17 de abril de 2002
Um panorama dos playoffs na Conferência Leste

Nós da The Slot BR adoramos dar palpite em tudo. Até nos textos dos outros. Como não poderia deixar de ser, vamos dar os nossos palpites nos playoffs da Conferência Leste e também nos da Oeste. Ainda bem que o Bruno e o Cláudio não escreveram, senão a página ficaria ainda mais imensa do que ela já está.

Não esperamos que você concorde com tudo o que escrevemos, mas, lendo várias opiniões, fica mais fácil para você formar -- ou confirmar -- a sua.

Boston Bruins Montreal Canadiens
43-24-6-9 36-31-12-3
Confrontos na temporada: Boston 3-2
Confrontos em séries de playoffs: Montreal 21-7
Série mais recente: quartas-de-final de Conferência 1994 (Boston 4-3)

Alexandre Giesbrecht -- O Montreal resume-se a José Théodore e à emoção provocada pelo retorno de Saku Koivu. Não é muito, ainda mais quando se trata de ter o número 1 da conferência como adversário. Théodore leva um jogo ou dois, no máximo. Os Bruins vão ter, no máximo, um bom treino nesta série; o difícil vem depois: encarar adversários mais fortes com a zaga meia-boca que eles têm. Boston 4-1
Eduardo Costa -- É o confronto mais tradicional desta primeira fase, por isso qualquer resultado é possível, mas é inegável a superioridade ofensiva do Boston, principalmente com as duas principais linhas, Guerin-Thornton-McInnis e Samsonov-Stumpel-Murray. Nos Canadiens, a experiência de Doug Gilmour e o fator motivação com o retorno do capitão Saku Koivu serão explorados ao máximo. Defensivamente, as equipes estão niveladas por baixo; no gol está o grande trunfo dos Canadiens: José Théodore é o jogador que pode decidir sozinho um jogo ou até mesmo uma série. Boston 4-2
Fabiano Pereira -- OK. Les Habitants se superaram, venceram os jogos que precisavam, José Théodore jogou como um MVP a temporada toda e, principalmente, seu capitão, Saku Koivu, recuperou-se do câncer e voltou. Emocionalmente, deveriam ganhar o prêmio moral. Mas olhando seriamente, os Bruins são os francos favoritos nesta série. A defesa, apesar de não muito móvel, é grande e pode intimidar qualquer ataque. Dafoe está entre os melhores da liga e o ataque é excepcional. Thornton, Guerin, Murray, Samsonov e Stumpel. Nada mal, não? Será que Théodore resiste levar mais de 40 chutes em sete jogos seguidos? Bem, mesmo que pegue, o ataque de seu time terá que passar pela defesa dos Bruins e Dafoe. Uau, tarefa difícil. Boston 4-1
Humberto Fernandes -- Sergei Samsonov, Joe Thornton, Bill Guerin, Brian Rolston, Glen Murray, Josef Stumpel, Martin Lapointe. Será que José Thédore consegue segurar tudo isso? Eu creio que não. Os Bruins possuem um poderio ofensivo invejável, enquanto os Canadiens, ofensivamente, têm para apresentar apenas Yanic Perreault, Richard Zednik, Oleg Petrov, Doug Gilmour e o capitão Saku Koivu. Vendo os principais jogadores de ambos os ataques, fica explícito que não há como estabelecer qualquer comparação neste quesito. No setor defensivo, os Bruins levam ligeira vantagem nos números, mas ao redor da liga há muita desconfiança