleo do ataque dos Canucks, que, surpreendentemente, foi o melhor da temporada. Ed Jovanovski é o líder da defesa e aparece muito bem ofensivamente. Em Detroit, é hora de saber o que Brett Hull e Luc Robitaille podem fazer. Ambos fizeram mais gols do que se imaginava e a temporada foi gloriosa, mas a dúvida é saber o quanto eles podem produzir nos playoffs. Sergei Fedorov tem nova chance de apagar o fiasco da última temporada e Steve Yzerman retorna ao time após recuperar-se (ou não) de contusão. O ponto fraco dos Wings está na defesa. Mesmo contando com Chris Chelios e Nicklas Lidstrom, é sabido que a equipe tem dificuldades enfrentando ataques velozes. Os Canucks têm um ataque com esta característica e, assim, podem complicar a série. Nestas horas tudo se espera de Dominik Hasek. Se ele quer realmente vencer uma Stanley Cup, a chance é essa e as gafes cometidas durante a temporada não podem se repetir. No quesito goleiros, o Vancouver sofre. Dan Cloutier é muito irregular, mas titular absoluto. Recapitulando, apenas no ataque os Canucks conseguem superar os números dos Wings. No restante das estatísticas, o Detroit leva vantagem em tudo, desde defesa e goleiro até times especiais. Na temporada regular, a série foi dos Wings, 3-1, incluindo uma virada em Detroit após sair perdendo por três gols de diferença. Detroit 4-2
J. J. Júnior -- Mesmo com os Canucks tendo Naslund, Bertuzzi, Morrison, Ohlund e Jovanovski, acho que ter ido aos playoffs já foi uma vitória e, se vencerem algum jogo contra os Red Wings nessa série, será um ótimo lucro. Sobre os Red Wings, o que eu vou comentar, com um time com quase 20 pontos de diferença sobre os demais e que possui uma constelação? É obrigação dos Red Wings vencer. Detroit 4-0
Marcelo Constantino -- Minha opinião mudou bastante nas duas últimas semanas. A campanha dos Red Wings, que vinha sendo memorável, terminou de forma lamentável. Virtualmente classificados desde o final de 2001, o Detroit foi largando a temporada aos poucos e já nem se lembra direito do que é vencer. Steve Yzerman tem um grave problema no joelho e dificilmente estará plenamente apto para estes playoffs. A vantagem dos Wings na temporada normal de nada significa agora: as partidas ocorreram quando ainda jogavam alguma coisa e quando os Canucks ainda não haviam decolado. Com a velocidade e excelente fase dos jogadores do Vancouver -- e se eles evitarem cometer penalidades idiotas para a vantagem numérica mortal dos Wings --, é possível que ocorra uma nova catástrofe em Detroit. É bom lembrar que o Vancouver foi o melhor time da NHL na reta final. Ainda assim, como os playoffs são uma nova temporada, prefiro apostar que o time da hockeytown vence, mas com extrema dificuldade. Dois detalhes interessantes: são os dois times que mais fizeram gols na NHL e teremos o reencontro de Scotty Bowman e Marc Crawford. Detroit 4-3
Marco Aurelio Lopes -- O primeiro classificado contra o último a se garantir. Muitos opostos nesta série. O Detroit e seus veteranos contra a juventude dos Canucks. No gol, Hasek deve ensinar algumas coisas para Cloutier. A defesa dos Wings parece sólida com Lidstrom e Chelios em grande fase. No ataque, Hull, Robitaille, Yzerman e Shanahan devem ditar o ritmo. Pelo lado do Vancouver, mesmo com Todd Bertuzzi e Markus Naslund em ótimo momento e com Ed Jovanovski ditando o tom no lado físico do jogo, o time não parece ter um elenco competitivo o suficiente. Entretanto, o Vancouver está em grande fase, enquanto o Detroit parece ter puxado o freio um pouco. Mas nos playoffs mostrará sua força. Detroit 4-2
Thomaz Alexandre -- Que hora para entrar numa crise, hein, Dominador? Mesmo assim, o Detroit tem o time mais eficiente da temporada, a coleção de centrais mais valiosa da liga, o vencedor do Norris Chris Chelios, o do Lady Bing Nicky Lidstrom, o do Selke Steve Yzerman, o MVP Shanahan, o próprio Hasek e blá, blá, blá... só tomem cuidado com a temperatura da linha Naslund-Cassels-Bertuzzi, a forte defesa dos Canucks e o incerto Cloutier, que pode ser que esteja com o ponteiro no "on". Detroit 4-3
Vantagem -- Detroit

