O ex-gerente geral do Tampa Bay Lightning, Rick Dudley, disse ao The St. Petersburg Times que, se o atacante Vincent Lecavalier um dia for o grande jogador que projeta ser, será por algum outro clube que não o Lightning. "Você tem um jogador que está tendo problemas com o time e que sabe-se lá se algum dia irá funcionar", disse Dudley. "Eu sei que é algo difícil pra ele". Dudley disse também que recebeu propostas incríveis por Lecavalier antes de deixar a gerência do clube. "Eu ainda consideraria negociar Vinny simplesmente porque as propostas são altas demais", contou Dudley ao periódico. "Estão na faixa do (Eric) Lindros. Não eram apenas grandes propostas de troca, eram monumentais. Eram negócios que eu creio que colocariam o time nos playoffs."

Quando Lyle Odelein se tornou titular no Montreal Canadiens em 1990-91, ele escolheu a camisa número 24, com a esperança de ajudar a substituir o então recém-saído Chris Chelios no elenco dos Habs. Nesta temporada, depois de ir do Columbus para o Chicago Blackhawks no dia-limite de trocas, Odelein, de 33 anos, escolheu de novo um número que Chelios, hoje com 40 anos, deixou famoso na Cidade do Vento: o número 7. Ou isto é mais uma coincidência no mundo dos esportes ou Odelein fundou seu fã-clube pessoal de Chelios.

O ponta Antti Laaksonen, do Minnesota Wild, poderia ter ganho um bônus de US$ 25 mil na segunda à noite, ao marcar seu 15.º gol da temporada contra o San Jose Sharks, mas desistiu da chance de chutar o disco contra o gol vazio e passou para Sergei Zholtok. "Não é o dinheiro que é mais importante", disse Laaksonen ao jornal Minneapolis Star Tribune. "Eu estava só fazendo a jogada certa. Jogadores não deveriam se concentrar nos bônus. Eles deveriam colocar o time em primeiro lugar. Você vê os jogadores ir de um lado ao outro do rinque com o disco; eu não acredito nisso. Eu não acho que esse seja o jeito certo de jogar". A justiça acabou sendo feita: Laaksonen marcou seu 15.º gol no segundo período dos 4-4 do Wild contra o Dallas Stars, na quarta-feira. E Zholtok marcou a assistência.

Vyacheslav Fetisov, técnico que levou a seleção russa a ganhar a medalha de bronze nas últimas Olimpíadas, deverá ser nomeado responsável pelos esportes em todo o país, algo como Ministro dos Esportes na Russia. Fetisov, quando jogador da União Soviética, venceu as Olimpíadas por duas vezes e foi campeão do mundo por seis. Na NHL, foi bicampeão em 1997 e 1998 pelo Detroit Red Wings. Fetisov e Vladislav Tretiak são os únicos russos no Salão da Fama do hóquei.

Que diferença faz um ano na AHL. Na temporada passada, o Saint John Flames e o Wilkes-Barre/Scranton Penguins decidiram o campeonato da Calder Cup. Um ano depois, Calgary e Pittsburgh viram seus afiliados na liga não se classificar para os playoffs. Mais ainda: nenhuma das duas organizações conseguiu manter o bom desempenho construído em uma temporada de sucesso e também os clubes da NHL não vão disputar os playoffs neste ano. Pelo lado positivo, cada time viu mais de dez jogadores do elenco da liga menor em 2000-01 jogar na NHL nesta temporada.

O emprego de Ron Wilson como técnico dos Capitals não está em perigo. Pelo menos não até outubro. Ted Leonsis, o dono do time, deixou claro em uma entrevista com o Washington Post que um início fraco de temporada pode detonar grandes mudanças na equipe técnica. Wilson ainda tem um ano de contrato, a US$ 900 mil. "Acho que Ron fez um grande trabalho com uma boa parte da tropa faltando, então para a próxima temporada não teremos mudanças. Mas -- e eu tenho de dizer "mas" -- eu fiquei muito, muito desapontado com esta temporada. Todos têm de ser os responsáveis, do dono para baixo". Leonsis também disse que a folha de pagamento deve diminuir de seus US$ 51 milhões hoje, mas isso não significa desistir de Jaromir Jagr ou Peter Bondra.

A última vez que Glen Murray passou a barreira dos 40 gols foi quando ele ainda era um adolescente na liga de hóquei amador de Nova Scotia. 13 anos depois, ele alcançou os 40 gols, com o Boston Bruins, após um hat trick na vitória por 7-1 sobre o Pittsburgh. Para Murray, foi uma doce vingança depois de uma carreira recheda de contusões e expectativas furadas. Claro, também ajuda ter no time jogadores que também podem marcar gols e tirar um pouco da pressão -- e o Boston teve muitos destes em 2001-02. Os Bruins tiveram cinco jogadores com 60 ou mais pontos. Aliás, desde 1982-83 o Boston não tinha dois jogadores com 40 ou mais gols, quando Rick Middleton e Barry Pederson conseguiram este feito. A pergunta é: Conseguirão Murray e os B's manter o ritmo nos playoffs?

Depois de sofrer um mieloma múltiplo (um câncer na medula dos ossos) e, subseqüentemente, ser substituído por Craig Ramsay como técnico dos Flyers há doia anos, Roger Neilson ficou empacado a dois jogos de seu milésimo como técnico. O técnico do Ottawa, Jacques Martin, corrigiu a situação ao deixar Neilson treinar os Senators nos últimos dois jogos da temporada -- uma vitória por 4-0 contra o Boston na quinta-feira e uma derrota por 5-2 para o Toronto no sábado. Neilson agora é o nono técnico a atingir a marca de mil jogos na NHL e o primeiro a voltar a ser um assistente logo depois de chegar ao marco. Entretanto, ele vai ser um importante elemento para o Ottawa na sua série da primeira rodada dos playoffs. Afinal, os Sens vão jogar contra o Philadelphia.

Aqui está um fato sutil sobre o jogo de domingo entre Columbus Blue Jackets e Chicago Blackhawks. Todos os quatro goleiros na súmula do jogo foram originalmente recrutados pela franquia Québec Nordiques/Colorado Avalanche: os titulares Jocelyn Thibault (Chicago) e Marc Denis (Columbus), além dos veteranos reservas Ron Tugnutt (Columbus) e Steve Passmore (Chicago). Outros goleiros da NHL recrutados pelos antigos Nords incluem os reservas Stephane Fiset e David Aebischer, e o titular Brent Johnson.

Três dos times mais esbanjadores da NHL estão de fora da dança dos playoffs. New York Rangers, Washington Capitals e Dallas Stars têm superestrelas em seus elencos, folhas de pagamento exorbitantes e jogos de golfe antecipados nesta primavera (no Hemisfério Norte). Detroit Red Wings, Colorado Avalanche, Philadelphia Flyers e St. Louis Blues completam as sete maiores folhas de pagamento da liga. Estatisticamente falando, aumentar significativamente a folha acabou virando uma proposição arriscada de 50% na NHL. Às vezes funciona; às vezes, não. No final, não vale a pena. De qualquer forma, aguarde por mais gastanças do tipo.