impregnada nos seis homens que têm a responsabilidade de salvar lá atrás. E quem realmente salva está do outro lado. Théodore conduziu o Montreal aos playoffs. Sem ele, esta equipe certamente estaria no patamar de Lightning ou Penguins. No duelo dos goleiros, vantagem para o Montreal. Outro fator decisivo pode ser o mando de gelo. Os Bruins estiveram ótimos tanto dentro quanto fora de casa, enquanto o adversário teve mais derrotas que vitórias jogando em outras arenas. Nos times especiais, ambos demonstram irregularidade em vantagem numérica, mas o Montreal é melhor. Paralelamente, os Bruins têm o melhor time de desvantagem numérica, enquanto os Canadiens estão entre os dez melhores. Na temporada regular, o confronto terminou com vantagem para os Bruins, 3-2. Boston 4-2
J. J. Júnior -- No papel, podemos dizer que o time dos Bruins é bem superior ao dos Canadiens, mas vejo que o momento dos Habs é melhor e, com um José Théodore fenomenal, os Habs ganham dos Bruins, que, mesmo com um dos melhores ataques da NHL, têm defesa e goleiros de chorar... Montreal 4-3
Marcelo Constantino -- A grande vitória dos Canadiens é estar nos playoffs tendo jogado a temporada sem seu capitão Saku Koivu e tendo uma contusão aqui e outra ali de jogadores importantes. O goleiro-sensação José Théodore pode vencer uma partida ou duas para Montreal, e isso é tudo que devem fazer contra o excelente conjunto ofensivo dos Bruins, com Guerin, Samsonov, Lapointe, Thornton e Murray. É verdade que falta defesa ao Boston e que Dafoe ainda precisa provar que é goleiro de playoffs, entretanto o ataque de Montreal não mete tanto medo. Seria cinematograficamente lacrimejante ver Saku Koivu liderando os Canadiens para uma surpreendente vitória em sete jogos, porém isso parece estar longe de acontecer nesta série. Boston 4-2
Marco Aurelio Lopes -- Dois dos "Seis Originais" que retornam aos playoffs depois de algumas temporadas ausentes. Os Canadiens têm o retorno do capitão Saku Koivu e a temporada espetacular de José Théodore. E só. Com uma equipe jovem reforçada por alguns jogadores rodados, como Perreault, Berezin e Juneau, não deve ser páreo para os Bruins, que superaram fortes rivais e surpreenderam, conseguindo a segunda melhor campanha da liga (101 pontos) e o primeiro posto no Leste. Comandados por Bill Guerin, Sergei Samsonov e Joe Thornton, os Bruins têm tudo para ir longe, apesar de a defesa não ser das mais confiáveis. Mas Byron Dafoe é uma garantia no gol. Boston 4-1
Thomaz Alexandre -- Além de primeiros da conferência, os Bruins têm um elenco de goleadores que tem-se mostrado vasto e produtivo como nenhum outro. Byron Dafoe tem sido um bom goleiro e, antes de sua contusão, Joe Thornton era cotado para jogador mais valioso da temporada. No entando, não duvidemos de que José Théodore, do Montreal Canadiens, possa estar pronto para apagar todas estas vantagens e fazer exatamente o que fez na temporada regular: colocar o piano nas costas e incendiar uns Habs que estavam fora da pós-temporada havia alguns anos. Boston 4-3
Vantagem -- Boston