Colorado Avalanche Los Angeles Kings
45-28-8-1 40-27-11-4
Confrontos na temporada: 2-2
Confrontos em séries de playoffs: Colorado 1-0
Série mais recente: semifinais de Conferência 2001 (Colorado 4-3)

Alexandre Giesbrecht -- Mais uma série em que falta pouco para eu arriscar uma zebra. Se os Kings se classificarem, vai ser graças aos seus times especiais. O problema é que eles terão pela frente simplesmente Patrick Roy, que teve uma campanha memorável. No gol dos Kings, Felix Potvin, que foi muito bem em suas primeiras temporadas (1992-93 e 93-94), mas só agora parece estar voltando aos bons tempos. Colorado 4-3
Eduardo Costa -- Duas defesas agressivas e competentes, um Colorado Avalanche desfalcado no ataque e Patrick Roy devem manter os placares baixos nessa série. Ambas as equipes são boas em situações de vantagem e desvantagem numéricas, e possuem bons coadjuvantes. O treinador dos Kings, Andy Murray, deve dar uma sombra para Sakic, provavelmente Smolinski; se conseguir parar o capitão do Colorado, o que não é fácil, o Los Angeles vence a série. Los Angeles 4-2
Fabiano Pereira -- Para mim, os Kings são os azarões dos playoffs. Podem rir de mim, mas eu acredito seriamente numa longa corrida do time de Los Angeles, se Potvin fechar o gol como nos playoffs passados, se a defesa continuar mostrando que é muito forte e se Jason Allison, Ziggy Palffy e Adam Deadmarsh continuarem a jogar bem como têm jogado. Entretanto, os Kings pegaram na primeira rodada justo o Avalanche, que, apesar de todos os percalços, ficou em segundo no Oeste e conta agora com o inferno na defesa, na forma de Rob Blake, Adam Foote e Darius Kasparaitis. Além, é claro, de Patrick Roy no gol, tendo a melhor temporada de toda sua carreira. Falta só um pequeno grande detalhe, chamado "ataque". Sakic vem até bem -- nada comparado à temporada passada --, mas e o resto do time? Excetuando o jovem Reinprecht, poucos têm tido boas contribuições ofensivas. O que é mal. Mas duvido que os Avs, com Keane e Sakic liderando o caminho, não consigam avançar. Ah, sim, Peter Forsberg pode voltar também... Colorado 4-2
Humberto Fernandes -- Nos playoffs da temporada passada, o Avalanche penou para eliminar os Kings em sete jogos. Agora, a revanche está concedida e os fãs agradecem. Jason Allison, Adam Deadmarsh e Zigmund Palffy contra Rob Blake, Adam Foote e Darius Kasparaitis. Um duelo, no mínimo, formidável. Andy Murray sabe que sua equipe é inferior e precisará tirar proveito de certos artifícios que os playoffs lhe oferecem, como o abuso do jogo físico, distribuindo hits sem qualquer pena, e o tal "momento". Este último fator foi decisivo para surpreender e eliminar os Red Wings na temporada passada. Vencer um jogo em Denver e reverter o mando de gelo pode ser fatal. No Staples Center, vencer os Kings não é tarefa fácil. Mas diante deles estão os atuais campeões! O Colorado Avalanche é novamente o time a ser batido nos playoffs, não há qualquer dúvida. Ainda mais se Peter Forsberg voltar a jogar, como é esperado em Denver. Com Forsberg, Chris Drury ganha novo gás e tem chance de recuperar-se da apagada temporada. Joe Sakic continua como o melhor central da liga, mas não apresentou o mesmo brilho de outrora. No