Philadelphia Flyers Ottawa Senators
42-27-10-3 39-27-9-7
Confrontos na temporada: Ottawa 2-1-1
Confrontos em séries de playoffs: nunca se enfrentaram

Alexandre Giesbrecht -- Os Flyers tiraram o pé do acelerador no final da temporada regular, mas isso não teve nada a ver com o fato de já estarem classificados. Foi queda de produção mesmo, principalmente devido à ausência de seus dois principais centrais. Sem um goleiro decente, eles devem ter problemas com os Sens, que, ao menos, têm Patrick Lalime, o que já é alguma coisa. Até arrisco Ottawa aqui. Ottawa 4-2
Eduardo Costa -- Dois extremos nesta série: os Flyers historicamente jogam duro, usam e abusam do jogo físico, principalmente em playoffs, têm jogadores que já conhecem o caminho do sucesso em pós-temporada, como Recchi, Desjardins e LeClair. Já o Ottawa é um time extremamente habilidoso e rápido, o que pode ser útil contra a pesada defesa dos Flyers, mas não tem força física (com exceção do gigante Chara e de Neil); seus destaques Alfredsson, Hossa e Bonk colecionaram fracassos nos últimos playoffs e se quiserem mudar esse panorama deverão freqüentar mais as áreas "sujas" do gelo, como a zona frontal ao goleiro adversário. Entre os goleiros, Lalime nunca venceu um jogo de pós-temporada e Cechmanek é inconsistente. Philadelphia 4-3
Fabiano Pereira -- Que surpresa! Os Senators terminaram em sétimo? Bem, eles arrumaram um belo de um problema para os playoffs, não? Talvez eles tenham tentado escapar dos carrascos Maple Leafs, mas caíram nas garras dos Flyers. E os Senators vão enfrentar o mesmo problema de sempre: a falta de força física. Zdeno Chara veio, no começo da temporada, mas ele sozinho não é a resposta. Quando LeClair, Dopita, Brashear e Primeau pisarem no gelo, estrondos serão ouvidos em Valhalla e os Senadores romanos tremerão ao ouvir a horda dos bárbaros! Bem, chega de Richard Wagner. A questão é que os Sens terão que lutar muito para conseguir alguma coisa. Pra mim, uma varrida. Philadelphia 4-0
Humberto Fernandes -- A segunda melhor defesa contra o segundo melhor ataque, dentro da conferência. No papel, grande vantagem para os Flyers. Não é todo dia que se encontra, em um mesmo time, três centrais como Adam Oates, Keith Primeau e Jeremy Roenick. Este último tem grande influência na disposição de jogo da equipe. Se Roenick arrebenta, como de costume, geralmente os Flyers vencem. A grande incógnita da série fica em torno dos goleiros. Roman Cechmanek apresentou bons números na temporada, mas nunca inspirou total confiança. Brian Boucher é seu reserva imediato. Pelo lado dos Senators, Patrick Lalime é o titular, mas nunca venceu sequer um jogo de playoffs, enquanto o reserva Jani Hurme nunca atuou nesta fase do campeonato. O capitão Daniel Alfredsson é o grande nome de Ottawa, goleador e artilheiro da equipe. Marian Hossa, Radek Bonk e Martin Havlat reúnem a maior esperança da torcida dos Senators. Esta série também é marcada pelos times especiais opostos. Ottawa tem o décimo melhor aproveitamento em vantagem numérica, enquanto os Flyers não foram piores apenas que Atlanta e Anaheim. Na desvantagem numérica, Flyers em sexto e o adversário no meio da tabela. Ou seja, equilíbrio em situações fora do habitual. Simon Gagne, Mark Recchi e John LeClair completam a artilharia dos Flyers. No sistema defensivo, vantagem para a equipe americana. Durante a temporada regular, os Senators levaram a melhor, com 2-1-1. Destaque para a surra por 7-2 na Philadelphia, em outubro. Philadelphia 4-1
J. J. Júnior -- Mesmo o elenco dos Flyers sendo sensacional e podendo contar com grandes estrelas do quilate de Oates, Gagne, Roenick, Primeau, Recchi, LeClair, Desjardins e companhia, o time tem passado por um momento ruim, com derrotas para adversários diretos, como Isles, Devils, Habs e Sabres, e com uma dupla de goleiros sofríveis irão sucumbir diante do eficiente time "bom, bonito e barato" de Jacques Martin, com o trio dinâmico Alfredsson, Hossa e Havlat. Ottawa 4-2
Marcelo Constantino -- Os Flyers sofreram do mesmo mal que anda atingindo times classificados e largaram a temporada no fim, perdendo sete dos seus últimos dez jogos. Somando-se a isto há o velho problema dos goleiros: Cechmanek ou Boucher? Isso nos lembra 1997, com Hextall ou Snow, certo? Eram ambos desqualificados para levar o time ao título, como os dois atuais também o são. Mas esqueçam isso, Chris Osgood já foi campeão da Stanley Cup! Então caminhamos para a boa e agressiva, porém lenta defesa dos Flyers, deparando-se com os velozes atacantes dos Senators. Se o Ottawa não tivesse também caído de produção no final, poderia ter pegado os Hurricanes para passar para a fase seguinte. Agora, somente com uma boa combinação de ataque e a esperada ajuda dos goleiros de Philadelphia, os Senators poderão fazer algum estrago. Philadelphia 4-2
Marco Aurelio Lopes -- Os Flyers têm uma esquipe forte e tarimbada. Com craques como LeClair, Primeau, Recchi, Gagne e Roenick, marcar gols não deve ser um problema, ainda mais com a adição de Adam Oates para passar-lhes o disco. A defesa também tem força, com Desjardins, Therien e McGillis. É muito para o bom, mas frágil time dos Senators, que convive com o trauma de fracassos recentes em playoffs. Alfredsson, Bonk, Hossa e Havlat não deverão ter vida fácil. Entretanto, as duplas de goleiros de ambas as equipes (Cechmanek e Boucher nos Flyers, Lalime e Hurme nos Senators) podem definir a série, menos pelos méritos, mais pela inconstância. Philadelphia 4-2
Thomaz Alexandre -- Muita profundidade no ataque contrastando com inexperiência no gol é um comentário que se encaixa a ambos os concorrentes. No entanto, o Philadelphia conta com melhor defesa e um jogo mais duro, coisa que conta demais nos playoffs. Philadelphia 4-2
Vantagem -- Philadelphia, apertado

Carolina Hurricanes New Jersey Devils
35-26-16-5 41-28-9-4
Confrontos na temporada: New Jersey 2-1-1
Confrontos em séries de playoffs: New Jersey 1-0
Série mais recente: quartas-de-final de Conferência 2001 (New Jersey 4-2)

Alexandre Giesbrecht -- Tem como apostar no Carolina? Alguma vez na vida eles vão ter um time que pelo menos se aproxime de ser competitivo? Se eu desse qualquer palpite que não fosse Devils 4-0 ou 4-1 estaria sendo incoerente. Acho que série não vai nem começar. New Jersey 4-0
Eduardo Costa -- A série menos atrativa, desde que você não seja torcedor de uma das duas equipes. Nos últimos playoffs o capitão dos Devils, Scott Stevens, mandou, com hits devastadores, Shane Willie e Ron Francis para o hospital, sem que nenhuma penalidade fosse marcada. Com certeza isso ainda está vivo na memória dos jogadores dos Hurricanes. Obviamente, o New Jersey é o favorito para vencer esta série, ainda mais após a chegada de Joe Nieuwendyk. Brodeur deve mostrar por que levou sua equipe à disputa das duas últimas Stanley Cups e tem ao seu lado Rafalski, Niedermayer e Stevens. O Carolina de O'Neill, Kapanen, Brind'Amour e Ron Francis tem o mando de gelo, o que não pode ser desprezado. New Jersey 4-1
Fabiano Pereira -- Como diria Sinatra: "Poor You, Hurricanes" ("pobres de vocês, Hurricanes"). Sua vida não será muito fácil com os Devils, que acabaram de ressuscitar. Apesar de ter ficado em terceiro, não se pode chamar o time da Carolina de favorito. A Divisão Sudeste é das mais fracas da liga e, se os Capitals tivessem se classificado, com certeza seriam um atrativo maior. Levemos em conta algumas coisas: os Hurricanes têm apenas uma linha de ataque boa. Os Devils têm quatro. Brodeur x Irbe. Scott Stevens x Ron Francis. New Jersey 4-1
Humberto Fernandes -- O Carolina bem que poderia ser chamado de Ronricanes. O veterano central Ron Francis imprime no gelo todas as chances de a equipe vencer. Mesmo acompanhado por Sami Kapanen, Jeff O' Neill e Rod Brind'Amour, não deve conseguir dar algum trabalho a Martin Brodeur. Este recuperou-se do irregular começo de temporada e conduziu os Devils no fim, que continuam dependendo de seu sistema defensivo para vencer jogos, terminando como a melhor defesa do Leste. Patrik Elias, Bobby Holik e Petr Sykora definem o tom da equipe no ataque. A ausência de Scott Gomez, pelo menos na primeira fase, não deve trazer muitos problemas. Outro central deve orquestrar a equipe: Joe Nieuwendyk, que conta com um Conn Smythe na bagagem. Estabelecendo paralelos, os Devils levam total vantagem, mesmo tendo um ataque inferior durante a temporada. O maior hiato está presente no gol, onde Brodeur é muito mais goleiro que Arturs Irbe. Nos times especiais, as equipes se equivalem. Não há dúvidas de que os Hurricanes -- inteligentemente chamados de Horrorcanes -- são o time mais fraco dos playoffs. Conseguiram a terceira colocação apenas por vencerem a fraca Divisão Sudeste, onde os Capitals demoraram a engrenar (e o fizeram apenas no fim da temporada). Na série pela temporada regular, os Devils venceram, 2-1-1. New Jersey 4-1
J. J. Júnior -- Na minha opinião, será o jogo duro de ver dessa série de playoffs. Será um passeio dos Devils, que, depois da chegada de Kevin Constantine e de Joe Nieuwendyk, animaram-se, o que se tornou uma boa série de partidas com vitórias. Do outro lado, temos os "Horrocanes", que possuem um bom elenco, com jogadores como Arturs Irbe, Ron Francis, Sami Kapanen e Rod Brind'Amour, mas o técnico Paul Maurice é bem fraquinho e o dono, Paul Karmanos, um estelionatário. New Jersey 4-1
Marcelo Constantino -- O Carolina Hurricanes é, seguramente, o pior dos times classificados; chega a dar pena não ver os Capitals em seu lugar. Então ao menos vamos assistir aos excelentes Ron Francis e Rod Brind'Amour e aos surpreendentes Jeff O'Neill e Sami Kapanen. Basicamente, o forte do time resume-se a isso. Do lado dos Devils, vem a tarimba dos últimos anos, sempre com times para disputar o título -- e este ano reforçado pelo vencedor do Conn Smythe de 1999, Joe Nieuwendyk. Pra piorar, os Canes fizeram uma série de jogos truncados na reta final, ao passo que os Devils vêm de uma escalada surpreendente. A continuar essa fase arrasadora, não há chances para o Carolina. Mais uma vez. New Jersey 4-0
Marco Aurelio Lopes -- Em uma revanche dos playoffs de 2001, quando os Devils superaram os Hurricanes em seis jogos (inclusive com atuação destacada de Scott Stevens, que tirou de ação Ron Francis e Shane Willis com seus hits), a equipe de New Jersey, atual bicampeã do Leste, deve, mais uma vez, superar a da Carolina do Norte, que conta com as defesas de Arturs Irbe, os gols de Rod Brind'Amour e Jeff O'Neill e a liderança de Ron Francis. Os Devils de Martin Brodeur, Scott Niedermayer, Patrik Elias, Petr Sykora e do recém-chegado Joe Nieuwendyk possuem muitas armas e muita experiência e não devem ter problemas com a vantagem de mando de gelo dos Hurricanes. New Jersey 4-1
Thomaz Alexandre -- O time mais quente do fim da temporada, altamente tarimbado em playoffs, enriquecido por Joe Nieuwendyk e Jamie Langenbrunner, contra o campeão de divisão mais fajuto dos últimos tempos (91 pontos, sétima campanha do Leste). Brodeur é o goleiro dos Devils. New Jersey 4-0 (se o Carolina não der WO antes)
Vantagem -- New Jersey, sem pestanejar

Toronto Maple Leafs New York Islanders
43-25-10-4 42-28-8-4
Confrontos na temporada: New York 3-1
Confrontos em séries de playoffs: 1-1
Série mais recente: fase preliminar 1981 (New York 3-0)