geral, todo o Avalanche teve um rendimento abaixo do esperado, com exceção de Patrick Roy, que continua incrível e conduz o time. Do outro lado, Felix Potvin também sabe aprontar das suas, defendendo extremamente bem o gol dos Kings. A defesa do Los Angeles é forte, mas a dos Avs é ainda mais. No ataque, equilíbrio nos números, com desvantagem para os Kings no aspecto profundidade. Em compensação, o time de vantagem numérica é muito melhor e o para situações adversas é semelhante. A igualdade também esteve presente nos confrontos da temporada regular, com duas vitórias para cada equipe. Colorado 4-2
J. J. Júnior -- Na minha singela opinião, será a série mais competitiva, pois estes dois times são extremamente competitivos, com uma leve vantagem para o Avalanche. Mas, como playoffs são playoffs... Espero que esta série seja um show de jogos, pois elencos os dois possuem. Colorado 4-3
Marcelo Constantino -- O Colorado é outro time que vem jogando de forma lamentável ultimamente. A conhecida dificuldade de fazer gols e a contusão de Milan Hejduk assolam um time que já não contava mais com sua estrela Peter Forsberg. Os Kings deviam estar loucos para conceder uma revanche aos Wings e acabaram pegando outra brabeira aqui: ao invés de tentar parar um ataque poderoso, como seria uma série com Detroit, aqui o foco central será colocar algum jogador pra passar dia e noite ao lado de Joe Sakic. E, pior, aqui precisarão passar por uma defesa composta por Foote, Blake e Kasparaitis, para então encontrar pela frente... Patrick Roy! Mas não um Roy qualquer, um Roy em playoffs e vindo de uma temporada digna do Troféu Hart. Tudo isso sem contar o outro sabor de revanche, depois da eliminação em sete jogos no ano passado. As quatro sólidas linhas dos Kings precisarão provar ainda mais sua eficiência, assim como Felix Potvin. Para os Avs, basta mostrar quem são os campeões -- e tomar o devido cuidado com a vantagem numérica dos Kings. Vai ser duro. Colorado 4-3
Marco Aurelio Lopes -- Semifinal do Oeste em 2001, quando os Avs venceram em sofridos sete jogos, estas equipes voltam a se enfrentar neste ano. Os Avs tiveram percalços ao longo da temporada e alguns dos jovens destaques de 2001 (Tanguay, Drury e Hejduk) tiveram um ano difícil. Mas, com Joe Sakic, Rob Blake e Patrick Roy formando um tridente formidável, os Avs sempre têm grandes chances. Em Los Angeles, a esperança é na dupla Jason Allison e Ziggy Palffy para produzir os gols. Adam Deadmarsh e Aaron Miller, ambos ex-Avs, terão uma motivação extra. Expectativa de uma grande série, mas a experiência do Avalanche deve prevalecer. Afinal, são os atuais campeões. Colorado 4-2
Thomaz Alexandre -- Repetição da emocionante segunda rodada do ano passado. Os Kings não têm mais Stumpel nem Robitaille, tendo adicionado Allison. Já o Colorado deve vir sem Forsberg e Nieminen, mas com Kasparaitis (ótimo em playoffs) e o novato Radim Vrbata. Certamente, o Los Angeles, protegido por Felix Potvin, é a zebra mais perigosa da pós-temporada, como mostrou no ano passado contra grandes favoritos e neste ano, quando ameaçou o título de divisão do San Jose, mas será suficiente contra a Avalanche que todos conhecem? Colorado 4-2
Vantagem -- Colorado