Alexandre Giesbrecht -- Esta série seria muito mais equilibrada se a campanha dos Isles não tivesse piorado tanto do início da temporada para cá. Do lado dos Leafs, eles devem chegar longe nas costas de CuJo, como sempre. Os Isles perderam uma grande chance de pegar os Hurricanes, com a vitória no domingo sobre os Flyers. Ao invés de garantir uma "folga" na primeira fase, vão ficar por aqui mesmo. Toronto 4-2
Eduardo Costa -- Talvez a série mais equilibrada. Comparando por setores: os Islanders têm uma defesa melhor, com o trio Hamrlik, Kenny Jonsson e Adrian Aucoin; nos Leafs, McCabe e Kaberle parecem pouco para a defesa de uma equipe que deseja chegar pelo menos a uma final de Stanley Cup. No ataque dos Isles, os jovens Parrish e Bates são agradáveis surpresas, Yashin, o craque do time e Peca, um monstro em todas as áreas do gelo. Os Leafs têm mais opções ofensivas, são liderados pelo genial Mats Sundin e têm mais pegada com o trio Tucker, Corson e Domi. Entre as traves estarão Chris Osgood, um goleiro tão criticado quanto vitorioso, e a incógnita Curtis Joseph, que volta de contusão e que geralmente afunda em playoffs. No banco, o duelo entre experiente Pat Quinn e o novato Peter Laviolette também parece excitante. NY Islanders 4-3
Fabiano Pereira -- Como no Oeste, o confronto do quarto contra o quinto colocados promete muito. Dois times fortes, com líderes excepcionais em Peca e Sundin, além de outras grandes estrelas. A força física dos Leafs vai ser um problema para a defesa dos Isles, que não é muito física, mas o ataque dos Isles pode ser um problema para a defesa de Toronto, que também não é lá aquelas coisas. O maior problema, porém, está no gol. Joseph é, inquestionavelmente, um dos cinco melhores goleiros da liga, quando em forma. Osgood, bem, Osgood é um bom goleiro. E isso pode ser o diferencial. Mas, com Yashin, Peca e Parrish, talvez a vantagem não seja assim tão grande. Toronto 4-3
Humberto Fernandes -- Como é bom ter os Islanders novamente nos playoffs! Mesmo que no último dia de temporada regular eles resolvam vencer um jogo e terminar em quinto, enfrentando os Maple Leafs ao invés dos Horrorcanes. Péssima escolha, que veio após uma temporada impregnada de grandes decisões da gerência dos Islanders. Alexei Yashin e Michael Peca arrebentaram em suas temporadas iniciais pelos Isles, ao lado de Mark Parrish, Shawn Bates e Mariusz Czerkawski. Na defesa, a equipe conta com defensores que constantemente marcam pontos, como Roman Hamrlik, Adrian Aucoin e Kenny Jonsson. É um time de características amplamente ofensivas, que joga e que deixa o adversário jogar. Este pode ser o problema, quando do outro lado está Mats Sundin. O capitão dos Leafs destruiu por onde passou nesta temporada e foi o grande responsável pela boa campanha. Curtis Joseph vem logo a seguir, junto de Darcy Tucker, Alexander Mogilny e Gary Roberts. O elenco dos Leafs é mais experiente, menos provável a surpresas e equívocos nos playoffs. Há muita dependência em Joseph e, caso ele não jogue como o habitual, então os Leafs podem se complicar. Chris Osgood acostumou-se a enfrentar grandes goleiros nos playoffs. Foi assim com Patrick Roy e agora tem CuJo no caminho. Nos últimos anos, Osgood ficou marcado por enormes gafes cometidas em Detroit, mas não prejudicava a equipe nos playoffs, tendo até boas atuações. O maior problema dos Islanders é "dormir" em alguns jogos, quando parece que o time simplesmente pára. No lado do adversário, as contusões podem atrapalhar um bocado. Ainda assim, os Leafs tiveram melhores ataque e defesa, enquanto os Islanders foram melhores nos times especiais. Pela temporada regular, Islanders 3-1 na série, sendo que a única derrota foi na prorrogação. Toronto 4-2
J. J. Júnior -- Uma série dificílima e concorrida, pois o Toronto possui um ótimo elenco, um Mats Sundin infernal, a volta de Curtis Joseph e um Pat Quinn no comando. Logo, os Leafs, na teoria, são os favoritos. Mas, sem querer puxar sardinha para o meu lado, esta série será a prova do time dos Islanders. Veremos se os Isles 2002 são um bom time como vêm demonstrando, principalmente neste mês de abril. Como os Isles vêm detonando ultimamente, acho que dá NY. NY Islanders 4-3
Marcelo Constantino -- Será um belo duelo ver Mike Peca em cima de Mats Sundin, algo que ele já fez com sucesso em 1999. Mas ambos são outros jogadores, mais experientes, principalmente Sundin. Há uma série de vantagens para o Toronto nesta série: mais experiência, Sundin, CuJo, Pat Quinn e a amarelada de Alexei Yashin nos playoffs. Tudo isso pode ser revertido se Peca conseguir novamente estancar a produção de Sundin, se CuJo não jogar ou jogar fora de forma, se Laviollete mostrar que faz chover também em playoffs e se Yashin provar que não é mais aquele dos tempos de Ottawa. Eu não apostaria nisso: os Islanders já estão suficientemente felizes por terem chegado aqui. Toronto 4-1
Marco Aurelio Lopes -- Imprevisível. Os Leafs entram com a quarta cabeça de chave mas tiveram a segunda campanha na conferência (cem pontos). Enfrentam os Islanders, que retornam aos playoffs depois de longa ausência. Os Leafs têm mais time, com Curtis Joseph novamente em forma no gol, e um ataque poderoso, com Mats Sundin, Alex Mogilny, Gary Roberts e muitos jogadores capazes de marcar. A condição de Dimitri Yushkevich na defesa pode ser um complicador para os de Toronto. No lado dos Islanders, Alexei Yashin e Michael Peca reviveram suas abaladas carreiras. Mas a grande dúvida da equipe é lá atrás, que, se conta com Roman Hamrlik e Adrian Aucoin em boa fase, tem uma grande interrogação em Chris Osgood (outro que parece ter recomeçado a carreira) para defender o gol dos Isles. Toronto 4-2
Thomaz Alexandre -- O New York Islanders foi uma das maiores surpresas da temporada, saindo do fim da fila no Leste em 2001 para chegar à quinta posição neste ano. A linha "Jackpot 17-27-37", de Bates, Peca e Parrish, tem funcionado ofensivamente, com seu central dando inclusive um banho na defesa e na desvantagem numérica. Yashin, Czerkawski e Aucoin são outros em que o time se apóia. Os Isles jogam muito fora de casa, mas a inconstância de Osgood pode colocar tudo a perder. Além disso, os Leafs têm a segunda melhor campanha do Leste, com cem pontos. Este time, que vem se fortalecendo a cada ano, tem tudo para ir longe no Leste. Toronto 4-1
Vantagem -- Toronto (Mec, convenhamos: Isles?)