San Jose Sharks Phoenix Coyotes
44-27-8-3 40-27-9-6
Confrontos na temporada: San Jose 3-2
Confrontos em séries de playoffs: nunca se enfrentaram

Alexandre Giesbrecht -- No fim das contas, ficar nas primeiras posições no Oeste garantiram só o mando de gelo. Os times da quinta à oitava posições são bem encardidos. O Phoenix talvez seja o mais fraquinho deles, mas chegar aonde eles chegaram já é uma bela vitória, então eles não têm nada a perder. Já os Sharks têm. Finalmente eles vão jogar uma série com mando de gelo e sendo os favoritos. Se a responsabilidade não pesar, eles devem se classificar com relativa facilidade. San Jose 4-1
Eduardo Costa -- O Phoenix Coyotes, grata surpresa desta temporada, não vence uma série de playoffs desde 1987 (quando ainda era Winnipeg Jets) e deve continuar sem vencer. O San Jose Sharks é uma das poucas equipes que pode se orgulhar de ter três linhas competitivas e dois goleiros confiáveis. O duelo Nabokov x Burke promete ser um show à parte nesta série. San Jose 4-2
Fabiano Pereira -- Difícil apostar nos Coyotes. E, por isso mesmo, já aposto nos Sharks, que têm mostrado ser uma potência no oeste, com quatro linhas poderosas de ataque, uma defesa sólida e um ótimo goleiro em Nabokov. Bem, mas não esqueçamos que o Phoenix conta com os mesmos atributos e um goleiro talvez até melhor em Sean Burke. A diferença fica por conta das estrelas da California: Nolan, Damphousse e Selanne, jogadores que podem desequilibrar. Mas se Burke puder realizar um pouco da sua mágica e vingar-se por não ter sido convocado para a seleção canadense os Coyotes podem ir muito longe. Podem. San Jose 4-2
Humberto Fernandes -- Aparentemente, um confronto entre Sharks e Coyotes é o mesmo que já colocar a equipe de San Jose na segunda rodada. Aparentemente. Os Sharks têm melhor ataque, melhor defesa, melhores times especiais com ampla vantagem em ambos e ainda levaram a melhor no confronto durante a temporada regular, vencendo três dos cinco jogos. Entretanto, para quem é a grande surpresa da temporada e conseguiu a sexta posição com tanto sacrifício, talvez as coisas não sejam bem assim. Em Phoenix, diversos jogadores tiveram a temporada de suas carreiras e outros mostraram muita utilidade. A era Wayne Gretzky promete. Daymond Langkow, Daniel Briere e Shane Doan levam boa parte das esperanças da torcida em termos ofensivos e o capitão Teppo Numminen é o ponto de equilíbrio da defesa, mas o grande jogador do time é Sean Burke. Em suas mãos, estão praticamente todas as chances de os Coyotes aprontarem na série. Resta saber se ele irá conseguir parar Owen Nolan e os violentos Sharks. A única certeza é que Burke será apedrejado. Vincent Damphousse, Teemu Selanne, Mike Ricci e o quentíssimo Patrick Marleau não darão sossego ao goleiro. Jogar nos contra-ataques talvez seja a tática dos Coyotes, mesmo que do outro lado esteja Evgeni Nabokov. Reconhecidamente um fenomenal goleiro, Nabokov quebrou recordes de vitória na franquia. Como última esperança para a torcida do Phoenix, resta Claude Lemieux, com sua carreira marcada -- entre outras coisas -- por sucesso nos playoffs. Apesar das virtudes da equipe, querer vencer os Sharks é um pouco demais, até porque, jogando fora de casa, os Coyotes tiveram péssimo retrospecto durante a temporada. San Jose 4-0
J. J. Júnior -- Correndo por fora, os Coyotes são a grande surpresa da NHL. Conseguiram ter uma bela renovação do elenco, com destaques como Langkow, Brière, Doan e Nagy. Isso fora o fato de que eles conseguiram transformar um medíocre Burke em um excelente goleiro. Vou até pedir para o Peter Laviolette, técnico dos Islanders, mandar o Snow para os Yotes. Mas, para mim, os Sharks serão os vencedores dessa série por possuir um elenco mais maduro e preparado para competir a uma Stanley Cup. San Jose 4-2
Marcelo Constantino -- Dos times que estão nos playoffs, o Phoenix Coyotes é o que menos se esperava. Com uma campanha surpreendente de jogadores médios e uma temporada digna do Troféu Vezina de Sean Burke -- a grande estrela do time --, o Phoenix ainda chegou na sexta colocação para encarar os sempre ascendentes Sharks. Owen Nolan parece estar no ponto de liderar o time rumo ao título. Por outro lado, Evgeni Nabokov é um goleiro contra quem todo ataque da NHL teme jogar, mas que ainda não foi devidamente testado em playoffs. Fora isso, as chances do Phoenix são a ressurreição do lamentável, porém outrora eficiente em playoffs Claude Lemieux e a insuficiência técnica de Darryl Sutter no comando dos Sharks -- Sutter não é um técnico que leva um time a ser campeão, mas isso não quer dizer muito nesta fase. Os Coyotes não vencem uma série de playoffs desde 1987, quando ainda estavam em Winnipeg. Vencer esta aqui seria milagroso. San Jose 4-1
Marco Aurelio Lopes -- Os Sharks vêm melhorando a cada ano e neste ano deverá ir bem longe nos playoffs, já que conta com Nabokov fechando o gol, Suter e Marchment na defesa e um ataque poderoso, com várias armas (Nolan, Ricci, Selanne, Sundstrom, Marleau, Thornton etc.). O Phoenix Coyotes, no entanto, volta aos playoffs com uma equipe reformulada, comandada pelo experiente Claude Lemieux e com o goleiro Sean Burke em boa fase. Ainda assim, parece pouco ante o poderio ofensivo do time da Califórnia. Os Coyotes podem vencer alguns jogos, mas ainda têm contra si o trauma de nunca passar da primeira rodada dos playoffs. San Jose 4-1
Thomaz Alexandre -- O Phoenix proporcionou-nos outra das grandes surpresas do ano, chegando à pós-temporada em grande estilo, sem Roenick e Tkachuk. Daniel Briere é para eles o mesmo que Thomas Yorke para o Radiohead, Langkow saiu dos Flyers para virar estrela no Arizona e Sean Burke é quase um Ron Francis dos goleiros. Já o San Jose vem cheio de profundidade, jogo coletivo e, principalmente, cheio de Nabokov para frustrar os menos experientes, porém interessantes Yotes. Deve conseguir. San Jose 4-2
Vantagem -- San Jose