BYRON DAFOE Por que só aparecem goleiros nessas fotos? É que eles têm sido os destaques da maioria dos times. É o caso também do Boston de Dafoe... (Winslow Townson/AP - 09/04/2002)
 
JOSÉ THÉODORE ...e, principalmente, do Montreal de Théodore, que é praticamente o único destaque do time (Ryan Remiorz/AP - 13/04/2002)
 
CECHMANEK OU BOUCHER? Não importa. Os dois não têm a confiança da torcida, então é provável que os Flyers vão de Cechmanek mesmo... (Bill Kostroun/AP - 10/04/2002)
 
QUEM VAI SER O GOLEIRO? ...já os Sens têm menos dúvidas e devem ir de Patrick Lalime (Joe Giza/Reuters - 05/04/2002)
 
RON FRANCIS O central de 39 anos teve uma temporada excepcional pelo Carolina... (Bob Jordan/AP - 10/04/2002)
 
JOGO DE EQUIPE ...mas não devem ser páreo para os Devils, que vão contar mais uma vez com um belo jogo de equipe, aqui representada por John Madden, Jay Pandolfo e Brian Gionta (Bill Kostroun/AP - 10/04/2002)
 
CUJO Ele voltou de contusão e deve carregar os Leafs de novo nas costas... (Keith B. Srakocic/AP - 12/04/2002)
 
MICHAEL PECA ...ao mesmo tempo que Peca vai tentar ajudar os Isles anulando Mats Sundin (Phelan M. Ebenhack/AP - 12/04/2002)
 
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Página publicada em 15 de abril de 2002.