St. Louis Blues Chicago Blackhawks
43-27-8-4 41-27-13-1
Confrontos na temporada: Chicago 3-1-1
Confrontos em séries de playoffs: Chicago 7-2
Série mais recente: semifinais da Divisão Norris 1993 (St. Louis 4-0)

Alexandre Giesbrecht -- Os Hawks também surpreenderam a liga: não era para eles estarem nos playoffs; muito menos na quinta posição. Já o St. Louis, apesar da quarta posição, não ficou de fora por pouco. Os dois times têm baldes de água (congelada) no gol, mas vai ser divertido ver o duelo de dois times com números de ataque e defesa parecidos. Se o mando de gelo fosse do Chicago, tenho certeza de que a série seria até fácil, porque eles ganhariam os dois primeiros jogos, abalando os sempre traumatizados Blues. Mesmo não sendo, ainda acho que dá Chicago, mas com muito mais dificuldade. Chicago 4-3
Eduardo Costa -- Brian Sutter conseguiu reerguer o Chicago Blackhawks. Jogadores como Zhamnov, Amonte e Daze parecem outros em relação ao bando que envergonhou as tradições de Chicago nas temporadas anteriores; o maior problema está no gol: o goleiro reserva Passmore parece estar em melhor fase que o titular Thibault, mas a verdade é que ambos não são confiáveis. O Chicago também tem um péssimo aproveitamento quando joga fora do United Center (13-20-8) e isso pode ser um fator decisivo, já que o St. Louis tem o mando de gelo na série. Já os Blues têm o reforço de Doug Weight, além de Keith Tkachuk e uma super dupla defensiva. A equipe também tem problemas no gol, já que Brent Johnson alterna grandes partidas com atuações medíocres. Como os Blues sempre morrem na praia e os coadjuvantes do Chicago são melhores que os do St. Louis, eu aposto no Chicago. Deve ser uma das séries mais físicas. Chicago 4-3
Fabiano Pereira -- Para mim, a melhor das séries do Oeste. Dois times raçudos, físicos e com goleiros não lá muito experimentados podem fornecer atributos para uma série muito equilibrada. Em St. Louis, Brent Johnson ganhou a disputa com Fred Brathwaite para ver quem começa no time. O que, vamos ser sinceros, não significa muito. Do outro lado, a situação não é diferente, com Thibault e sua inconstância. Creio eu que estes serão jogos decididos em situações de vantagem numérica. Por isso, aposto nos Blues. St. Louis 4-3
Humberto Fernandes -- Esta série está sendo definida como a mais equilibrada do Oeste. O Chicago esteve muito bem durante toda a temporada, chegando a ser o segundo time da conferência, atrás apenas dos Red Wings. No final, deram algum sinal de fraqueza, mas a essência dos Hawks permanece. Os Blues lutaram até as últimas rodadas para assegurar a classificação e conseguiram até mais que isso, terminando com a quarta posição e, conseqüentemente, mando de gelo. Seu elenco é muito melhor e não condiz com a penumbra da temporada. Pavol Demitra, Keith Tkachuk e Doug Weight liderando o ataque, com Chris Pronger e Al MacInnis destruindo na defesa. O maior problema está no gol. Brent Johnson não é merecedor de qualquer confiança e sua inexperiência pode prejudicar. Fred Brathwaite veio na pré-temporada, mas não é melhor que o titular. A situação é dramática também em Chicago. Jocelyn Thibault alterna momento, sendo inconstante e até mesmo irregular. Mas não há como contestar sua presença como titular, já que Steve Passmore seria usado apenas no desespero. O poder dos Hawks está em jogar dentro de casa. Fora dela, é um desastre total. Eric Daze, Alexei Zhamnov, Tony Amonte e Steve Sullivan parecem conhecer o caminho do gol apenas no United Center. Os Blues também não são grande coisa atuando fora do Savvis Center, mas tiveram retrospecto favorável. Estatisticamente, levam vantagem sobre os Hawks, tanto no ataque quanto na defesa, mas em vantagem numérica o Chicago é melhor. Paralelamente, com um jogador a menos no gelo, catástrofe. Os Hawks foram melhores apenas que o Florida e os Rangers em desvantagem numérica. Na temporada regular, 3-1-1 a favor do Chicago, sendo que os Blues venceram apenas o último jogo, há menos de duas semanas. O confronto do equilíbrio pode surpreender muita gente. Mesmo que os Hawks vençam um ou dois jogos, os Blues podem levar a série com tranquilidade. St. Louis 4-2
J. J. Júnior -- Mais uma série de jogos duros de se assistir: temos um time quase perdido tentando voltar por cima e ter uma nova cara. Falo do Chicago Blackhawks, que tem excelentes jogadores no ataque, mas Jocelyn Thibault não é confiável e os Hawks não sabem jogar fora do United Center. Mas, do outro lado, temos os Blues, conhecidos por ter um excelente elenco, fazendo excelentes times, mas na hora H amarelam e acho que irão amarelar novamente. Chicago 4-2
Marcelo Constantino -- Esta é a série mais equilibrada dos playoffs, a única onde eu realmente não apostaria em nenhum dos oponentes. Todos os goleiros de ambos os times são duvidosos, o que deverá fazer aumentar o número de chutes a gol nas partidas. Os Blackhawks surpreenderam pela boa temporada, enquanto os Blues surpreenderam negativamente, com uma campanha cheia de altos e baixos. Chris Pronger e Al MacInnis estão muito abaixo do que já foram e não se sabe se Doug Weight terá condições suficientes de jogo pra liderar o time. Podem esperar por uma grande rivalidade aqui, com jogos repletos de choques e trancos. Vale uma ligeira vantagem para os Blues, pela experiência recente em playoffs. St. Louis 4-3
Marco Aurelio Lopes -- O duelo entre rivais da Divisão Central tem tudo para ser uma das séries mais disputadas. Os Blues possuem grande poder de ataque, com Keith Tkachuk, Pavol Demitra, Scott Young e Doug Weight, mas a defesa será uma incógnita, já que os "all-stars" Al MacInnis e Chris Pronger tiveram temporadas sofríveis. E os Blues precisarão deles bem para ter sucesso. Outra interrogação está no gol, já que Brent Johnson e Fred Brathwaite não parecem capazes de levar sua equipe muito longe. Nos Hawks, retornando após quatro anos, Tony Amonte pode estar em sua última temporada em Chicago e vai querer se despedir com estilo. Além disso, outras armas, como Alex Zhamnov, Eric Daze, Michael Nylander e os sólidos e veteranos defensores Boris Mironov e Phil Housley poderão levar os Hawks à segunda fase. Mas Jocelyn Thibault poderá ser o ponto fraco da equipe. Chicago 4-2
Thomaz Alexandre -- Lembra Flyers e Sens. Diferente dos Flyers, o St. Louis se destaca do adversário pelos times especiais, não necessariamente pela defesa, já que a dupla Korolev e Mironov não deixa o Chicago fazer feio. As recorrentes contusões de seus atacantes podem virar a mesa contra os Blues. St. Louis 4-3
Vantagem -- Confronto apertado

DOMINIK HASEK O goleiro dos Wings terá um desafio difícil contra... (Paul Sancya/AP - 10/04/2002)
 
BERTUZZI E NASLUND ...Todd Bertuzzi e Markus Naslund, dos Canucks (Ray Stubblebine/Reuters - 19/03/2002)
 
PATRICK ROY O experiente goleiro dos Avs teve uma temporada sensacional... (David Zalubowski/AP - 14/04/2002)
 
FELIX POTVIN ...enquanto o goleiro dos Kings ainda tenta provar que pode levar um time longe (Kevork Djansezian/AP - 08/04/2002)
 
EVGENI NABOKOV Depois de outra boa temporada, Nabokov pode levar os Sharks aonde eles nunca foram... (Paul Sakuma/AP - 13/04/2002)
 
BURKE, BRIERE, LEMIEUX ...mas Sean Burke, Daniel Briere e Claude Lemieux vão tentar aumentar ainda mais a surpresa de todos com os Yotes (Paul Connors/AP - 12/04/2002)
 
BRENT JOHNSON O St. Louis Blues não tem muita confiança em seus goleiros, incluindo o titular Brent Johnson... (David Kennedy/AP - 13/04/2002)
 
STEVE PASSMORE ...enquanto os Hawks têm o mesmo problema, incluindo o reserva Steve Passmore (Paul Sancya/AP - 09/04/2002)
 
MAIS SOBRE OS PLAYOFFS
Panorama da Conferência Leste
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Página publicada em 15 de abril de 2002.